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First Kill descontinuada: assinantes protestam contra fim de séries lésbicas na primeira temporada

quarta-feira, 10 de agosto de 2022 0 comentários

First Kill foi descontinuada após o lançamento da primeira temporada

Outras produções com protagonistas lésbicas e bissexuais também ficaram sem final

"Vou assistir a série pelo conteúdo. O conteúdo? Mulheres se beijando". Quem se entendeu lésbica ou bissexual antes da popularização dos streamings, sabe como era difícil encontrar séries que trouxessem representatividade e acolhimento. Ver The L Word em baixíssima resolução ou caçar a temporada de Naomi e Emily em Skins era uma forma de encontrar na ficção uma referência para a vida real.

Além da dificuldade de achar produções que retratassem o amor entre mulheres, quando essas figuras apareciam, geralmente tinham um final trágico. Mortes, doenças, traições e separações são comuns nessas tramas.

Alguns anos atrás, quando ainda estava conquistando espaço no mercado do audiovisual, a Netflix chamou a atenção ao produzir uma série protagonizada por uma personagem bissexual que era presa na mesma penitenciária que a ex-namorada. Orange Is The New Black recebeu, na época, o posto de série mais assistida da plataforma.

O enredo terminou após 7 temporadas em 2019. E essa foi a última vez que a companhia concluiu uma narrativa sáfica. Everything Sucks? Cancelada. I Am Not Okay With This? Ficou sem continuação. Feel Good? Também esquecida no churrasco.

Pouco tempo após o lançamento, saiu a notícia de que First Kill também não teria um desenvolvimento. A série, que ficou conhecida como o "crepúsculo lésbico", terminou com um final aberto e não será continuada pela plataforma de streaming.

Apesar dos efeitos toscos e da cenografia duvidosa, o enredo havia conquistado uma parcela considerável do público. Com poucas opções de produções focadas no amor entre mulheres, a série conseguiu entregar entretenimento e representatividade. No mês de lançamento, a trama ficou entre as mais assistidas, com 100 milhões de horas de reprodução.

Revoltados com a decisão da companhia, os assinantes subiram uma hashtag no Twitter para reclamar sobre o cancelamento da produção. "#CancelNetflix" ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta-feira (3).

Os fãs esperam que a empresa mude de opinião e decida criar um desfecho para o romance entre a caçadora e a vampira. E que, nas próximas produções, pare de assassinar as séries com protagonistas lésbicas e bissexuais logo na primeira temporada. Essa não foi a primeira morte, mas pode ser a última.

Comediante Gabô Pantaleão inspira lésbicas que não performam feminilidade

quarta-feira, 27 de julho de 2022 0 comentários

Gabô Pantaleão - Fotografia: Woulthamberg

Ela tem mais de 1 milhão de seguidores no TikTok, sangue alagoano e é "sapatão caminhoneira" assumida. Gabô Pantaleão não esconde seus posicionamentos políticos e garante: "Comédia é política".

De uma infância livre e feliz em Maceió aos vídeos virais de humor, Gabô precisou enfrentar alguns obstáculos. Lésbica, gorda e nordestina, disse ao Yahoo que bullying fez parte de sua infância e foi um longo caminho até conseguir se assumir.
Tinham medo de falar lésbica. É uma palavra que soa como uma doença. Tinham medo de falar 'sapatão ou sapatona'. Então, eu achava que era errado, achava que eu ia para o inferno".
Hoje, a ferida já cicatrizou e Gabô usa dessas histórias e experiências para conscientizar seu público. 
Quando eu comecei a me ver na Internet, vieram muitos comentários também. Abala, mas a gente não agrada todo mundo. Se me perguntar hoje se eu tenho hater, eu acho que muito pouco! O povo se identifica muito comigo, principalmente as lésbicas que não performam feminilidade".

Clipping "Sapatão caminhoneira", Gabô Pantaleão fala sobre humor e representatividade, Yahoo Vida e Estilo, 11/07/2022

Bruna Linzmeyer enfrentou preconceito ao se revelar lésbica publicamente

segunda-feira, 11 de abril de 2022 0 comentários

Bruna Linzmeyer - foto Instagram

Atriz Bruna Linzmeyer foi alvo de homofobia ao tornar pública sua orientação sexual.

Bruna Linzmeyer comentou sobre os momentos difíceis que enfrentou ao revelar que é lésbica, em entrevista ao programa PodPah, na última terça-feira (5). A intérprete de Madeleine em ‘Pantanal’ teve sua vida invadida e diversos trabalhos cancelados na época que sua sexualidade veio à tona.
Foi em 2015, eu já estava há cinco anos na TV. E já namorava a Kity, que foi minha primeira namorada, há uns bons meses”, disse em menção à relação com a cineasta Kity Féo, que durou apenas um ano.
Na época, a revelação gerou tanto impacto que Linzmeyer teve sua vida pessoal invadida pela mídia. Ela contou:
Foi super indelicado, pegaram informações sobre a vida dela [Kity] que não era uma pessoa pública. Fotos e tal”.
O âmbito profissional também foi afetado devido à homofobia dos contratantes e até colegas de trabalho, como relembrou a atriz.
As pessoas que trabalhavam comigo cogitaram que eu negasse e eu disse que isso não era uma possibilidade”, disse.
Em seguida, lamentou:
Foi muito esquisito no começo. A gente tinha umas publicidades marcadas para aquela semana e para a semana seguinte, e as coisas foram cancelando. Diziam: ‘Não vai mais acontecer e tal'”, contou.
Foi apenas com o passar dos anos que Bruna começou a ser aceita do jeito que é. Sem nunca esconder sua sexualidade, a artista acredita que o que era alvo de preconceitos se tornou um bônus em sua carreira.
Hoje em dia as pessoas me chamam porque eu sou sapatão também. Querem estar comigo porque eu tenho e tive essa coragem. E hoje em dia é mais tranquilo falar disso do que era naquela época. Então, tem muitos trabalhos, tanto no cinema quanto na publicidade, que as pessoas chegam perto de mim porque gostam de quem eu sou”, concluiu ela.
Confira a entrevista completa:


Clipping Bruna Linzmeyer teve trabalhos cancelados após se revelar lésbica: “Muito esquisito”, O Segredo, 07/04/2022


Mantida cena com beijo lésbico em "Lightyear", filme sobre personagem de "Toy Story"

quarta-feira, 30 de março de 2022 0 comentários

Alicia Hawthorne, uma Space Ranger que também é uma lésbica negra.

Funcionários acusaram Disney, parceira no filme, de censurar cenas de afeto entre personagens do mesmo sexo

Funcionários da Pixar, um dos principais estúdios de animação do mundo e parte da Walt Disney Company, divulgaram uma carta nesta na semana em que acusam a empresa de censurar cenas de afeto entre personagens do mesmo sexo em seus filmes. A movimentação parece ter surtido algum efeito.

Segundo a revista Variety, a Pixar decidiu manter uma cena com beijo lésbico em "Lightyear", filme sobre a história do personagem Buzz Lightyear de "Toy Story", feito em parceria com a Disney.

O beijo entre as personagens de mesmo sexo havia sido cortado do filme, e foi restaurado depois da carta e do protesto dos funcionários.

Assinado pelos "funcionários LGB e T da Pixar e seus aliados", o documento que foi estopim desse debate diz que executivos da empresa mandaram que cortes fossem feitos em "quase todo momento de afeto abertamente gay, independentemente de protestos das equipes criativas ou das lideranças da Pixar".

Mas esse é apenas mais um capítulo numa complicada polêmica envolvendo a Disney, que se desenrolou nos últimos dias em paralelo à aprovação de uma controversa lei da Flórida que restringe discussões sobre orientação sexual e identidade de gênero nas salas de aula do estado americano.

Batizada "Don't Say Gay Bill" (Lei "Não diga gay", ela já foi aprovada pelos legisladores da Flórida e aguarda agora a aprovação do governador do estado, Ron DeSantis, um republicano que deve implementar a nova política. Nela, professores ficam proibidos de falar sobre questões LGB aos alunos que tenham até nove anos ou a qualquer outro grupo para o qual julgarem o tema inapropriado.

A lei ainda exige que professores que identifiquem alunos LGB em sala de aula falem sobre isso diretamente com seus pais. Para os críticos, a medida vai marginalizar crianças e adolescentes que se identificam como LGB e promoverá uma caça às bruxas aos professores, que podem ser processados caso não acatem a decisão.

Desenhos infantis têm personagens que geram identificação com o público LGB

Uma das maiores empregadoras da Flórida, onde opera uma série de parques temáticos, hotéis e cruzeiros, a Disney vem sendo cobrada por um posicionamento em relação à lei. Seu CEO, Bob Chapek, se limitou a enviar um comunicado interno a funcionários dizendo que o "maior impacto" que a empresa pode causar em relação ao tema é ao "criar um mundo mais inclusivo pelo conteúdo inspirador que produzimos".

A situação se agravou quando foi revelado que a Disney tem, em sua lista de políticos que recebem doações, nomes que apoiam abertamente a "Don't Say Gay Bill". A carta assinada pelos funcionários da Pixar ainda exigiu que esse tipo de apoio financeiro seja cortado.

Clipping Pixar mantém cena com beijo lésbico em 'Lightyear' depois de onda de protestos, Ilustrada, FSP, 19/03/2022

Tangos entre mulheres em clássicos do cinema

sexta-feira, 3 de setembro de 2021 0 comentários

Cartaz do filme "O Conformista"

Míriam Martinho

Se o tango já é bonito de natureza, com sua mescla de sensualidade e melancolia, uma espécie de blues de brancos, quando dançado por mulheres parece ainda melhor. Abaixo cenas de tango em vários clássicos do cinema, tais como:

1. O expressionista A Caixa de Pandora (1929), do cineasta austríaco Georg Wilhelm Pabst com Louise Brooks (Lulu) dançando com Alice Roberts (condessa Augusta Geschwitz). A condessa é tida como a primeira personagem lésbica da história do cinema.

2. O filme Tango (1988), do diretor argentino Carlos Saura, com uma das mais belas cenas de tango entre duas mulheres.

3. O filme Frida (2002), dirigido por Julie Taymor, onde Salma Hayek dannça com Mía Maestro ao som de “Alcoba Azul”. 

4. O Conformista (1970), filme de Bernardo Bertolucci que se passa na Itália fascista. Dançam Anna (Dominique Sanda)  e Giulia (Stefania Sandrelli).








Lulu em A Caixa de Pandora

Memória Lesbiana: um Raio-X dos boletins ChanacomChana e Um Outro Olhar e suas digitalizações
Memória lesbiana: Rosely Roth, amiga do coração!
Lançada delegacia da Diversidade Online para combater crimes de intolerância
Empreendedorismo sapatão para comemorar o dia do orgulho lésbico
Benedetta, cheio de sexo lésbico e blasfêmias, estreará nos EUA em dezembro e será distribuído no Brasil pela Imovision

Submissão de depoimentos, poesias, textos de opinião sobre a vivência lésbica

terça-feira, 20 de abril de 2021 0 comentários


A pedidos, reabrimos espaço para leitoras e seguidoras da Um Outro Olhar que queiram enviar textos de opinião, depoimentos, contos e poesias sobre a vivência lésbica.

1. O tamanho do texto pode variar, mas, via de regra, recomendamos que fique numa média de 3 páginas do Word.

2. Disponibilizamos mini biografia da autora com contato (e-mail) e foto (se assim desejar).

3. De preferência, envie imagem para ilustrar seu texto.

4. Revisamos o texto e o título, se necessário.

Envie seu texto para uoo@umoutroolhar.com.br ou para a caixa de entrada aqui da página (texto do Word).

Sejam bem-vindas!

Cantora Kehlani assume ser lésbica no Instagram

sexta-feira, 9 de abril de 2021 0 comentários


A cantora americana Kehlani, dona do hit Nights like this, fazia uma live no Instagram ao lado da sua fotógrafa, Jamie-Lee B, quando disparou: “Querem saber uma novidade sobre mim? Eu finalmente sei que sou lésbica".
Vocês todos querem algo novo sobre mim, vocês querem saber?” perguntou a cantora de 25 anos enquanto cozinhava com um amigo. “Eu finalmente sei que sou lésbica.” O amigo dela reagiu, gritando imediatamente, “lançamento de bomba!”
Ano passado, a artista, 25 anos, havia se declarado queer. Ao assumir-se lésbica, a cantora disse que a situação dela é mais fácil, pois é muito difícil as pessoas olharem para ela e dizerem que ela é homossexual.

A americana completou falando que muitos artistas acabam sendo forçados a se assumir. “É mais difícil para homens negros gays. É mais difícil para mulheres negras homossexuais 'masculinas", completou Kehlani.

Diante da repercussão da notícia nas redes sociais, a cantora mostrou-se surpresa, mas muito feliz com as mensagens de apoio e carinho recebidas.

Com informações de Cantora Kehlani assume homossexualidade em live nas redes sociais, Correio Braziliense, 08/04/2021, Kehlani assumiu ser lésbica em uma live no Instagram, por Vinicius Prado, 07/04/2021, Portal RapMais.


Amor de Mãe: Leila e Penha viverão versão tupiniquim e lésbica da relação dos lendários Bonnie e Clyde

segunda-feira, 14 de setembro de 2020 0 comentários

Penha (Clarissa Pinheiro) e Leila (Arieta Corrêa)

Retomada de 'Amor de Mãe' vai mostrar a relação perigosa entre Leila e Penha com possível beijo gay


Manuela Dias decidiu polemizar na reta final de Amor de Mãe. A novela das 21h da Globo, interrompida em março por conta da suspensão das gravações devido à pandemia, voltará a ser exibida em 2021.

A autora criou uma relação de amor bandido entre as vilãs Leila (Arieta Corrêa) e Penha (Clarissa Pinheiro). As informações são de Carla Bittencourt, do Extra Online.

A ex-mulher de Magno (Juliano Cazarré), que se fingiu de doente e o colocou na cadeia, vai assumir os negócios criminosos da amiga, quando a fiel cúmplice de Belizário (Tuca Andrada) for presa.

Abandonada pelo policial corrupto, Penha contará apenas com a ajuda de Leila. O vínculo entre as duas vai passar da cumplicidade para a paixão. Viverão romance intenso, uma versão tupiniquim e lésbica da relação dos lendários Bonnie e Clyde.

O roteiro prevê um beijo das duas amantes. Caberá ao diretor artístico do folhetim, José Luiz Villamarim, definir se a cena será gravada e exibida, ou não. A Globo já mostrou alguns beijos na boca entre mulheres, como em Órfãos da Terra, Em Família, Babilônia, Segundo Sol e Malhação.
Clipping  Autora da Globo transforma bandidas em casal de lésbicas, por Jeff Benício, Blog Sala de TV, Terra, 02/09/2020

Personagem lésbica de Naya Rivera em 'Glee' ajudou público LGB a se autoaceitar

quarta-feira, 15 de julho de 2020 0 comentários

Naya Rivera como Santana Lopez em Glee (Foto: Divulgação)
Atriz interpretou Santana Lopez na série, que foi ao ar de 2009 a 2015, marcada
pela celebração da diversidade e da autoaceitação

A morte de Naya Rivera, atriz que interpretava Santana Lopez em Glee, chocou os fãs na última quarta-feira (8), principalmente pela importância da personagem em suas vidas pessoais. Naya sumiu durante um passeio de barco com o filho de 4 anos de idade, Josey, no Lago Piru, nos Estados Unidos, e as buscas por ela mobilizaram uma equipe de cerca de 100 pessoas até seu corpo ser encontrado na segunda-feira (13).


Glee ficou marcado na história da TV como uma série que celebrava a diversidade e a autoaceitação. Os discursos abordados nos episódios desde homossexualidade, preconceito, gordofobia, racismo, padrões de beleza, entre outros, destacava a série como precursora em 2009, quando foi lançada. Na série, Santana lidou com a aceitação da própria sexualidade e ajudou o público LGB que também enfrentava essa questão, além do preconceito.

Naya Rivera em Glee como Santana Lopez (Foto: Reprodução)
Naya Rivera em Glee como Santana Lopez (Foto: Reprodução)

Naya Rivera marcou uma geração com Santana, mostrando a importância de se aceitar como é!", escreveu um internauta no Twitter. "Hoje felizmente 90% das séries que vejo tem personagens não héteros. De Jane the Virgin pra cá, o número de séries com personagens latinos aumentou muito. Dez anos atrás, a realidade era outra. Ver uma personagem como a Santana Lopez foi de extrema importância pra mim", comentou outro. Além de Santana, Glee também tinha outros personagens LGB como Britanny (Heather Morris), Kurt (Chris Colfer) e Blaine (Darren Criss).
Estaria mentindo se dissesse que Santana Lopez não foi um personagem que me ajudou e influenciou em certo momento lá atrás", falou um fã. "Quem me conhece sabe o quanto eu sou fã dessa mulher, e quão importante pra mim foi a trajetória dela em Glee, série essa que me ajudou a me aceitar como um homem gay", disse um rapaz.
A personagem tem atitudes duvidosas ao longo da série e pode até ser considerada uma das vilãs. No final da última temporada, Santana e Britanny, que eram namoradas no ensino médio, se casam. A cena é uma das mais importantes da produção.



Clipping Personagem lésbica de Naya Rivera em 'Glee' ajudou público LGBTQIA+ com autoaceitação, por Isabela Pacilio, Quem, 10/07/2020               

Personagens lésbicas cada vez mais protagonizam séries de sucesso

segunda-feira, 8 de junho de 2020 0 comentários

Cena do filme 'Você Nem Imagina', novo romance teen da Netflix com protagonismo de
personagens lésbicas Netflix/Reprodução

Ellie Chu (Leah Lewis) é uma jovem imigrante chinesa na ficcional e remota cidade Squahamish, em Washington. Sem amigos e precisando de dinheiro para pagar as contas de casa, a tímida protagonista relutantemente concorda em vender sua aptidão para escrita ao pouco inteligente Paul Munsky (Daniel Diemer) e passa a escrever cartas de amor para a menina bonita do colégio, Aster Flores (Alexxis Lemire). Os sentimentos de Ellie rapidamente se somam à trama, e o que começou como um mero ganha-pão se torna a sacada de Você Nem Imagina, recente aposta do catálogo da Netflix. Mesmo com toda a roupagem clássica de um filme teen, ele conta com um diferencial vergonhosamente atrasado: um romance entre duas garotas.

A produção atesta: a forma como personagens lésbicas são retratadas na ficção passa por mudanças notáveis. Muito aquém do legado deixado por Azul É a Cor Mais Quente (2013), o que se vê é que essas personagens invadiram o mamão com açúcar batido de comédias românticas, agora protagonizadas por duas meninas (e um rapaz sobrando). Pode parecer uma aposta boba, mas não é. Você Nem Imagina surfa em uma onda recente, em que personagens do espectro LGB driblam estereótipos e saltam do lugar de coadjuvantes para o de protagonistas, com tramas simples e comuns ao cinema e à TV, mas dominadas por héteros. Caso até dos populares super-heróis, que ganharam a companhia da estrela de Batwoman, exibida no Brasil pela HBO, a primeira super-heroína lésbica da TV, interpretada pela atriz (que também é gay) Ruby Rose.

Ruby Rose em ‘Batwoman’, nova série da HBO com super-heroína lésbica The CW/Reprodução

Dono de uma Palma de Ouro, estatueta máxima do Festival de Cannes, Azul É A Cor Mais Quente é um bom exemplo de como relacionamentos lésbicos eram retratados até pouco tempo atrás na ficção. Embora tenha sido um dos pioneiros a dar visibilidade ao “L” de LGBT, lado a lado com a série americana Orange is the New Black, o aclamado filme francês e sua famosa cena de sexo de 7 minutos (que demorou dez horas para ser gravada, provocando mais tarde reclamação das atrizes) serviam a um tipo de fetiche masculino muito mais que a uma representação romântica do público-alvo oficial. Daí a – boa – surpresa da chegada de Ellie Chu, que, além de ir na contramão dessa fetichização, nada mais é que uma garota normal, apaixonada em segredo por outra, em uma pequena cidade conservadora: cenário bem mais fértil para provocar identificação. Ellie também não é essencialmente feminina ao ostentar um perene rabo de cavalo baixo e roupas largas. E faz isso sem cair em outro estereótipo batido: o da lésbica “caminhoneira”. São essas as de cabelo curto e estilizado, porte físico forte e trejeitos masculinizados. Até então, o cinema e a TV se amparavam nesta espécie de balança, um “8 ou 80”: a lésbica da ficção ou era atraente ou o completo oposto.

Com a nova tendência, essas mulheres são retratadas num meio termo entre os dois números da escala. Sem cenas acaloradas, mas contemplando a sensualidade feminina, – dessa vez inata da personagem, não da orientação sexual –, a prima de Bruce Wayne, em Batwoman, é “sexy sem ser vulgar” e concilia a fachada de durona com uma vulnerabilidade até exigida quando se trata de heróis e heroínas dos universos da DC e da Marvel. O encaixe entre personagem e atriz foi tanto que, quando Ruby Rose anunciou sua saída da série para a já confirmada segunda temporada, na última terça-feira, 19, seu nome subiu rapidamente para os trending topics do Twitter. A colega de profissão Stephanie Beatriz, conhecida por interpretar Rosa Diaz no sitcom Brooklyn 99, despontou como um dos nomes interessados para substituir a australiana – e, assim como ela, é LGBT.

Foto do casal Pat e Terry exibida pelo documentário ‘Secreto e Proibido’, novo no catálogo da Netflix

A abertura que permitiu a chegada destas personagens, também abriu espaço para o documentário Secreto e Proibido. Recém-lançado pela Netflix, o longa conta a história de Pat Henschel e a jogadora profissional de beisebol Terry Donahue, juntas desde 1947. Por anos, o casal teve de omitir o status do relacionamento para a família e conhecidos, alternando entre desculpas para não torcer narizes em uma época em que batidas policiais em clubes e bares gays não estavam tão esquecidas da memória. Com sensibilidade e doçura, os diretores Jason Blum (de Corra!) e Ryan Murphy (de American Horror Story e Pose) deram uma guinada para longe do horror e apresentaram a trajetória das duas mulheres, permeada por cartas, fotografias e relatos antigos, sem cair nos velhos estereótipos já citados.

Demorou, mas os produtores de TV e cinema se adaptaram aos novos tempos e estão aprendendo como é tratar com respeito personagens LGB. Que essa mesma tendência siga para a vida fora das telas – tarefa um pouco mais difícil, mas não impossível.

Clipping De filme teen a Batwoman, mulheres lésbicas conquistam respeito na ficção, Veja, 25/05/2020

Nota da Editora: Killing Eve - 3 temporadas (Globoplay e em sites não oficiais como "seuseriado") é um hit internacional de humor negro que conta a história da obsessão que uma agente do serviço secreto britânico, Eve (Sandra Oh), desenvolve por uma assassina de aluguel, Villanelle (Jodie Comer), a serviço de uma organização misteriosa. Ganhadoras respectivamente  do Globo de Ouro, Bafta e Emmy, as duas atrizes que protagonizam a série têm muita química entre si, e suas personagens vivem uma relação de tensa eroticidade que, nesta última temporada, parece ter começado a virar amor. Embora esta terceira temporada da série tenha sido a mais fraquinha de todas, foi a que mais desenvolveu a proximidade entre este casal de mulheres fortes e diferentes da maioria.  Abaixo 3 cenas em que Eve e Villanelle se aproximam sem tiros e facadas, embora com algumas porradas ainda. Vale a audiência.

She-ra e Felina se beijam na nova temporada da animação na Netflix

quarta-feira, 27 de maio de 2020 0 comentários

She-ra tem romance lésbico e beijo gay em nova temporada na Netflix
Beijo lésbico em She-ra - Foto: Reprodução/Netflix

She-ra iniciou romance com a vilã Felina

O último episódio da quinta temporada de She-ra e as Princesas do Poder, na Netflix, surpreendeu os fãs da animação. A princesa Adora, que quando tem os super poderes se transforma na She-ra, e a vilã Felina protagonizaram uma cena de beijo e iniciaram um romance lésbico na história.

Os momentos finais do enredo são cercados de muitas batalhas e tensão. Após salvar a vida de Adora, Felina irá revelar que é apaixonada por ela e será retribuída com um beijo. A sequência respondeu aos questionamentos dos espectadores que desconfiavam que a rivalidade entre as duas era, na verdade, amor.

A nova versão da Netflix de She-ra, animação que fez muito sucesso nos anos de 1980 e 1990, foi massacrada por grupos conservadores logo na primeira temporada, já que os produtores optaram por dar representatividade ao universo LGB e discutir o empoderamento feminino.

Assumidamente homossexual, a responsável pela adaptação, Noelle Stevenson, declarou para jornalistas norte-americanos que quis debater a diversidade no desenho, tanto que diminuiu os seios e alterou as roupas da personagem.

Nos últimos anos, desenhos animados estão apostando em figuras gays com a alegação de que querem retratar uma sociedade mais justa e igualitária, ressaltando a importância de respeitar os próximos, como foram os casos de Steven Universo e The Loud House.

Confira a cena do beijo abaixo:

She-ra e os personagens gays

She-ra e Felina não foram as únicas personagens que engataram um relacionamento homossexual. Os pais do Arqueiro, Lance e George também eram casados e o que mais chamou atenção é o fato deles serem negros, assunto que é um grande tabu nos Estados Unidos.

As princesas Netossa e Spinnerela também viveram um romance lésbico, com direito a beijo, tiveram grande torcida entre o público para que continuasse juntas.

She-ra e as Princesas do Poder teve cinco temporadas, contabilizando 52 ao todo. A última parte da série de animação estreou no dia 15 de maio.

Clipping She-ra tem romance lésbico e beijo gay em nova temporada na Netflix, Na telinha, 21/05/2020

Ana Carolina fará live no Youtube sob direção artística da namorada Chiara Civello

segunda-feira, 11 de maio de 2020 1 comentários

Ana Carolina fará live no Youtube sob direção artística da namorada Chiara Civello

Ana Carolina fará uma live na próxima sexta-feira (15), às 21h, pelo Youtube, dando início a uma série de lives do novo "Festival Bradesco Seguros", exibida a cada semana, com ícones dos gêneros MPB, Samba e Sertanejo. A estreia da cantora em show ao vivo pelas redes sociais contará com a direção artística de sua namorada, a também cantora e compositora Chiara Civello. Ana Carolina fará sua apresentação da sala de casa, cantando seus grandes sucessos e músicas de compositores como Guilherme Arantes, Martinho da Vila, Seu Jorge e Rita Lee.
Chiara tem auxiliado na escolha do repertório e em como pensar artisticamente essa apresentação. Ela irá acompanhar o show sentadinha ali na sala, mas a depender dos inúmeros pedidos de fãs nas redes sociais, espero que se junte a mim para um dueto", brinca Ana Carolina.
A preocupação e objetivo principal de Ana Carolina ao aceitar prontamente o convite do festival é o de conseguir atenuar a aflição das pessoas em suas casas durante a quarentena e auxiliar a população mais vulnerável por conta da pandemia do Covid-19.

Quem estiver assistindo à transmissão ao vivo poderá fazer sua doação através da plataforma Mesa Brasil, que destinará itens de primeira necessidade às às instituições de todo o território brasileiro. O projeto pretende levar auxílio para as pessoas em estado de vulnerabilidade social, que são as mais afetadas pela pandemia. Além disso, todos poderão fazer doações através do QR Code, que ficará o tempo todo na tela.
Estou muito feliz em conseguir atender aos inúmeros pedidos de meus fãs queridos e, ao mesmo tempo, usar uma ferramenta poderosa como a internet para fazer coro às vozes que pedem para que todos fiquem em casa", comenta Ana Carolina, que ainda acrescenta:
Esse momento vai passar e tenho certeza que vamos nos rever nos shows ao vivo em breve. Até lá, vai ser especial matar a saudade pelo YouTube"

Humorista Fafy Siqueira namora assistente de produção 30 anos mais jovem

quarta-feira, 4 de março de 2020 0 comentários

Foto da cantora e assistente Fernanda Lorenzoni com a atriz Fafy Siqueira em foto publicada nas redes sociais
Fernanda Lorenzoni e Fafy Siqueira

Aos 65 anos, Fafy Siqueira revelou que está em um relacionamento amoroso com a cantora e assistente de produção Fernanda Lorenzoni. Após se acidentar em casa e quebrar três costelas, a humorista declarou que está sendo cuidada pela namorada. As duas se conheceram quando trabalharam juntas na peça Forever Young, em 2016.

Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, no jornal O Globo, Fafy revelou que foi a companheira que a levou para o hospital após sofrer uma queda de pressão.
Fernanda, minha namorada, é que estava em casa comigo e me levou para a emergência", relembrou.
Fafy e Fernanda posam juntas nas redes sociais há muito tempo. Em abril de 2019, a assistente de produção de 30 anos surgiu abraçada com a veterana.
Anjinho da guarda que Deus colocou na minha vida", declarou a morena.
Em 2020, Fafy fará uma participação no seriado A Vila, do Multishow, em que interpretará Rita Lina, uma homenagem à Rita Lee. Nos bastidores, a atriz posou ao lado da namorada.

Resultado de imagem para fafy siqueira namorada
Diferença de idade não é empecilho para o amor

Sobre a produção de Paulo Gustavo, a humorista declarou que está ansiosa para se recuperar e voltar ao trabalho.
Foi a atuação que mais me deixou nervosa nos últimos 15 anos da minha carreira. Os amigos do elenco até fizeram brincadeiras comigo. Claro que me transmitiram carinho também, mas achei bem difícil", relatou.
A atriz e cantora está longe da televisão desde sua participação no Popstar, em 2018. Durante a competição da Globo, Fafy chegou a reencontrar seu ex-noivo Elymar Santos, que foi jurado do programa em um dos dias de apresentação. A veterana também já ficou noiva do produtor Cássio Reis, de quem se separou em 2014.

Clipping Humorista Fafy Siqueira revela namoro com cantora 35 anos mais nova, por Daniel Castro, Notícias da TV, 01/03/2020

Juliana Arv e Milkee lançam clipe "Sapeca" para animar o Carnaval

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020 0 comentários

Juliana Arv e Milkee: dupla lança funk para lésbicas, Sapeca
Single foi pensado pras lésbicas, mas pode, claro, ser curtido por todos. Foto: Alt_Project

Carnaval sempre foi sinônimo de farra e curtição, mas fica ainda mais legal quando envolve representatividade. Foi por isso que Juliana Arv se juntou a Milkee e juntas fizeram um single para animar todos os públicos.
Desde que comecei a trabalhar como artista meu foco foi trazer a representatividade que não tive quando adolescente. Olha a importância desse som: duas mulheres cantando sobre o universo lésbico que se uniram com outras lésbicas para apresentar um trabalho excepcional. Sinto que ganhei na vida, não só por mim, mas por todas as minas que se sentirão representadas com o que fizemos acontecer”, comenta Juliana Arv.
A música está sendo usada em um filtro do TikTok que diz para o usuário qual seu nível de Sapeca e já é febre entre os TikTokers, tendo mais de 75 mil vídeos feitos. Também ganhou espaço em Playlists do Spotify e Deezer.
Como cantora eu acabo tendo mil funções ao mesmo tempo e é sempre gratificante quando uma galera talentosa cola junto no projeto pra somar. Essa música cativou geral desde o começo. Ela foi feita pensando no público lésbico e teve a equipe em sua maioria mulher, porém pudemos contar com meninos incríveis que também apostaram e entenderam a importância do som. E a música é tão divertida que acredito que vai agradar todo tipo de gente. Essa é a idéia, mais união e menos segregação, é pra todos curtirem”, diz Milkee.
Produzida por Pe Lu (Selva, Restart) e Fred Subb, a faixa ganhou clipe assinado produzido meninas do Alt_Project, Thaís Munhoz e Tamara Rayes. A capa é de Kika (kikaratcha) e o hit ainda conta com passinho de Felipe Vilarim.

Letra

Sapeca (part. Milkee)
Juliana Arv

Oh, Milkee
Fiquei sabendo que agora ela só ta pegando pepeca hein

Vamo fazer amor devagar, devagarinho
Nesse beat vai descendo e vai subindo
Muito chique a sua sentada com jeitinho
Na suite me maltrata com carinho

Ei
Gosta de se envolver
Com raba no chão, deixa o bumbum tremer
Se envolveu com as mina certa pra te convencer
Cola no bailão que eu vou te dizer

Sapeca (peca) (peca)
Hoje pega só pepeca (peca) (peca)
Ela não quer long neca (neca)
Gosta quando toca sapabrega, ai

Sapeca (peca) (peca)
Hoje pega só pepeca (peca) (peca)
Ela não quer long neca (neca)
Gosta quando toca sapabrega, ai

Mlkee
E eu não gosto de papin'
Já chega e rebola pra mim
Vem solta pra Ju e pra Milkee
Preguiça dessas bi festim'
E ela vai nas marinheiras
Um rebuceteio sem fim
Mas só não se apega porque
Eu não quero love eu quero din'

Gosta de se envolver
Com raba no chão, deixa o bumbum tremer
Se envolveu com as mina certa pra te convencer
Cola no bailao que eu vou te dizer

Calma ai, calma ai, calma ai
Como é que a gente chama essas mina no baile mesmo?

Sapeca (peca) (peca)
Hoje pega só pepeca (peca) (peca)
Ela não quer long neca (neca)
Gosta quando toca sapabrega, ai

Sapeca (peca) (peca)
Hoje pega só pepeca (peca) (peca)
Ela não quer long neca (neca)
Gosta quando toca sapabrega, ai

É Ju Arv hein

 Clipping Juliana Arv e Milkee lançam "Sapeca" nas plataformas, Aqui tem diversão, 10/02/2020


As atrizes lésbicas do catálogo da Globo

terça-feira, 10 de dezembro de 2019 0 comentários

Vitória Strada%2C Letícia Lima e Camila Pitanga

Se há algum tempo assumir-se homossexual podia isolar um ator e impedí-lo de fechar contratos comerciais, nos dias atuais isso já não é um problema. Em 2019, por exemplo, inúmeros artistas saíram do armário - alguns recentemente, inclusive, foram tirados à força -, como Vitória Strada, mocinha da Globo e protagonista da novela "Espelho da Vida".

Todavia, Vitória Strada não está sozinha no time de lésbicas da Globo , inúmeras atrizes da emissora também integram a comunidade do arco-íris. Pensando nisso, o iG elaborou uma lista para mostrar o "boom" de atrizes homossexuais no catálogo artístico do canal.

Nanda Costa

Divulgação Globo / Reprodução Instagram

Atualmente vivendo Érica em "Amor de Mãe", Nanda Costa assumiu estar namorando Lan Lanh em junho de 2018. A parceira da atriz ficou conhecida por ter tido um relacionamento com Cássia Eller.

Bruna Linzmeyer

Divulgação Bruna Linzmeyer

Assumidamente bissexual desde o segundo semestre de 2017, a atriz já interpretou mocinhas e mulheres poderosas nas telas da emissora mais famosa do Brasil. Em 2019 ela fez um discurso sobre diverdade na Parada LGBTQ+ de São Paulo e foi aplaudida por uma multidão.

Letícia Lima

Christian Gaul/Revista Trip

Em fevereiro de 2017 Letícia Lima assumiu ter um relacionamento sério com a cantora Ana Carolina. Apesar de a declaração ter tido alta repercussão, a imprensa já desconfiava do romance há alguns meses. O casal se dissolveu em 2019, nenhuma das artistas explicou o motivo da separação.

Camila Pitanga

Divulgação/Instagram/@caiapitanga

Recentemente, Camila Pitanga foi tirada do armário após colunistas e especulações apontarem que ela estaria em um relacionamento homoafetivo. Após algum tempo de repercussão, a artista confirmou o affair com Beatriz Coelho.

Karol Lannes

Divulgação Karol Lannes

Conhecida por interpretar Agatha, filha de Carminha em "Avenida Brasil", a atriz-mirim da Globo cresceu e descobriu-se homossexual. Apesar da alta repercussão, ela alegou que em casa a informação foi recebida com tranquilidade e naturalidade. Além das citadas, outras atrizes já se assumiram lésbicas, como Alessandra Maestrini, Maria Maya, Thalita Carauta, Maria Zilda, Claudia Jimenez, Giovana Grigio, Débora Nascimento, Carol Duarte e entre outras.

Clipping Tsunami gay: Globo tem inúmeras atrizes lésbicas no catálogo - Fofocas dos Famosos - iG, 05/12/2019

Fernanda Gentil causa polêmica ao afirmar respeitar discursos preconceituosos embora condene atitudes violentas

segunda-feira, 28 de outubro de 2019 0 comentários

Fernanda Gentil em seu programa "Se Joga"
Com um astrólogo bom e um terapeuta, amor, você vai para o mundo. Não tem erro!”, brinca a apresentadora Fernanda Gentil, 32, do signo de Sagitário com ascendente em Peixes.
Depois de dez anos como jornalista de esporte da Globo, encerrados no fim de 2018, a carioca voltou à programação da emissora no comando do vespertino “Se Joga”. A atração diária mistura fofocas e jogos com celebridades e vem sendo alvo de críticas.

Na internet, espectadores chamaram o programa de bagunçado e sem graça.

Na sua estreia, no dia 30 de setembro, o programa ficou em segundo lugar da audiência em São Paulo. Na quarta (23), ele registrou o seu pior índice: 6,7 pontos no Kantar Ibope na Grande SP [cada ponto equivale a 73 mil domicílios]. A Globo afirma que, no Painel Nacional de Televisão, referente a 15 regiões metropolitanas do Brasil, a atração mantém média de dez pontos [254 mil domicílios por ponto].
Recebi [a repercussão negativa] como qualquer pessoa que coloca um grande projeto numa vitrine nacional: com humildade para saber que temos pontos a mexer e a tranquilidade de estar me jogando de forma limpa e alegre”, conta a apresentadora. Sobre a audiência, afirma: “Minha preocupação é alegrar quem me vê”.
É dedo na boca, biscoito na cara. Se não der audiência hoje, a gente desiste”, disse ela no ar aos espectadores na semana passada.
Fernanda se considera uma pessoa “otimista por natureza”. 
Sempre vejo o copo mais cheio”, diz. “Vai dar tudo certo!”
É esse o espírito que ela afirma nortear a sua carreira.
Preciso me sentir animada e desafiada”, conta. “A partir dali [da saída do esporte], tudo o que eu fizer é uma tentativa de me sentir desafiada de novo. Com esse friozinho na barriga. E aí vem o filme, a peça e o ‘Se joga’. Esses desafios entram nesse lugar de me preencher.”
Além do programa, Fernanda fez ponta no filme “Ela Disse, Eu Disse” e viaja pelo Brasil com a peça “Sem Cerimônia”, na qual mistura relatos de sua vida com temas para fazer a plateia refletir.
Procurei colocar o meu coração [no espetáculo], passar o que me faz bem para tentar fazer bem para quem assistir. Tem um estímulo do tipo: vamos viver essa vida, que é um sopro, e parar de gastar energia com problema pequeno.”
Em Porto Alegre [por onde a peça passou], duas pessoas me perguntaram: ‘Você já fez coaching?’ Falei que não, mas dizem que [na peça] tem vários gatilhos de coaching.”
Fernanda é bastante ativa nas redes sociais. Seu perfil no Twitter tem 1,2 milhão de seguidores. No Instagram, são 5,8 milhões. “Sou o que eu sou na vida real e na vida virtual. Se eu [em carne e osso] fosse distante da pessoa da rede social, seria traiçoeiro.”
Gosto daquela pessoa que você olha e fala: ‘Pô, esse cara deve ser legal. Essa menina deve ser gente boa’. E isso só acontece se tem empatia, se tem identificação. Você não tem identificação com alguém montado, distante do seu mundo.”
Ela, porém, diz não ter a pretensão de ser uma influenciadora digital.
É uma responsabilidade muito grande. Não quero carregar isso pra mim, de ser uma influenciadora e daqui a pouco sei lá sobre o que estão me exigindo falar. Quero viver e postar o que eu acho que tenho que postar, e tirar foto sem maquiagem. A vida real como ela é.”
Fernanda e Priscila Montandon

Há quatro anos, Fernanda é casada com a também jornalista Priscila Montandon.
Moramos juntas há um ano. Fácil não foi, amor. Juntar é tenso, né? Ainda mais com mulher”, brinca ela, rindo. “Jornalista com jornalista. Imagina a DR [discussão de relação]? Não acaba nunca! São argumentos e argumentos. Chega uma hora em que eu falo: ‘Chega! Acabou o jornal’”, diverte-se.
Para Fernanda, é tudo questão de “naturalidade”. Inclusive na criação de Gabriel, 4, filho do casamento com Matheus Braga, e Lucas, 11, afilhado que ela ajuda a criar desde que a mãe dele morreu.
Quero muito que eles me tenham no mundo deles. Não posso falar para não pegar o celular, pra não ligar a TV. Que mãe é essa? Assim eu vou virar uma inimiga.”
O nosso papel enquanto pai e mãe é suar a camisa pra entrar nesse mundo deles [filhos]. Pai e mãe têm a tendência de achar que quem sabe somos nós, porque já tivemos a idade deles. Mas a gente nunca teve o mundo deles. Então não sabemos mais de tudo.”
Temos que ter a humildade de reconhecer que o novo sempre vem —e cada vez mais rápido. Eu escolho viver o mundo dos meus filhos, e não fazer com que eles entendam o meu para viverem nele. No máximo, se eu der sorte, eles vão aprender com o meu mundo. Mas eu que vou ter que me esforçar.”
Fernanda defende a classificação indicativa para produtos culturais.
Quero saber o produto que estou comprando para o meu filho, o ingresso que estou pagando para ele, a obra de arte que ele vai ver. E deixa que eu vou saber se ele vai ver ou não. Agora, não poder falar sobre [algo], não poder pintar um quadro, Aí é muito perigoso”, diz ela. “Acho a censura um crime. As pessoas têm que ser livres.”
Não é uma cor de camisa, nem uma cena de um beijo de mulher com mulher ou homem com homem que induz alguém a alguma coisa. Não é ver algo ou vestir uma camisa rosa que (se o pavor dos pais ou das mães for ter um filho gay) faz de um filho gay”, afirma ela.
Acho, de novo, que tem que ter a naturalidade das coisas. Eu também não vou botar meu filho [vestido] de rosa só pra mostrar que eu sou ‘modernosa’ e que eu estou nessa bandeira. Não vou botar um filme gay pra ele ver e dizer: ‘Olha aqui, ó’. Ele vai vestir porque gosta. Vai amar alguém porque ama, porque tem uma essência parecida. Depois, por fora, ele vai ver qual é a dele, se é a mulher ou se é o homem”, defende.
Eu torço para ter um filho gay? Não. Infelizmente não torço”, conta Fernanda. “Não torço porque o Brasil não é um ambiente 100% seguro [para os homossexuais].”
Vou amar [os filhos] de qualquer jeito, até se ele disser que gosta de cachorro. A minha luta é para que eu viva num país que me dê segurança de saber que eles estão seguros com qualquer escolha deles. Qualquer coisa, tá? Não só com gay.”
[Mas o Brasil] tá melhorando muito. Vejo muita luz no fim do túnel, e acho que a gente já está perto desse fim do túnel.” Ela cita como exemplo “um texto foda de aniversário” que postou se declarando para Priscila, em setembro. “Ganhei vários pontos em casa [risos].”
Virei ‘trend topics’ no Twitter por uma carta de amor. Se isso não for o maior sinal de esperança no ser humano, não sei o que é”, celebra.
Está ficando feio recriminar, ser preconceituoso. E as pessoas estão entendendo isso. E quem é preconceituoso, eu acredito que é só uma questão de tempo [para mudar].”
Em 2018, Fernanda curtiu um post do apresentador Luciano Huck com a mensagem “Não voto no PT, nunca votei”. Com isso, fãs da apresentadora questionaram se ela apoiaria Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.

Ela não revela em quem votou, mas hoje avalia que errou ao se envolver na polêmica.
Naquele momento não era pra falar nada, principalmente num post de outra pessoa”, afirma. Depois, ela se manifestou pedindo a união dos brasileiros.
Se isso é o discurso de alguém, não sei se eu votei nele ou não. Mas é o meu discurso. Antes de conhecer Bolsonaro ou de ele falar qualquer coisa, eu estou pelo partido Brasil”, diz. “Tá pra nascer alguém que vai me impedir de botar uma camisa porque isso quer dizer A ou B.”
Sobre o atual presidente, ela afirma:
Pelo perfil de quem está lá a gente imaginou que [o governo] fosse ser assim. Mas torço para dar certo. Seria um tiro no pé torcer contra”.
[Polarização] sempre vai ter. A gente não pode querer que todo o mundo pense igual. Se queremos tolerância, temos que tolerar. Não quero 90 milhões de Fernandas. Pelo amor de Deus! Às vezes, eu já enjoo de mim sendo uma só [risos].”
Ela diz respeitar todas as opiniões.
Respeito quem acha um crime ter o beijo gay. Agora, não vai bater em quem beija, entendeu? [Respeito] quem infelizmente é racista. Agora, vai discriminar, bater, matar porque é de outra cor? Aí não.”
Acho uma perda de tempo você julgar alguém pela cor da pele. Isso te consome. Você poderia voltar esse ódio, essa energia, para uma coisa tão boa. Vai ajudar alguém. Vai criar uma criança, ensinar alguma coisa a alguém, sei lá.”
A apresentadora diz não gostar de “enfiar goela abaixo” dos outros assuntos e bandeiras.
Não quero forçar ninguém a nada. Quero falar com as pessoas. Quero incluir. Seja porque é mãe, seja porque é casada com mulher, seja porque tem filho pequeno. Ou porque trabalha, tem filho pequeno e é casada com mulher. Sabe? Eu sou essa. Você se identifica em algum momento? Então ‘va’mbora’. Vem junto.”
Clipping 'Não vou vestir meu filho de rosa só pra mostrar que sou modernosa', diz Fernanda Gentil, Mônica Bergamo, FSP, 27/10/2019

No Rock in Rio, Ludmilla atrai público de mulheres lésbicas e bi com funk de sapatão

quarta-feira, 9 de outubro de 2019 0 comentários

As namoradas Heloisa Paiva e Luana Giacomini Foto: Extra

Bandeiras de arco-íris e beijos apaixonados. Mulheres bissexuais prestigiaram Ludmilla, que assumiu há cinco meses seu namoro com a bailarina Brunna Gonçalves. A funkeira sobiu ao Palco Sunset por volta das 16h20, para cantar com Funk Orquestra, Fernanda Abreu e Buchecha, no Rock in Rio.
Sempre falei: "Falta funk de sapatão". Ela tinha uns que davam a entender, mas eu via que namorava caras. Quando ela assumiu com a Brunna, eu falei: "Ah, já era hora!" - comemora a paulista Heloisa Paiva, de 18 anos.
Ela chegou com a namorada quase uma hora antes de a funkeira soltar o seu: "Chegueeei".
Curto rock, mas amo dançar. No funk eu me sinto livre. Gosto de sentir essa diferença. E Ludmilla é a miha favorita. Depois que ela se assumiu, virou ídolo - diz Luana Giacomini, estudante da USP.
Iana Gonçalves, de 22 anos, virou fã da artista depois de ela encarar preconceitos para viver livremente seu amor:
A fun base das divas pops do Brasil é de mulheres hétero e homens gays. Quando ela falou que é bi, fez uma diferença enorme para as mulheres que transam mulheres. Eu comecei a seguir tudo dela depois disso. E sou apaixonada pelas duas. Amo!
Iana se diz apaixonada por Ludmilla e Brunna Foto: Extra

Bissexual, Isadora Moutinho estava no festival para prestigiar outro cantor, mas foi ao Sunset ver a diva do rebolado :
Ela precisa ser aplaudida. O que ela fez foi um empurrão para muita gente que não tinha coragem ir em frente com suas orientações.
As amigas Isabela Dusi e Bruna Magalhães elegem a nova música de Ludmilla, "Invocada", como a preferida. Isa, de 25 anos, acrescenta ainda que houve um favorecimento à visibilidade lésbica por Lud:
Entre LGBTs quem tem mais visibilidade são os homens gays - diz Dusi.
Bruna Magalhães vai além:
 As pessoas acham que as mulheres gays são mais aceitas, mas não é bem assim. Elas são mais sexualizadas, os homens desenvolvem fetiches vendo duas se beijando. Ter uma diva do funk em cima do palco se assumindo, beijando a namorada e se declarando é muito importante para a luta.
Bruna Magalhães e Isabela Dusi, moradoras de Minas Gerais Foto: Extra

 Clipping Ludmilla atrai público de mulheres lésbicas e bi: 'Faltava funk de sapatão', Extra, 05/10/2019

Kátia, a primeira personagem lésbica da coleção Graphic MSP do Maurício de Souza

sexta-feira, 13 de setembro de 2019 0 comentários

Personagem Kátia, a primeira personagem lésbica da coleção Graphic MSP

Pré-lançada em agosto deste ano, a história em quadrinhos “Tina – Respeito” (Editora Panini) foi a 24ª edição da coleção Graphic MSP que teve uma de suas edições (Laços) adaptada para os cinemas como um filme live-action da Turma da Mônica.

Nesta 24ª edição Respeito, Maurício de Souza apresentou Kátia, a primeira personagem lésbica do selo que irá integrar o elenco da nova HQ. Na história, a protagonista é uma jornalista recém-formada que acaba de realizar o sonho de trabalhar em uma redação. No entanto, a jovem, além de enfrentar desafios pessoais, irá lidar com o assédio no ambiente de trabalho.

Fefê Torquato
A autora desta HQ é Fefê Torquato, que, como outros roteiristas e ilustradores do circuito independente nacional antes dela, foi especialmente convidada a recriar mais um dos clássicos personagens de Mauricio Sousa. 

Lembrando que, em outras edições da HQ Tina (número 6), já havia aparecido um personagem gay chamado Caio, que retornou em edições seguintes, bem como personagens cabeleireiros, maquiadores e estilistas que orbitavam o universo da personagem sem ter, porém, suas sexualidades abordadas.

No sábado, dia 14 de setembro, Fefê estará em Curitiba para lançar Tina – Respeito, com tarde de autógrafos e bate-papo com os leitores na Itiban (mais informações sobre o evento você tem aqui)


Com informações de Cultureba, Exitoína e RIC.MAIS, 12/09/2019

Beijo cortado entre Camila e Valéria em "Órfãos da Terra" irrita fãs da novela

sexta-feira, 6 de setembro de 2019 0 comentários

Tão esperado beijo entre Camila e Valéria não rolou. Retrocesso na Globo?

Má notícia para os fãs do casal Valéria (Bia Arantes) e Camila (Anajú Dorigon). O capítulo de “Órfãos da Terra” desta sexta-feira (06) não vai exibir o tão esperado beijo entre ‘Vamila”, anunciado pela própria emissora.
O momento foi notado primeiramente pelos espectadores que acompanham a novela das seis pela plataforma de streaming da Globo, que sempre libera os capítulos no dia anterior. Entretanto, a emissora confirmou ao UOL que o beijo realmente não entrou para o corte e também não vai ser exibido na TV.
Após a revolta dos fãs, que subiram a hashtag “Vamila sem censura” no Twitter e atribuíram a falta de beijo a homofobia, a Globo também explicou por que decidiu tirar a cena que já havia sido anunciada no resumo do site oficial da novela. “Decisão puramente artística”, justificou ao UOL.
Na sequência em questão, Valéria dá um anel de brilhantes para a namorada e se declara: “Camila Nasser, eu te amo! Quer casar comigo?”. Camila acha que é só uma brincadeira, mas a amada confirma tudo: “Nunca falei tão sério na minha vida. Eu quero me casar com você. Aceita?”. As duas choram e ficam bem pertinho, encostando a testa e o nariz, mas o beijo na boca realmente não acontece. Ao invés disso, elas se olham e dão um beijinho… no rosto. Decepcionante é pouco!
Assista aqui:
O site oficial da trama descrevia a cena exatamente como aconteceu, mas no final mencionava “e é aí que rola o beijo apaixonado”. O texto foi publicado há seis dias, mas quem for procurar agora não vai mais encontrá-lo: ele foi tirado do ar.

A publicação também comprovava que as atrizes gravaram a cena, ao mostrar uma entrevista com elas contando os bastidores. “A gravação foi supertranquila! Eu e a Anajú somos amigas na vida e essa cumplicidade ajuda a fazer qualquer cena que seja. A gente não ficou nervosa”, disse Bia Arantes à Globo.
Nas redes sociais, os fãs do casal, que já viram os spoilers, se revoltaram. “É um desrespeito com telespectador que espera a semana inteira pra ver uma cena de #Vamila em #Órfãosdaterra com beijo pra chegar agora e a Globo cortar a p*rra da cena. Então por que divulgou no site de vocês e fez maior auê pra agora fazer isso”, questionou uma fã.
é um Desrespeito com telespectador que espera semana inteira pra ver uma cena de #vamila em #Órfãosdaterra com beijo pra chegar agora a globo corta a porra da cena, então porque divulgou no site de vocês e vez maior aue pra agora fazer isso.
— Nanda Lewis 🔮 (@nandalewiis_) September 6, 2019
Outro internauta, não concordou com a justificativa da Globo. “Muita mancada cortarem o beijo #Vamila. Não há “decisão puramente artística” que justifique a censura de uma cena gravada”, desabafou. “Só observando o descaso absurdo que a @RedeGlobo está fazendo com #Vamila, com o público e com as atrizes”, endossou outra usuária da rede.
Sobre o capítulo 136 de #ÓrfãosDaTerra desta sexta (6), já disponível no @globoplay: Muita mancada cortarem o beijo #Vamila. Não há "decisão puramente artística" que justifique a censura de uma cena gravada. E, finalmente, estava + que na hora de Dalila ser pega. Demorou demais!
— Robson Gomes (@robinhogomes) September 6, 2019
Só observando o descaso absurdo que a @RedeGlobo está fazendo com #Vamila com o público é com as atrizes #VamilaSemCensura#ÓrfãosDaTerra pic.twitter.com/LiaPllD3r4— Nathy (@Nathy0896) September 6, 2019
O corte ainda contraria o histórico recente da emissora, que exibiu o primeiro beijo gay na faixa das 18h há um ano, em “Orgulho e Paixão”, e, na semana passada, viu seu público comemorar ubeijo “natural” entre dois homens em “Bom Sucesso”.

Clipping “Órfãos da Terra”: Fãs ficam revoltados após Globo cortar beijo entre Camila e Valéria; emissora ‘explica’ decisão", Hugo Gloss, 06/09/2019

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