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Garota espancada após 'dar fora' em homem ao afirmar ser lésbica em SP

segunda-feira, 14 de setembro de 2020 0 comentários

Estudante relata que foi agredida após se negar a ficar com homem e relatar que é lésbica em Cubatão (SP) — Foto: Reprodução/Facebook
Estudante relata que foi agredida após se negar a ficar com homem e relatar que é lésbica em Cubatão (SP) — Foto: Reprodução/Facebook
Após o ocorrido, ela fez uma postagem de desabafo nas redes sociais que passou a ser compartilhada por diversas pessoas.

 Estudante relata que foi agredida após se negar a ficar com homem e relatar que é lésbica em Cubatão 

Uma jovem de 17 anos relata que foi agredida por um homem ao dizer que não queria ficar com ele e relatar que era lésbica em Cubatão (SP). A estudante conta que estava sozinha quando foi abordada pelo agressor. A vítima foi arrastada e agredida com chutes e socos e ouviu do suspeito que 'pessoas como ela têm que morrer'.

A agressão ocorreu enquanto a vítima voltava para casa após uma festa que foi com as amigas. Conforme relatou ao G1 neste domingo (13), o homem estava nessa mesma festa. 

Ele estava faz tempo dando em cima de mim. Inicialmente eu só tinha dito não e nem contei que era lésbica. Mas ele puxou meu cabelo mesmo assim para me dar um beijo e aí eu falei que gostava de mulher", conta.

Após dizer que era lésbica, a estudante afirma que acreditou que ficaria tudo bem, porque o rapaz voltou para a mesa que estava com os amigos e ficou no local. 

Mas toda hora que ele passava perto de mim, me empurrava com o cotovelo. Então falei para minhas amigas que iria embora porque estava sentindo que esse cara estava querendo arrumar briga", relata.

Ela conta que foi embora com uma amiga, só que a menina morava antes da casa dela. Ao deixar a colega em casa, ela seguiu seu trajeto. Pouco depois, ouviu o barulho de uma moto. 

Nessa hora eu só senti ele me puxando pelo cabelo, momento em que foi me arrastando. Eu cai no chão e ele jogou a moto para o lado e começou a me agredir com socos e chutes", diz.

Segundo a jovem, enquanto ela apanhava, era ameaçada pelo agressor, que dizia que iria matá-la. 

Ele dizia 'se você não passar a gostar de homem, vai morrer agora' e 'pessoas como você têm que morrer'. Eu realmente achei que iria morrer, se não tivesse chego alguém, acho que ele iria me bater até ver que eu não estava mais reagindo. Pensei que iria morrer ali", relata.

A estudante afirma que começou a gritar por ajuda e viu dois rapazes próximos, momento em que escutou eles dizerem que era briga entre marido e mulher e não iriam se intrometer, então gritou novamente afirmando que não conhecia o rapaz da moto. 

Foi aí que eles foram bem rápido até lá, tiraram o homem de cima de mim e foram me levantar. Nesse meio tempo, ele [agressor] subiu na moto e fugiu", afirma.

Os rapazes acompanharam a vítima até a casa dela. A adolescente conta que está inchada, roxa e com dores após as agressões. De acordo com ela, o agressor tem em torno de 25 e 30 anos, mas não o conhece e nem sabe o nome dele.

Eu acho que sofri preconceito duas vezes. Uma por ser mulher, porque ele não respeitou meu não. É como se o não da mulher não tivesse voz. E a outra devido a minha orientação sexual. Por isso tomei coragem e postei sobre o ocorrido nas redes sociais, porque quero justiça e encorajar outras mulheres que passem por isso a denunciar também. Porque eu me culpei e senti vontade de não me envolver mais com mulher, é um sentimento horrível, você se sente um lixo, com medo e impotente. E na verdade eu não fiz nada de errado. Ele tinha que me respeitar."

Na tarde de sábado, a adolescente foi ao hospital e fez exames para saber seu estado de saúde. A mãe informou que o caso ainda não foi registrado na Delegacia de Polícia da cidade.

Para eu conseguir me assumir já foi muito difícil. A sorte é que minha mãe sempre me respeitou e me apoiou em tudo. Então além de passar pelo processo difícil de me aceitar, também tive que viver isso. E ele estava consciente do que fazia. Me batia dizendo o motivo de eu estar apanhando. Chegou a falar que Deus fez a mulher para ficar com o homem", finaliza.

Clipping Garota é espancada após 'dar fora' em homem ao alegar ser lésbica em SP, por Isabella Lima, G1 Santos, 13/09/2020

Entrevista com a ativista Micky Beula, de Moçambique, onde a homossexualidade deixou de ser crime

segunda-feira, 4 de março de 2019 0 comentários

Micky Beula e companheira - Foto: Arquivo pessoal

'A homossexualidade já não é crime em Moçambique'
Entrevista com a ativista lésbica Micky Beula, da Beira/Moçambique
A organização LGBT Lambda Moz (“Energia Positiva“ em grego) foi fundada em 2006 e continua a lutar pelo seu reconhecimento formal, uma vez que uma organização que advoga pelas minorias sexuais é considerada, pelo governo moçambicano, "incômodo público e imoral". Infelizmente, não é raro que as famílias contratem homens para estuprar familiares lésbicas, a fim de colocá-las "no caminho certo”. Ou "expulsar" a sua orientação sexual com espancamentos e privação de comida.

Micky Beula, de 39 anos, é lésbica e ativista LGBT, vive em relação estável com Vanussa, há 10 anos. Ela trabalha na Beira. Nesta entrevista para Heike Friedhoff, Micky conta como descobriu sua sexualidade, como a sociedade moçambicana reage aos homossexuais e como ela advoga, enquanto ativista da Lambda, pelos direitos LGBT.
Micky Beula

H: Quando e como você despertou para a sua sexualidade?
M: Aos nove anos percebi que era diferente, mas naquela época não se falava abertamente sobre orientação sexual, porque era um tabu e ninguém conseguia me explicar o que significava que eu gostasse de garotas e gostasse de fazer coisas que especialmente meninos gostam, como jogar futebol e andar sem camiseta. Observei as meninas e devorei seus corpos com os olhos, mas não ousei dizer nada. Eu realmente gostei de uma garota do bairro e ela foi a primeira que eu beijei. Para mim, ela era minha amante, mas para ela era uma piada e eu não passava de uma amiga. Eu aceitei isso para poder continuar a beijá-la. Ela ainda é minha amiga e diz que me admira por ter tido a coragem de seguir meu coração e me esforçar para ser quem realmente sou.

No começo minhas irmãs eram as únicas com quem eu podia conversar e elas me explicaram que eu era lésbica porque me sentia atraída por mulheres. No início, mantive minha orientação sexual em segredo frente ao resto da minha família. Só mais tarde, com a ajuda de minhas irmãs, contei a verdade aos meus pais e irmãos, e não foi fácil para eles aceitarem.

Eu fui discriminada na escola e as outras crianças me identificaram a palavras “feias” como "Maria menino". No começo, eu pensei que estavam fazendo isso porque eu me vestia como um garoto e gostava de jogar futebol, mas depois percebi que também estavam me discriminando por causa da minha orientação sexual. Entre a 8ª e a 12ª série, muitas vezes pensei em largar a escola porque não aguentava mais estar sendo constantemente insultada com palavrões e estar sendo atacada. Mas eu lutei e terminei meus estudos.

H: Como é hoje? A sociedade moçambicana aceita pessoas com uma orientação sexual diferente?
M: Até hoje, existem tabus e discriminação contra os LGBT e a maioria da sociedade é homofóbica e não considera outra orientação sexual como algo normal. Eles acham que somos possuídos por espíritos malignos e precisamos passar por uma limpeza espiritual para sermos libertados desses maus espíritos.

Eu sou uma mulher forte e invencível e muito clara sobre a minha orientação sexual, mas se eu não tivesse encontrado alguém como eu no movimento LGBT, eu não sei como eu iria suportar a discriminação cotidiana. A minha família agora aceita a mim e a minha parceira, mas ainda há problemas com a família da Vanussa, com quem estou há mais de 10 anos. Por exemplo, quando as celebrações familiares acontecem, Vanussa recebe um convite como solteira. Eles ignoram que somos um casal. Nós não iremos a tais eventos se não formos ambas convidadas.

Casais de mulheres de Moçambique


HF: Você já foi vítima de violência por ser lésbica?
MB: Felizmente, nunca experimentei violência física, mas a violência psicológica e verbal é frequente. As pessoas olham para você pejorativamente ou fazem comentários que doem muito, como se isso fosse normal. Eu luto contra os preconceitos diariamente.

H: Desde quando você é ativista LGBT e como chegou a este engajamento?
M: Em 2005 comecei a me envolver como ativista porque sentia a necessidade de aprender mais sobre mim mesmo e porque queria me engajar para que um dia sejamos aceitas integralmente e possamos exercer os nossos direitos como todo mundo. Eu vi que as preocupações de outros ativistas também são minhas preocupações. Desde 2014, trabalho na organização LGBT Lambda e sou coordenadora do Centro de Moçambique.

H: Quais as conquistas que a Lambda e o movimento LGBT já conseguiram alcançar em Moçambique?
M: Nossa maior conquista é que a homossexualidade não é mais considerada um crime e que isso foi removido do código penal. Hoje, a homossexualidade é uma orientação sexual.

Lambda também lutou muito para não rotular as pessoas LGBT com nomes pejorativos. Hoje já existe uma lei do trabalho que diz, que todo aquele que discriminar uma pessoa por causa da sua orientação sexual será julgado e condenado. O fato de que hoje, por exemplo, podemos dar palestras em escolas e de que existem pessoas e organizações que também se identificam com a nossa causa são grandes conquistas para nós.

Através da existência da Lambda, mais pessoas LGBT encontraram a coragem de assumir abertamente a sua orientação sexual. Há também casais LGBT que adotaram crianças e a Ação Social motiva outros casais homossexuais a adotarem também, pois tiveram boas experiências. Por mais de 10 anos, Lambda vem lutando pela sua legalização e até ao final do ano retrasado conseguimos um sucesso parcial nesse processo, já que o Conselho Constitucional de Moçambique afirmou que se recusar a legalizar a Lambda é ilegal. Esperamos que o processo possa progredir agora.

H: O que você deseja para o futuro? Você tem um sonho?
M: Eu gostaria de ver os direitos humanos da comunidade LBGT em Moçambique reconhecidos e quero ser respeitada e exercer os meus direitos como qualquer outra/o. Meu sonho é casar e fazer um cruzeiro com minha esposa Vanussa e conhecer o mundo. E gostaria de ser conhecida como uma das pessoas que advoga pela visibilidade e pelos direitos das pessoas LGBT em Moçambique.

H: Você quer fazer um comentário final?
M: Seria ótimo ter contatos com organizações LGBT em outros países e trocar ideias com elas, por exemplo, sobre o problema da legalização e que estratégias podem ser tomadas para alcançá-la. Ou como conseguiram passar leis como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Seria muito útil para nós aprendermos e nos beneficiarmos das experiências de outros países.

Fonte: Folha de Pernambuco, Mulheres em Movimento (Carla Batista), por Heike Friedhoff,  25/02/19

Lei de 2018 criou penas específicas contra o estupro corretivo de lésbicas

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019 0 comentários

Desenho de Charles Laveso

Estupro corretivo: entenda o crime de violência sexual contra lésbicas

A lei 13.718, sancionada em setembro de 2018, criou penas específicas para novas formas de violência contra mulheres. Novas, porém, elas são apenas no que diz respeito à legislação: são agressões praticadas muito antes da criação da lei e, entre elas, está o chamado estupro corretivo, prática violenta de que lésbicas, em sua maioria, além de gays e trans, relatam ser vítimas. Segundo o texto, o estupro corretivo é uma tentativa de "controlar o comportamento social ou sexual da vítima." Ou seja, é quando o crime é cometido na tentativa de "corrigir" uma característica da vítima, como sua orientação sexual.

Segundo a advogada especializada em direitos das mulheres Gabriela de Souza, lésbicas são os alvos principais. Ela, que já atende dois casos com essa tipificação, afirma que as mulheres relatam ouvir frases homofóbicas no momento da violência. Comentários como "você vai conhecer um homem de verdade e aprender a gostar disso" ou "você vai virar mulher de verdade" estão entre essas frases. 
São agressões com falas sempre muito violentas e ligadas à não aceitação da exposição das mulheres como lésbicas", diz Gabriela.
Aumento de pena A proposta de inserir o termo estupro corretivo em nossa legislação foi levada à Câmara dos Deputados em 2017, pela então deputada Tia Eron (PRB-BA), nomeada nova secretária de Políticas Públicas para Mulheres do Ministério de Mulher, Família e Direitos Humanos. Foi anexado a outros textos que já tramitavam no Congresso e aprovado no ano passado. Com a nova lei, se comprovado o estupro corretivo, a pena para o crime de estupro, que é de seis a dez anos, aumenta de um terço a dois terços --podendo ir de oito a 17 anos de prisão--, de acordo com a advogada Ananda Hadah Rodrigues Puchta, especialista em direitos humanos..
Mas entra como aumento da pena de todos os crimes sexuais contra vulneráveis (menores de 14 anos) e crimes contra a liberdade sexual", explica Ananda. Entre esses crimes estão o de importunação sexual (pena de um a cinco anos) e assédio sexual (pena de um a dois anos).
Machismo extremo, como explica Gabriela, o termo já vem sendo usado por movimentos feministas e de gays e lésbicas há pelo menos 20 anos. "Mas é uma prática milenar a de tentar 'corrigir' lésbicas. Apenas foi nomeada mais recentemente", diz.

"É o machismo extremo quando o homem acredita que, por ser o 'macho' e possuir o falo, tem o poder de corrigir uma mulher que ele julga ter um comportamento errado", diz ela, que acredita ser um avanço incluir o termo no Código Penal, ainda que tardiamente.

Dossiê do lesbocídio

Não há números de casos de estupros corretivos no Brasil. No geral, são registrados apenas como estupro, que ainda assim é um crime subnotificado, o que significa que as ocorrências são muito maiores do que as denúncias realizadas pelas vítimas. Um dos raros levantamentos sobre violências cometidas contra lésbicas, o "Dossiê Sobre Lesbocídio no Brasil", lançado no ano passado, mostra que, em 2017, houve 54 mortes de lésbicas no país, sendo que em 3% dos casos foi cometido estupro seguido de assassinato. 

Fonte: Universa (UOL), por Camila Brandalise, 04/02/2019

Juliana Pereira conta que o assassino de sua namorada era obcecado por ela

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019 0 comentários

Juliana Pereira e a namorada, Vanusa da Cunha Ferreira

"Ele era obcecado por ela", diz namorada de motorista assassinada em Goiás

A corretora de imóveis Juliana Pereira, de 40 anos, contou à Universa que o empresário artístico Parsilon Lopes dos Santos, 45, preso após ter confessado assassinar Vanusa da Cunha Ferreira, de 36, alimentava uma obsessão pela motorista e técnica de enfermagem -- mesmo sabendo que ela era homossexual. Juliana e Vanusa namoravam e planejavam construir uma casa e se mudar para Caldas Novas, no interior de Goiás. Vanusa desapareceu no sábado (19), em Aparecida de Goiânia (GO) e na tarde de domingo (20) foi encontrada, já sem vida, perto de um motel em Goiânia. Na quarta-feira (23), Santos confessou os crimes de tentativa de estupro, homicídio, vilipêndio a cadáver e ocultação do corpo. Ele está preso na Delegacia de Investigações Criminais desde então. Segundo Juliana, o suspeito estaria também devendo cerca de R$ 1.300 a Vanusa, referente a corridas que não teriam sido pagas.

Segundo a corretora de imóveis, Santos era cliente de Vanusa havia três meses e havia se tornado invasivo no comportamento.
Eu achava um pouco estranho o fato de eu estar com ela e ele ficar mandando mensagem. Quando ela não respondia, ele insistia e insistia. Eu falava 'meu Deus, amor, esse cara é louco' e respondia 'não, é porque ele é sozinho mesmo, ele precisa que eu faça essa corrida, mas não vou fazer porque estou com o meu amor, não vou sair daqui para ir lá, já falei que estou ocupada e ele fica insistindo'", relembra. "
Às vezes, ele mandava áudio dizendo 'você está tão ocupada assim que não pode me levar em tal lugar?'. Eu achava demais. Mas ela disse 'não, amor, esta é a última corrida que vou fazer com ele, porque vou receber o restante que ele está me devendo, dá quase R$ 1.300 e preciso pagar umas coisinhas e arrumar os pneus'", diz Juliana que, por também já ter tido experiência como motorista, estranhava o comportamento de Santos 
Não era igual a qualquer outro passageiro. Como eu também já trabalhei com aplicativo, eu sei como tratam a gente. Quando a gente fala que está ocupada, e que não vai poder atender a pessoa para uma corrida particular, eles respondem: 'OK, então, pode me passar o contato de alguém que você conheça, de confiança?'. Ele não era assim. Tinha que ser ela."
As duas haviam retomado o relacionamento
 de 3 anos em dezembro.
Para Juliana, o crime pode ter sido resultado de uma rejeição de Vanusa, e ela não descarta que também tenha tido caráter homofóbico. 

Ele sabia que ela tinha essa orientação, então pode ser que ele tenha tentado algo para mudar a orientação sexual dela, como a maioria dos homens faz quando sabe. No caso dele, era uma obsessão por ela", diz. 
A corretora chegou a se questionar se estava sendo muito ciumenta.

 Eu achava que era um pouco de ciúme meu, mas realmente estava me incomodando. Eu falava para ela que esse cara era apaixonado, mas ela falava que não, que ele tinha namorada e que era 'até bom' assim [que ele soubesse da orientação sexual dela] também porque ela não ficaria com ciúme por [Vanusa] andar para baixo e para cima com ele. Mas como ele viu que ela não aceitou [fazer sexo com ele], fez o que fez. Estou sem chão! Revoltada, sofrendo muito e não tenho palavras para expressar a dor que sinto. Dói e dói muito saber que foi tirada a vida de uma mulher maravilhosa como ela, jovem, forte, batalhadora, fiel, companheira... Me faltam palavras para falar da Vanusa, ela era uma supermulher".

A relação de Juliana e Vanusa 

A corretora e a motorista namoraram por três anos, mas haviam enfrentado um período de alguns meses de separação após Juliana ter se mudado para Fortaleza (CE) a trabalho. Elas haviam reatado o relacionamento no mês passado. 
No dia 18 de dezembro, nos reencontramos. Foi lindo, ela chegou por volta das 3h da manhã em Caldas Novas (GO), onde eu estava a passeio, e foi ao meu encontro. Daquele dia para cá, nos encontrávamos às escondidas até que eu estivesse 100% livre para gritar para o mundo inteiro o nosso amor. Ela aceitou me encontrar assim, às escondidas, esperou eu voltar de viagem com a minha família e com a [namorada] que eu tinha, para que não magoasse a mulher com quem eu estava. Nos falávamos dia e noite, mesmo em viagem. O combinado era: 'dia 16, você será só minha, minha vida'. Palavras dela. E aconteceu." 
 Segundo Juliana, as duas tinham planos de irem morar juntas em Caldas Novas. 
Já estávamos com tudo certo. Ela ia sair do Hugol [Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, onde também atuava como técnica de enfermagem], e trabalharia como enfermeira porque, como tenho contatos lá na área da saúde, e estava tudo encaminhado"
Juliana diz que já se preocupava com o
comportamento de Parsilon quanto à Vanusa
Ela trabalhou no Hugol até as 19h da sexta, fez uma videochamada a caminho da rodoviária, para então começar a trabalhar com ele. Essa foi a última vez em que a vi viva, linda, feliz e maravilhosamente contente, falando que estava com saudades demais e que precisava ver o amor dela. Nos falamos até às 2h32 do dia 19. Eu tinha muito medo, sabia o perigo que ela corria. Mas, nessa noite, ela estava em um lugar público, com pessoas que até então ela conhecia, não estava nas quebradas da cidade correndo risco. Até que teve esse fim terrível." 
A corretora ainda foi a primeira a notar a ausência da namorada e a iniciar as buscas por ela. 

Queria muito tê-la encontrado com vida. Tanto busquei, tanto procurei e tanto quis trazê-la para casa e não fui capaz. Mesmo sendo a primeira a dar falta dela e começar as buscas. Era só isso que eu queria."
 O conforto para ela, neste momento, vem justamente de seus últimos momentos ao lado de Vanusa.
Nós tínhamos que ficar bem. Deus fez com que nos reencontrássemos do dia 18 de dezembro ao dia 18 de janeiro. Na madrugada do dia 19, nos vimos novamente e ela foi encontrar com Deus. Já estava escrito o dia e a hora dela. Mas ela precisava estar em paz comigo e eu com ela. O que me conforta é que ela se foi muito feliz e realizada comigo, o  coração dela transbordando de amor. Ela passou os últimos dias com o amor da vida dela e eu a amando mais que nunca. Só espero que o culpado realmente pague e que a justiça seja feita."

Fonte: Mariana Gonzalez, da Universa, em São Paulo, 24/01/2019 

Lésbica sul-africana estuprada para "virar" mulher

sexta-feira, 24 de agosto de 2018 0 comentários

Mulher lésbica sul-africana desabafou sobre ter sido vítima de estupro corretivo
pelo pai e tio a fim de “torná-la” uma mulher heterossexual Crédito: Arquivo Pessoal

Lésbica é estuprada por pai e tio para fazer ela ‘virar’ hétero
A jovem sul-africana desabafou sobre a violência sofrida nas redes sociais e seu relato acabou viralizando na web

Estupro por correção ou estupro corretivo é uma prática que visa reverter a orientação sexual de mulheres lésbicas (principalmente, embora homens gays também sejam vítimas de tal ato criminoso) através do sexo forçado com pessoas do sexo oposto. Uma jovem sul-africana chamada Mubizana relatou ter sido vítima desse tipo de crime que foi praticado tanto por seu pai quanto pelo seu tio, na tentativa de “transformá-la” em uma mulher heterossexual.

Através de seu perfil nas redes sociais, Mubizana desabafou sobre os abusos sofridos quando ela ainda era menor de idade e o relato acabou viralizando na web, sendo notícia em sites internacionais.
“Eu tinha 15 anos quando meu pai entrou no quarto e abusou de mim pela primeira vez. Nunca pensei que um pai seria capaz disso com uma filha”, iniciou ela ao compartilhar sua história. “Ele disse: ‘minha filha, eu odeio sua conduta e vou te mostrar que você é mulher e não homem. Você é mulher então deve fazer isto [sexo] com um homem’”, continuou.
Eu sabia que ele era homofóbico e odiava que eu fosse lésbica. Após o ato ele sempre me ameaçava dizendo que se eu tentasse denunciá-lo, ele diria à polícia que eu é que o seduzia. Eu era muito nova e tinha medo de me colocar contra ele”, afirmou.
Ainda hoje estas imagens me vêm à mente. Ele justificava suas ações usando frases religiosas como ‘seu pai lhe ama e quer que você seja uma pessoa de Deus’, ‘Deus criou Adão e Eva’. Houve um dia ainda em que meu tio veio em casa e os dois abusaram de mim. Eu me sentia tão fraca que nem chorar conseguia mais. Cheguei a tentar suicídio”, contou.
Mubizana conclui seu relato afirmando que se sentia impotente e que até denunciou seus agressores, mas nenhum deles chegou a ser preso. Ainda hoje, ela afirma que não conseguiu superar os traumas da violência sofrida na adolescência e que o sexo lhe “traz de volta péssimas memórias”.
Como denunciar assédio sexual ou estupro?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.

Nadia Bochi, do programa Mais Você, da Rede Globo, relata como se assumiu lésbica

quinta-feira, 7 de junho de 2018 0 comentários

Repórter Nadia Bochi e a apresentadora Ana Maria Braga | Foto: Reprodução Facebook

Repórter se assume lésbica e denuncia assédio de chefe na TVNa Rede Globo há 15 anos, repórter do programa Mais Você falou sobre o assunto nas redes sociais

A repórter do programa Mais Você, da rede globo, Nadia Bochi, publicou um texto em suas redes sociais onde fala sobre sua orientação sexual, e casos de machismo e assédio que já sofreu no trabalho.

No relato, ela diz que se reconheceu lésbica em uma época difícil em que homossexualidade era considerado doença pela Organização Mundial de Saúde.
Parece distante, mas isso tudo foi ontem, nos anos 90. Década em que comecei a trabalhar como jornalista em um dos canais de TV a cabo mais importantes do mundo (a HBO) e tive o a oportunidade de descobrir que era possível ser gay e viver fora do armário”.
A jornalista ainda contou as situações de assédio e homofobia que enfrentou no ambiente de trabalho.
Lembro da vez triste em que fui assediada por um chefe que insistia em, além de me beijar, questionar minha escolha de amar mulheres. Não permiti que o beijo acontecesse. Principalmente não deixei que aquele ato de violência colocasse em dúvida quem eu era, desabafou”.
Leia o relato na íntegra:

Me reconheci lésbica numa época em que ser homossexual não tinha nenhum glamour. Não existia beijo gay nas novelas, pelo contrário as lésbicas explodiam junto com os prédios. Aliás, até no cinema era difícil demais encontrar algum tipo de casal que me representasse. Tive que inventar o imaginário que não existia fora da ficção, bem lá na realidade crua onde a palavra homossexualismo ainda era nome de doença, segundo a Organização Mundial de Saúde. Parece distante, mas isso tudo foi ontem, nos anos 90. Década em que comecei a trabalhar como jornalista em um dos canais de TV a cabo mais importantes do mundo (a HBO) e tive o a oportunidade de descobrir que era possível ser gay e viver fora do armário.

Na HBO Brasil, um quarto da redação era queer e esses meus colegas não só amavam pessoas do mesmo sexo, como falavam sobre seus afetos ali, entre uma pauta e outra, ao telefone, no almoço. Era como se fosse fácil ser feliz e de fato era. E deveria ser assim pra todo mundo! Sei do privilégio que tive e é desse lugar que escrevo até hoje.

Em todas as empresas em que trabalhei havia um grau seguro de regras contra o preconceito e a discriminação de qualquer natureza. Mas reforço que sei que vivo a exceção.

Num país desigual como o nosso, sou consciente da sorte de ter descoberto, com 19 anos que era possível viver a minha sexualidade sem medo e tenho feito isso até hoje em todas as minhas relações afetivas. Levo essa coragem pra todos os lugares, porque felizmente aprendi cedo que é possível ser livre.

Independentemente do tipo de trabalho que realizamos, nossa alma tá ali. Não importa se nosso talento é artístico, burocrático ou técnico. Levamos quem somos pra todas as nossas ações no mundo. Por isso é tão importante poder ser o que se é.

Algumas vezes tive que colocar a prova minhas convicções. Enfrentei situações de assédio, como a maioria das brasileiras. E acreditem, quando isso acontece com uma mulher lésbica a violência é muito cruel porque além do ato ser machista é homofóbico. Lembro da vez triste em que fui assediada por um chefe que insistia em, além de me beijar, questionar minha escolha de amar mulheres. Não permiti que o beijo acontecesse. Principalmente não deixei que aquele ato de violência colocasse em dúvida quem eu era. E mais uma vez, sei e reafirmo que tive muita sorte.

Há 15 anos sou repórter da GLOBO e entro na casa de milhões de pessoas com tudo que me constitui: meu profissionalismo, sensibilidade, a voz, os ouvidos e também o meu jeito de amar.

Ando de mãos dadas com a minha namorada nas ruas. E uma das descobertas mais felizes que tive é que muitas pessoas simplesmente não se importam com isso. Sinto um prazer sem igual quando alguém para a gente no meio de um abraço pra pedir uma foto e ainda pede desculpas por interromper com tanto carinho uma demonstração de amor.

Nunca tive que esconder, nem mesmo das pessoas mais preconceituosas minha orientação sexual e me encho de alegria em dizer que na maioria das vezes tenho sido respeitada por isso.

Quando minha amiga Maô Guimarães, uma das pessoas mais brilhantes e tímidas que eu conheço me convidou pra escrever sobre como é ser gay no trabalho, achei importante contar meu caminho.

Ela igualmente escreveu a história dela e é libriana como eu. Também tem uma namorada que ela ama e um trabalho que valoriza o fato dela ser exatamente como ela é. Somos duas mulheres que tem a chance de viver nossa afetividade sem pudores. E se essa realidade ainda não é para todas e todos, é por isso que hoje escolhemos ser vozes reais. Testemunho vivo, necessário e militante! Porque é urgente poder ser tudo que somos, mais do que nunca e sem nenhum direito a menos.

Fonte: Jornal Opção, 07/06/2018 

Jovem lésbica denuncia líder religioso por estupro objetivando '"cura gay'"

segunda-feira, 7 de agosto de 2017 0 comentários

Promotora de Justiça e Cidadania de Olinda, Henriqueta de Belli, acompanha caso. Foto:Blenda Souto Maior/DP

Líder religioso é suspeito de estuprar jovem lésbica como 'cura gay'
A prisão do suspeito foi decretada em julho deste ano, mas através de uma liminar ele está respondendo em liberdade desde o dia 2 de agosto. Promotora do Ministério Público questiona decisão

Uma jovem de 20 anos, moradora do bairro de Rio Doce, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, denunciou ao Ministério Público um crime de estupro cometido por um líder religioso da igreja que frequentava. Após formalizar boletim de ocorrência no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), a vítima vem recebendo ameças. O acusado, que era líder de um grupo de jovens da 1° Igreja Batista de Rio Doce, foi preso no dia 17 de julho deste ano, mas no dia 2 de agosto foi solto através de liminar concedida por um desembargador do Tribunal de Justiça.

Atualmente o processo penal tramita em segredo de justiça na 3° Vara criminal, em Olinda. Na manhã de hoje, representantes de instituições que atuam em defesa dos Direitos Humanos estiveram presentes no Ministério Público de Olinda para acompanhar o caso.
É importante que a sociedade esteja alerta para esse tipo de situação porque é um crime que a as vítimas têm vergonha de denunciar. O fato de ele ter sido solto provoca mais medo nas vítimas em denunciar casos deste tipo. Quanto sociedade civil e representantes de ONGs podemos ajudar estando à disposição para dar respaldo com serviços de acompanhamento psicológico e acompanhamento jurídico", comentou o advogado do Instituto Boa Vista, João Henrique de Lima.
De acordo com o relato da vítima, o religioso praticou violência sexual após tomar conhecimento que ela tinha um relacionamento homoafetivo. Durante o crime, ele chegou a falar que "queria ver se ela gostava de menino ou de menina", segundo a jovem. O estupro aconteceu no dia 28 de dezembro de 2015, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, quando a vítima tinha 18 anos. Somente em março do ano passado a jovem contou aos pais, que recorreram a DPCA.

Nos primeiros meses deste ano, quando o acusado soube que foi denunciado pelo Ministério Público, ele começou a direcionar ameaças e a hostilizar a vítima. 
Ela está com dificuldade de frequentar a própria escola criando situações de constrangimento em prejuízo da vítima. Houve uma situação que ele chegou a colocar o carro por cima dela, que conseguiu se desvincilhar e a vida dela ficou insustentável na comunidade. Ela, na condição de vítima, não poderia passar por esse tipo de situações e foi pedida a prisão", explicou a promotora Henriqueta de Belli.
Uma audiência está marcada para o dia 24 de agosto, no Fórum de Olinda, para instrução e julgamento. Com a soltura do acusado, a promotora se preocupa com a segurança da jovem. 
Está pendente o julgamento do habeas corpus no órgão colegiado porque essa foi uma decisão somente do relator que recebeu o pedido. Enquando ele estiver solto, o Ministério Público acredita que ele não vai deixar de direcionar ameaças. Não é justo que uma vítima de crime sexual dessa ordem continue sendo submetida a outros sofrimentos por conta de um acusado que não se conforma com o fato de estar sendo processado", critica.
Fonte: Diário de Pernambuco, 04/08/2017 

Assassinos de jovem lésbica foram presos em uma cidade ao sul de Johanesburgo (África do Sul)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 0 comentários

Crime: os ataques homofóbicos e as chamadas "violações corretivas"
são comuns nas regiões de baixa renda da África do Sul

Polícia sul-africana prende 4 por morte de jovem lésbica
Johanesburgo - A Polícia sul-africana deteve nesta terça-feira quatro pessoas acusadas de assassinar uma jovem lésbica cujo corpo foi mutilado e queimado em uma cidade ao sul de Johanesburgo, informou a imprensa local.

O corpo da vítima, que tinha entre 18 e 20 anos, foi encontrado em um descampado do município de Sebokeng amarrado, carbonizado e com os órgãos genitais mutilados.

Os ataques homofóbicos e as chamadas "violações corretivas" são comuns nas regiões de baixa renda da África do Sul, que tem uma das Constituições mais progressistas do mundo em matéria de direitos sexuais.
Fomos informados de que os suspeitos foram detidos. Por enquanto, não sabemos se a polícia classificará como um crime de ódio", disse ao jornal "The Citizen" Cedric Davids, um ativista político local, que estava hoje em uma manifestação da comunidade gay na frente da delegacia para pedir justiça.
Segundo ele, as agressões a gays são variadas e nos últimos meses duas lésbicas da região foram estupradas.

Comunidades gays sul-africanas pediram em várias ocasiões a aprovação de leis especiais para os crimes contra as minorias sexuais, que atualmente são tratados como crimes comuns pelas leis e estatísticas do país.

A África do Sul é o único país do continente africano que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à adoção dos casais gays. 

No entanto, as relações homossexuais são condenadas por boa parte de uma população majoritariamente pobre e com baixos níveis de escolaridade, e onde predomina as atitudes machistas.

Fonte: Exame, 12/01/2016

Estupros e homofobia na Faculdade de Medicina da USP

quinta-feira, 13 de novembro de 2014 0 comentários


MP investiga oito casos de estupro na Faculdade de Medicina da USP


O inquérito instaurado pelo MPE (Ministério Público Estadual) que investiga os casos de violência sexual e agressão às mulheres e homossexuais na Fmusp (Faculdade de Medicina da USP) menciona a ocorrência de oito estupros nos últimos anos.

O documento obtido pela reportagem mostra que as vítimas, que relataram os episódios anonimamente, afirmaram que não houve "qualquer suporte da diretoria", que deixou de dar prosseguimento a procedimentos administrativos de apuração. Nesta terça-feira, 11, em audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp),duas jovens afirmaram terem sido estupradas em festas da Fmusp organizadas por veteranos da medicina.
Não são casos pontuais. Desde o início me chamou atenção esse caráter coletivo, essa cultura de violação aos direitos, uma cultura opressora e violenta", afirmou a promotora Paula Figueiredo, da Promotoria de Direitos Humanos, à reportagem.
De acordo com Paula, o objetivo do inquérito é buscar mecanismos para reforçar, por meio de campanhas, uma mudança de estrutura interna que acabe com este tipo de ocorrência.

Segundo o inquérito, as vítimas relataram que houve tentativa de "ocultar os casos" para "evitar exposição à imagem da universidade". Uma das vítimas, que chegou a relatar anonimamente o episódio em que foi estuprada na imprensa, afirmou que tem sido humilhada.

O inquérito ainda cita dois casos concretos de discriminação contra homossexuais da Faculdade de Direito em festas da Fmusp - como foi relatado pelo jornal O Estado de S.Paulo à época. Um jovem, que pediu para não ter o nome identificado na reportagem, disse ter sido impedido de entrar em uma ala da festa Carecas no Bosque, que só aceitava casais heterossexuais. Outro rapaz foi expulso da festa pelo mesmo motivo.

A promotora pediu à USP que informasse todas as notícias recebidas nos últimos cinco anos relacionadas à violações sexuais ou discriminações, além de detalhamento dos mecanismos de punição aos casos pela universidade. O inquérito ainda pede informações sobre matérias da grade curricular que envolvam fundamentos de direitos humanos.

Ofensas

Uma das alunas que denunciou nesta terça na Alesp o episódio em que foi estuprada, afirmou que vem recebendo ofensas e ameaças pelas redes sociais.

Essa escória da Fmusp deveria ser extirpada da humanidade...lixos...essas prostitutas sujas deveriam sumir e ir cursar algo mais condizente com a mentalidade essência delas", disse um estudante.

Dia de luto para a grande Casa de Arnaldo" (...) Vejo punhados de infelizes alunos que não fazem a menor ideia de onde estão, da grandiosidade da Casa em que pisam, querendo minar mais de 100 anos de História", escreveu uma usuária em sua página pessoal.




Fonte: Estadão, 12/11/2014

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