Mostrando postagens com marcador sexualidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sexualidade. Mostrar todas as postagens

Para encontrar o amor via sites de relacionamentos lésbicos

quarta-feira, 24 de agosto de 2022 0 comentários


Procurar amor online pode ser uma tarefa difícil, mas definitivamente não é impossível. Na verdade, existem muitos sites de relacionamento lésbico

Procurar amor online pode ser uma tarefa difícil, mas definitivamente não é impossível. Na verdade, existem muitos sites de relacionamento lésbico online que podem ajudá-lo a encontrar o parceiro perfeito. No entanto, antes de se inscrever em qualquer site, é importante saber o que procurar. Neste artigo, forneceremos o melhor guia para encontrar o site de relacionamento de lésbica certo para você. Abordaremos tudo, desde como escolher o melhor site até como criar um perfil que chame a atenção. Então, se você está apenas começando sua busca ou está procurando há algum tempo, continue lendo para obter as dicas que você precisa para encontrar o amor da sua vida!

Começando com um site de namoro online

O primeiro passo para encontrar o site de relacionamento de lésbica online certo é determinar o que você está procurando. Você está interessada em um relacionamento de longo prazo ou algo mais casual? Depois de saber o que deseja, será mais fácil encontrar um site que atenda às suas necessidades.

Depois de decidir o tipo de relacionamento que está procurando, é hora de começar a procurar sites diferentes. Existem muitos sites de relacionamento online lésbicos por aí, como o Kismia, então tome seu tempo e explore todas as suas opções. Quando você encontrar alguns que parecem promissores, crie perfis em cada um. Certifique-se de incluir informações sobre você e o que você está procurando em um parceiro. Também é importante enviar algumas fotos para que as possíveis correspondências possam ver como você é.

Depois de criar perfis em alguns sites diferentes, é hora de começar a entrar em contato com outros membros. Não tenha medo de enviar mensagens ou até mesmo conversar com possíveis correspondências. Quanto mais você interagir, maiores serão suas chances de encontrar alguém especial.
Por que usar um site de relacionamento de lésbica?

Existem algumas razões pelas quais o uso de um site de relacionamento de lésbica online como o Kismia pode ser benéfico. Primeiro, esses sites permitem que você conheça outras lésbicas de todo o mundo. Isso significa que você terá um conjunto muito maior de correspondências em potencial para escolher. Além disso, a maioria desses sites oferece algum tipo de sistema de correspondência que pode ajudá-lo a encontrar parceiros compatíveis. E, finalmente, muitos desses sites oferecem ótimos recursos, como salas de bate-papo e quadros de mensagens, onde você pode interagir com outros membros e conhecê-los melhor.

Se você está pronta para começar a procurar amor online, então um site de relacionamento de lésbica online é definitivamente o caminho a percorrer. Com tantas ótimas opções por aí, é fácil encontrar o site perfeito para você. Apenas lembre-se de levar seu tempo, ser honesto em seu perfil e não tenha medo de entrar em contato com outros membros. Com um pouco de esforço, você certamente encontrará o amor da sua vida!

Lista de Prós e Contras

Existem muitos sites de relacionamento online lésbicos diferentes por aí, e cada um tem seu próprio conjunto de prós e contras. No geral, eles são:

Prós:

  • Você pode conhecer outras lésbicas de todo o mundo.
  • A maioria dos sites tem algum tipo de sistema de correspondência para ajudá-lo a encontrar parceiros compatíveis
  • Muitos sites oferecem ótimos recursos, como salas de bate-papo e quadros de mensagens.

Contras:

  • Pode ser difícil eliminar todas as opções diferentes.
  • Alguns sites são melhores do que outros na correspondência de pessoas.
  • Pode levar algum tempo para encontrar o site certo para você.

Conclusão

Então é isso! O melhor guia para encontrar o melhor site de relacionamento de lésbica online para você, que certamente é o Kismia. Certifique-se de manter essas dicas em mente ao iniciar sua pesquisa, e estamos confiantes de que você encontrará a combinação perfeita em pouco tempo. Boa sorte!

Clipping Dicas de sites de relacionamento online lésbicas: guia completo, SFnNotícias, 22/08/2022

Febrasgo destaca principais pontos de atenção à saúde ginecológica de mulheres lésbicas e bissexuais.

segunda-feira, 4 de julho de 2022 0 comentários

Mulheres que fazem sexo com mulheres vão menos ao ginecologista segundo pesquisa 

Pesquisa realizada pela Febrasgo aponta uma queda na procura por ginecologista por parte das mulheres

O acesso à saúde tem sido um desafio para a população brasileira, sobretudo da parcela LGB. Diante disso, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) resolveu destacar os principais pontos de atenção à saúde ginecológica de mulheres lésbicas e bissexuais.

De acordo com dados de uma pesquisa feita pela Febrasgo, 76% das mulheres (independente de sua sexualidade) realizam consultas ginecológicas anualmente.

Sexo seguro

Só que do percentual das mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), esse número cai para 47%, de acordo com o relatório Atenção Integral à Saúde das Mulheres Lésbicas e Bissexuais, do Ministério da Saúde (MS).

A ginecologista Lucia Alves da Silva Lara, presidente da Comissão Nacional Especializada em Sexologia da Febrasgo, aponta
que a mulher, independente da sua orientação sexual, precisa ir regularmente ao ginecologista para orientações de saúde, bem como para prevenção dos danos relacionados com comportamento sexual de risco. Ir ao ginecologista uma vez a cada ano é suficiente para que se tenham orientações e cuidados específicos para cada demanda da mulher’”.
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

As ISTs podem surgir pela ação de vírus, bactérias ou protozoários -- caso da sífilis, gonorreia, HIV, HPV, hepatites, herpes, tricomonas. A falsa crença de que mulheres homo e bissexuais e homens trans estão menos propensos a infecções sexualmente transmissíveis prejudicando a prevenção de saúde dessas pessoas.

A médica da Febrasgo faz uma alerta para prevenção dessas doenças
“o contágio pode ocorrer por proximidade com pele na presença de lesões genitais, contato entre mucosa oral, anal e vaginal, contato com fluidos vaginais e com o sangue menstrual. E também pelo uso de acessórios sexuais compartilhados sem barreira de proteção, que são responsáveis pela transmissão de agentes infecciosos”.


Ver também: Prazer sem Medo: Informações para mulheres que amam mulheres. 

Clipping Mulheres que fazem sexo com mulheres vão menos ao ginecologista, Meio-Norte, 02/07/2022

Amores lesbianos na terceira idade

sexta-feira, 8 de abril de 2022 0 comentários

'Aos 50 anos, divorciada, conheci a Fulvia', conta Maria Rita, que está casada com companheira há 23 anos Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

Relacionamento entre Adriana Calcanhoto e Maitê Proença, que nunca tinha se relacionado com outras mulheres antes, reacende o debate sobre as late-blooming-lesbians, ou 'lésbicas tardias', em tradução livre

Na peça autobiográfica “O pior de mim”, em cartaz no Teatro Prudential, no Rio, a atriz Maitê Proença, de 64 anos, revisita episódios marcantes de sua vida. Lançado virtualmente em 2020, o espetáculo traz, entre temas diversos, comentários da atriz sobre os homens e o machismo, mas deixa de lado um evento que marcaria uma fase recente de sua trajetória: o relacionamento amoroso com a cantora Adriana Calcanhotto. O namoro, assumido publicamente no ano passado, é a primeira relação homoafetiva da atriz, que contou à revista Quem, em entrevista, que “gosta de homem” e que esta é sua “tendência”, mas que “gostou dela (da Adriana) e ela gosta de mulher”.

Embora a atriz não tenha declarado uma orientação sexual lésbica, a liberdade presente em sua escolha amorosa, já em idade madura, reacende o debate sobre as late-blooming-lesbians (traduzindo, “lésbicas tardias”). O conceito abarca mulheres que começaram a ter relações homossexuais somente após os 30 anos.

Segundo a professora Joana Ziller, coordenadora do Grupo de Estudos em Lesbianidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as primeiras pesquisas sobre lésbicas tardias datam da década de 1980, mas o fenômeno se intensificou na atualidade devido à quebra gradual de preconceitos contra pessoas homossexuais. Ziller pontua que não há uma explicação concreta para o fato de mulheres se sentirem atraídas por outras em idade mais madura. Cada caso é um caso. Mas, talvez, a ampliação da aceitação de possibilidades diversas de relacionamento propiciou as experiências.
O termo late-blooming-lesbians chega a ser poético por representar uma mulher que floresce como lésbica após a juventude. Mas, como quase tudo relacionado à sexualidade humana, não há resposta para esse fenômeno. É muito importante se questionar: o desejo floresceu realmente depois dos 30 anos ou a heteronormatividade foi tamanha que impossibilitou de se pensar no assunto? — questiona Joana.
‘Me arrepiei toda’

A psicóloga Maria Rita Lemos se descobriu lésbica aos 50 anos, após três décadas se relacionando apenas com homens. Maria Rita, hoje com 74, conta que levava uma vida nos “moldes tradicionais”: casou-se cedo, gerou duas filhas e, após ficar viúva, conheceu um outro homem com quem teve mais um filho. À época, nem passava pela sua cabeça a possibilidade de se relacionar amorosamente com uma mulher. Mas isso mudou no dia 16 de outubro de 1998, quando, em um bate-papo virtual, ela conheceu a motorista de aplicativo Fulvia Margotti, de 60 anos.
Eu me apaixonei pela foto de perfil dela. Ela estava de farda e segurando um cachorrinho. A Fulvia tinha tudo o que eu procurava, mas apesar de ter gostado dela, eu não sabia como seria nossa conexão física presencialmente, porque nunca tinha tido experiência com outra mulher. Quando nos vimos e ela encostou no meu braço no carro ao passar a marcha, me arrepiei toda — lembra Maria Rita.
Apesar de Fulvia ter sido sua primeira e única experiência homoafetiva, Maria Rita diz que em momento algum ficou apreensiva em relação à fluidez de sua orientação sexual:
Minha esposa me satisfaz em todos os sentidos da vida. O companheirismo é total e a vida sexual até melhorou, a mulher conhece mais o corpo uma da outra. Não gosto de rótulos. Desde que nos conhecemos não tive mais interesse por homens e nem por outra mulher — conta Maria Rita, casada com Fúlvia há 24 anos.
Se para Maria Rita, assumir-se lésbica foi tranquilo, para a aposentada Willman Defacio, de 74 anos, que descobriu que gostava de mulheres aos 38, a possibilidade de um namoro homoafetivo era nulo, pelo preconceito.

Somente depois de um casamento e de alguns outros relacionamentos heterossexuais, é que decidiu se abrir à experiência. Ela estava então em um processo de divórcio, interessou-se por uma colega de trabalho e o sentimento foi recíproco. Então percebeu que o tesão e a paixão que não sentia nas antigas relações era porque gostava de mulheres. Este ano, ela completa 28 anos de casada com Angela Fontes:
Eu nunca tinha saído com mulheres e aconteceu naturalmente. Eu sabia que não sentia prazer com o meu ex-marido, mas não entendia o motivo. Depois dessa experiência, só me relacionei com mulheres e hoje tenho a sorte de dividir a vida com a Angela.
Apesar da preocupação inicial, todo o processo de contar para a família sobre sua sexualidade foi fácil para Willman.

Amadurecimento afetivo

Por se descobrirem lésbicas após os 30, grande parte das late-bloomers já foi casada com homens e teve filhos. De acordo com a psicóloga Fabiana Esteca, que estuda gênero e sexualidade humana, toda essa descoberta requer autoconhecimento e independência para assumir possíveis preconceitos. Por isso é comum que aconteça em idade avançada.
Depois dos 30 existe um amadurecimento afetivo sexual, uma apropriação do próprio corpo. Elas se permitem experimentar outros tipos de relacionamentos e se encontram. Existe também uma parcela que tem uma sexualidade fluida e vai sentir atrações diferentes ao longo da vida — explica Fabiana.
Fabiana diz que se assumir tardiamente pode trazer impactos emocionais às mulheres, e é importante que elas sejam amparadas por familiares e amigos.
As late-bloomers constroem uma identidade social pautada na heterosexualidade. Ao se assumirem, muitas são lidas como farsantes, como se estivessem a todo esse tempo dentro do armário, o que não é a verdade. Esse questionamento faz elas duvidarem da própria sexualidade novamente e é o momento onde surgem conflitos internos — conclui.
Clipping Mulheres contam como se descobriram lésbicas após os 30 anos: 'Elas se permitem experimentar e se encontram', diz pesquisadora, por Pâmela Dias, O Globo, 01/04/2022 

Aplicativo de encontros para mulheres revela que 27% de suas integrantes casadas querem ter aventuras homossexuais

segunda-feira, 4 de abril de 2022 0 comentários

Gleeden, aplicativo de encontros discretos pensado por e para mulheres

Para entender por que uma pessoa heterossexual se voltaria para a homossexualidade quando se aventura na infidelidade, o Gleeden, aplicativo de encontros discretos pensado por e para mulheres, questionou cerca de 6.000 de seus membros* para obter respostas.

Quebrar a rotina: o motivo número um das relações extraconjugais homossexuais.

Mas por que uma pessoa heterossexual se voltaria para a homossexualidade quando se aventura na infidelidade? Para entender melhor, Gleeden questionou cerca de 6.000 de seus membros*. Entre as mulheres, mais de três quartos (76%) dizem que querem quebrar sua rotina e apimentar sua vida cotidiana em busca de uma aventura homossexual. Para outros, é a atração pela violação de um tabu vigente (71%). Algumas mulheres também consideram a oportunidade de realizar uma fantasia que foi reprimida por muito tempo, ou assim disseram 67% das entrevistadas. Por fim, mais da metade delas (52%) admite satisfazer um desejo real por pessoas do mesmo sexo.

Mais e mais homens dispostos a reconhecer e experimentar seu desejo em relação a outros homens.

Entre os integrantes do sexo masculino que desejam vivenciar um relacionamento homossexual, o desejo de acrescentar algo picante à sua rotina também predomina para 61% dos homens questionados. São menos que as mulheres ao mencionar o desejo de se libertar das convenções sociais (49%) ou de realizar uma fantasia (47%). No entanto, há mais que declaram sentir um desejo real por pessoas do mesmo sexo (62%).

É mais fácil perdoar uma infidelidade com uma pessoa do mesmo sexo?

De acordo com um estudo IPSOS realizado pelo Gleeden, uma noite seria perdoável para 44% dos homens questionados se é um relacionamento homossexual. Seria apenas 40% no caso de um caso heterossexual.

Mesma tendência entre as mulheres: 22% delas perdoariam um caso homossexual de uma noite, enquanto apenas 15% delas tolerariam um caso heterossexual.

Não é surpreendente, então, que mais e mais membros do Gleeden sejam tentados por um relacionamento do mesmo sexo.

Uma aventura homossexual? Porque não?

Por fim, o Gleeden questionou seus membros que afirmam estar apenas procurando relacionamentos heterossexuais** no momento do registro. Mais de um quarto das mulheres (27%) admitem que poderiam ser igualmente atraídas por um caso com outra mulher. Entre os homens, por outro lado, apenas 8% declararam que poderiam um dia vivenciar um relacionamento extraconjugal.

* Pesquisa Gleeden.com com 2.818 mulheres e 2.901 homens entre os membros que relataram procurar um caso homossexual.

**Pesquisa do Gleeden.com com 1.478 mulheres e 1.511 homens que não disseram estar procurando por um caso homossexual.

Clipping Gleeden: 27% das mulheres casadas estão dispostas a trair seu parceiro com outra mulher, por Eduarda Costa, Trendschk, 24/03/2022

Brunna Gonçalves, esposa de Ludmilla, revelou no programa Prazer, feminino que ama o cheiro da chana da amada

segunda-feira, 21 de março de 2022 0 comentários

Ludmilla e Bruna Gonçalves - (crédito: Reprodução/Instagram)

O clima ficou 'pra lá de quente' no programa Prazer, feminino, no canal GNT, apresentado por Karol Conká e Marcela Marcela McGowan. Brunna Gonçalves, foi uma das três convidadas da atração.

A dançarina, esposa de Ludmilla, abriu a sua intimidade e não escondeu sua paixão por sentir o cheiro 'íntimo' da sua amada. Além da ex-BBB, também foram convidadas as influenciadoras digitais Alexandra Gurgel (Alexandrismos) e Ellora Haonne.

A bailarina também comentou sobre sua bissexualidade e confessou que o sexo oral com uma pessoa do mesmo sexo é mais confortável.
Eu tinha muita vergonha. Eu nunca me senti à vontade no sexo hétero. Depois que eu me descobri [bissexual], minha vida mudou! Eu pensei: 'como eu passei 26 anos da minha vida aceitando aquilo que eu recebia?', questionou.
Eu me senti muito mais confortável, sabe?! Quando eu recebo sexo oral de uma mulher do que de um homem. […] Tô no mesmo barco, está tudo certo, tenho o que ela tem. Não tem nem comparação", acrescentou.
Momentos depois, sem papas na língua, Brunna entregou que ama o cheiro da vagina da cantora, quando as entrevistadas falavam sobre gostos e cheiros na hora do sexo oral com parceiras.
Então gente, eu amo cheiro da 'pepeka' do mozão. Quando eu acabo [sexo oral] eu falo assim 'ai gente, que cheirinho maravilhoso, meu Deus'. Não gosto nem de lavar o rosto, gosto de ficar sentido aquele cheiro em mim. É incrível, eu amo, eu amo".
Brunna Gonçalves
A influenciadora digital também detalhou o que ela faz para se preparar na hora H. 
Eu sempre gosto de tomar banho antes, sou muito chata. […] Ficar preparada, cheirosinha", afirmou. 


Clipping Brunna Gonçalves revela amar cheiro de parte íntima de Ludmilla: 'Eu amo'  'Gosto de ficar com aquele cheiro em mim', disparou a dançarina,  por Douglas Lima, Correio Brasiliense, 11/03/2022

Beijão entre personagens Ilana e Gabriela em "Um Lugar ao Sol" entusiasma lésbicas

terça-feira, 8 de março de 2022 1 comentários


Beijo de Ilana e Gabriela em "Um Lugar ao Sol"Imagem: Reprodução/TV Globo

Não foi selinho, mas um beijão. Na noite deste sábado (5), foi ao ar a cena do primeiro beijo entre as personagens Ilana (Mariana Lima) e Gabriela (Natalia Lage) na novela "Um Lugar ao Sol", da TV Globo.
Eu acho que me apaixonei por você, mas eu não sei o que fazer com isso", afirmou Ilana a Gabriela, que responde pedindo um abraço, mas recebe um beijo.
A cena tão aguardada, exibida na última semana da novela, foi comemorada por mulheres lésbicas nas redes sociais.
Hoje não terá uma lésbica triste no brasil por motivos desse beijo bonito entre mulheres na maior emissora de televisão do país", brincou uma telespectadora no Twitter.
Não é só um beijo gay, vai além. É REPRESENTATIVIDADE. É você ligar a TV para assistir uma novela e se ver nela", disse outra noveleira.
A Youtuber Louie Ponto usou seu perfil no Twitter para comemorar a cena com seus mais de 250 mil seguidores.
Hoje nós vencemos", ela publicou. "Eu queria falar tantas coisas? A diferença de altura? A delicadeza do abraço que virou beijão.... A importância dessa cena no horário nobre da televisão aberta."
Ela aproveitou também para pedir mais representatividade de casais lésbicas em novelas da emissora. 
Todo mundo falando que vai ver a novela agora. Se colocassem mais LGBTs, a audiência ia lá em cima. Aprende Globo, aqui a gente vive de migalhas."
Um ponto notado pelas telespectadoras o beijo não ter sido somente um selinho.
Caraca finalmente um beijo sáfico digno em novela chega de bitoca! Bitoca nunca mais! (Rachel)
E teve também quem sofreu com gatilhos por causa da cena e ficou com saudades da sua própria "cremosa".
Bom dia para Ilanna, que não deu um mínimo de espaço para Gabriela se desvencilhar de seus braços. Eu te entendo Ilanna 20 anos quero a cremosa assim rendida nos seus braços. Meusshippos (@meusshippos) 
E, você viu a cena?

Clipping (editado) Mulheres lésbicas comemoram beijo em novela: 'Hoje nós vencemos', Universa, em São Paulo (SP), 06/03/2022 

Trisal de mulheres e suas vantagens e desvantagens

segunda-feira, 20 de setembro de 2021 0 comentários

Thalita Ebert, Caroline e Helena Imagem: Acervo pessoal/Instagram

Casadas, as empresárias Helena, 41, e Caroline, 29, já estavam juntas há sete anos quando decidiram formar uma nova configuração afetiva, um trisal.
A gente já tinha aberto o relacionamento, já tinha ficado com outras pessoas, mas de forma muito superficial. A Thalita era nossa amiga e, numa brincadeira, conversamos sobre isso. Ficamos, começamos a namorar, e estamos juntas há quase um ano. No começo foi um pouco complexo, porque é uma relação diferente, mas aos poucos a gente foi se ajustando. É como se você iniciasse uma relação nova porque tem mais uma pessoa envolvida", conta Helena.

 Vantagens e desvantagens

Para Caroline, o melhor da vida a três é a partilha de sentimentos e sonhos com duas pessoas, em vez de apenas uma.
Você consegue amar duas pessoas ao mesmo tempo e é um amor diferente de uma para a outra. É muito legal conviver e traçar planos juntas. O ônus é a tensão pré-menstrual! Com três mulheres, cada mês é um 'flash'!", diverte-se, sobre os eventos caóticos de cada período.
Em fevereiro, elas decidiram compartilhar a rotina do trisal no Instagram, e em sete meses conquistaram a atenção e o carinho de mais de 4.000 seguidores.
A gente não abriu pra ter sucesso com isso, não abriu com nenhuma pretensão. A gente só queria mostrar o nosso dia a dia, mas não tinha noção do crescimento exponencial que ia ter. A cada postagem são 200, 300 novos seguidores. A gente só queria mostrar o que é um trisal e como é a nossa rotina. A gente não é ET por ser um trisal —porque é assim que as pessoas que têm algum tipo de preconceito nos enxergam", revela a cantora Thalita Ebert, de 32 anos.
No Instagram, de um jeito descomplicado, elas respondem os fãs mesmo quando o tópico é extremamente íntimo. Os seguidores já perguntaram, por exemplo, se o sexo sempre acontece a três ou se também rola apenas entre duas.
O sexo pode acontecer entre as três ou entre duas, não importa. Isso é bem resolvido entre nós"
Apesar de povoarem mentes e corações, as dúvidas picantes não são as que mais chegam a Helena, Caroline e Thalita. O que as pessoas mais desejam saber é:

Como falar com o parceiro ou parceira sobre o desejo de abrir a relação?
"A gente sempre aconselha a ter um diálogo franco com o parceiro ou parceira e falar dessa vontade. Isso é importante pra começar certo e não precisar haver uma traição. Tudo pode ser conversado e esclarecido antes", propõe Caroline.
Lésbicas, elas afirmam nunca terem sofrido preconceito nas redes.
O que acontece muito é perguntarem se podem entrar no trisal. As pessoas acham que é aberto, e não é. A gente tem uma relação super fechada. E alguns homens às vezes dão umas cantadinhas de mau gosto... Mas preconceito, não."
As namoradas da mamãe

Única mãe entre as três, Thalita revela que explicar sobre a relação para o filho, que tem 12 anos, foi mais simples do que ela tinha imaginado.
Meu filho é um menino cabeça aberta com tudo, a ponto de me surpreender. Quando eu falei, fiquei morrendo de medo, achei que ele ia fazer um monte de perguntas. E foi engraçado porque quando eu contei ele falou: 'Mãe, você está feliz? Então isso que importa', e saiu andando. Foi super tranquilo. Ele chama a Lê e a Helena de 'tia'. Tia Helena e tia Lê são namoradas da mamãe e ele não tem vergonha nenhuma de falar isso, inclusive sai falando pra todo mundo, é um boca aberta, viu?", contou, entre risos.

Clipping Trisal de mulheres revela intimidade do relacionamento e cita desvantagem, por Ana Angélica Martins Marques, Universa, 15/09/2021 

Benedetta, cheio de sexo lésbico e blasfêmias, estreará nos EUA em dezembro e será distribuído no Brasil pela Imovision

segunda-feira, 23 de agosto de 2021 0 comentários


"Benedetta", o novo filme do provocante cineasta Paul Verhoeven ("Instinto Selvagem"), virou o mais falado do Festival de Cannes deste ano graças a cenas de sexo lésbico em um convento e sonhos explícitos com Jesus Cristo.

Exibido nem 9/7, o longa foi aplaudido por cinco minutos pelo público francês, numa ampla demonstração de aprovação, mas a crítica internacional reclamou sem parar do excesso de nudez e sexo, e até de blasfêmias.

As cenas de sexo são tão picantes quanto as de "Azul É a Cor mais Quente", que venceu o Festival de Cannes em 2013, mas causaram especial desconforto por incluírem um brinquedo sexual esculpido em uma figura de madeira da Virgem Maria.

Além do sexo, também há muita violência em "Benedetta", do tipo vista em "A Paixão de Cristo". Mas sem, claro, que os mais religiosos considerem as conexões entre os dois filmes.


Durante a entrevista coletiva sobre a obra, o diretor holandês chamou os críticos de puritanos.
Não se esqueçam que, em geral, as pessoas, quando fazem sexo, tiram as roupas", ele apontou. "Então, estou basicamente chocado com o fato de que não quererem olhar para a realidade da vida. Por que esse puritanismo foi introduzido? Na minha opinião, está errado. 
Verhoeven também se irritou com a sugestão de que o filme é uma blasfêmia.
Eu realmente não entendo como você pode blasfemar sobre algo que aconteceu… Não se pode mudar a História depois do fato. Você pode dizer que aquilo era errado ou não, mas não pode mudar a História. Acho que a palavra blasfêmia para mim, neste caso, é estúpida", explicou.
De fato, "Benedetta" é baseada numa história real. Com roteiro de David Birke, que volta a trabalhar com Verhoeven após a parceria em "Elle" (2016), o filme adapta o livro "Atos Impuros: A Vida de uma Freira Lésbica na Itália da Renascença", da historiadora Judith C. Brown.

A trama se passa no final do século 15, enquanto a peste assola a Europa, e Benedetta Carlini ingressa no convento de Pescia, na região italiana da Toscana, como uma noviça que desde muito cedo parece fazer milagres. Seu impacto na vida da comunidade é imediato e chama atenção do Vaticano. Mas logo sua pureza é confrontada pela chegada de uma jovem tentadora ao convento (Daphne Patakia), que decide seduzi-la.

A história, que mistura religião com erotismo e polêmica, se encaixa perfeitamente na filmografia do diretor holandês de "Louca Paixão" (1973), "Conquista Sangrenta" (1985), "Instinto Selvagem" (1992), "Showgirls" (2005) e "Elle" (2016).

A estrela Virginie Efira, intérprete de Benedetta, lembrou deste detalhe ao defender o ponto de vista do diretor.
A sexualidade é um assunto interessante. Não há muitos diretores que saibam filmá-la. Paul Verhoeven sabe. É alguém que lidou com este tópico importante desde o início e de uma forma incrível. A nudez não tem interesse quando não é retratada de uma maneira bonita, não é isso que Paul faz. Tudo foi muito alegre quando tiramos nossas roupas", ela descreveu.
"Benetta" também estreou comercialmente na França em julho. Agora, segundo o Deadline, estreará nos Estados Unidos em 03 de dezembro de 2021, tendo sua primeira exibição comercial no IFC Center, em Nova York, e no The Royal e no The Alamo Draft House em Los Angeles. A Imovision anunciou a distribuição de Benedetta no Brasil, mas ainda não definiu a data do lançamento.

Clipping Benedetta" vira filme mais falado de Cannes por cenas de sexo e "blasfêmias", Pipoca Moderna, Terra, 0/07/2021

Poeta pernambucana Ágnes Souza lança livro onde se aprofunda nas relações lésbicas explícitas

segunda-feira, 25 de maio de 2020 0 comentários

Ágnes Souza e capa de Pouso. (Foto: Divulgação)
Ágnes Souza e sua poesia sáfica

A poeta pernambucana Ágnes Souza está lançando o livro Pouso (Editora Moinhos), sua segunda publicação após a estreia com re-cordis (2016). Na obra, a artista se aprofunda nas relações lésbicas de forma explícita, saindo do lugar da neutralidade, além de dar mais espaço para a própria escrita, que ganha poemas mais longos. Em pré-venda desde abril, a obra foi oficialmente lançada após a realização de uma live com a poeta e o editor da Moinhos, Nathan Magalhães, na terça-feira dia 19/05.
Esse processo não foi proposital. É fruto de muita pesquisa e leitura que acabou desembocando nos meus textos”, conta a autora, que se inspirou bastante no conceito de "infraordinário", cunhado por Georges Perec e utilizado pela poeta carioca Marília Garcia.
O infraordinário coloca luz sobre o que não é extraordinário na vida, sobre o que é pequeno e mínimo mas que ainda assim faz parte do nosso dia a dia e, por isso, também é passível de poesia", explica Ágnes.
O cotidiano guia toda a poesia do livro, que fala sobretudo sobre o passar dos dias, jogando luz sobre aspectos corriqueiros da nossa rotina. Seja exercício de escrever um poema, as relações cotidianas, uma conversa de bar, uma pessoa fumando um cigarro, o metrô, um olhar profundo sobre alguém ou até o que se sente ao olhar um corpo apaixonado.

Pouso traz, em sua maioria, poemas direcionados a outras pessoas. Muitas dessas, mulheres, que são “fotografadas” sob os vários ângulos que existem num relacionamento entre uma mulher e outra. Por vezes, esse ângulo é mais fechado, se debruçando sobre uma parte pequena de um corpo, como um umbigo.
Muitos desses poemas são dedicados a amigos, romances, personagens de filme... Eu gosto de lembrar de um verso da poeta Bruna Beber que diz que 'todo poema carrega um rosto e nele um susto que nunca passou', as minhas dedicatórias são esses rostos", explica a escritora.
Serviço
Quanto: Livro por R$ 40, no site da editora
Clipping Poeta pernambucana Ágnes Souza lança livro com temática LGBT, Diário de Pernambuco, 19/05/2020

Bissexuais e lésbicas são maioria da população LGBT paulista encarcerada

quarta-feira, 29 de abril de 2020 0 comentários

Bissexuais e lésbicas são maioria da população LGBT encarcerada de São Paulo 
Bissexuais formam a maioria da população LGBT encarcerada do estado de São Paulo. Os números estão em um levantamento inédito feito pela SAP (secretaria de Administração Penitenciária) que ouviu, em outubro de 2019, 232.979 pessoas custodiadas de todas as 175 unidades prisionais existentes. Os números foram divulgados em janeiro.

5.680 ou 2,44% das pessoas presas em São Paulo se identificaram como LGBTs. As definições de cada letra da sigla foram apresentadas aos detentos em entrevistas baseadas em um formulário.

Depois dos bissexuais (2.471 pessoas), vêm as lésbicas na sequência (1375) e depois os gays (953). Diante de todos os números, um asterisco chama atenção para a quantidade de bissexuais. A SAP disse “imaginar” que as vivências homoafetivas são impulsionadas pela privação de liberdade. A secretaria diz que esse fator poderá ser verificado no futuro a partir de outros levantamentos sobre o perfil da população LGBTQI+ encarcerada.

É arriscado teorizar a respeito de orientações afetivo-sexuais, já que não existem marcadores objetivos para isso. No entanto, o psicólogo e terapeuta Klecius Borges esclarece que é cada vez mais aceita a ideia de que a sexualidade humana se situa em um gradiente. “[A sexualidade] pode, portanto, variar de acordo com as circunstâncias nas quais o indivíduo se encontra, assim como com o contexto social”, detalha o psicólogo especializado no atendimento a LGBTs e seus familiares.

Nos anos 50, o biólogo americano Alfred Kinsey criou uma escala para mensurar os movimentos da sexualidade humana. Entre uma pessoa exclusivamente heterossexual e uma exclusivamente homossexual havia, segundo ele, 5 variações. 

Voltando a 2020. Klecius faz, portanto, o uso do termo bissexualidade no plural.
As bissexualidades podem envolver desde apenas o comportamento sexual, isto é, o ato sexual propriamente dito, a diferentes níveis de envolvimento afetivo e emocional”, esclarece.
Natália Corazza, professora de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Antropologia Social e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) endossa a ideia da sexualidade fluida, e rechaça o argumento comumente usado de que a bissexualidade pode “surgir” provocada pela privação de liberdade aliada à carência sexual.
Eu não diria jamais que a bissexualidade surge. As pessoas vivem relações sexuais, amorosas e prazeirosas em diversas situações sociais. A prisão é uma delas. E frente a estas situações sociais, elas vão viver relações heterossexuais, homossexuais ou bissexuais”, argumenta.
A pesquisadora que atua desde 2001 em estudos baseados em vivências em presídios masculinos e femininos afirma que a novidade no levantamento é identificação dos entrevistados com as letras da sigla LGBT que lhes foram apresentadas.
Essas categorizações identitárias [LGBTQI+] não foram cunhadas e tampouco faziam sentido no cotidiano de vida de pessoas em situação de prisão até bem pouco tempo”.
Por isso, muitas lésbicas masculinizadas, que reproduzem o gênero masculino, através de roupas e nomes masculinos, e são conhecidas, no contexto prisional, como Sapatões, agora se identificam como homens trans.


De fato isso se explica porque os parâmetros da pesquisa, feita com detentos e detentas de São Paulo, seguem uma cartilha formulada pela Secretaria de Justiça e Cidadania e apontamentos de movimentos sociais, usando de uma gramática normativa diferente das nomenclaturas informais usadas nos presídios. Em outras palavras, prisioneiras e prisioneiros foram induzidos a utilizar essa gramática. Ainda assim, esses levantamentos são vistos como meios de se garantir direitos à população LGBT encarcerada, como a visita conjugal homoafetiva.

Com informações de O que as prisões paulistas têm a dizer sobre a sexualidade humana, Todas as Letras, FSP, 23/04/2020

Lésbicas e bissexuais ainda têm problemas com ginecologistas

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020 0 comentários

shutterstock_221885863
Medo de preconceito não deve impedir visitas à ginecologista


Aos 22 anos, Monica precisou de um atendimento ginecológico e foi em uma situação de emergência no pronto-socorro da rede pública da capital paulista. "Eu estava com muitas dores na barriga, com enjoo e tontura. Um ginecologista me atendeu e falei já que era lésbica (várias vezes) e que não tinha chance alguma de eu estar grávida. Ele insistiu muito, chegou a ser desrespeitoso".

Monica conta que todas as vezes que passou por um atendimento ginecológico, a experiência foi péssima.
Os médicos são despreparados para lidar com mulheres lésbicas. Na primeira consulta eu tinha 15 anos e o médico me passou anticoncepcional. No exame, senti muitas dores, foi um incômodo terrível. O aparelho podia ser menor ou apropriado", desabafa.
Ela está há muito tempo sem ir a uma consulta ginecológica pois está traumatizada.

Vida sexual ativa

E o mesmo aconteceu com a recepcionista Tatiana Silva, 26, em um dia que estava com dores na barriga.
Em todas as consultas, os médicos só perguntam se tem vida sexual ativa e se toma contraceptivo. Nesse dia foi feito exame da vulva, que consiste em avaliar as estruturas, pele e mucosas do órgão genital externo feminino, e eu sentia muita dor, pois não era algo habitual para mim. A médica me tratou com rispidez e agressividade, pedia para eu ficar quieta. Fiquei com dor o restante do dia".
Tatiana conta que nas primeiras vezes que se consultou com ginecologista — sendo homem ou mulher, não se sentia à vontade para falar sobre sua sexualidade.
Eu tinha vergonha, medo de como o médico iria reagir. Na outra vez, pediram exame de gravidez, mas eu já tinha dito que não havia chance alguma de estar grávida. Na última consulta, comentei que era lésbica, e ele disse: metade dos problemas está resolvido. Achei que ele reagiu de forma positiva. Mas só comecei na me abrir com a maturidade mesmo".
Sexualidade parece doença

Daniela Romanenko, 26, manicure de publicidade, conta que sempre teve problemas em consultas no ginecologista.
As perguntas eram as mesmas, mas eu não falava que era lésbica - não me sentia à vontade-. Só perguntavam se eu me prevenia e se estava tomando anticoncepcional, as perguntas sempre são direcionadas para quem é hétero. Cheguei a achar que minha sexualidade era doença".
Mas Daniela viu a diferença no atendimento quando se consultou em uma clínica particular.
A médica me perguntou se eu tinha parceiro ou parceira, nesse momento eu já senti a diferença. Fui acolhida e a conversa foi ótima, ela abriu a minha mente. Fiquei sabendo sobre camisinha feminina e outros detalhes. Fiz até ultrassom. Acho que atendimento deveria ser sobre vida sexual e não sobre parceiro sexual".
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo esclarece que disponibiliza informações sobre prevenção às ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) através do aconselhamento singular de acordo com as práticas sexuais de cada mulher, tanto nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) quanto nos 26 serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em DST/Aids. Essas unidades também ofertam tecnologias diversas de prevenção, como preservativos masculino (externo) e feminino (interno), gel lubrificante e testagem.

Assunto vira livro

Quais os aparelhos são utilizados para exames ginecológicos para mulheres lésbicas? São as mesmas para todas as mulheres? E os métodos para prevenção de doenças? Essas foram as questões que fizeram a jornalista Larissa Darc, de 22 anos, escrever um livro sobre o assunto: "Vem cá: vamos conversar sobre a saúde sexual de lésbicas e bissexuais".
Fiz o livro sobre o que tinha acontecido comigo e foi impactante para mim e para outras meninas. Existe um sistema que exclui mulheres que procuram assistência médica", desabafa. Após várias pesquisas e entrevistas com especialistas, Larissa concluiu que mulheres lésbicas e bissexuais não recebem atendimento adequado porque elas não têm acesso a dispositivos para proteção. Existe um sistema que historicamente negligenciou a saúde das mulheres e um sistema heteronormartivo e invalida todas as relações que não são hetero".
Para esclarecer

A Secretaria Municipal de Saúde informa que os métodos de barreiras tradicionais às ISTs também devem ser utilizados por mulheres que fazem sexo com outras mulheres. São sugeridas adaptações nas camisinhas externas e internas para proteção no contato com a vulva, e a utilização do preservativo também nos acessórios usados durante a relação sexual, trocando no caso de compartilhamento entre as parceiras. É importante ressaltar que o contato com o sangue da menstruação oferece grandes riscos de infecção pelo HIV e hepatites.

Após pesquisas para produção do livro, Larissa questiona a posição da Secretaria.
Esse discurso que existem métodos de barreiras de doenças - feito para mulheres que fazem sexo com mulheres -, onde orientam para recortar a camisinha, etc.. essas adaptações e "gambiarras" não são eficazes, não tem estudos que comprovem isso, pois não cobrem a vulva toda. São desconfortáveis".
Larissa acrescenta ainda que quando médicos e médicas informam que existem essas adaptações há um grande problema.
Estamos silenciando algo que está errado, pois precisam ter estudos e são focados nos métodos heteronormativos e são feitos para mulheres que fazem sexo com mulheres", afirma.
Após a publicação do livro, Larissa conta a repercussão sobre o tema.
Comecei a ser chamada para falar nos lugares em diferentes espaços para promover conversas sobre o tema. Trocar informação é uma coisa tão importante porque na escola a gente só recebe a informação da relação que é heteronomativa, só aprende sobre sexto hétero, e depois a gente não tem mais espaço para conversar sobre isso".
A Secretaria informa ainda que as mulheres lésbicas e bissexuais devem realizar, regularmente, o exame de Papanicolau. E que os aparelhos utilizados nos exames ginecológicos e proctológicos pela rede são os mesmos para todas as mulheres. As UBSs e as RME DST/Aids realizam ainda exames para HIV, sífilis e hepatites B e C. A SMS possui um Comitê Municipal LGBTI (portaria nº 499/2019), que tem por objetivo implementar a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais nas unidades de saúde.

E em relação ao exame Papanicolau, existem tamanhos diferentes de espéculos e em todos os postos de saúde deveriam oferecer.
Esses exames devem ser feitos por mulheres que nunca tiveram relação sexual e precisam fazer preventivo e mulheres que fazem relação com a penetração de um pênis também. E em relação ao HIV a troca de sangue aumenta o risco realmente, mas existem outras doenças tão importantes quanto, estamos expostas a diversas infecções".
Com relação às pesquisas sobre o tema, a SMS disponibilizou pesquisa sobre sexo seguro relacionadas à saúde da mulher lésbica ou bissexual:

> Uso de preservativo em todas as relações com homens - 45,5%;
> Uso de preservativo em todas as relações com mulheres - 2,1%;
> Motivo do não uso do preservativo:
> não viu necessidade (42,4%)
> confiança na parceira (17,3%)
> desconhecimento (16,5%)

Cuidados com a Saúde:

- 46,9% realizam consulta ginecológica anualmente;
- 53,1% não realizam consulta ginecológica anualmente;
- 62,8% realizaram teste anti-HIV

Clipping Mulheres bi e lésbicas contam o que viveram em consultas no ginecologista, Priscila Gomes, Universa, 30/01/2020

Atriz da Globo, Olivia Torres se assume lésbica em vídeo no Instagram

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020 0 comentários

Resultado de imagem para olívia torres lésbica
Olívia Torres se assumiu lésbica - Foto: Divulgação

Olivia Torres, de 25 anos, usou as redes sociais para se assumir lésbica. A atriz ficou conhecida na televisão pelos seus papéis em ‘Malhação’, ‘Totalmente Demais’, ‘Tempo de Amar’, entre outras.

O post de Olivia mostra uma série de cenas de filmes que retratam relações homossexuais entre mulheres, e ela diz que sentia “uma sensação nítida de que, se eu tivesse assistido aquilo durante a adolescência, tudo teria sido radicalmente diferente”.
Eu teria chorado lágrimas guardadas há menos tempo, teria assumido algo desde sempre tão óbvio com mais tranquilidade”, continuou ela na narração, do vídeo de 1min e 40s.
Na legenda da post, ela cita os filmes usados no vídeo, revela que foi editado pelo amigo Bruno Mello, e disse que escreveu o texto da narração em 2018.
Também poderiam ser de tantos outros que já vi, que estou pra ver ou que ainda não descobri. Nos enxergar é revolucionário”, declarou.
Em seu texto, a atriz conta que os filmes foram uma parte importante do seu processo de aceitação e descoberta da própria sexualidade. Em outro trecho, ela abre o jogo sobre seus relacionamentos heterossexuais e a forma como eles a faziam sentir, comparando a "exercícios de memória e julgamento".

Seguem o texto completo e o vídeo:
A primeira e provavelmente mais arrebatadora foi na sala de cinema. Uma sensação nítida de que se eu tivesse assistido aquilo durante minha adolescência tudo seria radicalmente diferente. Que eu teria chorado lágrimas guardadas há menos tempo e teria assumido algo desde sempre tão óbvio com mais tranquilidade. Duas mulheres que são apresentadas, que flertam, que tem coragem, que se beijam, que entendem que o risco valeu a pena, que se apaixonam, que fodem e amam. Meu corpo respondendo a todos os estímulos, eu encantada pelo amor e simultaneamente destroçada por ele. Pelo que me neguei e me obriguei a viver. Todos os homens que transei e que não queria, todos os 'eu te amo' que copiei de outros casais, e súplicas para que fossem de verdade os arrebatamentos que nunca duravam. Um esforço constante de fazer da minha vida uma encenação tosca. Mas no cinema não era um exercício de memória e julgamento. O arrebatamento vinha da alma, como sendo apresentada a outros espaços dentro do corpo, outras possibilidades assustadoras que antes eu só entendia onde viviam observando no outro. Novidade do que poderia agora ser meu, a mais inédita e irreal possibilidade de amar." 

Com informações de Isto É Gente (23/01/2020) e Quem (22/01/2020)

Freiras lésbicas: encontros secretos e troca de cartas de amor em conventos

sexta-feira, 30 de agosto de 2019 0 comentários

A história da freira Juana Inés virou uma série da Netflix com temática lésbica

Em 2005, Jeannine Gramick, freira americana e co-fundadora da organização New Ways Ministry, de apoio à comunidade LGBT católica, disse, durante estadia no Brasil para participar do 13º Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, que em seu convento havia freiras lésbicas:
Uma noviça comentou que, antes de entrar no convento, foi a um bar de frequência gay na cidade. Depois daquele episódio, soube que havia lésbicas no que eu estava", explicou, afirmando que todas deveriam se assumir: "Quando Paul Newman aparece na tela, as heterossexuais suspiram. As lésbicas não podem fazer o mesmo quando é a Jane Fonda?".
 Jeannine Gramick em apoio ao casamento igualitário

A presença de lésbicas em conventos parece não ser novidade para historiadores que estudam esse assunto. Eles relatam histórias de mulheres, que, à força ou por vontade própria dentro deles, tiveram a possibilidade de expressar sua liberdade, inclusive sexual, até serem reprimidas.

Noviças rebeldes

No livro Atos Impuros, em português, a historiadora Judith C. Brown, da Universidade Wesleyan, nos Estados Unidos, cita o caso sexual entre as freiras italianas Benedetta Carlini e Bartolomea Crivelli, ocorrido por volta de 1620, durante o Renascimento. Benedetta, que foi enviada a um convento na Toscana pelos próprios pais, começou a ter visões perturbadoras e, segundo a autora, "usava sua possessão por um espírito masculino como explicação para os atos com a colega", que foi nomeada sua cuidadora durante seus "períodos de êxtase".

Alguns anos depois, durante uma investigação encomendada pela Igreja, descobriu-se que as freiras mantinham relações sexuais há anos. O caso resultou na separação das duas e o pouco que se sabe é que Benedetta foi enviada para uma prisão, onde permaneceu até morrer.

Sua história inspirou uma peça teatral da dramaturga canadense Rosemary Rowe e o filme biográfico francês e holandês "Benedetta", previsto para ser lançado em 2020.

As freiras italianas Benedetta e Bartolomea viveram um caso
em um convento  da Itália e Bendetta foi presa por isso.

Conventos já foram mais liberais

Se hoje os conventos transmitem a ideia de serem locais humildes, tranquilos e acessíveis, antes, alguns deles eram bem diferentes. Na América colonial, entre os séculos 16 e 17, por exemplo, havia conventos em que ocorriam bailes, apresentações de teatro, debates intelectuais e as freiras podiam ter acomodações luxuosas, com direito a criadas e escravas, usar joias, receber visitas da corte e estudar livros proibidos pela Igreja.
Um convento, muitas vezes, significava acesso a um melhor e mais seguro padrão de vida", comenta a historiadora Sarah Rees Jones, da Universidade de York, no Reino Unido, e autora do livro "Cristãos e Judeus na Inglaterra Angevina", em português.
Em um desses conventos, no México, viveu Juana Inés de la Cruz, freira por escolha própria e poetisa do século 17, que dedicou versos elogiosos e de amor para várias mulheres de seu convívio, como para Maria Luísa Manrique y Gonzaga, vice-rainha da Nova Espanha: "pois você sabe que as almas/ ignoram distância e sexo" e "quando minha/te chamo, não pretendo/que julguem que és minha,/só que eu ser tua quero".

Segundo Alicia Gaspar Alba, pesquisadora da Universidade da Califórnia e autora do livro "[Un]framing the 'Bad Woman'": "Juana foi uma feminista lésbica chicana". Chicano é um termo para designar cidadãos de origem mexicana.

Apesar da afirmação de Alba, não há um consenso entre os historiadores a respeito disso, por falta de provas. Sendo uma freira poetisa famosa e tendo contato com a corte, era mais fácil despistar a Inquisição. Para ter ideia, com a publicação do primeiro livro da freira, "Inundação Castálida", de 1689, uma nota esclarecendo sua "amizade casta" com a vice-rainha foi logo anexada nele explicando que havia "na poetisa um amor a Sua Excelência com puro ardor".

Em 2016, Juana virou protagonista da série da Netflix "Juana Inés", na qual é apresentada como uma freira feminista, que vive relacionamentos lésbicos em uma época de opressão.

"Juana Inês" na Netflix

Carta de amor

Além de poemas, cartas também foram escritas em conventos. Em 2018, Erik Wade, professor medievalista da Universidade de Bonn, na Alemanha, compartilhou em seu Twitter uma carta de amor entre duas freiras e amantes do século 12 que parecem ter sido separadas. As duas, sem nomes identificados, são representadas no documento pelas letras C e B. Na ocasião, Wade escreveu: "Eu li isto em uma classe e 'chorei de amor'".

A carta foi extraída do livro "Latim Medieval e a Ascensão do Amor-Lírico Europeu", do pesquisador e membro da Academia Britânica Peter Dronke. Abaixo, a versão em português:
"Para C-, mais doce que mel ou favo de mel, B- envia todo o amor que existe para o seu amor. Você que é única e especial, por que você demora tanto tempo, tão longe? Por que você quer que sua única morra, alguém que, como você sabe, te ama com alma e corpo, que suspira por você a cada hora, a todo o momento, como um passarinho faminto. 
Desde que eu tive que ficar sem sua doce presença, eu não queria ouvir ou ver qualquer outro ser humano, mas como a pomba, tendo perdido sua companheira, empoleira-se para sempre em seu pequeno ramo seco, então eu lamento sem fim até que eu aproveite sua confiança de novo. Eu olho e não encontro minha amante -- ela não me conforta nem com uma única palavra. De fato, quando reflito sobre a beleza de sua fala e aspecto mais alegre, fico completamente deprimida, pois não encontro nada que eu possa comparar com seu amor, doce além do mel e do favo de mel, comparado com o brilho do ouro e da prata. 
O que mais? Tudo em você é gentileza, perfeição, então meu espírito definha perpetuamente por sua ausência. Você é desprovida da ousadia de qualquer falta de fé, você é mais doce que leite e mel, você é inigualável entre milhares, eu te amo mais do que qualquer outra. Você é o meu amor e desejo, você é o doce resfriamento da minha mente, não há alegria para mim em qualquer lugar sem você. Tudo o que foi delicioso com você é cansativo e pesado sem você. 
Então eu realmente quero te dizer, se eu pudesse comprar a sua vida pelo preço da minha, [eu faria] instantaneamente, pois você é a única mulher que eu escolhi de acordo com o meu coração. Por isso, rogo a Deus que a morte amarga não venha a mim antes que eu desfrute da visão desejada de você novamente. Adeus. Tens de mim toda a fé e amor que existem. Aceite a escrita que envio e, com ela, meu constante pensamento".

Clipping Freiras lésbicas: encontros secretos no convento e troca de cartas de amor, por Marcelo Testoni, 27/05/2019

Romance entre mulheres volta a se destacar no festival de Cannes

quinta-feira, 23 de maio de 2019 0 comentários

O Retrato da Garota em Chamas

Filme com romance lésbico volta a chamar atenção em Cannes
Desde que o Festival de Cannes foi tragado, a partir do ano passado, pelo furor do movimento feminista #MeToo, a principal mostra de cinema tem sido questionada sobre a ainda incipiente participação de diretoras mulheres e respondido de forma às vezes precipitada à grita, selecionando obras marqueteiras e com pouca substância.

O filme “Portrait de la Jeune Fille en Feu”, da francesa Céline Sciamma, talvez seja o primeiro exemplo de um longa que responde diretamente aos anseios de tais grupos identitários sem sacrificar a consistência ou cumprir cota.

O longa costura uma elegante ambientação de época com uma observação incisiva sobre as discrepâncias entre o olhar feminino e o olhar masculino, que servem tanto ao enredo quanto à reflexão sobre gênero nas artes, em especial no cinema.

Na Bretanha do século 18, a jovem Marianne (Noémie Merlant) é chamada a servir como dama de companhia à nobre Héloïse (Adèle Haenel), que acaba de deixar o convento e está prometida a um rico milanês. O que a filha de condessa não sabe é que a recém-chegada é uma pintora que foi incumbida de fazer um retrato seu para enviá-lo ao futuro pretendente.


Tudo precisa ser segredo. O último retratista foi enxotado por Héloïse, contrariada pela ideia do matrimônio, mas deixou uma tela incompleta e com um borrão no lugar no rosto. Caberá a Marianne completar o desenho às escondidas.

Os olhares penetrantes da pintora, que no princípio servem apenas para captar os traços da outra, logo evoluem para um interesse mútuo e as encaminha para um proibido romance lésbico. Ao final, não se sabe se a garota em chamas do título é que é objeto do retrato e que será rifada em casamento ou se é a que o pinta e que está consumida pelo desejo.

A cineasta, que já abordou aspectos da feminilidade em “Tomboy” e “Garotas”, usa as diferentes perspectivas entre os retratistas para tecer comentários sobre o que é arte produzida por mulher e o que é arte produzida por homem.

Nesse esforço, ela dialoga com as formas com que personagens femininas têm sido mostradas no cinema —sua delicadeza não poderia ser mais oposta, por exemplo, do registro voyeur de Abdellatif Kechiche e seu “Azul É a Cor Mais Quente”, vencedor da Palma de Ouro em 2013.

A questão do ponto de vista é tão central que a diretora ainda costura à história referências ao mito de Orfeu, aquele que perdeu sua amada justamente porque olhou para ela.

Rival de Céline Sciamma na disputa pela Palma de Ouro, o diretor canadense Xavier Dolan foi um dos que não se contiveram e correram às redes sociais para se derreter pela obra. “Me senti confortável, tanto romântica quanto psicologicamente diante da ausência de personagens homens”, escreveu.

Fonte: Folha de SP, 20/05/2019


“Elisa y Marcela”, drama lésbico de época, causa polêmica no Festival de Berlim por ser da Netflix

segunda-feira, 15 de abril de 2019 0 comentários

Atrizes Natalia de Molina (esq.) e Greta Fernandez, de 'Elisa y Marcela', no Festival de Berlim - Fabrizio Bensch/Reuters

Drama lésbico causa controvérsia em Berlim por ser produção da Netflix


Assim que o logotipo da Netflix pintou na telona, as vaias irromperam na sala do Berlinale Palast, onde os filmes do Festival de Berlim são exibidos.

“Elisa y Marcela”, drama de época da espanhola Isabel Coixet, é a cizânia da vez. Por ser uma produção da empresa americana de vídeo sob demanda, a sua escalação para competir ao Urso de Ouro é controversa.

Redes alemãs de cinema protestaram contra a presença da obra nesse que é um dos eventos mais importantes do mundo. Numa carta aberta enviada à organização e ao Ministério da Cultura alemão, 160 exibidores independentes exigiram que o filme de Coixet fosse retirado da disputa. “O festival defende a tela grande, a Netflix defende a tela pequena.”
A diretora espanhola Isabel Coixet
A diretora disse que o documento é um “desrespeito” ao seu trabalho e ao da equipe de filmagem.
Entendo as razões das salas de cinema, mas não é justo dizer que o filme não mereceria estar aqui”, falou aos jornalistas. “O futuro passa pela convivência das várias plataformas.”
Diretor do festival, Dieter Kosslick se negou a retirar o longa da competição e afirmou que as grandes mostras cinematográficas precisam chegar a um entendimento comum sobre como lidar com a presença de produções do streaming em suas respectivas programações.

Cannes é inflexível e não permite produções que não passarão pelas telas dos cinemas. Veneza é bastante aberta a isso, tanto é que “Roma”, de Alfonso Cuarón, estreou por lá e saiu com o prêmio principal. Berlim adotou uma postura intermediária. Kosslick disse que permitiu a participação de “Elisa y Marcela” porque o filme será, ao menos, exibido nas salas espanholas.
Se ele for bem na Espanha, espero que viaje para outros países e passe no Brasil, onde estão prestes a banir o casamento gay”, disse Coixet. Ela se refere possivelmente à onda conservadora na política nacional.
“Elisa y Marcela” empunha a bandeira da união entre pessoas do mesmo sexo. A história, baseada num caso real ocorrido no começo do século 20, acompanha a relação entre duas mulheres que desafiaram os tabus de um vilarejo na região da Galícia para ficarem juntas.

Rodado num solene preto e branco, o longa mostra como as duas protagonistas se conheceram numa escola católica e logo se apaixonaram. Para ficarem juntas, Elisa chega até a sair da cidade e voltar disfarçada de homem para conseguir se casar com Marcela. O truque, contudo, não ilude ninguém, e as duas passam a enfrentar ameaças crescentes.
O que me interessava era mostrar como essas personagens se relacionavam e descobriam o que era o sexo num ano como 1901, antes de existir qualquer referência ‘queer’”, diz a cineasta.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Um Outro Olhar © 2025 | Designed by RumahDijual, in collaboration with Online Casino, Uncharted 3 and MW3 Forum