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Amores lesbianos na terceira idade

sexta-feira, 8 de abril de 2022 0 comentários

'Aos 50 anos, divorciada, conheci a Fulvia', conta Maria Rita, que está casada com companheira há 23 anos Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

Relacionamento entre Adriana Calcanhoto e Maitê Proença, que nunca tinha se relacionado com outras mulheres antes, reacende o debate sobre as late-blooming-lesbians, ou 'lésbicas tardias', em tradução livre

Na peça autobiográfica “O pior de mim”, em cartaz no Teatro Prudential, no Rio, a atriz Maitê Proença, de 64 anos, revisita episódios marcantes de sua vida. Lançado virtualmente em 2020, o espetáculo traz, entre temas diversos, comentários da atriz sobre os homens e o machismo, mas deixa de lado um evento que marcaria uma fase recente de sua trajetória: o relacionamento amoroso com a cantora Adriana Calcanhotto. O namoro, assumido publicamente no ano passado, é a primeira relação homoafetiva da atriz, que contou à revista Quem, em entrevista, que “gosta de homem” e que esta é sua “tendência”, mas que “gostou dela (da Adriana) e ela gosta de mulher”.

Embora a atriz não tenha declarado uma orientação sexual lésbica, a liberdade presente em sua escolha amorosa, já em idade madura, reacende o debate sobre as late-blooming-lesbians (traduzindo, “lésbicas tardias”). O conceito abarca mulheres que começaram a ter relações homossexuais somente após os 30 anos.

Segundo a professora Joana Ziller, coordenadora do Grupo de Estudos em Lesbianidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as primeiras pesquisas sobre lésbicas tardias datam da década de 1980, mas o fenômeno se intensificou na atualidade devido à quebra gradual de preconceitos contra pessoas homossexuais. Ziller pontua que não há uma explicação concreta para o fato de mulheres se sentirem atraídas por outras em idade mais madura. Cada caso é um caso. Mas, talvez, a ampliação da aceitação de possibilidades diversas de relacionamento propiciou as experiências.
O termo late-blooming-lesbians chega a ser poético por representar uma mulher que floresce como lésbica após a juventude. Mas, como quase tudo relacionado à sexualidade humana, não há resposta para esse fenômeno. É muito importante se questionar: o desejo floresceu realmente depois dos 30 anos ou a heteronormatividade foi tamanha que impossibilitou de se pensar no assunto? — questiona Joana.
‘Me arrepiei toda’

A psicóloga Maria Rita Lemos se descobriu lésbica aos 50 anos, após três décadas se relacionando apenas com homens. Maria Rita, hoje com 74, conta que levava uma vida nos “moldes tradicionais”: casou-se cedo, gerou duas filhas e, após ficar viúva, conheceu um outro homem com quem teve mais um filho. À época, nem passava pela sua cabeça a possibilidade de se relacionar amorosamente com uma mulher. Mas isso mudou no dia 16 de outubro de 1998, quando, em um bate-papo virtual, ela conheceu a motorista de aplicativo Fulvia Margotti, de 60 anos.
Eu me apaixonei pela foto de perfil dela. Ela estava de farda e segurando um cachorrinho. A Fulvia tinha tudo o que eu procurava, mas apesar de ter gostado dela, eu não sabia como seria nossa conexão física presencialmente, porque nunca tinha tido experiência com outra mulher. Quando nos vimos e ela encostou no meu braço no carro ao passar a marcha, me arrepiei toda — lembra Maria Rita.
Apesar de Fulvia ter sido sua primeira e única experiência homoafetiva, Maria Rita diz que em momento algum ficou apreensiva em relação à fluidez de sua orientação sexual:
Minha esposa me satisfaz em todos os sentidos da vida. O companheirismo é total e a vida sexual até melhorou, a mulher conhece mais o corpo uma da outra. Não gosto de rótulos. Desde que nos conhecemos não tive mais interesse por homens e nem por outra mulher — conta Maria Rita, casada com Fúlvia há 24 anos.
Se para Maria Rita, assumir-se lésbica foi tranquilo, para a aposentada Willman Defacio, de 74 anos, que descobriu que gostava de mulheres aos 38, a possibilidade de um namoro homoafetivo era nulo, pelo preconceito.

Somente depois de um casamento e de alguns outros relacionamentos heterossexuais, é que decidiu se abrir à experiência. Ela estava então em um processo de divórcio, interessou-se por uma colega de trabalho e o sentimento foi recíproco. Então percebeu que o tesão e a paixão que não sentia nas antigas relações era porque gostava de mulheres. Este ano, ela completa 28 anos de casada com Angela Fontes:
Eu nunca tinha saído com mulheres e aconteceu naturalmente. Eu sabia que não sentia prazer com o meu ex-marido, mas não entendia o motivo. Depois dessa experiência, só me relacionei com mulheres e hoje tenho a sorte de dividir a vida com a Angela.
Apesar da preocupação inicial, todo o processo de contar para a família sobre sua sexualidade foi fácil para Willman.

Amadurecimento afetivo

Por se descobrirem lésbicas após os 30, grande parte das late-bloomers já foi casada com homens e teve filhos. De acordo com a psicóloga Fabiana Esteca, que estuda gênero e sexualidade humana, toda essa descoberta requer autoconhecimento e independência para assumir possíveis preconceitos. Por isso é comum que aconteça em idade avançada.
Depois dos 30 existe um amadurecimento afetivo sexual, uma apropriação do próprio corpo. Elas se permitem experimentar outros tipos de relacionamentos e se encontram. Existe também uma parcela que tem uma sexualidade fluida e vai sentir atrações diferentes ao longo da vida — explica Fabiana.
Fabiana diz que se assumir tardiamente pode trazer impactos emocionais às mulheres, e é importante que elas sejam amparadas por familiares e amigos.
As late-bloomers constroem uma identidade social pautada na heterosexualidade. Ao se assumirem, muitas são lidas como farsantes, como se estivessem a todo esse tempo dentro do armário, o que não é a verdade. Esse questionamento faz elas duvidarem da própria sexualidade novamente e é o momento onde surgem conflitos internos — conclui.
Clipping Mulheres contam como se descobriram lésbicas após os 30 anos: 'Elas se permitem experimentar e se encontram', diz pesquisadora, por Pâmela Dias, O Globo, 01/04/2022 

Humorista Fafy Siqueira namora assistente de produção 30 anos mais jovem

quarta-feira, 4 de março de 2020 0 comentários

Foto da cantora e assistente Fernanda Lorenzoni com a atriz Fafy Siqueira em foto publicada nas redes sociais
Fernanda Lorenzoni e Fafy Siqueira

Aos 65 anos, Fafy Siqueira revelou que está em um relacionamento amoroso com a cantora e assistente de produção Fernanda Lorenzoni. Após se acidentar em casa e quebrar três costelas, a humorista declarou que está sendo cuidada pela namorada. As duas se conheceram quando trabalharam juntas na peça Forever Young, em 2016.

Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, no jornal O Globo, Fafy revelou que foi a companheira que a levou para o hospital após sofrer uma queda de pressão.
Fernanda, minha namorada, é que estava em casa comigo e me levou para a emergência", relembrou.
Fafy e Fernanda posam juntas nas redes sociais há muito tempo. Em abril de 2019, a assistente de produção de 30 anos surgiu abraçada com a veterana.
Anjinho da guarda que Deus colocou na minha vida", declarou a morena.
Em 2020, Fafy fará uma participação no seriado A Vila, do Multishow, em que interpretará Rita Lina, uma homenagem à Rita Lee. Nos bastidores, a atriz posou ao lado da namorada.

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Diferença de idade não é empecilho para o amor

Sobre a produção de Paulo Gustavo, a humorista declarou que está ansiosa para se recuperar e voltar ao trabalho.
Foi a atuação que mais me deixou nervosa nos últimos 15 anos da minha carreira. Os amigos do elenco até fizeram brincadeiras comigo. Claro que me transmitiram carinho também, mas achei bem difícil", relatou.
A atriz e cantora está longe da televisão desde sua participação no Popstar, em 2018. Durante a competição da Globo, Fafy chegou a reencontrar seu ex-noivo Elymar Santos, que foi jurado do programa em um dos dias de apresentação. A veterana também já ficou noiva do produtor Cássio Reis, de quem se separou em 2014.

Clipping Humorista Fafy Siqueira revela namoro com cantora 35 anos mais nova, por Daniel Castro, Notícias da TV, 01/03/2020

Centro de convivência para idosos LGBT em São Paulo em projeto

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020 0 comentários

Rogério Pedro (centro) com Maria Tereza Cebalus Aguilar, 62, Ana Beatriz Ruppelt dos Santos, 64, Márcia Barros, 53, e Ângela Fontes, 67, atendidas pela ONG EternamenteSOU - Karime Xavier/Folhapress

A professora aposentada Dora Cudignola, 67, se assumiu lésbica na década de 1980, época em que, como ela conta, poucas mulheres tinham coragem de sair do armário.

Havia poucos lugares para encontros, para dançar, para beijar. Se eu pegasse na mão de uma namorada, não sabia o que poderia acontecer, diz. Se hoje há violência contra homossexuais, imagine lá atrás.

Cudignola havia acabado de se separar do marido, com quem ficou por dez anos e teve uma filha, que também veio a se assumir lésbica. Mais de três décadas depois, a professora fala abertamente sobre a sua sexualidade, inclusive nas redes sociais. A aceitação da sociedade, contudo, não teria avançado na mesma velocidade. E ela agora tem que lidar com um elemento a mais: já existe um preconceito por ser lésbica. E, de repente, aparece outro, por ser idosa.

É para acolher e criar uma rede de apoio a idosos LGBT como Cudignola e estimular atividades e a troca de experiências entre o grupo que o administrador de empresas Rogério Pedro, 29, quer criar um centro de convivência e referência para o público na região central de São Paulo.
Ele, que é presidente da ONG Eternamente SOU, focada em idosos LGBT, acaba de iniciar uma campanha de financiamento coletivo para tirar a ideia do papel e continuar os trabalhos da organização (lançada em 2017) em uma sede fixa.

A proposta é ser o primeiro centro do tipo no país, inspirada em iniciativas internacionais como a Sage, sediada em Nova York, e a Openhouse, em São Francisco.

Envelhecer já é um desafio, por falta de políticas públicas para idosos. Quando se é LGBT, o desafio vai para outro patamar, diz ele. A ideia é ter um espaço para que possam estar com os seus e ser exatamente o que sempre quiseram ser, diz.

Ou, como ele diz, para deixar de ficar no papel do tio ou da tia que vive no quarto dos fundos e fica encarregado dos cuidados de algum parente.

O preconceito, ainda que em menor grau, é visto mesmo entre pessoas mais jovens da comunidade LGBT e organizações focadas no grupo, segundo Pedro.

Bailes, eventos culturais e artísticos, assistência social, psicológica e jurídica, atendimento médico em domicílio e cursos de formação para profissionais que lidam com o público (como da Área da saúde) são algumas das atividades e trabalhos que planeja oferecer no lugar. Não tem a proposta, por ora, de ser uma instituição de longa permanência.

Nos últimos anos, a ONG realizou atividades semelhantes, como a criação de um grupo de canto coral, a realização de um café da tarde mensal para a troca de experiências entre os idosos e o lançamento do Seminário Velhices LGBT, que já teve como participante a cantora Daniela Mercury. O próximo está previsto para junho deste ano.

Cerca de 300 pessoas a partir de 50 anos já foram atendidos pela ONG desde que foi criada, segundo o presidente. O mais velho tem 87 anos. Já a equipe de voluntários conta com 72 pessoas.

O ator Celso Rabetti, 58, participou de algumas das atividades. Soube da ONG por meio de um panfleto que recebeu enquanto estava em um bar no Largo do Arouche, na região central de São Paulo, com dois amigos.

Quais são os espaços onde posso ser eu mesmo e me sentir seguro, sem medo de sofrer violência, diz. Encontrei lésbicas e gays trocando ideias. Você vê que não está sozinho e tem força para continuar.

As atividades ajudam a enfrentar duas questões que costumam afetar os idosos LGBT, a solidão e o isolamento social, que podem levar à depressão e, em Último caso, ao suicídio, diz o geriatra Milton Crenitte, que trabalha no Hospital das Clinicas da USP (Universidade de São Paulo) e escreve uma tese de doutorado sobre o grupo.

O rompimento com a família biológica, a ausência de filhos e histórico de violência ao longo da vida são alguns dos fatores que podem contribuir para o quadro, diz o médico.

O grupo também sofre com a invisibilidade, afirma o especialista, o que se reflete em poucos dados e políticas públicas voltadas para ele. Mas Crenitte vê progresso, como na Área da gerontologia. Avançou-se muito nos últimos anos em relação ao mito da velhice assexual. Não se falava da sexualidade dos idosos, diz.

Para Dora Cudignola, falta uma barreira pessoal a ser superada. Sabe o que eu tenho vontade? Andar de mãos dadas e dar beijo, como fazem os jovens de agora. Ainda tenho vergonha, diz. Quando os vejo fazendo isso, tenho vontade de dizer: isso mesmo!

Clipping ONG quer criar primeiro centro de convivência para idosos LGBT em SP, por Júlia Zaremba, FSP, 12/01/2020

Pessoas homossexuais correm mais risco de sofrer solidão quando envelhecem

sexta-feira, 12 de abril de 2019 0 comentários



Risco de solidão é maior para a comunidade de gays, lésbicas e outras minorias que envelhece

Falta de apoio de amigos e familiares é uma preocupação para os idosos gays

Relatório mundial divulgado no dia 19 de março mostra que a relação homossexual ainda é crime em 70 países, sendo que seis deles preveem pena de morte. O levantamento chama-se “Fobia de Estado” e está em sua 13ª. edição. Inclui apenas membros da ONU, entre os quais 35% criminalizam a homossexualidade – a maioria na África. É realizado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (Ilga em inglês). Segundo a organização, em 1969, 74% das pessoas viviam em nações onde ser gay era crime; atualmente, esse percentual é de 23%. Um caso emblemático é o da populosa Índia, onde a prática foi descriminalizada ano passado. Aproveito para voltar ao assunto porque, se envelhecer é um desafio para todos, pode ser bem mais difícil para os homossexuais.

Muitos desafios relacionados ao envelhecimento são comuns a todos: imaginar quem cuidará de nós se ficarmos muito frágeis ou avaliar qual será nossa reserva financeira depois da aposentadoria. Há outros que angustiam os homossexuais, como mostrou pesquisa nacional realizada no ano passado pela AARP, a Associação de Aposentados dos EUA, entidade que reúne quase 38 milhões de afiliados. De acordo com o levantamento, 57% dos homens gays acima dos 45 anos são solteiros e 46% vivem sozinhos. Entre as lésbicas, os percentuais são menores: respectivamente, 39% e 36%.

A solidão tem um enorme impacto negativo no bem-estar e, quanto mais vulnerável o círculo de relacionamentos de uma pessoa, pior. Na falta de cônjuges e filhos, essa rede de proteção diminui e mesmo o número de potenciais cuidadores é afetado, ainda mais se o indivíduo se afastou do seu núcleo familiar. A mesma pesquisa mostra que os adultos LGBTQ se preocupam de não ter apoio de amigos e familiares ao envelhecer. Um outro estudo, do Williams Institute, ligado à Universidade da Califórnia, relatou que quase 60% de idosos homossexuais se ressentem da falta de companhia e 50% se sentem isolados. Enquanto o aumento do número de centros comunitários voltados para o segmento homossexual já é uma realidade na Califórnia, no Brasil mal engatinha.

Fonte: G1, Bem Estar, por Mariza Tavares, 28/03/2019

Ana e Paula inventaram juntas uma paixão na terceira idade

sexta-feira, 8 de março de 2019 1 comentários

Ana Teixeira conversa com Sarah Oliveira em O Nosso Amor a Gente Inventa

A Ana demorou pra acreditar no amor que a Paula inventou por ela. Ainda bem que a Paula tinha certeza do que estava imaginando e esperou. Ana e Paula inventaram juntas não só uma paixão mas uma família inteira. Duas avós que se amam e um mundo onde afeto e respeito são a regra.

Amar é um ato revolucionário, sempre foi. Às vezes dá certo, às vezes dá errado, não importa: fundamental é viver uma história de amor – e sobreviver para contá-la, claro. No programa O Nosso Amor a Gente Inventa, a apresentadora Sarah Oliveira sai em busca de narrativas amorosas que marcaram a vida de pessoas comuns. Com direito a música-tema – Eu te Amo Você, de Kiko Zambianchi – interpretada por Mariana Aydar e direção de Vera Egito.


Fonte: Hysteria, 03/03/2019

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