Tribalistas "jogam arroz" em apoio ao casamento civil igualitário

sexta-feira, 31 de maio de 2013 0 comentários


Música tema da campanha nacional em apoio ao casamento civil igualitário, composta e tocada por Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes.

O Casamento Civil Igualitário já foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça mas ainda falta sua aprovação no Congresso.

O trio fez uma música para sensibilizar os deputados, senadores e a sociedade brasileira em nome da liberdade de amar.

www.casamentociviligualitario.com.br
www.arnaldoantunes.com.br
www.carlinhosbrown.com.br
www.marisamonte.com.br

Joga Arroz
(Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)

O seu juiz já falou
Que o coração não tem lei
Pode chegar
Pra celebrar
O casamento gay

Joga arroz
Joga arroz
Joga arroz
Em nós dois

Quem vai pegar o buquê
Quem vai pegar o buquê
Maria com Antonieta
Sansão com Bartolomeu
Dalila com Julieta
Alexandre com Romeu

Joga arroz
Joga arroz
Joga arroz
Em nós duas em nós todos
Em nós dois

Ficha Técnica:
Voz. Arnaldo Antunes
Voz \ Ukulele \ Q Chord. Marisa Monte
Voz \ Baixo\Percussão\Bateria\Programação. Carlinhos Brown
Violao. Cesar Mendes
Guitarra Pignose\Ukulele. Dadi
Programação \ Thiago Pugas
Gravado em Maio de 2013 por Thiago Pugas, Dadi e Carolina Monte
Mixado por Carolina Monte e Marisa Monte

Ministro do STF nega mandado do PSC contra casamento gay

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Fux nega pedido do PSC contra casamento gay em cartórios

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux negou na terça-feira mandado de segurança do PSC contra resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga cartórios de todo o Brasil a celebrar a união estável ou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Para o ministro, o CNJ tem competência para regulamentar questões internas da Justiça de acordo com valores constitucionais.

Fux argumenta que a própria Constituição confere ao CNJ a tarefa de analisar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Judiciário usando como base os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Segundo o ministro, essa competência já foi reconhecida pelo Supremo ao confirmar resolução do conselho que proibia a prática de nepotismo no Judiciário. 

“É de se ressaltar que tal postura se revela extremamente salutar e consentânea com a segurança e previsibilidade indispensáveis ao Estado democrático de direito, em geral, e à vida em sociedade, em particular, além de evitar, ou, pelo menos, amainar, comportamentos anti-isonômicos pelos órgãos estatais”, analisa.

Fux também entende que o PSC cometeu erro formal ao optar por um mandado de segurança para questionar a “lei em tese”. Ele acredita que a legenda deveria ter escolhido uma ação direta de inconstitucionalidade para tratar do tema.

O PSC alegava que o CNJ cometeu abuso de poder ao editar a norma, e que a resolução não pode ter validade sem passar pelo processo legislativo. Se a legenda recorrer, o caso deverá ser analisado pelo plenário do STF.

Fonte: Terra, 28/05/2013

13ª Feira Cultural LGBT tem show de Corona, Pepê e Neném, Mocidade Alegre

quinta-feira, 30 de maio de 2013 0 comentários


Programação desta quinta (30) conta ainda com Pepê e Neném, Mocidade Alegre e diversidade de atrações que vão do funk ao tango.

LEANDRO RODRIGUES

A 13ª Feira Cultural LGBT – que ocorre nesta quinta-feira (30), das 10h às 22h no Vale do Anhangabaú – recebe no palco a cantora Corona, consagrada pela dance music na década de 1990 e que lança música nova. A dupla Pepê e Neném e a escola de samba vencedora do carnaval de São Paulo, Mocidade Alegre, também estão entre os destaques da programação.

Radicada na Europa, há vinte anos com residência na Itália, a carioca Olga de Souza é mundialmente conhecida como Corona. Um dos principais ícones da eurodance, fez sucesso com as músicas “Baby baby” e “Time out”, mas foi “Rhythm of the night” que a tornou uma das cantoras brasileiras de maior sucesso no exterior, permanecendo por treze semanas consecutivas no topo do ranking da revista norte-americana Billboard. “A canção completa vinte anos e será uma grande comemoração poder cantá-la na Feira Cultural LGBT. Marcamos época com este hit e tenho certeza que será magico”, afirma.

Sobre a expectativa para o show, Corona diz que está ansiosa: “O público LGBT foi e continua sendo responsável por uma grande parcela do sucesso da minha carreira. Tenho um carinho e respeito muito grande”. “Nós, artistas, temos que dar nossa parcela de contribuição para um mundo mais justo, solidário e humano. Combater todos os dias a discriminação, seja racial, religiosa ou sexual, e propagar mensagens de paz, amor e igualdade para todos”, completa a cantora, ciente da importância política da atividade. 

Além dos clássicos, Corona apresenta sua nova música “Queen of Town” em primeira mão na Feira Cultural LGBT. “Podem esperar um show eletrizante, com muito amor e música. Vamos fazer a galera sair do chão”.

Diversidade de ritmos

As irmãs Pepê e Neném também se apresentam neste feriado de Corpus Christi que antecede a 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Conhecida pelos sucessos “Mania de você”, “Nada me faz esquecer” e “Mais uma vez”(que foi tema da novela), a dupla canta seu mais novo trabalho produzido em parceria com o MC Catra, “O embalo do som”.

A escola de samba Mocidade Alegre traz sua bateria vitoriosa, com direito a rainha, passistas, mestre-sala e porta-bandeira. Ao longo do dia, haverá apresentação de tango, funk, diversos cantores, DJs e performances de drag queens. Confira a programação completa:

12h – Abertura do palco

14h – Apresentação de Léo Áquilla
Eletrocooler Live
Tonanni e DJ Top Less Leo Conceição
Alma de Tango
Kevin Royk (Uruguai)
Eduardo Kazan
Camerata Darcos

16h – Apresentação de Michelly Summer e Valenttini

Mulher Feijoada
Chica Chiketh e Credymara
Pepê e Neném

18h – DJ Miro Rizzo (Festa Gambiarra)
19h – Apresentação de Silvetty Montilla e Gretta Starr

Shows de drag queens das casas noturnas de São Paulo
Drag queens New Faces 2013
Escola de samba Mocidade Alegre
Corona

Sobre a 13ª Feira Cultural LGBT

Com público estimado em 200 mil pessoas, a Feira Cultural LGBT já é tradição na semana da Parada. Ocupando toda a extensão do Vale do Anhangabaú, reúne mais de 80 tendas comerciais com produtos dos mais variados segmentos, como moda, acessórios, calçados, perfumes, artes plásticas, decoração, literatura, música, vídeo, artigos esotéricos, entre outros. Há também uma praça de alimentação e um setor específico para divulgação dos trabalhos de organizações não governamentais (ONGs) e demais entidades que apoiam a causa LGBT.

A drag queen Dindry Buck ministra duas oficinas gratuitas sobre sexualidade e prevenção, às 14h e às 16h. Em seguida, às 17h30, ao lado da amiga Sissi Girl, a veterana ensina todos os macetes da profissão para aquelas que estão no início da carreira, no workshop Linha de montagem: nasce uma drag queen.

A Feira Cultural LGBT integra o calendário do 17º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, promovido pela APOGLBT, que neste ano tem o tema “Para o armário, nunca mais! - União e conscientização na luta contra a homofobia!”. A frase escolhida pela organização é uma resposta à perseguição dos conservadores e, ao mesmo tempo, convoca a comunidade a se manter firme e esclarecida no combate à discriminação.

SERVIÇO

13º Feira Cultural LGBT – Mês do Orgulho LGBT de São Paulo
30 de maio – das 10h às 22h (shows a partir das 12h)
Vale do Anhangabaú > Veja o mapa

Fonte: APOLGBT

Na França, casal de homens celebra sua união protegido por agentes da polícia!

quarta-feira, 29 de maio de 2013 0 comentários

Vincent e Bruno (Fotografia © DR)

por Sofia Fonseca

Vincent Autin, 40 anos, e Bruno Boileau casam-se hoje em Montpellier, numa cerimônia com cerca de 600 pessoas.

Onze dias após a promulgação da lei que permite o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, tornando França o 14.º país a fazê-lo, o primeiro casamento homossexual realiza-se em Montpellier, uma cidade que é tida como a mais "friendly" dos gays naquele país. A cerimônia será celebrada pela presidente da Câmara, Hélène Mandroux, autarca socialista forte defensora das uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Anuncia-se que 600 pessoas marcarão presença nesta celebração. Cerca de 200 são amigas e familiares dos noivos; 300 serão individualidades ligadas à política e a associações; e as restantes serão jornalistas. Foram feitos 140 pedidos de acreditação de meios de comunicação social para fazer a cobertura do evento, vindos dos quatro cantos do mundo.

Após as manifestações dos últimos meses e, sobretudo, do último fim-de-semana (que resultou em confrontos com as autoridades e em 231 detenções), haverá entre 50 e 100 agentes da polícia a zelar pela segurança dos noivos e dos seus convidados.

Fonte: DN Globo, 28/05/2013

Atualização sobre o casamento dos gays franceses no vídeo abaixo.

Paquistanesas se casam no Reino Unido e pedem asilo

terça-feira, 28 de maio de 2013 0 comentários

Rehana Kausar e Sobia Kamar

Muçulmanas lésbicas do Paquistão se casam no Reino Unido e pedem asilo

Duas paquistanesas recém-casadas em território britânico tentam obter asilo político no país, argumentando que suas vidas correm risco caso retornem para sua terra natal. 

O casamento e pedido de ajuda das duas foi revelada no domingo (26) pelo jornal britânico "Birmingham Mail". Segundo o periódico, Rehana Kausar, 34, e Sobia Kamar, 29, registraram sua união civil em um cartório da cidade de Leeds no início deste mês. 

O pedido de asilo político no país foi feito assim que as duas paquistaneses se casaram. O argumento, de acordo com o "Birmingham Mail", é que suas vidas correriam perigo no Paquistão, cuja lei não permite a união de pessoas do mesmo sexo, e o preconceito fundamentalista constituiria uma ameaça à integridade física do casal. No Islã, a homossexualidade é um pecado e uma ofensa grave.

Citando parentes não identificados das mulheres, o jornal diz que as duas receberam ameaças de morte tanto de familiares no Paquistão quanto no Reino Unido. Rehana e Sobia se conheceram em Manchester há três anos, e estão juntas desde então.

Fonte: UOL, 27/05/2013

N.E: A troca de votos a partir dos 00:35

A vida de Adèle: Amor entre garotas ganha Palma de Ouro em Cannes!

segunda-feira, 27 de maio de 2013 0 comentários

Diretor Abdellatif Kechiche e as atrizes Adele Exarchopoulos
e Lea Seydoux aplaudidos de pé durante premiação

Spielberg diz que Palma de Ouro para filme sobre amor gay não foi política

Thiago Stivaletti
Do UOL, em Cannes (França)

Em entrevista coletiva após a premiação, Steven Spielberg, presidente do júri do Festival de Cannes, negou que a escolha da Palma de Ouro para o francês "La Vie D'Adèle" (A Vida de Adèle) tenha sido uma decisão política.

'Para nós, é uma grande história de amor que carrega uma mensagem muito positiva. E a propósito, as personagens não se casam", brincou.

"Somos convidados a acompanhar essa história de amor dilacerante. O diretor não pôs nenhum constrangimento na direção e tirou uma grande performance dessas duas atrizes jovens e formidáveis. É incrível a maneira como ele deixa os personagens respirarem. Ficamos felizes que alguém tenha tido a coragem de contar a história desse jeito", explicou o diretor de sucessos como "E.T." e "Indiana Jones".

O diretor também disse acreditar que a Palma dará uma boa projeção internacional ao filme – mesmo nos EUA, onde há grande restrição para cenas de sexo. "Não digo que vá ser exibido em todos os Estados americanos, mas creio que o filme conseguirá uma boa projeção".

Pela primeira vez, Spielberg isolou-se do mundo por dez dias para tomar sua decisão. "Costumo ler os jornais todo dia, ler notícias no meu iPad. Mas nestes dias não li absolutamente nada a respeito dos filmes. E não sofri absolutamente nenhum tipo de pressão", comentou.

O romeno Cristian Mungiu, membro do júri e Palma de Ouro em 2007 por "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", também fez uma forte defesa do filme. "É ótimo quando você esquece que está no cinema, parece que a vida está ali do seu lado. 'A Vida de Adèle' não é um filme gay, é puro cinema", elogiou.

Nicole Kidman, também no júri, disse que pela primeira vez na vida viu alguns filmes às 8h30 da manhã. "Tivemos discussões estimulantes sobre os filmes". A atriz também louvou as qualidades de se ver um filme mais de uma vez, para aprofundar a compreensão que se tem deles. 

Ver também: Blue is the Warmest Color: História de amor entre garotas empolga Cannes 


Blue is the Warmest Color: História de amor entre garotas empolga Cannes

sábado, 25 de maio de 2013 0 comentários

Emma (Lea Seydoux) e Adele (Adele Exarchopoulos) 

História de amor com sexo entre mulheres causa sensação em Cannes
Por Alexandria Sage

CANNES, 23 Mai (Reuters) - Uma história de amor entre duas jovens recebeu críticas muito positivas no Festival de Cinema de Cannes apesar das cenas de sexo explícito entre as mulheres, que podem limitar a distribuição do filme.

"La Vie d'Adele - Chapitre 1 & 2" ("Blue is the Warmest Colour") é uma comovente história de amor e sexualidade entre a adolescente de 15 anos Adele, interpretada brilhantemente por Adele Exarchopoulos, e sua parceira Emma (Lea Seydoux).

As cenas de sexo explícito e as três horas de duração fizeram do filme um dos mais comentados entre os 20 concorrentes à Palma de Ouro do Festival de Cannes, que termina em 26 de maio. Esse é o primeiro filme do diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche em Cannes.

As prolongadas cenas de sexo vão causar impacto, mas podem diminuir o alcance do filme devido à censura e precaução das distribuidoras.

Kaya Burguess, do London Times, chamou o longa de "uma das mais bonitas e discretamente contadas histórias de amor que já vi num filme."

Jordan Mintzer, do Hollywood Reporter, escreveu: "Com certeza levantando sobrancelhas com suas cenas sem simulação de cópula feminina, o filme é na verdade muito mais do que isso: é uma apaixonante história de amor contada de forma comovente."

Kechiche disse a jornalistas que não era sua intenção fazer um filme sobre os direitos homossexuais, no contexto do debate sobre a legalização do casamento gay na França este mês, e afirmou que a representação do sexo era para representar a beleza.

"Espero que nas cenas surja a ideia da beleza. Acho que a sensualidade é mais difícil de filmar e capturar na tela", disse.

O filme, baseado no romance de 2010 com o mesmo título em inglês, usa recorrentes imagens em close-up dos lábios da atriz principal, seja dormindo, comendo ou beijando sua parceira, numa técnica que cria uma ligação entre o espectador e a personagem.

Fonte: O Globo via Reuters, 24/05/2013

Ver também: A vida de Adèle: Amor entre garotas ganha Palma de Ouro em Cannes! 


Ao contrário do que dizem os conservadores, na Dinamarca, o casamento LGBT até reforçou a família

sexta-feira, 24 de maio de 2013 0 comentários

A homossexualidade não é mais 'O Outro', ela dá sustentação à 'vida familiar

Homossexualidade vira imagem de modernidade na Dinamarca

Uma pesquisa realizada na Universidade de Copenhague mostrou que a opinião pública sobre a homossexualidade mudou drasticamente ao longo dos últimos 25 anos.

Michael Nebeling Petersen e seus colegas analisaram a legislação dinamarquesa, a cobertura da imprensa e filmes, e concluíram que a homossexualidade tornou-se um símbolo dos valores liberais dinamarqueses.

Os resultados da pesquisa são destaque no site da Universidade de Copenhague.

"Minha pesquisa mostra uma mudança fundamental na concepção pública da homossexualidade na Dinamarca. Os homossexuais eram associados com degeneração, suicídio, AIDS e doenças, mas agora estão associados à vida, reprodução, reconhecimento nacional, casamento e laços de parentesco," diz Petersen.

Em 1999, os casais homossexuais dinamarqueses ganharam o direito de adotar crianças, e depois da eleição geral de 2001, foram apresentados vários projetos de lei aumentando os direitos dos homossexuais.

Nas negociações que se seguiram, muitos políticos passaram a falar dos homoafetivos como centrais para a compreensão dos valores dinamarqueses - algo em contraste patente com negociações semelhantes que ocorreram em 1989, quando o Parlamento aprovou a Lei do Casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Nas negociações de 1989, os homossexuais eram aceitos apenas na medida em que não interferissem com o casamento heterossexual. Dez anos mais tarde, porém, eles se tornaram símbolos do casamento, da monogamia, e da família nuclear.

"A homossexualidade não é mais 'O Outro', ela dá sustentação à 'vida familiar normal'," ressalta o pesquisador.

"Quando a lei do casamento homossexual estava sendo negociada em 1989, a homossexualidade era tolerada, mas, ao mesmo tempo, considerada uma ameaça à nossa reputação nacional. Neste milênio, um homossexual tornou-se uma figura que pode representar as comunidades nacionais e religiosas e ser um elemento importante na construção de uma Dinamarca moderna e liberal," conclui ele.

N. E.: A partir de 15 de junho de 2012, os casamentos entre homossexuais também passaram a ser celebrados nas igrejas da Dinamarca (Igreja Luterana).

Fonte: Diário da Saúde, 23/04/2013

Até onde vai o preconceito: adolescente pode pegar prisão por namorar outra garota

quinta-feira, 23 de maio de 2013 2 comentários

Stop the Hate! Free Kate! (Chega de ódio! Libertem Kate!) 

Kaitlyn Hunt, uma adolescente de 18 anos, foi presa em Sebastian, na Flórida (EUA), sob a acusação de perverter a namorada menor de idade. Entretanto, o relacionamento das garotas começou quando também Kaitlyn era menor e de conhecimento da família de ambas. As garotas estudavam na mesma escola e participavam de seu time de basquete.

Acontece que os pais da namorada de Kaitlyn não aceitavam o relacionamento das duas e esperaram até a moça fazer 18 anos para incriminá-la por abuso de menor. Não contentes com a acusação, conseguiram dobrar a direção da Sebastian River High School, resistente a princípio, para que expulsassem Kaitlyn da escola. Agora ela corre o risco, se condenada, de pegar até 15 anos de prisão além de ficar fichada como criminosa sexual, o que pode lhe criar problemas profissionais futuros.

A mãe de Kaitlyn declarou à imprensa, referindo-se aos pais da outra garota:

“Eles querem destruir minha filha porque acham que ela tornou a filha deles gay. Acham que ser homossexual é errado e culpam minha filha pela homossexualidade da filha deles. Naturalmente, vejo a situação de forma completamente diferente. Nem vejo ou rotulo as garotas como "gays". São adolescentes experimentando sua sexualidade consensualmente. Mas mesmo que a filha deles seja gay, e daí? Ela continua filha deles."

Nas redes sociais, páginas e tags foram abertas para protestar contra este flagrante caso de homofobia: na Change.org, uma petição pedindo o fim do processo contra a garota; no Facebook, a página de apoio "Free Kate" e, no twitter, a tag #OpJustice4Kaitlyn, lançada pelo Anonymous no dia 19 último.

Com informações do Huffington Post e Examiner

Na época de Harvey Milk, emblemático político LGBT americano

quarta-feira, 22 de maio de 2013 0 comentários


Para celebrar o aniversário de Harvey Milk, hoje dia 22 de maio, segue abaixo o documentário The Times of Harvey Milk, de 1985 (ganhou o Oscar) que lembra a trajetória do primeiro político americano abertamente gay até seu assassinato em 1978.

Segue também o comentário de outro filme sobre Milk, Milk - A voz da Igualdade, da época que esse filme do diretor Gus Van Sant foi lançado em 2009. Vale a pena ver o documentário e procurar assistir  o filme de Gus Van Sant. 

Mais um passo para o casamento LGBT na Inglaterra: Câmara britânica aprova casamento gay

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Câmara britânica aprova casamento gay apesar de racha no partido do governo
Se aprovado também na Câmara dos Lordes (Alta), projeto de lei permitirá o casamento gay na Inglaterra e no País de Gales, mas sem obrigar organizações religiosas a celebrá-lo.

A Câmara dos Comuns (Baixa) do Reino Unido aprovou ontem (21/05/2013) o casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar de divisões no partido do governo - o Conservador - que colocam o premiê David Cameron em rota de colisão com seus aliados.

Se aprovado também na Câmara dos Lordes (Alta), o projeto de lei permitirá o casamento gay na Inglaterra e no País de Gales. Apesar da oposição que a medida ainda deve enfrentar, Cameron espera sua aprovação e quer que a primeira cerimônia matrimonial legal seja realizada já no verão do ano que vem no hemisfério Norte (junho).

A medida, patrocinada pelo governo, foi aprovada pelos parlamentares com 366 votos a favor e 161 contra. Diversos conservadores se manifestaram contra o projeto, que teve o apoio de liberais-democratas (parte da coalizão governista) e trabalhistas (de oposição).

Direitos e religião

A lei deverá permitir que casais que já vivem em união civil convertam sua relação em um casamento. Defensores da medida alegam que a parceria unicamente civil perpetua a noção de que relacionamentos homossexuais não estão em pé de igualdade com os heterossexuais e de que os direitos legais não são exatamente os mesmos.

A secretária de Interior britânica, Theresa May, e a ministra-adjunta de Igualdades, Lynne Featherstone, disseram que "não é justo que um casal que se ame e queira formalizar seu compromisso tenha esse direito negado".

Mas o projeto de lei não criará obrigações para as organizações religiosas - estas poderão optar por realizar ou não cerimônias de casamento de pessoas do mesmo sexo. O projeto também especifica que a Igreja Anglicana será proibida por lei de realizar casamentos gays.

Tensões entre conservadores

A votação do projeto alimentou as tensões entre o governo Cameron e uma ala de seu Partido Conservador, cujas atenções estavam voltadas para as divergências entre o Reino Unido e a União Europeia, em um momento de crise econômica.

O editor de política da BBC, Nick Robinson, diz que as divergências atestam a relação cada vez mais delicada entre Cameron e seus aliados. "Muitos ativistas conservadores não acreditam no casamento entre pessoas do mesmo sexo", explica Robinson. "A união entre Cameron e seu partido nunca foi tranquila. Era calculista politicamente. Agora, está em claros problemas."

O parlamentar conservador Brian Binley afirmou que existe um "abismo crescente" entre o premiê e seus correligionários.

Daniela e Malu fazem um bem imenso à cidadania LGBT e à sociedade brasileira

terça-feira, 21 de maio de 2013 1 comentários

Daniela Mercury e Malu Verçosa

Muito se fala de que essa saída do armário da Daniela é jogada de marketing promocional para ela voltar a ficar em evidência, pois estaria em fim de carreira, blá-blá-blá. No mínimo, teríamos que considerar ser essa uma jogada bem arriscada, quase um blefe, mas nada indica engodo no relacionamento de Daniela e Malu. Daniela sempre se relacionou com mulheres e, nesses tempos em que não se prendem mais homossexuais nos armários, resolveu assumir esse seu caso em particular para dar uma força aos direitos homossexuais. Se de quebra calculou benefícios à sua carreira, pela polêmica em torno do caso, não vejo porque condená-la, pois não tem preço o bem que tem feito à cidadania LGBT e ao sonho de um Brasil menos obscurantista.

Segue a matéria e o vídeo da entrevista que ela e Malu deram à TV Folha, entrevista um pouco prejudicada por uma música de fundo meio pra baixo, trilha sonora mais adequada para uma matéria sobre algum evento dramático, o que de forma alguma é o caso. No mais, bem legal e vale o registro.

"Não dava para viver de outra maneira", diz Daniela Mercury; assista

O encontro com Daniela Mercury, 47, e a jornalista Malu Verçosa, 37, casal icônico da militância gay brasileira, havia sido marcado para as 18h30 da quarta-feira, no espaçoso casarão da cantora no Parque Costa Verde, condomínio de luxo situado nas bordas de Salvador, onde sopra a brisa do mar.

Duas horas depois Daniela aparece com um microvestido para a conversa. "Ela é a curva do rio, só pra sair do quarto leva 40 minutos", diz Malu ao repórter Morris Kachani. A cantora havia passado base nas pernas, por isso hesitou em se sentar no sofá para não manchá-lo (um lençol foi providenciado).

Daniela vai logo dizendo que o casal está vivendo "aquela fase insuportável" da paixão. "Você fica nua, em carne viva. A relação está se criando, então tudo é negociado. Não sabia que poderia amar alguém com tanta intensidade", afirma.

Malu diz, diante de uma Daniela de olhos marejados: "Ela é generosa, brava, mas boba --aquele tipo que se você fizer 'bu', chora. Daniela devaneia, viaja. É forte e é guerreira. Uma mulher da porra, como se diz por aqui".

A namorada da cantora é editora-chefe do programa de notícias regional da TV Globo. Formou-se em jornalismo na Fiam, em São Paulo, onde viveu por dez anos, tendo trabalhado também no SBT e na Record.

Fonte: TV Folha, 19/05/2013

Maria da Conceição fala várias línguas e tem namorada

segunda-feira, 20 de maio de 2013 0 comentários

Maria da Conceição fala várias línguas e tem namorada

Maria da Conceição não ganhou seus 15 minutos de fama por ser homossexual, mas sim por trabalhar como faxineira no Mercado Central de Belo Horizonte embora fale várias línguas. Mas a naturalidade com que disse ter uma namorada aponta para o futuro dos nossos sonhos: um onde ser homossexual se torne apenas um detalhe na vida das pessoas, como de fato é.

Destaque: Em 2005, Maria da Conceição trabalhava numa oficina de informática quando conheceu um alemão, um espanhol e uma holandesa. Eles faziam intercâmbio no país e foram embora. Mas a amizade foi mantida por meio de contatos pela internet. "Numa dessas conversas, entrou uma mineira, dez anos mais nova, que se tornou minha companheira. Sou homossexual".

As duas foram convidadas pela amiga holandesa para se mudarem para lá. Toparam e, em Amsterdam, fizeram faxina e reforma de residências para sobreviver. Foi aí, que Maria da Conceição começou a aprender, "com uma certa facilidade", as línguas que hoje domina.

Em Belo Horizonte, ex-faxineira vira "celebridade" por falar quatro línguas

Carlos Eduardo Cherem

Não restou outra alternativa nesta sexta-feira (17) à administração do Mercado Central de Belo Horizonte: arrumar um uniforme novo para as imagens e organizar as entrevistas da ex-faxineira Maria da Conceição da Silva, após a súbita fama da pernambucana, quando os colegas descobriram que ela fala inglês, holandês, italiano e espanhol, além de "arranhar" alemão, árabe e hebraico, e contaram para a diretoria do mercado.

Com isso, em pouco mais de 15 minutos de conversa, com o superintendente do mercado Luiz Carlos Braga, informado no início de maio, que, além de poliglota, a faxineira tem formação superior em contabilidade, Maria da Conceição foi promovida a atendente turística do Mercado Central. Seu salário passou de R$ 674 (salário mínimo) para R$ 1.100, com a promoção. 

"Estamos organizando. É para ficar mais ajeitado", afirma o superintendente, que pede que os jornalistas formem uma fila para falar com a empregada do mercado.

Maria da Conceição atendeu a reportagem do UOL, entre os desfiles que fez nos corredores do mercado para as imagens e as entrevistas individuais que concedeu aos repórteres. A agora atendente turística disse que há exageros na repercussão do caso e que não se sente celebridade.

"Senhor, estão exagerando. Eu só falo quatro línguas. O alemão, árabe e hebraico, eu só arranho o alemão, árabe e hebraico. Não tem nada disso não", diz Maria da Conceição. 

"O hebraico estava aprendendo com um amigo marroquino. Eu só arranho, não falo".

O mundo sem fronteiras

"Sou filha de pais separados. Meus irmãos mais velhos foram criados pela minha avó materna. Um outro foi criado por parentes. Minha mãe me doou ainda bebê. Mas arrependeu-se e me buscou mais tarde.

Aos 11 anos, Maria da Conceição trabalhava como recepcionista e, a mãe, como doméstica. "Estudava em colégio de freiras. No escritório, fazia serviços gerais e datilografia". Mudou-se com a mãe para Fortaleza e lá fez o ensino fundamental num colégio militar.

Após o período na capital cearense, transferiu-se novamente com a mãe para Elesbão Veloso (PI), onde morou na casa de uma irmã. De lá, foi para Teresina e concluiu o ensino médio no Colégio Salesiano. Mudou-se com a mãe para Campina Grande (PB), onde trabalhou em diversas profissões.

"Comecei no levantamento de estoque em uma loja de autopeças, depois fui para o balcão. Aprendi muito. Fiz serviços hidráulicos e de servente de pedreiro também. Fui doméstica e até em oficina mecânica trabalhei". Nessa cidade paraibana, em 1991, a mãe morreu.

Em 2005, Maria da Conceição trabalhava numa oficina de informática quando conheceu um alemão, um espanhol e uma holandesa. Eles faziam intercâmbio no país e foram embora. Mas a amizade foi mantida por meio de contatos pela internet. "Numa dessas conversas, entrou uma mineira, dez anos mais nova, que se tornou minha companheira. Sou homossexual".

As duas foram convidadas pela amiga holandesa para se mudarem para lá. Toparam e, em Amsterdam, fizeram faxina e reforma de residências para sobreviver. Foi aí, que Maria da Conceição começou a aprender, "com uma certa facilidade", as línguas que hoje domina.

Voltou o ano passado, após ter conhecido boa parte da Europa, e veio morar com uma irmã em Belo Horizonte e, óbvio, teve de procurar emprego.

Acabou arrumando o de faxineira do mercado e, agora, a promoção, quando foram descobertas suas qualificações.

15 minutos de fama

Dá um sorriso largo e avisa à reportagem, quando se prepara para atender outro jornalista, já impaciente na fila: "Eu sei disso tudo. São os 15 minutos de fama..."

"Você acha que eu sou boba? Isso tudo passa rápido". Entretanto, não esconde uma leve expectativa com a súbita fama: "Emprego? É. Isso pode ser que melhore um pouco", afirma Maria da Conceição, antes de partir para outra entrevista.

Em Belo Horizonte, desde setembro do ano passado, procurou trabalhar em escritórios mas não conseguiu. "As pessoas criavam dificuldades: veio da Europa? O que fazia lá? Já passou dos 40? Tem curso superior, precisamos de pessoas com formação até o ensino médio", diz.

"Fiquei sabendo que havia vaga na faxina do mercado e fui ao escritório. Mas não apresentei currículo e omiti a formação superior e o fato de falar outras línguas", afirma.

Ela afirma teve dificuldades para arrumar emprego em Belo Horizonte, mesmo com a boa formação educacional. Por isso, foi para a faxina do mercado e, agora, o atendimento aos turistas.

Minnesota é o 12º estado americano a aprovar o casamento gay

domingo, 19 de maio de 2013 0 comentários


Minnesota se tornou o 12º estado americano a legalizar o casamento gay, após o governador democrata Mark Dayton assinar a lei, na terça-feira (dia 14/05/13). O projeto, aprovado na segunda pelo Senado com 37 votos a favor e 30 contra, havia sido respaldado pela Câmara dos Deputados na semana passada. A nova legislação entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto.


Com a decisão, Minnesota se transformou no segundo estado do centro-oeste americano a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo - o primeiro a fazê-lo pela via legislativa. Iowa, o pioneiro da região, adotou a medida após decisão judicial.

Além de Minnesota e Iowa, os outros estados que aceitam o casamento gay são Delaware, Rhode Island, Massachusetts, Connecticut, Nova York, Vermont, New Hampshire, Maine, Maryland e Washington, além da capital Washington D.C. 

A proibição constitucional continua em vigor em 31 estados.

Suprema Corte – No final de março, a discussão sobre o casamento gay chegou à Suprema Corte dos Estados Unidos. Os juízes escutaram argumentos favoráveis e contrários que serão considerados para decidir se a união matrimonial homoafetiva se tornará um direito constitucional, o que obrigaria todos os estados americanos a aceitá-la. Nos Estados Unidos, cada estado tem autonomia legislativa para aprovar leis, desde que respeitem a constituição do país.

Depois da primeira audiência, que abordou a constitucionalidade da Proposta 8, que em 2008 proibiu a união entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, a Corte se mostrou reticente em tomar uma decisão final. Na segunda audiência, discutiu-se a constitucionalidade da Lei de Defesa do Casamento (DOMA, na sigla em inglês), que barra a concessão de benefícios federais a homossexuais legalmente casados. A Suprema Corte deverá se manifestar sobre as ações no mês que vem.

Fonte: Veja, 14/05/2015

No dia contra a homofobia, a França ratifica o casamento LGBT e Portugal a co-adoção por casais homossexuais

sábado, 18 de maio de 2013 0 comentários

Por que não duas mães?

Para celebrar com estilo o dia internacional de combate à homofobia, ontem o Conselho Constitucional francês anunciou a aprovação da lei que autoriza o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo na França e o parlamento português deu um passo importante na legalização da co-adoção de crianças por casais homossexuais. Abaixo, seguem dois artigos sobre esses temas e o vídeo da aprovação da adoção de crianças por casais homossexuais pelo parlamento português.

Lei do casamento gay é aprovada por Conselho Constitucional francês

PARIS, 17 Mai 2013 (AFP) - O Conselho Constitucional francês anunciou nesta sexta-feira a aprovação da lei que autoriza o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo na França, o que deverá permitir as primeiras celebrações nas próximas semanas.

O presidente François Hollande promulgará o texto no sábado. Uma vez promulgado, as primeiras uniões poderão ser realizadas após o prazo legal para a publicação em Diário Oficial, que leva dez dias.

O Parlamento francês aprovou no dia 23 de abril o casamento civil e a adoção para homossexuais por uma votação solene dos deputados, após semanas de debates acalorados, o que fez da França o 14º país a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A oposição de direita imediatamente contestou no Conselho Constitucional a compatibilidade da legislação com a Constituição francesa e o direito internacional.

Em resposta, o Conselho decidiu que o casamento gay é "uma escolha legislativa" e "que não viola qualquer princípio constitucional".

Mesmo que "a legislação republicana anterior a 1946 e suas leis posteriores definam o casamento como a união de um homem e uma mulher, esta regra não fere os direitos e liberdades fundamentais, nem a soberania nacional, nem a organização dos poderes públicos" e "não pode, portanto, constituir um princípio fundamental", acrescentou a decisão do Conselho.

Ao validar o direito de adoção para os casais homossexuais, o Conselho ressalta que o texto não reconhece o "direito ao filho", e que o princípio a ser seguido para qualquer adoção é "o interesse da criança.".

Fonte: UOL Notícias, 17/05/2013

Por que não dois pais?

Portugal torna-se o quinto país a aprovar co-adopção por casais homossexuais

Depois de Áustria, Finlândia, Alemanha e Israel, Portugal é o quinto país onde a co-adopção de crianças por casais homossexuais foi aprovada. O Parlamento português aprovou na generalidade esta medida nesta sexta-feira, por uma magra vantagem, num cenário inesperado. Para a co-adopção ser uma realidade, no entanto, é ainda necessária uma votação final global (após a discussão na especialidade) e a promulgação pelo Presidente da República.

O projecto de lei português passou com 99 votos a favor, 94 votos contra e nove abstenções. Votaram 202 dos 230 deputados, vários abandonaram o hemiciclo antes do início da votação. PSD e CDS deram liberdade de voto.

Além daqueles cinco países, a co-adopção é legal em três estados dos EUA, na Tasmânia (Austrália) e na Gronelândia (Dinamarca). Quanto à adopção plena por casais homossexuais, que não é permitida pela legislação portuguesa, ela está legalmente regulada em 14 países, 21 estados dos EUA, duas regiões do México e três estados australianos.

O diploma legislativo sobre co-adopção por casais ou unidos de facto do mesmo sexo tem como primeiros subscritores os deputados socialistas Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves. O objectivo é que seja possível estender o vínculo de parentalidade de um dos elementos do casal (pai ou mãe biológica ou adoptante) ao seu cônjuge. O Parlamento discutiu ainda mais dois projectos do BE e um do PEV sobre adopção plena por casais homossexuais, mas todos foram reprovados.

No projecto do PS pode ler-se que "quando duas pessoas do mesmo sexo sejam casadas ou vivam em união de facto, exercendo um deles responsabilidades parentais em relação a um menor, por via da filiação ou adopção, pode o cônjuge ou o unido de facto co-adoptar o referido menor". Nos termos do diploma legislativo agora aprovado, podem co-adoptar pessoas com mais de 25 anos e nas situações em que não exista "um segundo vínculo de filiação em relação ao menor". 

Votaram a favor as bancadas do BE, PCP, PEV, a maioria dos deputados do PS e 16 deputados do PSD. Abstiveram-se três deputados do PS, três do PSD e três do CDS. E votaram contra a maioria dos deputados do PSD e do CDS, assim como dois deputados do PS.

Teresa Leal Coelho, Luís Menezes, Francisca Almeida, Nuno Encarnação, Mónica Ferro, Cristóvão Norte, Ana Oliveira, Conceição Caldeira, Ângela Guerra, Paula Cardoso, Maria José Castelo Branco, Joana Barata Lopes, Pedro Pinto, Sérgio Azevedo, Odete Silva e Gabriel Goucha foram os sociais-democratas que votaram a favor do diploma do PS.

Abstiveram-se os deputados do PS Pedro Silva Pereira, Miguel Laranjeiro e José Junqueiro, os deputados do PSD Duarte Marques, João Prata e Sofia Bettencourt, e os deputados do CDS João Rebelo, Teresa Caeiro e Michael Seufert.

Os dois socialistas que votaram contra foram António Braga e João Portugal.

No dia mundial contra a homofobia, Isabel Moreira defendeu, na apresentação do projecto, que o país deveria dar luz verde à co-adopção por casais do mesmo sexo. "Um passo civilizacional" que recusa "uma orfandade legal" que existe e que não acolhe o superior interesse da criança. Isabel Moreira referia-se assim a um projecto de lei que "chega atrasado para pais e mães e para crianças que muitas vezes na sua inocência desconhecem que o Estado desconsidera um dos seus pais".

A socialista pediu que se preenchesse um vazio legal que não responde às situações que já existem. E ilustrou com o caso de uma família homossexual com uma criança de dez anos, em que, morrendo o progenitor, o seu cônjuge não tem qualquer poder legal relativamente à criança com quem vive, muitas vezes, desde o nascimento. A criança, frisou, fica sem os dois pais ou as duas mães. "É uma família destruída", disse Isabel Moreira.

"É hoje o dia de usar o voto para, mais do que nos imaginarmos no lugar do outro, sermos o outro", apelou Isabel Moreira.

Também a deputada do BE Cecília Honório disse ser o dia em que se pode pôr fim aos "direitos pela metade dos homossexuais".

"Todas as famílias contam, não há famílias de primeira e de segunda", argumentou a deputada bloquista, que acrescentou que é a capacidade de "acolhimento e de amor" que deve ser critério para a adopção, em detrimento da orientação sexual dos pais. "A orientação sexual não pode contar como critério impeditivo da adopção", pediu Cecília Honório.

No mesmo sentido, a líder parlamentar do PEV pediu a protecção do "superior interesse da criança". Também o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, anunciara que a bancada comunista iria votar a favor do projecto do PS, por considerar que é preciso proteger os laços afectivos das crianças. "Não ignoramos as situações concretas existentes de famílias constituídas", disse o deputado.

Já a deputada Carla Rodrigues, do PSD, considerou que "a defesa dos direitos humanos está no património genético do PSD", mas que, pela matéria sensível em causa, a bancada social-democrata terá hoje liberdade de voto, para que cada deputado exerça "em consciência" o seu mandato. A deputada do CDS Teresa Anjinho observou que o assunto não foi ainda suficientemente debatido na sociedade.

A aprovação da co-adopção já foi saudada por activistas gay, embora considerem que este é "um passo pequenino numa escadaria enorme".

Fonte: Público

Histórico do 17 de Maio e a programação da MTV contra a homofobia

sexta-feira, 17 de maio de 2013 0 comentários


Histórico do Dia Internacional Contra a Homofobia

Em 17 de maio de 1990, a Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membros das Nações Unidas em 1993.

Em 2003, em homenagem a esse evento significativo para os direitos da população LGBT, a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA) estabeleceu a data como Dia Internacional contra a Homofobia.

Abaixo programação da MTV contra a Homofobia e vídeo da ONU que expõe a natureza das violações de direitos humanos sofridas por pessoas LGBT em todo o mundo.

Programação da MTV contra a homofobia

Toda a programação da MTV Brasil de hoje celebra o Dia Internacional Contra a Homofobia e brada um sonoro #homofobiaNÃO!

A programação especial conta com série de promos, drops do MTV1, faixas especiais de clipes, cobertura do site e programas ao vivo.

Às 18h, começa o Especial MTV #homofobiaNÃO apresentado por Chay Suede, Juliano Enrico, Didi, Gaia, Titi e Chuck. O programa terá música ao vivo na rua, artistas convidados e todos os VJs que se engajaram na causa.

A audiência não fica de fora. Ela participa dos shows que acontecerão na porta da emissora, conta suas histórias por email e telefone, e ainda participa de um grande 'Beijaço', que acontecerá na nossa calçada. Quem não for de São Paulo também pode participar instagramando seu beijo com a hashtag #BeijaçoMTV!

Os shows gratuitos acontecerão a partir das 18h, com o Vanguart, Vivendo do Ócio, Guilherme Arantes, Pollo, Cachorro Grande, Vespas Mandarinas e Marcelo Jeneci  na porta da MTV Brasil nesta sexta-feira (17), como parte da programação do Dia Internacional Contra a Homofobia.

A partir das 20h, o programa dá espaço para um debate, mediado pelo VJ Didi Effe, em que o cartunista Laerte, PC Siqueira, o colunista do UOL Vitor Ângelo, o advogado Dimitri Salles da OAB, entre outros, discutem as mudanças da sociedade, os avanços e desafios do movimento contra a homofobia.

Às 21 horas, será exibido o documentário 'VOZ MTV - HOMOFOBIA NÃO', produzido pela própria MTV Brasil, com diversos depoimentos e participação do historiador João Silvério Trevisan.

Serão 3 horas, ao vivo, de muita música e informação.

Vamos todos nos divertir, ajudar a acabar com a Homofobia e também nos informar!

PARTICIPE
Se você já foi vítima da homofobia, física ou moralmente, ou conheça alguém que já tenha passado por isso, conte pra gente. Envie sua história para o email homofobianao@mtv.com.br. Mande também seu número de telefone pra gente fazer contato. Você poderá participar ao vivo de nossa programação!

Também chame sua galera, seu coletivo, grupo organizado, e venha à porta da MTV para participar dessa com a gente!
Ficamos na Av. Prof. Alfonso Bovero, 52 - Sumaré - SP (Linha verde do metrô).

Contato: casting@mtvbrasil.com.br ou (11) 3871-7112

O Enigma: Mensagem do escritório de direitos humanos da ONU contra a homofobia

76 países ainda criminalizam as relações homossexuais consensuais e as pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Neste vídeo do escritório de direitos humanos da ONU, pessoas de diversas origens fazem perguntas diretamente para o espectador para expor a natureza das violações de direitos humanos sofridas por pessoas LGBT em todo o mundo. O vídeo inclui o secretário-geral da ONU e a alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay. A mensagem da ONU é de que direitos LGBT são direitos humanos. Juntos, vamos construir um mundo que é livre e igual.

Casamento LGBT entra em vigor

quinta-feira, 16 de maio de 2013 0 comentários


Resolução que obriga cartórios a celebrar casamento gay entra em vigor 

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que proíbe cartórios de recusar a celebração de casamento civil de pessoas do mesmo sexo ou de negar a conversão de união estável de homossexuais em casamento foi divulgada na edição de hoje (15) do Diário de Justiça Eletrônico. A medida só será considerada publicada amanhã (16), primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação, a partir de quando passará a valer para cartórios de todo o país.

A proposta, apresentada pelo presidente do conselho e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, foi aprovada ontem (14), por maioria de votos, pelo plenário do CNJ. A decisão foi baseada no julgamento do STF, que considerou inconstitucional a distinção do tratamento legal às uniões estáveis homoafetivas, e ainda na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgou não haver obstáculos legais à celebração de casamento de pessoas do mesmo sexo.

Durante a 169ª sessão do colegiado, nessa terça-feira, o ministro Joaquim Barbosa classificou a recusa de cartórios de Registro Civil em converter uniões em casamento civil ou expedir habilitações para essas uniões como "compreensões injustificáveis".

Também ficou definido que os casos de descumprimento da resolução deverão ser comunicados imediatamente ao juiz corregedor responsável pelos cartórios no respectivo Tribunal de Justiça.

Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil


RESOLUÇÃO N. 2626, DE MAIO DE 2013

Dispõe sobre a habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições constitucionais e regimentais,

CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal, nos acórdãos prolatados em julgamento da ADPF 132/RJ e da ADI 4277/DF, reconheceu a inconstitucionalidade de distinção de tratamento legal às uniões estáveis constituídas por pessoas de mesmo sexo.

CONSIDERANDO que as referidas decisões foram proferidas com eficácia vinculante à administração pública e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

CONSIDERANDO que o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento do RESP 1.183.378/RS, decidiu inexistir óbices legais à celebração de casamento entre pessoas de mesmo sexo.

CONSIDERANDO a competência do Conselho Nacional de Justiça, prevista no art. 103-B, da Constituição Federal de 1988.

RESOLVE:
Art. 1º - É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.

Art. 2º - A recusa prevista no artigo 1º implicará na imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as 
providências cabíveis.

Art. 3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de maio de 2013

Ministro Joaquim Barbosa
Presidente do Conselho Nacional de Justiça

Cartórios aprovam decisão do CNJ e dizem que vão cumpri-la
Presidente da Federação Brasileira de Notários fala em trocar juiz se necessário
THIAGO HERDY

SÃO PAULO - O presidente da Federação Brasileira de Notários e Registradores (Febranor) e da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), Rogério Portugal Bacellar, classificou a resolução do Conselho Nacional de Justiça que manda os cartórios registrarem os casamentos homoafetivos como “necessária para atender à demanda da população que necessitava disso”. Para Bacellar, juízes de paz que se recusarem a realizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo deverão ser afastados de suas funções.

— Se um juiz de paz se recusar a fazer o casamento, seja por crenças pessoais ou religião, troca-se o juiz de paz, o que se pode fazer? — disse Bacellar, para quem a resolução agiliza o processo do casamento civil e garante “cidadania de forma igual”.

Ontem mesmo a Anoreg divulgou comunicado aos filiados lembrando que, com a resolução, os cartórios poderão converter a união estável homoafetiva em casamento sem a necessidade de enviar o pedido ao Poder Judiciário.

A necessidade de apreciação pelo magistrado continua prevista apenas para quando houver impugnação do oficial do cartório, do Ministério Público ou de terceiros.

— Alguns estados já estendiam a decisão do STF sobre a união homoafetiva e faziam isso. Outros, não, as pessoas estavam em dúvida, agora melhorou a situação — disse Bacellar.

Levantamento informal feito pela Anoreg apurou terem sido registradas, pelo menos, 1,7 mil uniões estáveis homoafetivas em 14 estados brasileiros desde maio de 2011, quando o STF decidiu sobre o tema.

Beto de Jesus, dirigente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, elogiou a decisão do CNJ:

— Não estamos mais presos a interpretações de oficiais de cartório baseadas em homofobia e desrespeito. Se o STF decide sobre um direito, ele deve ser aplicado por quem tem condições de aplicá-lo.

Segundo Jesus, a falta de um entendimento único levava a uma “desigualdade regional, motivada pelo conservadorismo de alguns donos de cartório”. Ele disse que considera importante a adoção de um parâmetro para se respeitar uma “decisão tomada em instância superior”.

Autora de ofício enviado em dezembro do ano passado ao ministro Joaquim Barbosa solicitando a “padronização e solução das controvérsias” relacionadas ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família (Ibdfam), Maria Berenice Dias, contou que a indefinição sobre o tema vinha obrigando casais a viajar a outros estados para ter a união reconhecida:

— Além do significado simbólico, os casais têm mais um motivo para garantir o direito a um documento público que torna a união inquestionável.

Apesar da jurisprudência de vários tribunais estaduais já considerar a união estável muito semelhante ao casamento, do ponto de vista jurídico, algumas diferenças tornam relevante a decisão do CNJ.

— O efeito certificatório do casamento garante ao casal todos os seus direitos. Mesmo relatada em documento, a união estável precisa ser pública, contínua e duradoura — afirmou a especialista, para quem o próximo passo é a discussão do tema no âmbito do Legislativo, a exemplo do que ocorre em outros países.

Fonte: O Globo, 14/05/2013

Pressão de evangélicos derrubou decreto contra a homofobia no DF

quarta-feira, 15 de maio de 2013 0 comentários


Governador do Distrito Federal chegou a avisar líder do governo sobre a publicação da regulamentação de uma lei publicada em 2000. Movimento LGBT promete recorrer ao Ministério Público
Por MARIO COELHO E MARIANA HAUBERT

Em um intervalo de poucas horas, deputados e pessoas ligadas a grupos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) foram da euforia à depressão em Brasília. O motivo foi a publicação e depois revogação de um decreto regulamentando lei de 2000 estabelecendo punições para quem discriminasse homossexuais em estabelecimentos comerciais. Neste caso, a pressão de parlamentares e representantes conservadores junto ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, teve efeito rápido.

A justificativa oficial do governo é que houve um erro na tramitação do decreto. O texto não teria passado pela área jurídica do governo. Em nota distribuída na quinta-feira (9), a Secretaria de Comunicação Social do DF afirmou que foram identificados vícios formais, “que precisam ser corrigidos”. “Por isso, o assunto será encaminhado à área jurídica para os ajustes necessários”, diz a nota.

No entanto, o Congresso em Foco apurou com pessoas próximas ao governo que o decreto passou pela área jurídica e estava pronto para publicação. Foi estudado e enviado para deputados distritais da base. Alguns chegaram a fazer sugestões, que acabaram rejeitadas. No dia anterior ao da publicação, quarta-feira (8), de acordo com duas pessoas ouvidas pelo site, Agnelo ligou para a deputada distrital Arlete Sampaio (PT), líder do governo na Câmara Legislativa.

Agnelo informou para a deputada, que atua na área de direitos humanos, que o decreto seria publicado no dia seguinte. Quando decidiu revogar a publicação, o governador afirmou que não sabia do assunto. O Congresso em Foco apurou que, logo após a publicação, o chefe do governo local recebeu deputados conservadores, religiosos e pessoas contrárias ao decreto. O encontro não estava na agenda oficial. A Secretaria de Comunicação não confirma a reunião.

Para o coordenador da ONG Elos LGBT DF e Entorno, Evaldo Amorim, a explicação oficial é inaceitável porque o governador sabia de todo o processo em torno da regulamentação. “Acompanhamos a equipe que estava trabalhando neste decreto e sabemos como isso estava sendo desenvolvido. A revogação, no nosso entendimento, aconteceu por pressão da bancada evangélica e do setor conservador do governo”, disse ao Congresso em Foco.

“Isso é inaceitável, inexplicável. O governador estava apenas cumprindo a legislação”, disparou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Ela lembrou que a Lei nº 2.615, de 31 de outubro de 2000, previa 60 dias para regulamentação. Passaram quatro governos – Joaquim Roriz, José Roberto Arruda, Rogério Rosso e agora Agnelo – e todos falharam em regulamentar a legislação.

Erika adiantou ontem ao Congresso em Foco que ela e grupos LGBT vão recorrer ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) na tentativa de revogar a decisão de Agnelo. “Ele [o governador] se curvou a posições homofóbicas. Ele tem que saber que não é Luís XIV”, disparou a petista, em referência à frase do monarca francês, que disse “eu sou a Lei, eu sou o Estado”.

De acordo com o texto, discriminação é “qualquer ação ou omissão motivada pela orientação sexual da pessoa, seja ela lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual”, que envolva exposição ao rídiculo, proibição de ingresso em atendimento diferenciado ou selecionado, entre outros casos. Os comerciantes ficariam sujeitos a penalidades como multas e suspensão do alvará de funcionamento.

Justificativa

Em entrevista à Agência Brasília, o consultor jurídico do DF Paulo Guimarães explicou que o governo pretende reexaminar o decreto revogado em até 60 dias, mas não disse se o texto será novamente publicado. Ele explicou que o decreto envolvia atos de competência das administrações regionais mas não explicitava suas ações. O texto também previa apenas uma instância recursal enquanto outra lei distrital garante a possibilidade de até três instâncias.

Segundo o consultor, essa mudança significaria “uma restrição a direitos legais” dos cidadãos. O decreto em questão regulamentava a lei 2.615, de 2000, que proíbe a qualquer pessoa física ou jurídica e aos órgãos e entidades da administração pública do Distrito Federal que, por seus agentes, empregados, dirigentes, propaganda ou qualquer outro meio promovam ou permitam a discriminação de pessoas em virtude de sua orientação sexual. O governo ainda não se pronunciou sobre quando ou se deverá publicar o texto novamente.

Em entrevista à imprensa na manhã de ontem, em Taguatinga, Agnelo elevou o tom contra a proposta. Afirmou que a lei sancionada em 2000 tem absurdos, ações ineficientes e invade outras prerrogativas, como a cassação de alvarás e entra na “atividade privada das pessoas”. “Tem absurdos inconcebíveis, por isso a revogação imediata. A área jurídica está examinando”, disse.


Veja a íntegra da nota do GDF

Fonte: Congresso em Foco, 11/05/2013

Matérias dos principais sites de notícias sobre a obrigatoriedade da conversão das uniões estáveis LGBT em casamento civil

terça-feira, 14 de maio de 2013 0 comentários

Direitos igualitários: cartórios serão proibidos de se recusarem a celebrar casamento civil homoafetivo

CNJ obriga cartórios a celebrar casamento entre homossexuais
Uniões estáveis homoafetivas terão de ser convertidas em casamento civil, mesmo sem previsão legal para isso

Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Os cartórios de todo o Brasil serão obrigados a celebrar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os cartórios terão de converter as uniões estáveis homoafetivas em casamento civil, mesmo que ainda não haja previsão legal para isso.

A proposta foi apresentada pelo presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), e aprovada por 14 a 1. A conselheira Maria Cristina Peduzzi foi a única a votar contra a aprovação da resolução, sob o argumento de que, para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Congresso teria de aprovar um projeto de lei. Há projetos em tramitação no Congresso sobre o casamento civil de pessoas do mesmo sexo.

A resolução aprovada pelo CNJ diz que: "É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo". E acrescenta que, se houver recusa dos cartórios, será comunicado o juiz corregedor para "providências cabíveis".

O presidente do CNJ afirmou que a resolução remove "obstáculos administrativos à efetivação" da decisão do Supremo. "Vamos exigir aprovação de nova lei pelo Congresso Nacional para dar eficácia à decisão que se tomou no Supremo? É um contrassenso."

O subprocurador da República, Francisco de Assis Sanseverino, manifestou-se contra a aprovação da resolução e citou os votos dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que foram favoráveis ao reconhecimento da união homoafetiva, mas deixaram claro que a decisão não legalizava o casamento.

Fonte: Estadão, 14/04/2013

Decisão do CNJ obriga cartórios a fazer casamento homossexual
Conselho também determinou conversão de união estável em casamento. Decisão é passível de questionamento no Supremo Tribunal Federal.

Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (14), por maioria de votos (14 a 1), uma resolução que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento.

Os cartórios não poderão rejeitar o pedido, como acontece atualmente em alguns casos. A decisão do CNJ poderá ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o presidente do CNJ e autor da proposta, Joaquim Barbosa, que também é presidente do STF, a resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo Supremo, que liberou a união estável homoafetiva.

Conforme o texto da resolução, caso algum cartório se recuse a concretizar o casamento civil, o cidadão deverá informar o juiz corregedor do Tribunal de Justiça local. "A recusa implicará imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para providências cabíveis."
saiba mais

A decisão do CNJ valerá a partir da publicação no "Diário de Justiça Eletrônico", o que ainda não tem data para acontecer.

Reportagem publicada pelo G1 nesta terça mostrou que, no último ano, pelo menos 1.277 casais do mesmo sexo registraram suas uniões nos principais cartórios de 13 capitais, segundo levantamento preliminar da Associação de Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR).

Atualmente, para concretizar a união estável, o casal homossexual precisa seguir os trâmites em cartório. Até agora, para o casamento, eles pediam conversão da união estável em casamento e isso ficava a critério de cada cartório, que podia ou não conceder.

Agora, a conversão passa a ser obrigatória e efetivada por meio de ato administrativo, dentro do próprio cartório. O cartório, embora órgão extrajudicial, é subordinado ao TJ do estado.

O casamento civil de homossexuais também está em discussão no Congresso Nacional. Para Joaquim Barbosa, seria um contrassenso esperar o Congresso analisar o tema para se dar efetividade à decisão do STF.

"Vamos exigir aprovação de nova lei pelo Congresso Nacional para dar eficácia à decisão que se tomou no Supremo? É um contrassenso."

De acordo com Barbosa, a discussão sobre igualdade foi o "cerne" do debate no Supremo. "O conselho está removendo obstáculos administrativos à efetivação de decisão tomada pelo Supremo e que é vinculante [deve ser seguida pelas instâncias inferiores]."

Inicialmente, o conselho discutiu apenas a conversão, mas, posteriormente, a assessoria do CNJ distribuiu o documento da proposta que mostra que é "vedado" aos cartórios recusarem a "habilitação, celebração de casamento civil ou conversão de união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo".

O subprocurador-geral da República, Francisco Sanseverino, que não vota, opinou contra a proposta do conselho. "Com respeito ao posicionamento da proposta, embora louvável, salvo melhor juízo em face dos fundamentos e dos objetos das ações diretas de constitucionalidade, a conversão automática da união estável em casamento não foi imposta naquelas ações."

O único voto contrário do CNJ foi da mais nova conselheira, Maria Cristina Peduzzi. Para ela, definir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é tarefa do Congresso.

"Não tenho dúvidas de que a união homoafetiva foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal e ali se afirmou a constitucionalidade dessas uniões e assegurados os efeitos civis produzidos pelas respectivas uniões. [...] Penso que isso é questão que estaria afeta ao Congresso Nacional."

O conselheiro Silvio Rocha divergiu. "Nós removemos a diversidade de sexos que não mais se coloca como requisito de que as pessoas tenham um direito fundamental, que é o casamento. Me parece que o conselho faz isso em precedentes jurisprudenciais (decisões judiciais anteriores) e amparado no próprio texto constitucional."

O conselheiro Gilberto Martins, ao votar favoravelmente ao projeto, destacou que, apesar de a decisão do STF sobre a união estável homossexual ter sido unânime, três ministros do Supremo foram contrários à possibilidade de a corte assegurar no julgamento o casamento civil: Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Recurso

A decisão pode ser questionada no STF. Se isso ocorrer, o questionamento poderá ser feito por meio de um mandado de segurança, tipo de ação que é feita para questionar ato do poder público.

O processo seria distribuído para algum ministro relatar, e o interessado poderia solicitar suspensão da resolução por meio de liminar (decisão provisória). Nesse caso, o relator decidiria entre suspender provisoriamente ou levar direto para discussão no plenário.

União estável x casamento civil 
Segundo Rogério Bacellar, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), união estável e casamento civil garantem os mesmos direitos sobre bens.

Nos dois casos, há um contrato assinado em cartório. A diferença é que, pela união estável, o cidadão continua solteiro no estado civil.

"Atualmente, se os direitos são estabelecidos no contrato, é a mesma coisa que um casamento. Se convenciona o que cada um tem dever, que os bens adquiridos antes e durante não comungam (se dividem) ou se todos os bens comungam."

Ao abrir uma conta bancária, por exemplo, um cidadão oficialmente solteiro, mesmo que tenha união estável, não precisa indicar os dados do companheiro. Já o casado, precisa.

"O casamento é uma união formal. É possível se estabelecer comunhão parcial, comunhão total ou separação parcial. Mas se houver um contrato, a união estável dá os mesmos direitos."

Em maio do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito da união estável para casais do mesmo sexo. A decisão serve de precedente para outras instâncias da Justiça.


Fonte: G114/04/2013

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou nesta terça-feira (14) uma resolução obrigando todos os cartórios do país a celebrar casamentos gays.
O tema foi proposto pelo presidente do conselho, ministro Joaquim Barbosa, e aprovado por 14 votos a 1.

Em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu, em decisão unânime, a equiparação da união homossexual à heterossexual. Com isso, casais gays de todo o país têm diversos direitos assegurados.

De acordo com o artigo primeiro da resolução: "É vedada às autoridades competentes [no caso, os cartórios]a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo". E continua. "A recusa prevista no artigo 1° implicará a imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as providências cabíveis".

Editoria de Arte/Folhapress

Se o cartório recusar a realizar o casamento, o caso será levado para as corregedorias locais, pois o cartório estará descumprindo uma medida do CNJ e, depois, será enviado direto para o Conselho. A decisão desta terça-feira passa a valer a partir da publicação no "Diário de Justiça", que deve acontecer ainda esta semana. A resolução pode ser questionada ao STF e o assunto deve voltar a ser discutido entre os ministros.

O assunto, no entanto, é polêmico, pois está em discussão atualmente no Congresso Nacional. No país, alguns Estados celebram casamentos civis de casais gays, mas muitos outros afirmam que isso só poderia acontecer se o Legislativo editar uma lei específica sobre o assunto.

A única conselheira a votar contra a resolução proposta por Barbosa foi Maria Cristina Peduzzi, para quem a regra não poderia ser estabelecida pelo CNJ sem uma previsão legal.

Quando o Supremo analisou a união estável entre homossexuais, alguns ministros chegaram a afirmar que, na prática, ao reconhecer a igualdade em relação aos heterossexuais, o tribunal também estava reconhecendo o direito ao casamento civil.

Outros, no entanto, argumentavam que isso não havia sido especificamente tratado e deveria ser avaliado pelo Congresso ou em outra decisão do próprio tribunal.

Fonte: Folha de São Paulo, 14/04/2013

Cartório agora é obrigado a celebrar casamento gay
Nova resolução do CNJ obriga cartórios de todo o país a celebrar casamentos de pessoas do mesmo sexo. Decisão ainda pode ser questionada no STF

São Paulo – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira resolução que proíbe os cartórios do Brasil de se recusarem a celebrar casamento civil entre gays e converter união estável em casamento.

De acordo com o CNJ, a resolução funciona como reforço à decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a união estável homoafetiva. Desde então, o problema para casais do mesmo sexo ficava na hora de oficializar o casamento.

Isso acontecia porque os cartórios são subordinados aos Tribunais de Justiça de cada estado, que vinham adotando diferentes posições sobre a questão, obrigando muitos casais a ingressarem na justiça.

Apenas os TJs de doze unidade da federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí, São Paulo, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e Distrito Federal) orientavam os cartórios a celebrar as uniões. 

Com a decisão do CNJ, nenhum cartório no Brasil terá opção de se recusar a celebrar o casamento civil homoafetivo ou a conversão de união estável em casamento.

Segundo o texto da resolução, qualquer recusa "implicará em imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as providências cabíveis".

A aprovação pelo CNJ de uma medida que, na prática, libera o casamento gay, ocorre antes da análise de projeto semelhante no Congresso Nacional. Uma das conselheiras do CNJ votou contráriamente à resolução alegando justamente que caberia ao Legislativo aprovar a medida.

A decisão ainda pode ser contestada no STF e só passa a valer após publicação no Diário de Justiça, o que ainda não tem data para acontecer.

Fonte: Exame, 14/04/2013

CNJ determina que cartórios têm de fazer casamento gay
Com resolução, cartórios também ficam proibidos de recusar a conversão de uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo em casamento civil

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, na manhã desta terça-feira, uma resolução que proíbe os cartórios de se recusarem a realizar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A decisão também os obriga a aceitar os pedidos de conversão de uniões estáveis em casamentos. Atualmente a concessão do direito fica a critério de cada cartório e muito casais precisavam levar seus pedidos à Justiça. A decisão ainda pode ser contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).

O texto diz que "é vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo". E acrescenta que, se houver recusa dos cartórios, será comunicado o juiz corregedor para "providências cabíveis".

A proposta foi apresentada pelo presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, que também preside o STF, e aprovada por 14 a 1. A conselheira Maria Cristina Peduzzi foi a única a votar contra a aprovação da resolução, sob o argumento de que, para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Congresso teria de aprovar um projeto de lei. Há projetos em tramitação no Congresso sobre o tema.

Uma das justificativas apresentada por Barbosa na proposta de resolução é tornar efetiva decisão do STF de maio de 2011 que reconheceu a união civil entre homossexuais, assegurando a eles os mesmos direitos dos casais heterossexuais. Apesar de ser um grande passo, a falta de regulamentação fazia com que os pedidos em cartórios fossem avaliados caso a caso, e muitas vezes um juiz precisava autorizar ou não o casamento – resultando em decisões diferentes pelo país. Os Tribunais de Justiça de alguns estados, como São Paulo, já haviam determinado aos cartório a aceitação dos pedidos de conversão de uniões estáveis em casamentos civis.

A resolução passa a valer a partir da publicação do Diário de Justiça, o que ainda não tem data definida.

Fonte: Veja, 14/04/2013

CNJ obriga cartórios a converterem união estável gay em casamento
Resolução tira poder dos juízes para decidir sobre assunto. Quem não cumprir, poderá ser punido

Gustavo Gantois
Direto de Brasília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira resolução que obriga os cartórios de todo o País a converterem uniões estáveis homoafetivas em casamentos civis. Com a decisão, os homossexuais que não tiverem seus pedidos de casamentos oficializados poderão comunicar o caso ao juiz corregedor do Tribunal de Justiça local, que avaliará punições aos cartórios.


“A recusa implicará imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para providências cabíveis”, aponta o texto da resolução, proposta pelo presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, e aprovada por 14 votos a um pelo colegiado.

Barbosa afirmou que a decisão serve para dar efetividade ao julgamento realizado em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que acabou liberando a união estável homoafetiva. Apesar de o instituto estar liberado, ainda cabe ao juiz responsável decidir pela conversão em casamento. Agora, a decisão será administrativa e tomada dentro dos próprios cartórios, sem a interferência direta dos magistrados.

Saiba Mais

“O conselho está removendo obstáculos administrativos à efetivação de decisão tomada pelo Supremo e que é vinculante [deve ser seguida pelas instâncias inferiores]”, completou Barbosa.

A decisão do CNJ valerá a partir da publicação no “Diário de Justiça Eletrônico”, o que ainda não tem data para acontecer.

Fonte: Terra, 14/04/2013

Globo News

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