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Técnica de Segurança do Trabalho relata como encontrou empresa onde pode ser ela mesma

segunda-feira, 17 de outubro de 2022 0 comentários

 A Técnica de Segurança do Trabalho, Laura Soares,
 sofreu preconceito no trabalho, mas o superou


Laura já foi alvo de ataques homofóbicos e ela mesma teve que lutar contra a homofobia internalizada – a dificuldade para se aceitar e gostar de si mesma –, um problema mais comum do que se imagina.

Foi somente a partir dos 21 anos de idade, quando teve a oportunidade de sair da casa dos pais, no interior de Minas Gerais, que Laura iniciou seu processo de aceitação. Mas ainda levaria um tempo para se aceitar completamente.

Até conhecer a atual esposa, Laura omitia que era homossexual, “até mesmo pelo preconceito de obra não ter mulher, ainda mais uma mulher homossexual”.

O preconceito se materializou em agressões verbais, mas é coisa do passado. Em sua atual empresa, Laura se sente segura para ser quem ela é!

A empresa 100% agrícola, Corteva Brasil, tem como foco prioritário possibilitar uma cultura de inclusão, diversidade e equidade, criando um ambiente em que as diferenças sejam acolhidas e utilizadas para melhor atender às necessidades dos clientes e o bem-estar de seus funcionários.

O grupo de afinidade ajuda a promover a empresa como um ótimo lugar para trabalhar, onde lésbicas, gays, bissexuais e afins se sintam e sejam parte de um ambiente de oportunidade, respeito e garantia de direitos.

Você pode ser você mesmo dentro desta empresa. Se você fizer o seu trabalho, você vai ser tratada como qualquer outro funcionário. Não tem uma discriminação”, contou Laura.


 Clipping Depois de funcionário me agredir verbalmente, hoje eu trabalho em um ambiente onde me sinto segura, por Daniel Froes, Razões para Acreditar, 14/10/2022

Maura Healey e Tina Kotek podem se tornar as primeiras governadoras lésbicas dos EUA

sexta-feira, 23 de setembro de 2022 0 comentários


Maura Healey e Tina Kotek podem estar concorrendo a governadoras em lados opostos do país, mas ambas as mulheres estão prontas para fazer história: se eleitas na terça-feira, 8 de novembro, elas se tornarão as primeiras governadoras lésbicas dos Estados Unidos.

Kotek está concorrendo como democrata no Oregon, onde atuou como presidente da Câmara de janeiro de 2013 a janeiro de 2022. Healey, também democrata, é procuradora-geral de Massachusetts desde 2014. (Quando eleita com 63% dos votos, tornou-se a primeira procuradora-geral lésbica do país). Embora seus objetivos atuais e plataformas de campanha sejam semelhantes, suas entradas na política não poderiam ter sido mais diferentes.

A trajetória de Healey começou em 2007, quando ela deixou a carreira de advogada de negócios para se tornar chefe da Divisão de Direitos Civis do procurador-geral de Massachusetts. Depois de cinco anos no cargo, ela concorreu para AG.
Eu não esperava estar na política”, disse Healey ao Bustle. “Eu realmente entendi o que significa trabalhar em um escritório como advogada do povo. Foi isso que me inspirou a concorrer em 2014, apesar de nunca ter me candidatado.”
Kotek se interessou pelo serviço público nos anos 90 enquanto trabalhava como presidente do comitê de estudantes de pós-graduação na Universidade de Washington, onde obteve um mestrado em estudos internacionais e religião comparada.
Estávamos tentando garantir que alunos e professores tivessem acesso aos benefícios da parceria doméstica”, diz Kotek. “Eu estava em um relacionamento de longo prazo na época, então me candidatei a um alojamento estudantil no campus. Foi negado, fiz uma queixa de discriminação e foi negado novamente. Isso me fez começar a dizer: ‘Preciso me defender e defender os outros’.”
Depois de se formar, ela conseguiu um emprego no Oregon Food Bank e começou a fazer advocacia no Capitólio do estado (palácio do governo local).

Tina Kotek na parada do orgulho de Portland. Cortesia de Tina Kotek

Tanto Kotek quanto Healey estão rodando em plataformas democratas bastante tradicionais que enfatizam questões como direitos reprodutivos e controle de armas. Elas tornaram as proteções ambientais partes fundamentais de suas plataformas e veem os jovens eleitores motivados pelas mudanças climáticas. Kotek planeja proteger o progresso que ela fez na legislatura do Oregon, enquanto Healey espera levar Massachusetts a emissões líquidas zero até 2030.
Quero ser a governadora mais contundente do país quando se trata de lidar com o clima”, diz Healey, que é 51. “E isso ressoa com os jovens que estão exigindo ação de seus líderes”.
Eu tenho um grupo Teens for Tina, e o clima é muito importante para eles”, diz Kotek, que tem 55 anos. Eles têm sido fenomenais.”
Acontecimentos recentes demonstraram com extrema clareza a importância da representação LGB no governo estadual. Considere o projeto de lei “Don't say Gay (Não diga gay)” da Flórida". O estado é de onde vêm suas proteções básicas”, diz Kotek. “Quando você tem indivíduos homossexuais em cargos públicos, eles trazem sua perspectiva para a mesa todos os dias. Isso importa quando você está fazendo políticas públicas.”

Maura Healey com outros políticos de Massachusetts depois que a Suprema Corte dos EUA derrubou Roe v. Wade.Boston Globe/Boston Globe/Getty Images

Embora a representação LGB no governo estadual tenha melhorado ao longo do tempo, 10 estados têm menos funcionários eleitos LGB este ano do que em 2021, de acordo com um relatório do grupo de defesa Victory Institute. Atualmente, Kate Brown (bissexual), do Oregon, e Jared Polis, do Colorado – ambos democratas – são os únicos governadores LGB do país, com o mandato de Brown terminando este ano.

Healey sente que a falta de representação impediu que muitas pessoas LGB se candidatassem, mas espera que sua carreira mude isso. Por ter sido eleita a primeira procuradora-geral abertamente lésbica do país, as pessoas a procuravam e diziam: 
"Agora acho mais viável para mim ou para meus filhos serem gays ou lésbicas’”, ela disse. 
De acordo com as previsões eleitorais, ambas as candidatas provavelmente vencerão seus oponentes republicanos (Christine Drazan de Oregon e Geoff Diehl de Massachusetts), mas nada é garantido. Kotek afirma de forma sucinta: 
Será ótimo ter duas governadoras lésbicas, uma em cada costa, para que possamos manter tudo em andamento”.

Com informações de These 2 Women Could Be America’s First Lesbian Governors, Bustle, 17/09/2022

Amor entre duas estudantes gera discussão pública em Cuba sobre direitos homossexuais e a ditadura comunista

quarta-feira, 21 de setembro de 2022 0 comentários

O amor entre estas duas estudantes gerou
uma discussão pública em Cuba

"Glenda te amo". Um cartaz com esta mensagem de amor está a gerar polémica e discussão na sociedade cubana, que se prepara para votar um documento histórico mas muito controverso.

"Glenda te amo". É esta mensagem simples, pintada à mão com as cores do arco-íris, e colocada na varanda de uma escola secundária, que está a agitar a sociedade cubana e a lançar uma gigantesca discussão pública sobre os direitos da comunidade homossexual num país que continua debaixo de uma ditadura comunista. A história de amor entre duas jovens representa uma vontade de mudança, de crença num futuro diferente, e está a inspirar milhares de pessoas, num momento em que Cuba se prepara para referendar um documento polémico, o Código das Famílias, que prevê a possibilidade de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Só que a coisa não é assim tão simples e clara.

O cartaz de amor foi colocado na Escola Pedagógica Raúl Corrales, em Ciego de Ávila, uma pequena localidade no centro de Cuba, a mais de 400 km de Havana. A página de Facebook da escola acabou por publicar as imagens, que emocionaram a comunidade local, e geraram imensos comentários favoráveis.

País dividido em relação ao novo Código das Famílias
suspeito de ser apoio à ditadura

Só que o amor homossexual, reprimido durante décadas de ditadura comunista, ainda não é algo visto como legal pelo regime, e a publicação da escola foi, entretanto, ocultada, provavelmente devido a ordens superiores.
E foi precisamente a retirada da publicação que gerou uma onda de protesto, contestação que chegou a todo o país, e que lançou a discussão sobre o Código das Famílias, um documento preparado pelo regime comunista liderado por Miguel Díaz-Canel, que sucedeu na presidência cubana a Raúl Castro, em 2018, e que será referendado a 25 de setembro.

Este Código das Famílias está, também, a dividir a sociedade cubana. Isto porque o documento é visto por muita gente como uma armadilha criada pelo regime comunista de Díaz-Canel, que mascara uma suposta lei que mostra progresso e respeito pelos direitos LGB como uma validação do próprio regime comunista. Ou seja, quem votar "sim", e disser que quer que o país passe a permitir o casamento homossexual, está, também, a aceitar o regime ditatorial cubano, que continua a oprimir a sociedade e a suprimir a liberdade.
Os membros da comunidade LGB só terão direitos reconhecidos no Código da Família desde que não se oponham à revolução. Caso contrário, serão perseguidos, encarcerados, expulsos e maltratados das formas mais criativas às mais cruéis. Lembrem-se de que aqueles que se opõem à revolução não têm direito a nada em Cuba, não importa se são heterossexuais ou homossexuais".
As palavras são do padre Kenny Fernández, de uma igreja em Mayabeque, Cuba, um opositor ao regime comunista. Para ele, o novo Código das Famílias é um embuste.
Dizem-nos que o Código das Família procura proteger as crianças. Pergunto: como podemos proteger as crianças da fome se não há pão? Como podemos protegê-las das insónias e do esgotamento causado por uma noite de apagão, porque não temos eletricidade?", questionou numa publicação partilhada na sua conta de Facebook.
O atual regime cubano, iniciado por Fidel Castro a 1 de janeiro de 1959, sempre proibiu e reprimiu todas as manifestações de amor homossexual. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido em Cuba e há dezenas de relatos de cidadãos homossexuais que contam como foram perseguidos e maltratados durante anos, sendo obrigados a esconder a sua orientação sexual. Hoje, essa repressão é muito mais discreta, devido ao forte escrutínio que existe, mas também à necessidade de o regime cubano não querer passar para o exterior uma imagem demasiado agressiva e retrógrada. Precisamente para criar a ideia de uma sociedade mais moderna, o regime comunista de Díaz-Canel preparou o tal Código da Família, que será referendado a 25 de setembro.
Quase todos nós saímos tardiamente do armário. Muitas vezes apenas quando saímos do país. Mas muitos continuam sem se assumir e têm medo de demonstrar afeto, publicamente, pelos seus parceiros", acusa a activista dos direitos LGBT Yennys Hernández Molina, que se congratulou, nas redes sociais, com o caso destas duas estudantes.
Para Hernández Molina ainda há um longo caminho a percorrer, até porque, nos dias de hoje, como acusa, muitos dos espaços partilhados pela comunidade LGBTI em Cuba ainda são "tudo menos seguros" e "alguns são abertamente violentos". Para esta ativista é importante que não se olhe para quem se assume como uma pessoa "corajosa".
Eu luto para que estas raparigas, ou todas as pessoas que se assumem, não sejam rotuladas de corajosas. O objetivo não é ser corajoso, mas sim ser livre".
Em ditadura, Glenda não pode amar ninguém. Não se ama numa ditadura", afirmou a ativista de direitos LGB, garantindo, por isso, que não irá votar favoravelmente ao Código das Famílias, que impõe a quem vota "sim" uma concordância com o regime ditatorial comunista. "Eu não voto".
Por motivos diferentes, também a igreja cubana é contra o novo Código das Famílias, que considera um passo para "destruir o modelo de família tradicional".

Clipping A história de amor de duas estudantes que está a agitar Cuba e a abanar o regime comunista, MAGG, Sapo.pt, 21/09/2022

Ver também Che Guevara era homofóbico

Senadores americanos buscam proteger o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país

quarta-feira, 14 de setembro de 2022 0 comentários

Ampla maioria dos americanos apoia o casamento homossexual (71%),
mesmo entre os conservadores (Foto: Canva)

Votação sobre um projeto de lei a respeito do casamento (Respect for Marriage Act) pode ocorrer a partir da próxima semana

As negociações sobre o casamento homossexual se intensificaram e ganharam força na segunda-feira (12) no Congresso dos EUA, onde um grupo de senadores tenta obter o respaldo necessário de seus colegas republicanos para proteger este direito.

Nos EUA, as uniões entre pessoas do mesmo sexo foram garantidas pela Suprema Corte de Justiça em 2015. Mas, após a histórica mudança de rumo do máximo tribunal sobre o aborto, muitos progressistas temem que este direito esteja agora ameaçado.

Em meados de julho, a Câmara de Deputados votou uma lei para proteger os casamentos entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Todos os democratas e 47 republicanos respaldaram o texto. Mas quase 160 republicanos se opuseram.

Agora, no Senado, são necessários votos de dez republicanos para sua aprovação devido às regras da maioria qualificada. Há várias semanas, a senadora republicana Susan Collins trabalha com os democratas para tentar convencer seus colegas conservadores a se juntarem à causa.

O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, qualificou as negociações sobre este texto como “frutíferas”. “Seu trabalho ainda não está terminado, mas deu ânimo para continuarmos com os esforços”, comentou.

Uma votação sobre um projeto de lei a respeito do casamento (Respect for Marriage Act) pode ocorrer a partir da próxima semana.

O influente senador republicano Mitch McConnell, fiel da balança para a decisão de muitos de seus pares, ainda não indicou se votará ou não a favor do texto.

Em carta publicada na segunda-feira, mais de 400 republicanos – um governador, ex-deputados e vários candidatos ao Congresso – exortaram os senadores de seu partido a apoiar a medida.

Uma ampla maioria dos americanos apoia o casamento homossexual (71%), mesmo entre os republicanos. Mas a direita religiosa continua a se opor.

Clipping Negociações no Senado dos EUA sobre casamento homossexual se intensificam, por Antonio Tozzi, 13/09/2022

Cerimonialista não aceita oficiar casamentos homossexuais

segunda-feira, 18 de julho de 2022 0 comentários

Ao orçar o matrimônio, Isabella e Bianca tiveram pedido recusado por empresário
 que só casa heterossexuais.

Nos preparativos para o casamento previsto para daqui a dois anos, o casal Bianca dos Santos Ventura, de 23 anos, e Isabella Santiago Pereira, de 21 anos, procuravam cerimonialista para realizar o sonho do matrimônio no litoral. O inesperado aconteceu na ultima quinta-feira, quando um empresário se negou a passar o orçamento por elas não serem um casal heterossexual. A atitude do celebrante chocou as noivas, que vão denunciar a violência sofrida.
Procurando por casamentos completos no litoral, numa busca bem genérica mesmo, me deparei com o serviço do Omar Zaracho. Olhei as fotos, o cerimonial dos casamentos e achei tudo muito bonito. Então entrei em contato e foi aí que recebi a resposta negativa, de que não realizava casamento de homossexual. Não foi bacana o que ele fez, então resolvi postar no Instagram para mostrar aos meus amigos o que aconteceu comigo. E foi ai que chave virou, de que o que ele fez era crime — contou Isabella.
Omar Zaracho oferece serviço de realização de cerimônias, não contendo buffet e nem decoração. A justificativa do ministro celebrante para se negar a fazer o orçamento para o casal é de que não realiza casamentos homoafetivos.
Em nenhum momento ofendi, julguei a opção delas ou faltei com o respeito. Se elas estavam procurando um buffet ou local de festa procuraram errado. Eu sou apenas um ministro celebrante de cerimônias heterossexuais, como já diz no meu site que é minha especialização. Falta de respeito seria se eu fizesse um serviço para o qual não tenho experiência e nem qualificações. Como não eram clientes que eu iria preencher as expectativas, encerrei o atendimento para evitar constrangimentos pelos quais passei outras vezes de receber insultos e xingamentos — explicou Zaracho.
Nas redes sociais, poucas horas depois de responder Bianca e Isabella, o cerimonialista fez um post afirmando que "a procriação só é possível entre um homem e uma mulher", mencionando Deus e trechos da Bíblia.

A pedagoga Isabella, namorada da engenheira Bianca há dois anos, disse que a resposta de Zaracho foi logo em seguida da informação do nome delas, conforme mostra o print abaixo feito pela noiva da conversa entre eles.

Sem acreditar eu fui olhar o site dele com mais atenção. Eu só tinha feito uma leitura dinâmica, não tinha me atentado aos detalhes. E foi nessa segunda leitura que eu vi na própria descrição do site ele falando que não realizava casamentos homossexuais. Isso é um caos. Na hora pensei "não é possível, sério que isso tá acontecendo?" eu fui dormir pensando naquilo — contou Isabella, acrescentando que ao compartilhar a história encontrou outro casal de amigas que sofreram uma situação parecida, o que mostrou a gravidade da situação que não era um caso isolado.
Enfatizando a exposição da conversa particular e privada, Zaracho diz que precisou privar o perfil da empresa devido aos insultos e que "não podem obrigar um prestador de serviços aceitar um serviço ao qual não está preparado para realizar":
Grupos LGBT começaram a me atacar e xingar. Assédio psicológico é crime. Na cerimônia hetero consigo expor o gênesis da criação, que é o projeto de Deus para o casamento e a família. Na homoafetiva não tem como usar essas bases da cosmovisão judeu cristã, a própria natureza nega a reprodução entre casais do mesmo sexo. Eu não tenho preparo para fazer uma cerimônia sem essas bases. Prefiro não fazer, mas respeito a liberdade de escolha das pessoas — ressaltou o cerimonialista, que já deixa explicito na descrição dos serviços no site que realiza "apenas cerimônias heterossexuais".
Print feito por Isabella da descrição do site do celebrante — Foto: Reprodução

A pedagoga compartilhou a imagem com amigos no seu perfil do Instagram, que questionaram Zaracho fazendo comentários na publicação dele.


Montagem com print da publicação e de uma das respostas de Omar nos comentários
 — Foto: Reprodução/Instagram

Omar Zaracho, reverendo formado em teologia pelo Instituto Bíblico Rio de la Plata, de Buenos Aires, e em aconselhamento pela University of the Nations, bilíngue e que realiza especialmente cerimônias de casamento em praias na região de Búzios, fez outra publicação. Desta vez no Twitter, comentando a repercussão do caso e que está "sofrendo perseguição da ditadura gay".











As noivas, Isabella e Bianca, disseram ainda que, com a repercussão do caso, foram procuradas por um advogado que se propôs a pegar o caso e dar prosseguimento a denúncia para processa-lo:

Não vamos deixar isso quieto, homofobia é crime — afirmaram.

Clipping Cerimonialista se nega a realizar casamento de lésbicas: 'só caso homem e mulher', por  Thayssa Rios, O Globo, 14/07/2022

Quase 40% das empresas brasileiras ainda discriminam gays e lésbicas nas contratações

quarta-feira, 6 de julho de 2022 0 comentários

Gays e lésbicas inda recorrem pouco à Justiça para fazer valer seus direitos

Quase 40% das empresas brasileiras fazem discriminação nas contratações

Brasília – Alvos de discriminação no mercado de trabalho, homossexuais ainda recorrem pouco à Justiça para fazer valer seus direitos. Segundo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Emmanoel Pereira, as queixas que chegam a ser ajuizadas não dão conta da real dimensão do problema em ambientes laborais.
São diárias as notícias de que gays, lésbicas, dentre grupos discriminados,  permanecem alvo de perseguições em âmbito privado e profissional. E o pior: esses números não se refletem em ações judiciais”, disse Pereira.
O ministro participou da abertura de um debate sobre a diversidade e a pluralidade no ambiente de trabalho que o TST realizou em 28 de junho, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGB. Segundo o ministro, o TST não dispõe de dados estatísticos oficiais, mas é possível observar, na prática cotidiana da magistratura, “a baixa quantidade de ações que objetivam discutir tais problemas”. Fato que, para Pereira, demonstra “o receio desses grupos vulneráveis de recorrer ao Poder Judiciário”.

Consultado, o tribunal confirmou, por meio de sua assessoria, que, de fato, não dispõe de levantamentos sobre os processos trabalhistas motivados por discriminação sexual – que, em geral, são elencados como pedidos de indenização por dano moral, assédio moral ou assédio sexual.

Ministro Emmanoel Pereira do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Destacando o “forte caráter social” da Justiça do Trabalho, o ministro argumentou que a importância de garantir a inclusão, a diversidade e a pluralidade exige dos juízes do trabalho uma “sensibilidade diferenciada”.
A implementação de ações que se destinem a enfrentar as barreiras ainda existentes, para a mais completa inclusão desse grupo de pessoas no mercado de trabalho, representa bandeira a ser fortemente sustentada por esta Justiça social”, declarou o ministro, ao citar o resultado de uma pesquisa de 2020 que apurou que ao menos 38% das empresas brasileiras têm alguma restrição à contratação de homossexuais e transexuais.
E não para por aí. Mesmo quando vencido o primeiro obstáculo e efetivada a contratação, há de ser enfrentada a discriminação interna, ainda mais resiliente e contínua”, destacou Pereira, apontando que ações discriminatórias acarretam prejuízos sociais e econômicos que afetam não só a pessoa vítima do preconceito.
Sob a perspectiva do trabalho, a preocupação no combate à discriminação torna-se mais premente. Privar alguém de oportunidades de acesso ao mercado significa negar seu direito fundamental à participação na sociedade e ao sustento próprio de sua família. Mais do que isso, a inacessibilidade configura, paradoxalmente, um empurrão em direção à marginalidade”, argumentou o presidente do TST.

 Clipping Homossexuais recorrem pouco à Justiça, diz o TST, por Agência Brasil, Diário do Comércio, 01/07/2022

Canal de mulheres denuncia motorista da UBER por lesbofobia

quarta-feira, 6 de abril de 2022 0 comentários

Marília Carreiro e namorada (Reprodução: Instagram)

Marília Carreiro, de 32 anos, registrou um trecho da discussão em que o motorista contesta a orientação sexual do casal durante uma corrida no município Serra, a 29 quilômetros da capital capixaba; em nota, a empresa afirmou que ‘repudia qualquer tipo de discriminação’ e que o colaborador foi desativado

Durante um trajeto na Uber, a escritora Marília Carreiro, 32, denunciou nas suas redes sociais que ela e a companheira foram vítimas de homofobia através de agressões verbais do motorista do aplicativo. Elas pediram um carro na tarde de terça-feira, 29, em Serra, cidade a 29 quilômetros de Vitória. Conforme relato da escritora na publicação, a viagem durou aproximadamente 15 minutos. Segundo Marília, ao longo do caminho, quando o homem percebeu que elas eram um casal, ele teria dito que eram “aberrações e não deveriam nem existir”. No mesmo dia do ocorrido, a empresa foi notificada. O casal também prestou boletim de ocorrência. Em entrevista ao Estadão, a escritora contou que foi a primeira vez que sofreu esse tipo de abuso em aplicativos de transporte. Ela detalhou que o motorista começou a falar sobre questões políticas, despejar discursos de ódio e aumentar o tom de voz. Neste instante, elas decidiram se manter em silêncio com medo de represálias. Alguns minutos depois, Marília revidou algumas falas do homem e registrou a discussão. Veja o vídeo:
 Estou me sentindo desrespeitada dentro do seu carro”, disse Marília.
Em seguida, o motorista reagiu à queixa da escritora.

 Homem nasce homem. Mulher nasce mulher, querida. Isso não existe”. 

Ao longo da discussão, a outra mulher afirmou que ele estava sendo preconceituoso e pediu para que ele parasse com os ataques verbais. Nas imagens, é possível perceber que o condutor responde em tom de deboche. 

Está chegando já. Vou parar e vocês descem”. 

Ele ainda argumentou que “tinha direito de opinar”. A discussão continuou.

Em resposta, o casal se defendeu afirmando que ele não tinha direito de opinar sobre a sexualidade delas, pois ele estava “ferindo a existência de outras pessoas”. E acrescentaram: “É isso que o senhor está fazendo”. No final do vídeo, a escritora expõe para o motorista que a discussão estava sendo filmada. Segundo Marília, o homem se exaltou quando soube da gravação.

A empresa foi cobrada publicamente pela escritora. No tweet, ela perguntou para a Uber “como ela seleciona seus motoristas”. A publicação viralizou no Twitter. Com mais de 50 mil curtidas, internautas pressionaram o aplicativo por medidas severas. De acordo com Marília, a empresa avisou através de ligação telefônica que o motorista não estava mais na rota do aplicativo.

COM A PALAVRA, A UBER
A Uber defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e justiça para todas as pessoas LGBTQIA+. A empresa considera inaceitável qualquer tipo de discriminação e a conta do motorista parceiro foi desativada assim que tomamos conhecimento do ocorrido.

Em parceria com o MeToo, a Uber disponibiliza um canal de suporte psicológico que foi informado à usuária e segue disponível. Além disso, a empresa está à disposição para colaborar com as autoridades e compartilhar informações sobre os envolvidos, observada a legislação aplicável.

Sabemos que o preconceito, infelizmente, permeia a nossa sociedade e que cabe a todos nós combatê-lo. Como parte desses esforços, a Uber lançou, por exemplo, o podcast Fala Parceiro de Respeito, em parceria com a Promundo, com conteúdos educativos sobre LGBTfobia.”

Clipping Escritora e companheira denunciam motorista de aplicativo por homofobia, por Jayanne Rodrigues, ESP, 30/03/2022 

Chapeira de hamburgueria de Parnaíba, no litoral do Piauí, sofre racismo e lesbofobia

sexta-feira, 25 de março de 2022 0 comentários

 Print de conversa  divulgado nas redes sociais da vítima (Foto: Reprodução/Facebook)

Ato criminoso de homofobia e racismo foi divulgado através de prints pela vítima Joelma Figueiredo em suas redes sociais

A chapeira de uma hamburgueria de Parnaíba, no litoral do Piauí, realizou um boletim de ocorrência na quinta-feira (17/03), após um cliente falar por mensagem que não queria que ela preparasse seu o lanche por ser negra e lésbica. Em prints divulgados nas redes sociais pela vítima Joelma Figueiredo, de 23 anos, o autor das ofensas assumiu ser "preconceituoso e racista", e disse que a empresa não deveria contratar "esse tipo de gente para trabalhar".

As mensagens de cunho racista e lesbofóbico foram recebidas através do celular do estabelecimento no último sábado. Na conversa, o cliente afirma que esteve no local na quarta-feira, dia 9, e lamenta que seu hambúrguer tenha sido preparado por Joelma, que trabalha como chapeira no local.
Desculpe a pergunta, mas meu hambúrguer poderia ser feito por outra pessoa? Lanchei aí na quarta-feira e vi que meu hambúrguer foi feito por uma pessoa que não é do meu agrado", relatou o cliente, escrevendo em seguida o motivo do pedido junto a um emoji de mãos postas: "Ela é lésbica e negra, entenda meu lado".
Assim que outra funcionária responsável pelo atendimento viu a mensagem, mostrou para a companheira chapeira, que respondeu e tomou as medidas cabíveis contra o cliente.
Tipo de clientes como você não fazemos a mínima questão em nosso estabelecimento. Que o senhor fique sabendo que a 'negra e lésbica' é a melhor chapeira da cidade. Vamos na delegacia registrar um B.O. (boletim de ocorrência) contra você", disse a atendente.
No domingo, a Subcomissão da Diversidade Sexual e de Gênero e da Mulher Advogada, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI), divulgou uma nota de repúdio ao caso de racismo e lesbofobia. No documento, a instituição declara que as atitudes são inaceitáveis e consideradas crime no Brasil.
É válido ressaltar que a Lesbofobia e Racismo são condutas tipificadas como crime em nosso ordenamento jurídico e como tal serão tratadas. Todavia é importante frisar que, atitudes dessa natureza são completamente incompatíveis, e absolutamente inaceitáveis no seio de nossa sociedade, que deve prezar pela diversidade, pela democracia, pela justiça e a convivência respeitosa entre todos", pontuou a nota.
Clipping Chapeira de hamburgueria é vítima de crime de racismo e homofobia, Todo o Dia, 18/03/2022

França legalizou tratamentos de fertilidade para casais de lésbicas e mulheres solteiras, mas há escassez de doações

sexta-feira, 22 de outubro de 2021 0 comentários

Aurore Foursy e Julie Ligot / Arquivo pessoal/Reprodução

Aurore Foursy descreve seu primeiro encontro com Julie Ligot como um dos mais longos da história. Depois de combinar no Tinder, elas se encontraram no apartamento de Julie na sexta à noite e ficaram juntas até segunda. A química foi instantânea.

Foursy era ativista LGBT de longa data. Ligot trabalhava em TI. Ambas estavam na casa dos 30 anos e queriam filhos. Elas logo foram morar juntas, limparam um segundo cômodo em seu apartamento e compraram um berço.
Era lógico para nós construirmos uma família juntas”, disse Foursy.
Graças a um decreto assinado pelo ministro da Saúde da França na quarta-feira (29), seu sonho pode finalmente se tornar realidade. Uma lei aprovada em junho, legalizando os tratamentos de fertilidade para casais de lésbicas e mulheres solteiras, já entrou em vigor.
É um grande passo para a França”, disse Foursy. “Estamos lutando há tanto tempo por esse direito.”
Tratamento de fertilidade

A França está agora entre um total de 13 países na Europa — 11 estados membros da União Europeia, bem como o Reino Unido e a Islândia — oferecendo tratamento de fertilidade para mulheres lésbicas e solteiras. As clínicas de fertilidade esperam um aumento na demanda.
Esperamos 200 pacientes extras por ano”, disse Laurence Pavie, que trabalha como gerente no centro de fertilidade da Diaconesses Croix Saint-Simon em Paris.
O mundo precisa saber que casais de lésbicas e mulheres solteiras são bem-vindos. Tentaremos dar a eles o melhor tratamento possível”, disse ela.
No início deste mês, o Ministério da Saúde anunciou US$ 9,3 milhões (cerca de R$ 50 milhões) extras em gastos com pessoal e equipamento para clínicas de fertilidade, para ajudá-las a lidar com o aumento previsto da demanda.

A ação visa reduzir o tempo de espera pelo tratamento de um ano, a média atual, para seis meses.

Crise de doação de esperma

Para a Dra. Meryl Toledano, que dirige sua própria clínica de fertilidade, essa meta parece ambiciosa.
Somente com o esperma francês, vamos lutar para atender à demanda”, disse ela.
A França não permite a importação de esperma do exterior. E, como a lei proíbe a doação de esperma em troca de dinheiro, a França também luta para ter a quantidade necessária.

A nova legislação também inclui o fim do anonimato garantido para doadores de esperma a partir de setembro de 2022, uma medida que provavelmente aumentará a escassez.

Os números oficiais mais recentes mostram que um total de apenas 317 doações de esperma foram feitas na França em 2019 — ante 386 em 2018 e 404 no ano anterior.

Campanha de informação

A Agência de Biomedicina, um órgão financiado pelo estado, planeja lançar uma campanha de informação online em 20 de outubro em uma tentativa de resolver a crise de esperma.
Doar esperma é uma ação íntima de solidariedade”, disse Helene Duguet, porta-voz da agência. “O primeiro passo é informar às pessoas que essas doações são possíveis e podem ajudar as pessoas a formar famílias. A ideia é incentivar os doadores nos próximos anos.”
Os longos tempos de espera causados pela falta de esperma significam que muitas lésbicas e mulheres solteiras mais velhas planejam continuar fazendo tratamentos de fertilidade no exterior — apesar da nova lei.

Toledano frequentemente recomenda que as mulheres mais velhas deem esse passo.
Na Espanha você consegue esperma em um dia, então os pacientes com dinheiro vão lá. Quem não tem dinheiro tem que esperar seis a 12 meses e corre o risco de não ter sucesso, porque, aos 40 anos, isso tem um efeito enorme na probabilidade de gravidez “, disse ela.
Uma jornada traumatizante

Agora com 38 anos, Marie concebeu um filho por fertilização in vitro na Bélgica em 2015 — quando ainda era ilegal para ela, como lésbica, receber esse tratamento na França.
Foi irritante. Eu pago impostos na França e tenho orgulho de pagar impostos e estou feliz por eles poderem ajudar outras pessoas. Mas eu teria ficado feliz se eu pudesse ter me beneficiado também [de tratamento de fertilidade]”, disse Marie, que solicitou que a CNN não usasse seu sobrenome para proteger a privacidade de seu filho.

Aurore Foursy / Arquivo pessoal/Reprodução

 Depois de cinco anos de tentativas fracassadas, desgosto e mais de US$ 52 mil (cerca de R$ 280 mil) em despesas médicas e despesas de viagem, ela foi finalmente recompensada com o nascimento de sua primeira filha, Louise.
Meu primeiro tratamento de fertilidade foi um verdadeiro trauma”, disse ela. “Eu estava frustrada porque não estava funcionando. Eu odiava que outras pessoas tivessem tantas gestações indesejadas ou não planejadas. Fiquei amargurada. Eu odiava as pessoas. Eu me tornei alguém que não queria ser.”
Na esperança de ter um segundo filho, Marie agora foi para a Espanha com sua nova parceira — em parte porque tem medo de definhar em uma lista de espera na França.
Já tenho uma filha e não quero que ela não saia de férias porque estamos tentando dar a ela um irmão ou irmãzinha – e também porque eu não tenho a mesma idade que tinha naquela época “, disse ela.
Além das novas regras em torno da inseminação, a legislação também permite que mulheres na faixa dos 30 anos congelem seus óvulos, um procedimento até então disponível apenas para aquelas em tratamento médico que pode afetar a fertilidade.

A barriga de aluguel, no entanto, continua ilegal, deixando os gays, assim como as mulheres que não podem engravidar, em busca de outras opções ou viajando para o exterior.

Mas para muitos a nova lei ofereceu um vislumbre de esperança.
A luta acabou”, disse Foursy. “Todos têm os mesmos direitos. Todo tipo de mulher tem os mesmos direitos e posso escolher ser mãe ou não sozinha.”
(Texto traduzido do inglês; leia aqui o original)

Clipping França legaliza tratamentos de fertilidade, mas sofre com falta de esperma, por Cyril Vanier e Sam Bradpiece, CNN Brasil, 02/10/2021

A princesa holandesa, Catharina-Amalia, poderá se casar com outra mulher sem perder seu direito ao trono

segunda-feira, 18 de outubro de 2021 0 comentários

A princesa herdeira, Catharina-Amalia, de 17 anos Divulgação/Royal House of the Netherlands

20 anos depois da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, na Holanda, o primeiro-ministro, Mark Rutte, confirma que membros da realeza podem casar com pessoas do mesmo sexo, sem que a sucessão ao trono seja condicionada.

A polémica instalou-se após o lançamento de um livro sobre a princesa Amalia, herdeira do trono nos Países Baixos, que dava conta de que apesar de o casamento homossexual ser legal no país desde 2001, leis antigas proíbem o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo que ocupem o trono. No livro não se especula sobre a vida pessoal da princesa, nem há qualquer notícia de que alguém da família real holandesa se queira casar com uma pessoa do mesmo sexo, há apenas uma reflexão sobre situações hipotéticas.

Assim, no sentido de esclarecer toda a situação, até em virtude de um pedido de esclarecimento por parte de deputados do seu partido, na terça-feira passada, dia 12, o primeiro-ministro Mark Rutte endereçou uma carta ao parlamento. Segundo a Reuters, nessa carta, Rutte refere que o governo “acredita que o herdeiro também se pode casar com uma pessoa do mesmo sexo”, afirmando que os tempos mudaram desde que um dos seus antecessores abordou o assunto pela última vez, em 2000.
O gabinete, portanto, não vê que um herdeiro ao trono ou o rei deva abdicar se ele/ela quiser casar com um parceiro do mesmo sexo.”
Relativamente à forma como um casamento gay poderia afetar a linha de sucessão, Rutte deixou claro que não faz sentido tentar decidir isso no presente até porque tal depende dos factos e circunstâncias do caso específico.

Recorde-se que, ao contrário dos restantes casamentos, aqueles que acontecem na família real necessitam de aprovação do parlamento, tendo já acontecido situações em que membros da realeza abandonaram a sua posição na linha de sucessão ao trono para casar com alguém cuja permissão não foi concedida.

Assim sendo, apesar de muitas pessoas presumirem, até então, que o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo não se aplicava à família real, com as declarações do primeiro-ministro fica claro que, de facto, um hipotético casamento da princesa Amalia com uma pessoa do mesmo sexo não seria, de todo, um problema legal.

Clipping Países Baixos: herdeiros ao trono podem casar com pessoas do mesmo sexo mantendo os seus direitos, por Sara Lemos, Dezanove, 16/10/2021


União Europeia quer direitos iguais para casais homo e heterossexuais

quarta-feira, 29 de setembro de 2021 0 comentários

Entre os países da União Europeia que mais desrespeitam os direitos
de gays e lésbicas estão Romênia, Polônia e Hungria.
Os casamentos ou uniões civis registrados em um estado-membro da UE devem ser reconhecidos em todos os outros de forma uniforme, e os cônjuges e parceiros do mesmo sexo devem ser tratados da mesma forma que os seus homólogos do sexo oposto”, defendem os deputados. O texto não cria uma obrigação legal, mas foi aprovado por 387 votos contra 161. Houve 123 abstenções. A sessão plenária ocorreu em Estrasburgo, no leste da França.
A maioria dos eurodeputados também exige que "as famílias arco-íris desfrutem dos mesmos direitos ao reagrupamento familiar que os casais heterossexuais e respectivas famílias". "Estas famílias devem ser tratadas da mesma forma em toda a UE" quando se deslocam de um estado-membro para outro.

Os cônjuges de membros da União Europeia, qualquer que seja a nacionalidade de origem, normalmente têm o direito de trabalhar legalmente no bloco, de utilizar o sistema público de saúde e educação, e de acessar os programas sociais do país de residência.

Porém, de acordo com um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu em março de 2021, seis estados-membros não reconhecem um cônjuge do mesmo sexo de outro país do bloco para a concessão de uma autorização de residência e, em onze países, os pais legais de uma criança não podem ser duas mulheres ou dois homens. Com isso, a filiação de ambos os progenitores não é reconhecida para as famílias homossexuais provenientes de outro estado-membro.

Romênia, Polônia e Hungria na mira dos eurodeputados

No texto votado, os eurodeputados reprovam os obstáculos impostos por Romênia, Polônia e Hungria. Bucareste ainda não transpôs para a sua legislação um acordo do Tribunal de Justiça Europeu sobre a livre circulação de cônjuges do mesmo sexo, enquanto Varsóvia e Budapeste são criticados pela "discriminação enfrentada pelas comunidades LGBTIQA+".
O Parlamento faz um apelo à Comissão Europeia para que tome medidas adicionais (processos por infração, apresentação de recursos e sanções que afetam os fundos europeus) contra esses países", concluem os parlamentares europeus.
(Com informações da AFP)

Clipping Parlamento Europeu exige direitos iguais para casais homossexuais em todos os países do bloco, RFI, 14/09/2021

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Suíça aprova casamento entre pessoas de mesmo sexo

segunda-feira, 27 de setembro de 2021 0 comentários

Com decisão, Suíça se une a maioria dos países da Europa Ocidental, onde o casamento igualitário
 já é legal (Fabrice Coffrini / AFP)


"Sim" venceu com 64% dos votos, de acordo com o resultado final anunciado pelo governo federal, e prevaleceu em todos os cantões do país, incluindo nos mais conservadores

 A Suíça se juntou à maioria dos países da Europa Ocidental ao aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em um referendo realizado neste domingo (26). O "sim" venceu com 64% dos votos, de acordo com o resultado final anunciado pelo governo federal, e prevaleceu em todos os cantões do país, incluindo nos mais conservadores. 

Este resultado superou claramente as previsões das pesquisas anteriores a esta votação, a que se opôs em particular o partido populista UDC e alguns grupos religiosos.

"É um dia histórico". A frase estava na boca de todos no QG dos simpatizantes do "sim", em um restaurante de Berna, enfeitado com bandeiras do arco-íris, onde se reuniram cerca de 250 pessoas.

— O resultado de hoje é um reflexo da mudança de mentalidade que ocorreu nos últimos 20 anos, é realmente um reflexo de uma aceitação muito ampla e importante das pessoas LGBT na sociedade — disse Olga Baranova, porta-voz do comitê do "sim".

Para Deborah Heanni, integrante do coletivo Libero, que apoiou a campanha pelo "sim", "é um dia de grande festa, de vitória após oito anos de campanha".

Os primeiros casamentos entre casais do mesmo sexo poderão ser celebrados a partir de 1º de julho de 2022, indicou Karin Keller-Sutter, conselheira federal responsável pela Justiça.

Casamento homoafetivo: o novo texto prevê que casais do mesmo sexo
podem adotar crianças (AFP/AFP)

Cartazes chocantes

À medida que se aproximava o pleito, o campo do "não" liderou uma campanha fortemente voltada para o bem-estar da criança, seu desenvolvimento e a importância, a seu ver, do casal formado por um pai e uma mãe.

Cartazes chocantes deploravam a mercantilização da criança e afirmavam que "o casamento para todos mata o pai".

Em um deles, um bebê foi retratado chorando, com uma etiqueta na orelha geralmente reservada ao gado, e a pergunta: "Bebês sob encomenda?".

Em outro, uma enorme cabeça de zumbi, supostamente representando um pai falecido, encara os transeuntes. Uma escola primária em Valais até decidiu cobri-lo porque assustava as crianças.

Os casais homossexuais já podem firmar um pacto civil na Suíça, e neste domingo os cantões que antes se opunham parecem ter votado a favor da união homossexual 16 anos depois.

O novo texto prevê, em particular, que casais do mesmo sexo podem adotar uma criança em conjunto. Além disso, os casais de mulheres poderão recorrer à doação de esperma para engravidar. Este era um dos pontos mais polêmicos.

Benjamin Roduit, conselheiro nacional (deputado), do partido do Centro, comentou no canal público RTS que para ele o casamento para todos entre adultos não é um problema.

Por outro lado, disse que temia que as portas fossem abertas ao acesso à doação de esperma para casais de lésbicas.

— O sucesso da nossa campanha pode ter sido ter tematizado a criança no PMA (procriação medicamente assistida) — declarou.

Iniciativa "Robin Hood"

Por outro lado, segundo as estimativas do instituto gfs.bern, os eleitores rejeitaram em grande parte uma segunda proposta que lhes foi apresentada, lançada por jovens do Partido Socialista, com o lema "O dinheiro não trabalha, você sim!".

Foi rapidamente apelidada de iniciativa "Robin Hood" e obteve 34% de respostas positivas. A iniciativa previa que a remuneração do capital — juros, dividendos, por exemplo — fosse tributada 1,5 vez mais que a remuneração do trabalho.

Estava prevista uma isenção deste imposto na ordem de, por exemplo, 100 mil francos por ano, mas as receitas fiscais adicionais seriam utilizadas para reduzir a tributação das rendas baixas e médias ou para financiar benefícios sociais como creches, subsídios à saúde ou formação, segundo o site dos apoiadores desta proposta. As pesquisas apontam a derrota da iniciativa.

Clipping Suíços aprovam em referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Gauchazh.mundo, via AFP, par Christophe VOGT avec Eloi ROUYER à Berne, 26/09/2021

Ver também:

Ambiente inclusivo no trabalho para gays e lésbicas aumenta a produtividade dos funcionários
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Ambiente inclusivo no trabalho para gays e lésbicas aumenta a produtividade dos funcionários

quarta-feira, 22 de setembro de 2021 1 comentários

Ambiente mais inclusivo, mais produtividade

Se compararmos com as últimas décadas, falar abertamente sobre orientação sexual e identidade de gênero no mercado de trabalho pode parecer mais fácil em 2021, mas isso não quer dizer que seja a regra ou que seja para todo mundo. Em uma pesquisa inédita conduzida pela consultoria Mais Diversidade, com o apoio institucional do Estadão, apenas 15% dos profissionais LGBT declararam, explicitamente, que falam sobre o tema com a sua liderança, falando muito mais sobre sua orientação sexual para pessoas mais próximas (39%).

No entanto, quando questionados, 55% dos entrevistados disseram falar com “todas as pessoas” do trabalho. De acordo com a consultoria, uma vez que havia a alternativa específica da liderança, os respondentes poderiam ter selecionado ambas as opções, mas não o fizeram, o que se leva a crer que não são todas essas pessoas que falam abertamente sobre ser gay, lésbica, bissexual com seus líderes diretos.

Ao contrário do que acontecia há alguns anos, os profissionais LGBT falam sobre o tema mais abertamente nas empresas - apenas 20% deles não falam com ninguém no trabalho. Dentre as letras que compõem a sigla, os bissexuais são os que mais sentem insegurança para falar sobre sua orientação sexual em todos os âmbitos da vida, como família e trabalho.

Os dados da pesquisa O Cenário Brasileiro LGBTI+ também mostram que os ambientes de trabalho têm ganhado uma importância muito similar a dos ambientes familiares para as pessoas LGBT se abrirem. Enquanto 80% dos entrevistados falam sobre o tema para alguém na empresa (seja líder, colegas ou amigos mais próximos), 83% falam com a família (veja infográfico completo mais abaixo).

Quando questionados sobre o que é mais importante para o profissional LGBT no trabalho, em primeiro lugar vem o ambiente inclusivo (74%), em segundo, mais referências LGBT entre executivos e executivas (54%) e oportunidades de desenvolvimento de carreira (45%). A diferença aparece no recorte da população transgênero - para ela, em segundo lugar vem o desenvolvimento de carreira (58%) e depois as referências entre executivos (37%).
Os dados confirmam questões que vemos na nossa prática profissional. É atribuída uma importância muito grande ao clima organizacional, à segurança psicológica no trabalho, um espaço em que eu possa ser quem eu sou, onde eu sinta que eu possa me levar por inteiro. No aspecto da liderança, o sinalizador é que o tema precisa ganhar um degrau. É importante a gente avançar do ponto de vista de sensibilizar e conscientizar as lideranças sobre esses assuntos”, comenta Ricardo Sales, consultor e sócio-fundador da Mais Diversidade.
A pesquisa também mostra que quem não fala sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero com ninguém no trabalho tem uma propensão maior a mudar de emprego. Entre os que pretendem mudar de emprego, 72% não falam abertamente sobre ser LGBT com ninguém no trabalho (havia a possibilidade de responder mais de uma alternativa).

A pesquisa foi respondida por 2.168 profissionais do País que trabalham em organizações de grande porte (56%), pequenas e médias empresas (26%), outros setores (15%) e desempregados (3%). Na pesquisa de formulário online, 73% dos respondentes se declararam homossexuais (gays ou lésbicas), seguidos por bissexuais (16%), pansexuais (5%), heterossexuais (5%) e 1% marcou a opção outros.

Apesar de o Brasil haver um apagão de dados em relação ao público LGBT - já que nenhuma pesquisa oficial, como o Censo do IBGE, faz esse tipo de pergunta para a população -, a estimativa é de haja 18 milhões de brasileiros LGBT - sem considerar assexuais e intersexuais -, segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Por que é importante falar sobre orientação sexual

Quantas pessoas no seu trabalho sabem da sua vida pessoal? Quantas delas conhecem a pessoa com quem você se relaciona afetivamente? Para quem você contou com quem viajou nas últimas férias? Quem você leva nas festas da empresa ou nas premiações?

Se você é uma pessoa  heterosexual, é provável que compartilhe grande parte dessas informações com os seus colegas de trabalho, incluindo a sua liderança. Você pode até ser uma pessoa mais reservada e não gostar de conversar, mas você sabe que, se quiser falar sobre o seu namoro ou o seu casamento no trabalho, não vai ser olhado com preconceito nem penalizado por isso com agressões e assédio moral, obstáculos no desenvolvimento de carreira ou até mesmo demissão.

Adriana Ferreira, antes na IBM agora na Mais Diversidade
Eu tenho certeza de que a minha carreira alavancou porque eu não tinha que esconder quem era a minha esposa, quem fazia parte do meu plano de saúde. Quando eu me casei, eu tive apoio irrestrito para a preparação do casamento, com as dificuldades que eu tive com a minha família. Imagina eu tendo que passar por tudo isso sem falar que eu ia me casar ou mentindo que eu ia me casar com um homem? Não é que você tenha que falar sobre sua orientação sexual o tempo todo, mas, se eu quiser, eu tenho a minha permissão, está posto um lugar de direito para mim”, conta Adriana Ferreira.

 Aos 50 anos, Adriana até a última semana ocupava o cargo de head de diversidade e inclusão para a América Latina na IBM. Agora é líder da área de consultoria da Mais Diversidade.

Logo no início dos seus 13 anos de IBM, ainda como estagiária, ela já se sentiu confortável para falar sobre sua orientação sexual, motivada pelas políticas da companhia e pelo fato de ter sido contratada por uma gerente também lésbica.

Não é de hoje que há uma ideia muito clara no mundo corporativo de que é impossível separar vida profissional de vida pessoal, mas a pandemia tornou esses antigos limites ainda mais borrados. Se a ideia vale para os problemas, pois é bastante difícil não deixar que uma questão pessoal atrapalhe no trabalho e vice-versa, ela também vale para as identidades e características pessoais de cada profissional.
Para sair do armário, eu tive que, primeiro, ter a minha aceitação pessoal e da família. No meio disso tudo tinha o mundo corporativo. Em algum momento, eu sabia que isso ia precisar ser aberto, porque o fato de não abrir te faz despender uma energia muito grande”, conta Argentino Oliveira, Diretor de Gente e Gestão da Suzano. “Você precisa fazer um mundo paralelo que não existe e você sai, fecha a porta da empresa e começa a viver o mundo real, em que você é casado. Os primeiros sete anos foram muito morosos para mim.”
Argentino tem 35 anos e  é gay, de 35 anos. Os primeiros sete anos aos quais se refere é o tempo que demorou para conseguir falar abertamente no trabalho sobre a sua orientação sexual. O pontapé inicial aconteceu em sua segunda experiência profissional, na mesma época em que o casamento homoafetivo foi legalizado no Brasil. O reconhecimento da união estável foi permitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011 e a conversão dessa união em casamento foi aprovada em 2013 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Eu tinha receio de que isso impactasse a minha carreira. A gente tem aquilo de precisar ser o melhor, porque na hora que eu me assumir eu preciso sempre estar um patamar acima. Depois que saí do armário no mundo corporativo, ficou mais fácil me posicionar. Quando você vai construindo uma rede de apoio, você vai entendendo que está tudo bem, que tem uma luz no fim do túnel, que você não vai ficar sem emprego. E isso tira um peso”, conta.
O peso e a batalha aos quais os entrevistados se referem estão ligados a pontos que interferem na capacidade de trabalho do profissional. Um ambiente de trabalho inclusivo é mais propício a fornecer segurança psicológica ao funcionário, argumentam especialistas. Uma vez em que se sente mais seguro em ser quem é, o profissional tem mais chances de se desenvolver, criar relacionamentos e trabalhar melhor.

Ter um ambiente sustentável com a criação de laços são dois itens indispensáveis para se alcançar a felicidade no trabalho, item fundamental para a tomada de decisão, a criatividade e, até mesmo, para a função imunológica.
Quando você consegue levar a sua vida e a suas vivências com você para o trabalho isso te dá uma capacidade de ser mais espontâneo, mais criativo e, por isso, muito mais efetivo naquilo que você está fazendo. Você não precisa cortar uma parte da sua vida e viver uma outra vida, talvez, com algumas mentiras”, explica Javier Constante, CEO da Dow para América Latina.
Ele começou a falar abertamente no mundo corporativo sobre ser um homem gay há cinco anos, quando percebeu que precisava ser mais autêntico com o seu time.

Uma pesquisa realizada pela consultoria multinacional Boston Consulting Group neste ano, com 8.800 pessoas de 19 países, incluindo o Brasil, apontou que funcionários que já saíram do armário no trabalho se sentem mais confortáveis para se posicionar, serem eles mesmos e construírem amizades no escritório. Para a organização, os resultados ajudam a explicar porque as empresas com culturas inclusivas estão associadas a baixas taxas de turnover e trabalho em equipe de maior sucesso.


Ricardo Sales, CEO e co-fundador da consultoria Mais Diversidade. Foto: Alex Silva/Estadão

Você cria um ambiente em que as pessoas têm um laço de confiança umas com a outras e, quando isso acontece, elas ficam mais felizes em trabalhar. E quando você está mais feliz, você consegue trazer mais inovação, questionar o seu gestor, trazer um olhar que antes não tinha. O fato de falar e ter a liberdade de se mostrar na organização cria um laço entre líder e liderado”, explica Argentino, que hoje lidera um time de 210 pessoas.
O que a empresa pode fazer

A pesquisa feita pelo Boston Consulting Group mostrou que o primeiro ano em um emprego novo é crítico para a decisão de se abrir ou não sobre a sua orientação sexual ou identidade de gênero. Considerando os dados gerais dos 19 países pesquisados, uma média de 70% das pessoas falam abertamente durante o processo seletivo ou nos primeiros 12 meses de empresa. Apenas 10% tomam essa decisão após o primeiro ano e os 20% restantes seguem sem falar.

Entre quem já passou por isso, a opinião é de que não existe um momento certo para falar, depende do quão seguro é o ambiente da empresa e da situação em que o profissional se encontra. Mas há ações que a empresa pode tomar para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo e seguro, tais como construir um ambiente seguro para que as pessoas se sintam confortáveis para falar de sua orientação sexual sem recear por sua carreira. Criar programas de desenvolvimento de carreira para grupos minoritários e colocar profissionais LGBT em cargos de liderança.

Com informações de LGBT ainda vê barreira para sair do armário no trabalho e quer ambiente mais inclusivo, por Marina Dayrell , O Estado de S. Paulo, 18/07/2021

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