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Pai expulsa filha de casa ao descobrir que ela vai se casar com outra mulher

segunda-feira, 20 de agosto de 2018 0 comentários

Pai rejeita a filha lésbica ao descobrir que ela vai se casar
com outra mulher Crédito: Reprodução/whatsApp


Pai expulsa filha de casa e culpa a mãe por ela ser lésbicaA jovem atualmente está morando com a família da namorada

Uma jovem de 24 anos, natural de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, fez um desabafo nas redes sociais, após ter sido expulsa de casa pelo seu pai, após o mesmo descobrir que ela vai se casar com a namorada. Ainda, o homem acusa a esposa por “não saber a criar os filhos” e, por esse motivo, a jovem teria se “tornado” lésbica.

Em entrevista à Catraca Livre, a mulher, que pediu para não ter a identidade revelada, relatou que já é assumida “há alguns anos, mas meus pais são daqueles que preferem fingir que não existe isso e nem comentam”.
Tudo estava bem enquanto ninguém sabia do relacionamento, mas quando falei do casamento, meio que surtaram e já não estavam falando direito comigo. A história todo ocorreu no dia que mandei os convites [do casamento]”, contou.
Ao saber da notícia do noivado e de que sua filha está prestes a oficializar união homoafetiva, o pai dela “surtou” e, através de mensagens via WhatsApp, ele pediu para que ela saísse de sua residência e deixasse o carro que ela costumava usar para trabalhar como motorista da Uber.
“Vou escrever porque a minha decepção é tanta que nem consigo falar. Não, em momento algum, jamais, nunca, nem nessa nem em outra vida sua avó ficaria feliz com isso [o casamento]. Ainda bem que ela morreu!, pois seria muita decepção para ela”, iniciou o pai.
“Bom, vou falar de mim, eu não concordo, jamais em toda minha vida até aqui pelo menos, nunca tive uma decepção tão grande. Não diga que me ama, pois não machucamos jamais a quem realmente amamos”, continuou.
“Você lembre-se que nesse momento você está fazendo uma escolha entre mim e a ‘sapatão’ que eu nem sei nem quero saber quem é, nunca traga ela na minha casa, pois a mesma não será recebida. Minha casa minha lei”, afirma.
"Você matou seu pai perante toda a família [porque ela anunciou o casamento em um grupo do aplicativo de mensagens instantâneas com membros da família], não se dirija mais a mim, se ainda tiver um pouquinho de vergonha nessa sua cara, não frequente também minha casa”, disse ela à filha.
“Espero que apesar disso, seja feliz com a nova família que você escolheu. Apesar de estar muito triste, como se tivesse sido apunhalado, não desejo mal, infelizmente você e seus irmãos não tiveram uma mãe de verdade, uma mãe que desse a vocês educação o suficiente para não se misturar com o que não presta, e a única culpada por isso [é a mãe e consequentemente esposa do mesmo]”, completou o homem, ressaltando que, se um dia a filha se “arrepender”, ele a receberá de “braços abertos”. Do contrário, prefere “a morte”.


Atualmente, a jovem está morando na casa da sogra e deve casar em breve com a namorada que conheceu este ano. Ela disse que após o incidente sua mãe entrou em contato, e afirmou que ela pode voltar para casa quando quiser. No entanto, segundo contou, ela não pretende voltar a dividir teto com o pai.

Fonte: Catraca Livre, 14/08/2018

Filme sobre "cura gay" de garota lésbica vence o Festival Sundance

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018 0 comentários

Forrest Goodluck, Sahsa Lane e Choe Grace Moretz em cena de 'The Miseducation of Cameron Post' 

Drama sobre garota lésbica forçada à 'cura gay' é vencedor em Sundance

O longa 'The Miseducation of Cameron Post' (a deseducação de Cameron Post), drama que se passa num centro de conversão para homossexuais, foi o vencedor do principal prêmio no Festival Sundance. Maior vitrine do cinema independente, a mostra anunciou seus vencedores neste sábado (27).

Ambientado em 1993, 'The Miseducation' traz a atriz Chloe Grace Moretz ("Deixe-Me Entrar") no papel de uma adolescente que é flagrada fazendo sexo com outra garota.

Seus tios a forçam a se submeter a uma terapia que supostamente converte homossexuais. O drama, dirigido por Desiree Akhavan, levou o grande prêmio do júri entre os filmes americanos.

Já o prêmio do público nesta categoria foi para "Burden", estreia na direção do ator Andrew Heckler. Seu filme fala de um ex-membro da Ku Klux Klan que começa a mudar de vida ao se apaixonar por uma mãe solteira.

Entre os filmes internacionais, o vencedor do prêmio do júri foi "Kelebekler", filme turco sobre três irmãos que se reaproximam do pai.

O prêmio do público foi para o dinamarquês "Den skyldige", sobre um ex-policial que precisa salvar uma mulher sequestrada.

O Brasil participava do festival com dois títulos –"Benzinho", de Gustavo Pizzi, e "Ferrugem", de Aly Muritiba–, mas não levou prêmios.

Fonte: Folha Ilustrada, 28/01/2018


Violência doméstica entre casais de mesmo sexo é 'invisível'

terça-feira, 9 de maio de 2017 1 comentários

Violência entre pessoas do mesmo sexo é mais comum do que se imagina, dizem especialistas

O drama do 'armário duplo': a violência 'invisível' entre casais do mesmo sexo

Erica é argentina e tinha 21 anos quando começou sua primeira relação com outra mulher, que era sete anos mais velha que ela. Pouco a pouco, ela se viu presa num círculo de isolamento e de controle asfixiante.
Agora, quando olho para trás, é difícil entender, mas me lembro de estar convencida de que não ia poder sair disso nunca mais", relata ela à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. "Me ligava constantemente, também quando estava no escritório. Se eu dizia que não podia falar, me ligava no telefone do trabalho", conta.
Depois veio a violência física. A parceira batia na cabeça de Erica, deixava marcas no braço e, um dia, quebrou o nariz da namorada com um soco.
No dia seguinte, disse a minha mãe que eu tinha caído", conta Erica, hoje com 34 anos.
A história de Erica é parecida com a de muitas outras mulheres vítimas de violência doméstica, mas se difere no fato de que não é um homem o responsável pelas agressões, mas uma mulher.
E não é um caso isolado. Coletivos LGBT afirmam que a violência entre casais do mesmo sexo é mais comum do que se imagina. Eles denunciam que, apesar de acontecer com frequência, pouca atenção é dada a esse tipo de violência.
É uma violência invisível e um tabu", assegura a BBC Mundo Paco Ramírez, presidente da confederação LGBT Colegas, baseada na Espanha.
Níveis semelhantes

Ainda que agressões, humilhações repetidas, ameaças ou controle doentio não sejam fenômenos exclusivos das relações heterossexuais, a violência entre pessoas do mesmo sexo é bem menos estudada.

Além disso, em muitos países a união homoafetiva não é reconhecida legalmente.

Na América Latina, muito recentemente, Argentina, Uruguai, Brasil, Colômbia e alguns Estados do México aprovaram casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto o Equador e o Chile reconhecem as uniões estáveis.

No caso do Brasil, especificamente, o Supremo Tribunal Federal decidiu em 2011 por unanimidade o reconhecimento legal da união homoafetiva. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução que impede os cartórios brasileiros de se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil.

Embora não haja estudos globais, os levantamentos existentes, principalmente centrados em países anglo-saxônicos, indicam que o problema existe e poderia ocorrer em níveis semelhantes aos de casais heterossexuais.

Essa é a conclusão de um estudo divulgado em 2014 pela Escola Feinberg de Medicina da Northwester University, de Chicago, que revisou pesquisas anteriores que sugeriam que entre 25% e 75% de lésbicas e gays  já foram vítimas de violência doméstica, para concluir que "a falta de dados representativos e a subnotificação de casos de abuso pintam um quadro incompleto do panorama real, sugerindo taxas ainda mais altas (de abuso)".
A violência doméstica é exacerbada porque casais do mesmo sexo têm de lidar com o estresse adicional de pertencerem a uma minoria sexual. Isso leva a uma relutância em abordar questões ligadas a violência doméstica", diz o psicólogo Richard Carroll, um dos autores do estudo.
Em outra pesquisa, do Centro de Prevenção e Controle de Enfermidades de Estados Unidos, que ouviu mais de 16 mil pessoas, o índice de mulheres lésbicas e homens gays que afirmaram ter sido vítimas de violência íntima (física, sexual ou psicológica) por parte dos companheiros ou ex-companheiros foi similar e, em alguns casos, superior ao de heterossexuais.

Mesmo que nenhum estudo tenha identificado se a violência doméstica é maior em casos de casais homossexuais que nos demais - os dados normalmente não indicam o sexo do agressor e podem estar relacionados a momentos anteriores aos que pessoas passaram a se identificar como homossexuais -, os achados refletem o que muitos na comunidade LGBT já viam como um fato: as mulheres heterossexuais não são as únicas vítimas de violência entre casais, não é certo que os homens nunca sejam vítimas e tampouco que as mulheres não possam ser a parte agressora.

Crenças falsas

Carlos García, trabalhador social especializado em violência doméstica, conversou com 27 homens e mulheres na Espanha que viveram situações de violência doméstica. Observou que os homens dificilmente se identificavam como vítimas.
Me diziam: É que não podia me ver como uma dessas mulheres maltratadas que aparecem na televisão. Tinha que ser outra coisa", disse García à BBC Mundo.
Socialmente, acredita-se que se a violência acontece entre pessoas do mesmo sexo, então tem que ser nos dois sentidos, pois não haveria dominação nem submissão", afirma García, que compartilhou seus achados no livro La huella de la violencia en parejas del mismo sexo ("A Marca da Violência entre Casais do Mesmo Sexo", em tradução livre).
Por isso, se é difícil para uma mulher hétero denunciar abusos do próprio companheiro, no caso dos homossexuais pode ser ainda pior. É o que está sendo chamado de "armário duplo": além de ter a dificuldade de admitir ser vítima de violência da(o) própria(o) companheira(o), ainda tem de se identificar como LGBT a uma autoridade em que - muitas vezes - não confia.

Além disso, há numerosos casos em que os agressores ameaçam divulgar a orientação sexual da vítima no círculo familiar ou de amizades, e usam isso como mecanismo de controle.

Quando a pessoa decide denunciar, nem sempre encontra instituições ou autoridades prontas para protegê-la.
Me disseram que riram de algumas mulheres que foram à polícia contar que o agressor é outra mulher", disse à BBC Mundo Karen Vasquez, psicóloga e coodenadora de promoção de saúde sexual da Associação de Psicologia de Porto Rico.
Algo semelhante aconteceu com um dos homens entrevistados por García. Quando ele foi à polícia denunciar as surras que recebia do namorado, não o viram como vítima, mas como alguém que tinha se envolvido numa briga.

O maior temor é a discriminação ou baixa confiança na atuação da polícia. Na Venezuela, os tribunais também foram identificados como importantes obstáculos para denunciar este tipo de agressão, de acordo com um estudo publicado em 2003 por Reynaldo Hidalgo, professor de criminologia da Universidade de Los Andes.

Invisíveis

Tudo isso contribui para que ganhem visibilidade apenas os casos mais extremos. Como um caso recente que foi parar nos jornais espanhóis, de uma mulher de 53 anos acusada de matar sua parceira a facadas após uma discussão no meio da noite.

Na Argentina, um espaço para mulheres lésbicas e bissexuais chamado La Fulana começou a reunir notícias sobre casos de violências entre mulheres e percebeu que estes eram relatados como briga entre mulheres, entre "amigas", e que não aparecia a palavra "lésbica", segundo explicou à BBC Mundo Paz Dellacasa, coordenadora geral do centro.

Segundo Dellacasa, quando uma lésbica se arriscava a fazer uma denúncia nas autoridades, o caso era registrado como uma "briga" ou "desentendimento", e não em como violência de gênero.
O que queremos é que nos reconheçam. O que não tem nome, não existe. E o que não existe, não tem direito", salienta Dellacasa.
No Chile, o Movimento de Libertação e Integração Homossexual (Movilh), abriu seu próprio centro para atender vítimas que chegavam à procura de proteção por não ter aonde ir.

Agora, a entidade está se reunindo com representantes do Ministério da Mulher e de Igualdade de Gênero para ajudar a desenvolver políticas públicas que incorporem as lésbicas.
Há uma vontade de ir aprimorando as leis, mas, sem dúvidas, há também uma resistência cultura", assegura Rolando Jiménez, porta-voz do Movilh.
Jiménez disse que, apesar de tudo, no Chile, o deficit mais grave está no caso dos homens, "porque o ministério não tem competência para atendê-los".
Hoje em dia, não há possibilidade de um homem agredido pelo parceiro e com sua vida perigo, procurar um centro de proteção e ser acolhido nesse espaço", diz Jiménez.
Vazio legal e resistência

Muitos países têm leis específicas para violência de gênero - mas nem sempre a legislação engloba os homossexuais.

É o que acontece na Espanha, onde a lei de violência doméstica protege apenas as mulheres que são agredidas por homens.
Muitas feministas não querem que a lei seja ampliada para não diluir o objetivo. Por isso, optamos para pedir proteção e direitos por meio das leis específicas LGBT que estão sendo aprovadas em diferentes comunidades autônomas [regionais]", afirma Paco Ramírez, da confederação espanhola LGBT Colegas.
No entanto, em uma audiência no Parlamento espanhol em 2009, o centro Aldarte de atenção a gays e lésbicas pediu que a lei contra violência contra mulheres fosse alterada para incluir esses grupos.

Mas a realidade é sempre mais complexa.

Erica, a argentina que apanhou da primeira namorada, era, fisicamente, mais forte que sua agressora e praticava boxe, mas nunca se defendeu dos ataques com força.
Quando ela ficava violenta, me dava taquicardia. Tentava acalmá-la e dizia o que ela queria... Se a segurasse pelas mãos e a continha, ela ficava ainda mais violenta", relata.
Apesar do medo das reações da companheira, tinha outra razão para se submeter à violência disse Erica:
No início, não podia acreditar que precisava me defender de uma pessoa que amava".

Fonte: Com informações de BBC Brasi, por Antía Castedo, 05/05/2017

Jovem morta a facadas por companheira dentro de apartamento em Santa Maria (RS)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015 0 comentários

Helenara Pinzon (à esquerda), de 22 anos, foi morta a facadas após
discussão com a companheira, Stéphanie Freitas (à direita), de 24 anos

Jovem é morta pela companheira dentro de apartamento no RS
De acordo com vizinhos, assassinato de Helenara Pinzon aconteceu depois de uma discussão; Stéphanie Freitas foi presa em flagrante

PORTO ALEGRE - A jovem Helenara Pinzon, de 22 anos, foi morta a facadas pela companheira dentro do apartamento onde morava em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul. O assassinato aconteceu no sábado, 5, no bairro Nossa Senhora de Lourdes.

Conforme a Polícia Civil, os vizinhos fizeram um chamado pelo telefone 190 da Brigada Militar e relataram que ouviram gritos da briga entre as duas jovens, que vivam juntas há pelo menos oito meses. Já o relacionamento homoafetivo teria iniciado em 2012.

Ao chegar ao apartamento, policiais militares encontraram a vítima, já morta com ferimentos de faca no pescoço, abdômen e peito. Dentro do apartamento, havia bebidas alcoólicas. A autora do crime, Stéphanie Freitas, de 24 anos, foi presa em flagrante. Em depoimento à polícia, algumas testemunhas relataram que o casal teria rompido recentemente o relacionamento.

As circunstâncias do crime estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Santa Maria. Helenara Pinzon foi sepultada na manhã deste domingo, 6, no cemitério da cidade de Três de Maio, onde nasceu.

Fonte:  Estadão, por Luciano Nagel, 07/12/2015

Vereador do sul da Bahia agrediu namorada da filha

terça-feira, 21 de outubro de 2014 0 comentários

Vereador é suspeito de agredir namorada da filha
(Foto: Reprodução/TV Bahia)

'Criei para casar com homem', diz vereador que agrediu parceira de filha

Edmílson Freitas é acusado de atacar jovem ao flagrar relacionamento.

Agressão ocorreu no dia 7 de outubro, em Firmino Alves, no sul da Bahia.O presidente da Câmara de Vereadores do município de Firmino Alves, no baixo sul da Bahia, suspeito de ter agredido a namorada da filha mais velha, de 18 anos, após ter flagrado as jovens juntas no quintal de casa no dia 7 de outubro, confirmou que é contra o relacionamento das duas, mas que atacou a jovem porque confundiu as duas com ladrões, já que o local estava escuro.

Em depoimento à polícia, a namorada da filha do vereador Edmílson Freitas contou que foi agredida com pauladas na cabeça e que filha do edil foi ferida com facão. A vítima relata que foi puxada pelos cabelos, teve o dedo quebrado e ainda apresenta outros hematomas pelo corpo.

"Havia tido casos de roubo de galinha no meu quintal, então eu estava desconfiado que poderia ser um ladrão de galinha. Quando saí na janela que eu olhei para o quintal, eu vi uma sombra passando no muro, no escuro. Eu tomei logo um susto de primeira, me arrepiei todo e perguntei:' Quem é você?' E essa pessoa continuou calada, estática e me olhando. Eu peguei o facão e desci para me defender. Aí eu vi duas pessoas correndo. Foi na hora que eu soltei o facão no escuro. Eu bati nas pernas das duas. Quando elas foram pular as táboa [sic], que a menina veio de lá para cá, que ela entrou pelo quintal do prefeito e depois pulou essas táboas para entrar no meu quintal, foi a mesma táboa que elas iam pular de volta, que eu percebi que era minha filha e ela. Queria dar uma surra na minha filha, vou ser sincero. Eu queria dar uma surra porque eu percebi o que estava acontecendo", relatou o velerador.

Edmílson Freitas afirma também que é contra o relacionamento das duas. "Eu sou contra, eu não aceito. Porque eu criei minha filha para casar com homem e ter filhos e eu ser avô", disse.

Depoimento

À polícia, a filha do vereador confirmou o namoro com a adolescente de 16 anos, mas não quis falar sobre as denúncias de agressão apresentadas pela namorada. A esposa do presidente da Câmara relatou que, no dia do episódio, escutou barulho no quintal e pensou que alguém estivesse assaltando as galinhas. Logo em seguida, ela disse que já encontrou marido e filha dentro de casa.

Já a mãe da adolescente que fez a denúncia, Rosenildes da Silva, que também é conselheira tutelar, afirma que a agressão só acabou quando uma colega de trabalho, que é parente da família do vereador, chegou ao local.

A delegacia de Itororó, que investiga o caso, afirma que irá indiciar o vereador por agressão à mulher, por meio da Lei Maria da Penha.

Fonte: G1, 17/10/2014

Por não aceitar relacionamento, pai atira em namorada da filha

quinta-feira, 8 de agosto de 2013 0 comentários


Homem não aceita relacionamento homossexual e atira na namorada da filha

Um crime passional foi registrado na portaria de um condomínio, na Rua Rosamélia de Oliveira, no bairro Campo Comprido, na noite de quinta-feira (01). Duas garotas de 15 anos mantêm um relacionamento, que quase acabou em tragédia porque o pai de uma delas não aceita o namoro.

A adolescente estava em casa quando foi chamada na portaria. Assim que desceu, o pai da namorada estava armado e atirou na perna da garota. O atirador fugiu numa Ecosport prata, enquanto os vizinhos chamavam o Siate, que levou a menina até o Hospital Evangélico.

O cabo Araújo, da Polícia Militar, falou mais sobre o atentado:

Fonte: Na Tela do 190 - 02/08/2013

Homofobia familiar: Pai agride o filho homossexual

terça-feira, 6 de agosto de 2013 0 comentários


Pai é indiciado por torturar filho gay e ameaçar arrastá-lo pela rua em Três Lagoas (MS)

Um pecuarista de Três Lagoas (328 km de Campo Grande) foi indiciado pelo crime de tortura ao agredir o filho – um adolescente de 16 anos –, que é homossexual. Segundo a polícia, o homem de 46 anos também usou uma corda para amarrar os pés do filho ao engate de uma caminhonete, ameaçando arrastá-lo pela rua, por causa da orientação sexual do rapaz.

As agressões foram cometidas na madrugada de segunda-feira (29). Segundo o delegado Paulo Henrique Rosseto de Souza, da 1ª Delegacia de Polícia de Três Lagoas, o pai ficou irritado depois que o filho chegou em casa, supostamente depois de um encontro. De acordo com o relato do adolescente, depois de dar um soco em seu rosto, o pai o jogou no chão e continuou com as agressões, dizendo que iria "arrancar o demônio a unha".

A mãe e o irmão mais velho conseguiram levar o adolescente à casa da avó. Mesmo assim, ainda conforme o que a vítima contou à polícia, o pai voltou a agredi-lo, batendo sua cabeça contra o chão. Depois da sessão de espancamento, o próprio pai levou o filho ao hospital, mas, segundo o rapaz, para que fosse "curado" da homossexualidade. Foi neste trajeto que o pecuarista ameaçou arrastar o adolescente.

Homofobia

O caso foi denunciado à Polícia Civil na terça-feira (30) pelo Conselho Tutelar, que foi acionado pela mãe do rapaz. O pai foi convocado para prestar depoimento, e, segundo o delegado, permaneceu calado durante todo o interrogatório. Rosseto diz que, além dos relatos da mãe e da vítima, outras duas testemunhas confirmaram as agressões.

O adolescente chegou a ficar um dia internado. Ele teve lesões no rosto e na perna e passou por exame no Instituto Médico Legal. O delegado responsável pelo caso aguarda o laudo para concluir o inquérito. "Infelizmente, em pleno século 21, ainda lidamos com casos de violência por causa de homofobia", disse Rosseto.

Como a legislação penal brasileira não prevê o crime de homofobia, o delegado decidiu indiciar o pecuarista pelo crime de tortura, que prevê pena de dois a oito anos de prisão. "Mas não há dúvidas de que as agressões foram motivadas por homofobia." O acusado também vai responder por injúria cometida contra o filho e a mulher.

Fonte: Do UOL, em Campo Grande, Luiz Felipe Fernandes, 02/08/2013

Amores violentos: agressões entre casais de lesbianas 

terça-feira, 7 de agosto de 2012 8 comentários

Estabeleceu-se o dia 25 de novembro como dia de luta contra a violência contra a mulher. Neste dia, estatísticas da violência masculina contra as mulheres são apresentadas e campanhas são realizadas contra o problema. No entanto, um tipo de violência contra as mulheres tão nefasto ou até mais nefasto que a violência masculina geralmente é deixado de lado nestas abordagens. Trata-se da violência que as mulheres cometem contra as mulheres seja a violência mais generalizada da tristemente célebre inimizade feminina seja a violência doméstica entre mulheres.

Assunto indigesto para muitas, a violência entre mulheres pode deixar marcas ainda mais fundas que a violência masculina na medida que suas vítimas não têm a quem recorrer. Os homens violentos contam com o movimento feminista em seus calcanhares e, apesar de forma ainda precária, as mulheres heterossexuais dispõem das delegacias das mulheres e da proteção da heteronormalidade para se amparar. As lésbicas não.

Algumas já viveram inclusive o paradoxo de ter, como molestadoras, lésbicas que se dizem feministas (sic) e que contam com a indulgência do movimento de mesmo nome para com seus abusos. Outras que procuraram apoio em delegacias da mulher tiveram que encarar uma segunda violência, além da já sofrida: a violência do preconceito contra a homossexualidade.

Conscientes de que a violência física ou psicológica venha de quem vier, venha como vier, é sempre violência e deve ser combatida, abrimos espaço para iniciar uma discussão sobre este tema tão delicado reproduzindo abaixo o texto da psicóloga Kátia Horpaczky sobre violência entre mulheres e solicitando a nossas leitoras que nos enviem depoimentos ou relatos sobre casos dessa natureza para que juntas possamos mudar este quadro dramático.

Míriam Martinho

Amores violentos

Para algumas lésbicas, a agressão física é a melhor resposta para os problemas no relacionamento


Antes de começar, no entanto, vamos definir a violência doméstica entre casais como qualquer agressão física, sexual e/ou psicológica em que um dos parceiros tenta estabelecer e manter controle e poder sobre o outro. 

Existe sim violência doméstica (ou seja, dentro da própria casa) entre lésbicas. Muitas desconhecem que em uma relação dessa natureza possa existir esse lado negro da subjugação, da anulação do próprio ser humano, da intimidação, da dor e do silêncio. O raciocínio simples é de que quem ama, seja um casal hetero ou homossexual, não se agride. Não deveria haver espaço para agressões no amor. 

A violência doméstica entre casais gays só começou a ser estudada na década de 90 (no caso dos heterossexuais ela é pesquisada desde 1970) e ainda muita resistência em se falar deste assunto. Atualmente, a questão tende a sair da esfera do desconhecido, ao se desfazer dois mitos: o estereótipo de socialização da mulher (naturalmente, elas são não-violentas) e a visão idílica das relações lesbianas (seriam relações entre iguais, fora de toda forma de poder). O mito existe e seu objetivo é silenciar aquilo que a violência nas relações lesbianas desmascara. Acreditava-se que as lésbicas estavam imunes. Afinal, não estão.

Dou voltas e voltas a tentar descortinar um motivo, um único motivo que possa justificar a agressão física e a agressão psicológica. Não há, absolutamente, qualquer razão para que se tenha um comportamento violento com quem amamos. Ou então, não amamos.

Não quero com isto dizer que pensava que só os homens são violentos e que a relação lésbica estava imune por nela não haver homens. Nada disso. Minha convicção era que um amor sublime, como é o amor entre duas mulheres, estava imune. Também não consigo perceber o que leva um homem ou uma mulher a baterem no marido ou na mulher. Não digo que o amor entre casais hétero seja menos verdadeiro do que existente entre duas mulheres. O fato é que a violência entre os casais heterossexuais é, infelizmente, mais familiar. Os agressores sempre justificam a violência como conseqüência de um ato da parceira. “Ela me fez fazer isto”. “Ela provocou”. “Ela procurou por isto”. Algumas vezes, as próprias vítimas acreditam nisso.

As lésbicas também são vítimas de ataques de ciúmes doentios, de problemas psicológicos graves, de demonstrações de poder dolorosas e de manipulações psicológicas. A violência de um ponto de vista feminista é definida como a tradução do controle e do poder exercido sobre alguém. Existem outras definições:

Esta definição, como todas as que se referem às correntes feministas – está ligada à dominação masculina. Quando tomamos consciência da forma como é definida a violência nas relações lesbianas, encontramos pontos comuns entre elas, mas também algumas diferenças: “Uma lésbica sofre violência quando começa a temer sua companheira, quando modifica seu comportamento por causa de abusos sofridos ou do medo de abusos futuros, quando desenvolve uma consciência particular ou adota tipos de comportamento destinados a evitar a violência e isto contra seus próprios desejos e preferências. O poder e o controle podem se estabelecer sem agressão física, por meio de agressões psicológicas ou verbais. (Centre de Santé des Femmes de Montréal, 1995 : P.9)

Desta forma, assim como nas relações heterossexuais, trata-se do poder e controle que uma exerce sobre a outra. Assim: “Pelo poder e controle que exercem, tentam satisfazer suas necessidades pessoais sem nenhuma referência às necessidades e desejos da outra”. (Centre de Santé des Femmes de Montréal, 1995 : p.9)

O papel do ciúme quando ele entra na relação

O ciúme nem sempre vem de fora para dentro, pode vir de nossas inseguranças, fantasias e medos. Ele ameaça e pode até levar ao rompimento da relação. No relacionamento amoroso estamos sempre pensando no ser amado, no que já foi vivido, na troca de carinho e de prazer, sempre estamos construindo e reconstruindo a relação no pensamento, garantindo assim que continuemos investindo no futuro dessa relação, muitas vezes “idealizando”. E é aí que muitas vezes as coisas saem erradas, pois o que foi “idealizado” não corresponde à realidade. Muitas vezes, há uma grande distância entre o sonho e a realidade.

Uma relação amorosa não se sustenta só com sonhos, ela é baseada, principalmente, com a realidade, com a troca, com o relacionamento em si. A relação idealizada deve estar de acordo com a realidade e, para que isso aconteça, passamos a buscar sinais do amor, provas, atos e gestos amorosos. Quando não encontramos ou não encontramos do jeito que imaginamos, cria-se o ambiente favorável para a instalação do ciúme, que traz junto a possível introdução de um “terceiro” na relação.

Tipos ciumentos

Com o surgimento de um terceiro na relação, ou a simples possibilidade, conduz a alguns tipos de reação e de tentativa de resolução. Um desses tipos é o “tipo heróico” aquele que aceita e admite o interesse e até mesmo o amor do seu par por outra pessoa, tendo como fala: “Pode ir, se é isso que você quer” ou mesmo “Tudo bem, contanto que você seja feliz”.

Mesmo estando com raiva, magoado ou mesmo com ódio, tenta superar, se submetendo a tentar ser do “jeito” que a pessoa amada deseja, ou no mínimo do jeito que ele acha que o “amado” gostaria, passando a imitar e ter como modelo o “terceiro”. Neste caso, quando a relação termina, a pessoa sente-se obrigada a desistir da “amada”, e muitas vezes o faz sentindo muita raiva, mágoa e até ódio. Sua reação é de destruir o passado, as lembranças, as memórias, os presentes, tendo em seguida a apatia e até mesmo a depressão.

Outro tipo é o “passional” sua característica é baseada na exclusividade do prazer. Por exemplo: “Só ela me dá prazer”, “Sem ela não vivo”, não é apenas uma busca é muito mais do que isso, chega a ser uma necessidade, passando do desejo, do prazer, para a dependência e necessidade.

Este tipo acontece na esfera do pensamento, então muitas vezes a introdução do “terceiro” é fantasiosa, só acontece na fantasia, sem correspondência na realidade. O ciúme neste tipo é muito forte e persecutório, podendo tornar a vida da “amada” um verdadeiro inferno.

Existe ainda a “paixão unilateral” que se estabelece na eminência de uma separação e o que o ciúme se instala imediatamente, pois a pessoa vive o tempo todo achando que vai ser abandonada, rejeitada, trocada, descartada. A “amada” passa a ser a única fonte de prazer. “Prefiro morrer a perder a pessoa amada”. A pessoa passa a se menosprezar, se desqualificar, passando a achar qualquer pessoa melhor e mais interessante do que ela. Acha que só ela ama e que só ela sofre. Tem ciúmes da própria sombra.

Doses de ciúmes

Podemos falar em três gradações de ciúmes. O ciúme normal, a pessoa fica triste, tem sentimento de perda ou mesmo pensa ter perdido o “amado”, causando dor e sofrimento. A pessoa sofre uma ofensa ao seu narcisismo e sua auto-estima fica comprometida. Pode também se sentir responsável pelo rompimento e fica ainda mais deprimida. Essas situações podem ser reais e atuais, mas não são sempre racionais, porque muitas vezes podem ter suas raízes em fases mais infantis.

No ciúme projetado a sua característica é a própria infidelidade praticada por um dos parceiros ou no desejo de ser infiel. Não podemos descartar que a fidelidade sempre estará sujeita a tentações, pressões e cobranças. As pessoas que tendem a projetar o ciúme sempre estão negando seus desejos, suas dificuldades ou até mesmo suas infidelidades. Quanto mais sentem essa pressão, mais elas suspeitam da fidelidade do “amado” e assim aliviam sua própria consciência.

A terceira gradação é o ciúme delirante, classificado nas formas da paranóia. É a gradação mais forte, chega a ser patológico. Nesse tipo, o ciumento transforma a relação dual em triangular e o “amado” passa a ser objeto de ressentimento, de frustrações atuais ou do passado, o “amado” passa ser a parte ruim da pessoa. Nesse nível, o ciumento se sente enganado, abandonado, e começa a criar uma realidade cheia de histórias e mentiras, passa a acreditar nessa realidade e começa a reagir. As formas de contra-ataque podem ser das mais brandas até as mais violentas. O ciumento vai envolvendo o “amado” nas suas histórias, confundindo-o, criando pseudo provas com interpretações delirantes. “Estou sendo traído”.

Um manual sobre o tema violência doméstica lançado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) fez lembrar que entre casais de homossexuais, lésbicas, travestis e transexuais também podem ocorrer ameaças, humilhações, tapas e até mortes — nada diferente do que ocorre entre alguns casais heterossexuais. A diferença, quando ela existe, é que nos casais heterossexuais é o homem que costuma bater; nos outros, geralmente, é o mais fraco que apanha.

Números não oficiais divulgados pelo GGB estimam que mais de uma centena de gays, lésbicas e travestis (GLTs) são assassinados por ano, no Brasil. Segundo Luiz Mott, professor da Universidade Federal da Bahia e fiador desses números, entre cinco e dez desses casos seriam de amantes que mataram parceiros.

Para finalizar, gostaria de lembrar que quando nos relacionamos amorosamente, deveríamos também fazer uma distribuição dos nossos sentimentos e afetos em outras relações como amizade, família..etc. Dessa forma, o “outro” não se tornará “tudo” para nós. É importante manter uma vida independente do relacionamento amoroso, pois isso ajuda a enriquecer a relação. São experiências e histórias que podem ser trocadas com a parceira e que vão ajudar a enriquecer e fortalecer o relacionamento no dia-a-dia. É importante lembrar que cada um de nós tem uma história de vida, interesses diversos que podem ser compartilhados. Se, por ventura, você tem uma relação sufocante com sua parceira que não está fazendo bem a você, nem a ela, é preciso conversar. Não destrua uma relação com agressões, sejam físicas ou psicológicas, elas podem causar feridas e mágoas desnecessárias. Não deixe a situação chegar a este ponto. Pense a respeito. Se não conseguir chegar a uma conclusão, procure ajuda. Não manche sua história de amor.

Kátia Horpaczky é Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal

Publicado originalmente, no site Um Outro Olhar, em 24/11/05

Igualdade de direitos: Mulher é condenada a 14 anos por matar ex-namorada

sábado, 4 de fevereiro de 2012 2 comentários

Foi condenada ontem (2/2/02), no Pará, a 14 anos de reclusão em regime fechado, Adriana Costa Ribeiro Silveira, 22 anos, pelo assassinato à facada da ex-namorada que, na época do crime, tinha 15 anos de idade.  O motivo do crime foi passional. Adriana teria visto a garota namorando um rapaz.

O defensor público Alex Noronha alegou que a ré, no momento em que desferiu o golpe de faca, não teria tido intenção de matar, agindo em legítima defesa. Entretanto, segundo o promotor Franklin Prado e o relato de testemunhas, Adriana imobilizou a vítima, e quando ela estava sem defesa, a esfaqueou.

A maioria dos jurados da Vara de Violência Contra a Mulher acatou a tese do promotor e condenou Adriana por  homicídio qualificado. Fora a detenção, ela ainda terá que indenizar por danos morais a família da vítima em R$ 40 mil, embora o defensor tenha alegado que, por ser feirante, ela não teria condições de pagar tal quantia. Caso seja confirmado que a condenada não tem condições de pagar a indenização, a Justiça confiscará dela bens que possam somar o valor estabelecido.

(Foto: Celso Rodrigues/Diário Online)
Para a juíza Fabíola Urbinati Maroja, que presidiu o júri, o julgamento pode ser considerado uma evolução no reconhecimento dos efeitos da relação homoafetiva no Brasil por ser o primeiro caso de condenação por homicídio entre casais de mulheres no Brasil. Salientou, contudo, que “existem muitos casos de lesão corporal cometidos por mulheres contra suas parceiras sendo acompanhados pela Vara de Violência Contra a Mulher”. Segundo a juíza, a violência doméstica é algo que faz parte da realidade humana, independente do gênero e da orientação sexual.

Pena que o reconhecimento das relações homoafetivas esteja se dando por essa via e não por uma lei específica sobre o tema.

Fonte: Com informações de Diário do Pará

Resposta à leitora Tamara: De fato, não é nenhuma novidade episódios de mulheres condenadas por matar suas namoradas. Ao contrário dos casos onde o homem é o assassino, lésbicas nunca escaparam da cadeia com a desculpa de defesa da honra ou algo equivalente. Segue um vídeo sobre um desses casos, do R7 Vídeos, em 30/03/2011:  

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