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Atriz canadense Ellen Page confronta Bolsonaro em entrevista

quarta-feira, 16 de março de 2016 0 comentários

(Foto: Reprodução/YouTube)

Atriz canadense Ellen Page critica Bolsonaro: 'Ouvi-lo é de uma agonia sem fim'
Atriz entrevistou o deputado federal para a série 'Gaycation', que aborda a temática LGBT

A atriz canadense Ellen Page comentou a respeito da entrevista que fez com o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e tem repercutido bastante nas redes sociais. Na entrevista, que faz parte da série 'Gaycation' produzida pela revista também canadense Vice, em seu canal on-line Viceland, Page e Bolsonaro debatem sobre a temática gay.

Bolsonaro é considerado uma das vozes mais destacadas na oposição aos direitos civis da comunidade LGBT no Brasil, enquanto a atriz, que se assumiu sua homossexualidade recentemente, é uma ativista da comunidade gay.

Segundo o site UOL, a atriz afirmou ter feito muita pesquisa antes de sentar para conversar com Bolsonaro, inclusive procurou o colega dele no Congresso, Jean Wyllys (PSOL-RJ). “O encontro com Bolsonaro foi também tenso e intenso. Ele foi muito mais amigável e buscou apresentar o ponto de vista dele de forma civilizada. Mas o que posso dizer? Ouvi-lo é de uma agonia que não tem fim”, declarou Page.

A atriz ainda finalizou contando que "foi duro encarar um político interessado em perpetuar um status quo que é discriminatório e tem consequências fatais". Veja o vídeo abaixo: 



Fonte: Correio, 13/03/2016

'Edição tendenciosa', diz Bolsonaro sobre documentário de Ellen Page

Trecho gerou revolta nas redes sociais. Deputado federal afirmou que atriz o colocou 'contra a comunidade LGBT'

Gabriela Mattos

Rio - Um trecho da série documental "Gaycation", produzida pela atriz canadense Ellen Page, gerou revolta nas redes sociais na semana passada. Na cena, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) fez declarações polêmicas em relação aos homossexuais. Para ele, ser gay "é comportamental" e que os jovens se influenciam por outras pessoas. Em entrevista ao DIA, nesta segunda-feira, o parlamentar se defendeu e afirmou que a edição da artista foi "tendenciosa". 

O documentário tem o objetivo de mostrar como os homossexuais são tratados por diversas partes do mundo e a atriz esteve no Rio de Janeiro antes do Carnaval para conversar com o deputado. Bolsonaro explicou que a entrevista durou duas horas e foi descontraída.
Abri o gabinete para ela me entrevistar, ela sorriu e ainda fez piada. Mas não é o que aparece na edição. Ela fez um trabalho 'porco', colocou a comunidade LGBT contra mim. Não sei por que esse coitadismo de LGBT. Não há homofobia no Brasil. Há muito mais mulheres que morrem no país. Não quero que morra ninguém", destacou.
Bolsonaro afirmou ainda que "quem quiser ser gay, que seja feliz", mas ele não aprova que as escolas ensinem sobre sexo às crianças. Desde 2013, o parlamentar se posiciona contra a educação sexual nos colégios.
As escolas têm que ensinar Biologia, Matemática, Português, e não sobre sexo, seja entre homossexuais ou heterossexuais. Quem ensina isso é a família", reforçou o deputado.
Bolsonaro é confrontado em documentário

Na cena, Ellen Page rebate um dos posicionamentos de Bolsonaro, no qual ele defendia que as famílias devessem bater nas crianças para "tirar" a homossexualidade.
Eu sou gay, então você acha que eu deveria ter apanhado quando criança para não ser gay agora?", quesionou Elle
Bolsonaro disse que "não vai olhar para a cara" e dizer que é gay, porque para ele "não interessa". Em seguida, ele elogia a artista e ainda insinua que cantá-la na rua.
Se eu fosse cadete da Academia Militar das Agulhas Negras e te visse na rua, assobiaria para você", destacou.
Na entrevista, o deputado ainda explica que quando ele era jovem, "existiam poucos gays". Ele ainda atribuiu o possível crescimento na comunidade LGBT ao uso de drogas e à presença da mulher no mercado de trabalho.

Fonte: O Dia, 14/03/2016

ONG internacional quer acompanhar Jogos Olímpicos para monitorar casos de homofobia e racismo

terça-feira, 1 de março de 2016 0 comentários

Football v Homophobia é uma iniciativa que desde 2010 busca
 promover ações positivas contra a discriminação

ONG alerta para possíveis casos de racismo e homofobia nos Jogos Olímpicos
Cerca de 20 grupos europeus – entre clubes, ligas e ONGs – aderiram à campanha e organizaram atividades relacionadas à luta contra a homofobia em diversos países europeus

A organização não governamental (ONG) Fare Network fez durante todo mês de fevereiro uma campanha global para chamar a atenção para a homofobia no futebol. O Football v Homophobia é uma iniciativa que desde 2010 busca promover ações positivas contra a discriminação com base na identidade de gênero no esporte. Em 2016, cerca de 20 grupos europeus – entre clubes, ligas e ONGs – aderiram à campanha e organizaram atividades relacionadas à luta contra a homofobia em diversos países europeus.

Agora, a preocupação da organização é com a Olimpíada no Brasil. A ONG acompanhou de perto a Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro, e fez um relatório listando 14 incidentes. A entidade já entrou em contato com a organização Rio 2016 se oferecendo para acompanhar de perto os Jogos Olímpicos. A Fare Network explica que a preocupação com o Brasil leva em conta a diversidade étnica do país.
Uma sociedade multiétnica como a do Brasil não é geralmente associada a questões de discriminação, mas esta ideia contrasta com uma realidade de uma população racialmente diversificada, mas economicamente estratificada em que o racismo é muito presente. Em 2013, a ONU disse que o racismo no Brasil permanece institucionalizado e injustiças históricas continuam a afetar profundamente a vida de milhões de brasileiros."
Racismo
O racismo é e tem sido uma parte do esporte brasileiro, não apenas no futebol, mas vôlei e outros esportes e há uma série de exemplos que comprovam. Atletas de futebol ou handebol brasileiros também foram submetidos ao racismo ao jogar no exterior”, afirma a Fare Network.
A antropóloga brasileira Ana Paula Silva, autora do livro Pelé e o Complexo de Vira-Latas: Discursos sobre Raça e Modernidade no Brasil, explica que a discriminação não é específica do contexto brasileiro, mas de uma visão de esporte.
O esporte, que acaba sendo identificado com a nação, não comporta a diversidade. A noção de que a construção da nação é uma representação viril e eugênica passa também para as modalidades que são identificadas como a nação”, disse.
Nessa visão de que existe uma "guerra" em campo, as armas utilizadas, geralmente, pelas torcidas, são as ofensas racistas, homofóbicas, xenófobas etc.”, acrescentou.
Homofobia

A Fare Networking também faz um alerta específico em relação à homofobia e ao machismo no país.
 Em 2014, de acordo com grupos de direitos LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] no Brasil, o ritmo de assassinato de homossexuais e transexuais estava perto de um por dia. Incidentes homofóbicos foram testemunhados nos estádios de futebol durante e depois da Copa do Mundo de 2014 e tem havido pouca resposta.”
Apesar do alerta, a ONG acredita que esses eventos são uma oportunidade para aprofundar as discussões sobre direitos humanos e questões de discriminação e deixar um “legado social no país”.

Já a antropóloga Ana Paula defende que é preciso muito mais trabalho para mudar o contexto atual.
 Não sei se campanhas como abertura de faixas contra a homofobia ou racismo melhorariam a situação. O que talvez minimizasse esses problemas seria a desconstrução dos esportes nacionais. Nesse sentido, as categorias cor/raca, sexualidade, gênero, classe, entre outras, são combustíveis que quando acionadas transformam-se em xingamentos, particularmente da torcida adversária”, explica.
Para ela, a questão econômica também influencia o debate sobre racismo e homofobia.
Essas questões têm elos mais profundos e que só mudando a perspectiva dos esportes pode ser que alguma coisa mude a longo prazo. Resta saber se os grandes investidores dos megaeventos esportivos estão, de fato, interessados nessas mudanças.”
Denúncias

A Fare Networking afirma que, até por ser uma organização europeia, ainda não recebeu denúncias brasileiras. Mas que compila mensalmente incidentes no futebol pelo mundo, inclusive os ocorridos no Brasil, que são noticiados em redes sociais e pela mídia. A organização informa que, caso alguém presencie algum incidente, pode denunciar pelo site da entidade. A ONG acrescenta que está implementando um projeto mundial com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para observar práticas discriminatórias nas eliminatórias para o Mundial de 2018.

Fonte: UOL, 28/02/2016

Após ofensas homofóbicas, mulher é assassinada na frente da namorada

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016 0 comentários

Priscila foi assassinada após discussão em Itanhaém (Foto: Arquivo Pessoal)

Mulher é morta na frente da namorada após ofensas homofóbicas em SP
Priscila Aparecida Santos da Costa, de 25 anos, foi morta com dois tiros. Briga aconteceu em bar na cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo.

Uma mulher foi morta em Itanhaém, no litoral de São Paulo, após sofrer ofensas homofóbicas dentro de um bar. De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime aconteceu na madrugada da última segunda-feira (22), quando a vítima, Priscila Aparecida Santos da Costa, de 25 anos, estava acompanhada da namorada e do irmão. O suspeito foi identificado como Fabiano da Silva Gregório, de 19 anos.

De acordo com a polícia, Priscila reagiu as ofensas homofóbicas e, após uma briga, ela saiu do local com sua namorada e o irmão e foi até uma praça, no bairro Jardim Guapiranga.

Na sequência, por volta dos 5h30, Fabiano chegou ao local, de bicicleta, e efetuou dois disparos, atingindo a vítima, e fugiu. A jovem chegou a ser resgatada e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos.

O caso foi encaminhado para a DIG de Itanhaém e é investigado pela delegada Evelyn Gonzalez Gagliardi e o investigador-chefe Mário Augusto. Após ouvir o depoimento de testemunhas, os policiais conseguiram identificar Fabiano como autor dos disparos.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem passagem pela polícia por furto. A Justiça decretou a prisão preventiva de Fabiano.

Foragido
Após as investigações, os policiais conseguiram informações sobre o endereço onde o suspeito mora. Ao chegarem no local, foram informados por parentes que Fabiano, após o crime, foi à residência dizendo que havia "feito besteira" e assassinado uma moça. Em seguida, ele fugiu sem dizer para onde.

Fonte: G1, 25/02/2015

Clube de futebol Chelsea anuncia criação de sua primeira torcida LGBT

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016 0 comentários

Ed Connell é o presidente da Gay Football Supporters Network

Chelsea anuncia criação de sua primeira torcida LGBT

O Chelsea anunciou a criação de seu primeiro grupo de torcedores para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). O clube londrino informou que ajudará a estabelecer a organizada junto a Ed Connell, que é presidente da Gay Football Supporters Network, a rede de torcedores homossexuais no futebol e também sócio dos Blues.

O Chelsesa "irá colaborar na formação do grupo e oferecerá apoio e assistências para assegurar seu crescimento", comunicou em uma carta publicada em seu site oficial.
O clube está orgulhoso de celebrar sua diversidade com sua inciativa ‘Construindo Pontes' e trabalhando a fundo para satisfazer a visão da instituição e de uma comunidade que dá as boas vindas a todos, sem importar sua raça, religião, sexualidade ou gênero."
O britânico Ed Connell, assegurou que está "tremendamente orgulhoso" com a iniciativa.
Como sócio do Chelsea, estou encantado de ver que o clube apoia a criação de uma torcida LGBT, fazendo com que os torcedores gays se sintam verdadeiramente bem vindos na equipe que torcem", disse.
Luto contra a homofobia no futebol durante boa parte dos últimos 12 anos. Ainda que nos primeiros sete ou oito me senti muito frustrado, tentando convencer as pessoas de que havia um problema, ver isso é fantástico."
Fonte:  ESPN, 24/02/2016

Pesquisa feita com 8.300 jovens em todo o país aponta a persistência da homofobia no ambiente escolar

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 0 comentários

52% dos alunos ouvidos na pesquisa afirmaram serem contra o casamento de pessoas do mesmo sexo

Pesquisa aponta a persistência da homofobia no ambiente escolar

Cerca de 20% dos estudantes ouvidos afirmaram que não gostariam de ter colegas de classe homossexuais. Estudo aponta necessidade de ações de afirmação da diversidade e de combate ao preconceito

São Paulo – Pesquisa feita com estudantes entre 15 e 29 anos dos ensinos fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) mostra, entre outras conclusões, que cerca de 20% deles não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe.

O estudo intitulado "Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?", realizado em parceria pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil), pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e pelo ministério da Educação, ouviu mais de 8.300 jovens em todo o País, no ano letivo de 2013.

Entre os entrevistados, 7,1% afirmaram não queriam ter travestis como colegas de classe. Homossexuais (5,3%), transexuais (4,4%) e transgêneros (2,5%) também são rejeitados pelos alunos.

Raí Néris, que integra o coletivo Prisma, conta o preconceito sofrido por ele e outros durante a adolescência no ambiente escolar:
O preconceito contra mim foi menor, mas eu sofria. Não é à toa que sempre fui introspectivo, sempre fui o aluno que ficava mais quietinho na sala, com medo de sofrer preconceito. Porém, via muitos amigos meus que sofriam grandes preconceitos. Eram espancados todos os dias, eram humilhados, eram expostos, sofriam bullying e eram ‘expulsos’ da escola, se retiravam para sofrer menos preconceito", conta Raí, em entrevista ao repórter Jô Miyagui, para o Seu Jornal, da TVT.
Os pesquisadores descobriram também que 86% dos entrevistados consideram que a escola precisa ter programas com outro preconceito, mas, contraditoriamente, 52% são contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Para Raí, se não forem adotadas medidas que estimulem a discussão de gênero, sob o prisma da diversidade, a tendência é que esse mesmo quadro continue a se reproduzir no futuro.

A cientista social, fundadora e coordenadora da ECOS - Comunicação em Sexualidade, Sylvia Cavasin, também concorda. Segundo ela, a questão vem se agravando nos últimos anos. "Estamos lidando, ainda, com muito preconceito, com muito desconhecimento, com muita ignorância e isso está sendo pior nos últimos dois anos, por conta de uma avalanche conservadora que está vindo aí, para falar que essa é uma questão que não pode ser tratada em contexto institucional."

Já a doutora em educação Denise Carreira, coordenadora da ONG Ação Educativa, observa que a homofobia leva à exclusão social e econômica de milhares de pessoas. Apesar de algumas derrotas no campo político, nos últimos meses, os progressistas não devem desanimar, nem enfraquecer a luta.
É necessário que a sociedade brasileira se una contra esses grupos fundamentalistas, e que os grupos religiosos que atuam numa perspectiva democrática também digam não a esse fundamentalismo que cresce no país", diz Denise.
Para ambas as especialistas, educação e políticas públicas que promovam a tolerância são as chaves para o combate ao preconceito. "Para um país democrático, que respeite o direito humano de todas as pessoas, a educação tem um papel fundamental e, para isso, a gente precisa de políticas públicas de formação de professoras e professores, de material didático, precisamos também orientar escolas de como atuar em casos como esse", afirma Denise Carreira.
Uma das grandes questões é, dentro da escola, começar a fazer movimentos de não fazer piadinhas com a homossexualidade, mostrar filmes que mostrem a importância, historicamente, de pessoas que eram homossexuais e que tiveram contribuições históricas. Um monte de coisas que se pode utilizar mostrando que esse assunto é muito antigo", diz Sylvia Cavasin.
Fonte: Rede Brasil Atual, 22/02/2016

Em nome da falaciosa defesa da família, prefeito de Nova Iguaçu proíbe material didático sobre diversidade sexual

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 0 comentários


Prefeito de Nova Iguaçu proíbe material didático sobre diversidade sexual

Nelson Bornier sancionou a lei que gerou revolta entre movimentos LGBT na cidade

RIO - O prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, sancionou na última quarta-feira uma lei que proíbe nas escolas do município “a distribuição, exposição e divulgação de material didático, contendo orientações sobre a diversidade sexual”, conforme adiantou em seu blog a jornalista Berenice Seara. De autoria do vereador Denilson Ambrosio Soares (PROS), a lei gerou revolta entre grupos que defendem o direito LGBT.

Com repercussão negativa da medida, o prefeito vetou, nesta quinta-feira, o parágrafo único que restringia as orientações especificamente para a prática de homoafetividade. Segundo Bornier, o conteúdo fere frontalmente as políticas públicas voltadas para o combate à violência e a discriminação por orientação sexual. Mesmo assim, ele manteve a proibição de materiais didáticos sobre diversidade sexual na rede de ensino da cidade.

Segundo o primeiro artigo da lei, não serão permitidos livros, publicações, filmes, vídeos e faixas contendo orientações sobre diversidade sexual. Uma petição publica, criada na internet para revogar a lei, afirma que a lei representa um retrocesso na garantia de direitos da população LGBT.
Lei sancionada em parte pelo prefeito de Nova Iguaçu - Reprodução
Nós, lésbicas, trans, homossexuais e bissexuais somos marginalizados diariamente, principalmente na escola, onde sofremos agressões físicas e morais cotidianamente! É preciso discutir diversidade sexual na escola, é preciso combater a homofobia em qualquer espaço”, diz um trecho da petição.
O vereador Denilson Ambrosio Soares (PROS), autor da lei, afirma que atua em defesa das famílias de Nova Iguaçu. Segundo ele, falar sobre homossexuais dentro das salas de aulas é fazer apologia.
— Se você olhar meu histórico na propaganda eleitoral, minha proposta quando era candidato era defender a família iguaçuana. Fui ser candidato em prol de políticas públicas da minoria, mas também da maioria. Não posso fazer apologia de um assunto na sala de aula, seja ele qual for. Nosso município hoje é recordista em homicídios. Então, temos que rever a questão do homossexualismo. Morre o negro, morre o gordo. Eu sou gordo. Sofro bullying por ser gordo. Outro por ser careca — disse o vereador, que finalizou:
— Não é favorecendo uma minoria que você consegue mudar a história de um país ou de uma cidade.
O projeto de lei (PL) foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores no ano passado. Ao todo, são 29 vereadores, incluindo o presidente da Câmara, Mauricio Morais Lopes, que não participa das votações.

Na primeira votação, no dia 1º de setembro do ano passado, 25 vereadores votaram a favor. Os outros três (Marcelo Nozinho, Jorge Marotti e Eduardo do Doce) não compareceram à sessão.

No dia 15 de setembro do ano passado, os 26 presentes também aprovaram, em segunda discussão, o projeto de lei. Dois vereadores faltaram (Marcelo Nozinho e Marcelinho Amigo das Crianças).

Procurado, o prefeito Nelson Bornier preferiu não dar entrevista. Segundo a assessoria de imprensa do político, ele vai se pronunciar apenas por meio de nota.

Fonte: G1, por Guilherme Araújo, 18/02/2016

Exonerado homofóbico deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) após declarar acreditar na ‘cura gay’

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016 0 comentários

Pastor Ezequiel ao lado dos Boçalnaros pai e filho

Exonerado, ex-secretário do Rio nega homofobia e pede 'levante do povo de Deus contra imoralidade'

O deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) deve reassumir nos próximos dias a sua cadeira na Câmara dos Deputados. No fim da noite desta quarta-feira (17), ele – que também é pastor evangélico – foi exonerado do cargo de secretário estadual de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, após declarar acreditar na ‘cura gay’.

O comunicado do governo do Rio foi curto e definiu também quem assumirá a pasta no lugar de Teixeira.
O governador Luiz Fernando Pezão exonerou, nesta quarta-feira (17/2), o secretário Ezequiel Teixeira da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. O cargo será ocupado pelo atual secretário de Governo, Paulo Melo. O atual chefe de Gabinete do governador, Affonso Monnerat, ocupará a Secretaria de Governo. As mudanças serão publicadas no Diário Oficial desta quinta-feira (18/2)”.
O pastor ocupava o cargo desde 15 de dezembro, e em dois meses tentou desmontar o projeto Rio Sem Homofobia, subordinado à pasta e responsável por implementar projetos de combate ao preconceito e promover a cidadania dos homossexuais. Desde que o pastor assumiu a pasta, foram fechados quatro centros de assistência à população homossexual no Estado e demitidos 78 funcionários que atuavam no programa.

Horas antes da exoneração, Teixeira negou ser homofóbico e criticou o que chamou de “preconceito” contra a sua convicção religiosa.
Não sou antigay, ao contrário: trabalhei a minha vida toda pela inclusão. É necessário respeitar a verdade dos fatos. Reitero: minha crença, em nenhum momento, vai prejudicar as ações da pasta. Me parece que não interessa a verdade e o esforço de um trabalho sério e, sim, a perseguição a um pastor (...). Direitos humanos devem ser para todos!”.
A explicação não convenceu o governador do Rio.
Não é o meu posicionamento, eu sou totalmente contra a posição dele. Vou tomar providências. Coloco aqui a minha insatisfação com as declarações dele”, disse Pezão, em declarações reproduzidas pelo G1.
Segundo o jornal O Dia, uma manobra costurada pelo deputado federal e líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), foi o que fez o pastor ser nomeado para a pasta.

Nesta quinta-feira, Teixeira insistiu que está "sendo vítima de intolerância religiosa".
Não vão me calar, vou até o fim combatendo o bom combate. Chegou a hora do povo de Deus se levantar contra toda essa imoralidade", escreveu.
Apesar de não admitir ser homofóbico, Teixeira sempre combateu abertamente a comunidade LGBT em sua atuação na Câmara.
Ela fere a Constituição no que tange o exercício do poder familiar (...) que é decisão do casal. Não pode o Estado interferir”, disse o pastor. ao pedir a suspensão da Resolução nº 12 de 2015, que trata ações afirmativas em favor de travestis e transexuais, permitindo entre outras coisas o uso do nome social e os banheiros “de acordo com a identidade de gênero de cada sujeito”.
Em outro momento, ele garantiu que defende a família e já classificou como “balela” as tentativas de garantir direitos aos LGBTs...

Por essas e outras, não espanta que a exoneração tenha sido comemorada. “A saída dele é muito boa”, disse ao jornal O Dia a ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Margarida Pressburger. Ela foi uma das primeiras a serem demitidas por Teixeira. “Era muito difícil para nós que trabalhamos com a temática de direitos humanos, ter como chefe da pasta uma pessoa assumidamente homofóbica. Nada iria poder avançar com alguém com esse perfil”, emendou o coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

Defensoria quer evitar desmonte

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro solicitou informações aos órgãos públicos responsáveis pelo fechamento de centros de Cidadania LGBT e da redução no atendimento do Disque Cidadania LGBT. Por meio de nota pública divulgada nesta quarta-feira, a Defensoria informou que analisa eventuais medidas extrajudiciais ou judiciais “para garantir que não haja retrocesso na proteção aos direitos fundamentais da população de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis (LGBT)”.

Criado em 2007, o programa Rio Sem Homofobia, da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, anunciou a redução, no dia 5 do Disque Cidadania LGBT. O atendimento no programa, que era 24 horas, agora será feito de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. O serviço era prestado em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a suspensão se deu por causa da não renovação do contrato anual com a instituição.

O Rio Sem Homofobia e outros programas da Secretaria de Assistência Social dispensaram funcionários após a não renovação de contratos de trabalho anuais. Segundo a assessoria de imprensa do programa, dos 85 funcionários, apenas 20 continuam em seus cargos.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

Fonte: HuffPost Brasil, por Thiago de Araújo, 18/02/2016

Suprema Corte da Índia vai rever a lei que criminaliza a homossexualidade

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016 0 comentários


Suprema Corte da Índia examinará descriminalização da homossexualidade


O Supremo Tribunal indiano aceitou nesta terça-feira rever a lei que criminaliza a homossexualidade - com a qual associações de gays e lésbicas esperam obter a revogação desta lei que remonta ao século XIX.

Os juízes concordaram em examinar um recurso contra uma decisão desta mesma corte, que em 2013 decidiu que o artigo do código penal que permite aprisionar homossexuais era legal.
É uma questão importante a ser revisitada", disse o presidente do tribunal, T.S. Thakur. "Vamos estabelecer um painel de cinco juízes para estudar a questão", explicou o magistrado.
Os membros da comunidade gay, alguns usando bandeiras com as cores do arco-íris, aplaudiram e saudaram a decisão em frente ao tribunal.
É um primeiro passo para a boa decisão. Estamos ainda muito longe da meta final, mas estamos no caminho certo", afirmou Manish Malhotra, ativista pelos direitos dos homossexuais.
Esta decisão é o mais recente capítulo de uma longa batalha entre uma Índia conservadora e religiosa de um lado e a comunidade gay e lésbica por outro, sobre um projeto de lei elaborado pelos britânicos em 1860 durante a era colonial.

Fonte: Isto É Dinheiro, 02/02/2016

Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos em João Pessoa é referência no país

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016 0 comentários

Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos em João Pessoa é referência no país


A Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos da Capital dá suporte e direcionamento no atendimento a gays, bissexuais, transexuais e travestis e confere a João Pessoa a condição de única capital brasileira a ter uma delegacia especializada desse tipo.

No ano passado, a unidade registrou 38 inquéritos policiais e 56 termos circunstanciados de ocorrência (TCO), além de 96 boletins de ocorrência (BO).

A maioria dos atendimentos envolve homossexuais masculinos (68%) e em seguida homossexuais femininos (24%) e por último aparecem os travestis (8%). A faixa etária das vítimas que procuram a delegacia varia entre 18 até 60 anos.

Segundo o delegado Marcelo Falcone, o atendimento especializado fazem da Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos um ambiente diferenciado, que recebe o apoio e reconhecimento de entidades que trabalham as questões de homofobia.
A delegacia atua em conjunto com órgãos voltados ao público LGBTT, como a Comissão de Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da OAB-PB, Coordenação de Atendimento Especializado no Combate a Homofobia e Racismo, Secretaria da Mulher e Diversidade Sexual do Estado da Paraíba e o Espaço LGBTT, que dispõe de advogado, psicólogo, assistente social e outros profissionais”, diz.
O delegado lembra a criação do Conselho Estadual dos Direitos de LGBTT, vinculado à Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, com natureza consultiva e deliberativa, que atua propondo e fiscalizando políticas de promoção da cidadania.

Os crimes – Marcelo Falcone revelou que os tipos de crime registrados variam entre estelionato, furto, agressão e lesão corporal. Alguns não estão relacionados com a homofobia, mas o atendimento é realizado pelo fato de a delegacia ter um ambiente preparado para receber esse público específico e atenção diferenciada.

“Em caso de estelionato existe a delegacia especializada para esse tipo de investigação, no entanto, quando a vítima se enquadra no perfil LGBTT nós atendemos a solicitação, orientamos a vítima sobre o procedimento e encaminhamos para a Delegacia específica. Outro exemplo são os casos de homicídio, quando a Delegacia de Crimes contra a Pessoa é a responsável pelo procedimento”, esclareceu.

As delegacias especializadas foram transferidas para a nova Central de Polícia de João Pessoa, no bairro do Geisel, mas a Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos permanece na Rua Francisca Moura, 36 – Centro – próximo ao Mercado Central. A manutenção do local foi reivindicação dos órgãos que trabalham com questões LGBTT.

Única com exclusividade – Em Estados como Sergipe, Piauí, São Paulo e Minas Gerais há serviços policiais que incluem o cidadão LGBTT, mas só João Pessoa mantém uma delegacia exclusiva para esse público.
Em Sergipe, por exemplo, tem o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), um prédio inteiro da antiga sede da SSP, com cinco ou seis equipes que cuidam da violência doméstica, homofóbica, racial, contra idosos, crianças e adolescentes vítimas, deficientes, existindo tambem DAGV´s no interior do Estado. Já nas regionais de São Paulo existe a Delegacia Especial de Combate aos Crimes Raciais e Delitos (Decradi), mas nada como o formato que adotamos aqui na Paraíba”, destacou o delegado.
A Delegacia de Repressão a Crimes Homofóbicos de João Pessoa foi criada em 2009 para atender uma demanda bastante crescente, que antes era amparada pela Delegacia da Mulher.

Por interagir com o movimento LGBTT e pelo reconhecimento ao trabalho desenvolvido, desde janeiro de 2015, a delegacia passou a integrar o Conselho Estadual dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, representando a Secretaria do Estado da Segurança e Defesa Social.

O Conselho foi criado pelo Decreto Estadual N.º 35.004, de 2014, e é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, instituído junto à Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana do Estado da Paraíba. Sua finalidade é propor e fiscalizar, em âmbito estadual, políticas de promoção da cidadania para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Secom PB

Fonte: Paraíba.com.br, 20/01/2016

Assassinos de jovem lésbica foram presos em uma cidade ao sul de Johanesburgo (África do Sul)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 0 comentários

Crime: os ataques homofóbicos e as chamadas "violações corretivas"
são comuns nas regiões de baixa renda da África do Sul

Polícia sul-africana prende 4 por morte de jovem lésbica
Johanesburgo - A Polícia sul-africana deteve nesta terça-feira quatro pessoas acusadas de assassinar uma jovem lésbica cujo corpo foi mutilado e queimado em uma cidade ao sul de Johanesburgo, informou a imprensa local.

O corpo da vítima, que tinha entre 18 e 20 anos, foi encontrado em um descampado do município de Sebokeng amarrado, carbonizado e com os órgãos genitais mutilados.

Os ataques homofóbicos e as chamadas "violações corretivas" são comuns nas regiões de baixa renda da África do Sul, que tem uma das Constituições mais progressistas do mundo em matéria de direitos sexuais.
Fomos informados de que os suspeitos foram detidos. Por enquanto, não sabemos se a polícia classificará como um crime de ódio", disse ao jornal "The Citizen" Cedric Davids, um ativista político local, que estava hoje em uma manifestação da comunidade gay na frente da delegacia para pedir justiça.
Segundo ele, as agressões a gays são variadas e nos últimos meses duas lésbicas da região foram estupradas.

Comunidades gays sul-africanas pediram em várias ocasiões a aprovação de leis especiais para os crimes contra as minorias sexuais, que atualmente são tratados como crimes comuns pelas leis e estatísticas do país.

A África do Sul é o único país do continente africano que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à adoção dos casais gays. 

No entanto, as relações homossexuais são condenadas por boa parte de uma população majoritariamente pobre e com baixos níveis de escolaridade, e onde predomina as atitudes machistas.

Fonte: Exame, 12/01/2016

Igreja Casa de Oração proibida de publicar outdoors homofóbicos em Ribeirão Preto

terça-feira, 19 de janeiro de 2016 0 comentários

Às vésperas de parada gay de Ribeirão Preto (2011), igreja bancou outdoor com condenação divina

Igreja é proibida de publicar outdoors homofóbicos em Ribeirão Preto


A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve sentença de primeiro grau, que proibiu uma igreja de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, de publicar mensagens com trechos bíblicos condenando a homossexualidade. A multa diária para o caso de descumprimento é de R$ 10 mil.

O motivo foi a instalação de um outdoor às vésperas da Parada Gay na cidade, em 2011. Para o tribunal, em decisão proferida nesta segunda-feira, 11, “a expressão da religiosidade pode ser exercida livremente nos templos, na presença de fiéis, mas não por intermédio de propaganda de suas crenças”.

O outdoor foi colocado pela Casa de Oração e gerou reclamações de movimentos LGBT. Uma ação da Defensoria Pública fez com que fosse retirado às vésperas da Parada Gay, sendo a posição confirmada em setembro de 2014 pela Justiça local.

A decisão é reforçada agora com o despacho do TJ-SP. Nela, o desembargador Natan Zelinschi de Arruda argumenta que “no Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa humana deve prevalecer”.

Disputa

O outdoor foi instalado perto do prédio da Câmara Municipal com citações bíblicas, como uma que diz que homem que se deita com outro homem pratica “coisa abominável”. Ação da Defensoria considerou, entre outras coisas, que a mensagem é “discriminatória e degradante”.

A Igreja Casa de Oração, de doutrina evangélica, informou que a finalidade foi expressar o que Deus diz sobre a homossexualidade. No ano passado, ela ingressou com recurso argumentando o direito à liberdade de crença e de expressão. Porém, seu advogado não revelou se vai recorrer da nova sentença.

Fonte: Estadão Conteúdo, 16/01/2016

Retrospectiva 2015: Confeiteiro se recusa a fazer bolo para casamento gay mas Justiça determina que ou ele faz para todo mundo ou para ninguém

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015 2 comentários


Confeitaria se recusa a fazer bolo para casamento gay e caso para na Justiça
Jack, o confeiteiro, alegou questões religiosas. Comissão Estadual de Direitos Civis dos EUA determinou que ou ele faz para todo mundo ou para ninguém.

Uma confeitaria se recusou a atender pedido de um bolo de casamento nos Estados Unidos e essa briga foi parar na mais alta corte da justiça americana

É uma luta que começou em 2012. De um lado, uma tradicional confeitaria do Colorado. Do outro, Charlie Craig e David Mullins, um casal que só queria um bolo bonito na festa de casamento. Jack Phillips, o confeiteiro, se negou a fazer bolo para um casamento gay, alegando questões religiosas.

O caso foi parar na Justiça. Agora, a Comissão Estadual de Direitos Civis determinou que, ou Jack faz para todo mundo, ou não pode mais vender bolo para ninguém.

Ele disse que vai recorrer e justificou: “Eu acredito que todos os meus bolos são uma forma de expressão e de algum jeito me fazem participar da cerimônia. O governo não pode me dizer o que eu posso fazer ou não”.

Charlie diz que esse argumento prova que o modo como ele e David foram tratados na confeitaria é ilegal e errado. O advogado do casal discriminado diz que quando um comerciante abre uma loja, tem que atender a todos, sem distinção.

A defesa do confeiteiro rebate dizendo que é um absurdo que pessoas como Jack, que não concordam com o casamento gay, sejam processadas.

Jack Philips, o confeiteiro, prometeu apelar à Suprema Corte. O caso virou muito mais que uma relação entre comerciante e cliente. Levantou questões religiosas e também de direitos constitucionais. A mais alta instância da Justiça dos Estados Unidos já determinou que nenhum estado pode se negar a realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quanto ao bolo, pelo menos os casais gays do Colorado, já sabem onde não procurar.

Fonte: G1, Bom dia Brasil, 17/08/2015

Como denunciar casos de homofobia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015 0 comentários



Saiba como denunciar casos de homofobia

As vítimas de atitudes homofóbicas devem procurar ajuda e denunciar os casos. Qualquer pessoa agredida, física ou verbalmente, deve exigir seus direitos e registrar um boletim de ocorrência, além de buscar a ajuda de possíveis testemunhas do ocorrido.
Em casos de agressões físicas, a vítima não deve se lavar nem trocar de roupa, pois elas poderão ser provas em um exame de corpo de delito.

Disque Direitos Humanos

Para quem não se sente confortável ou não possui acesso à uma delegacia de imediato, a denúncia pode ser feita por telefone. Funcionando em todo o território nacional, o Disque Direitos Humanos – Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.


O serviço telefônico recebe denúncias anônimas relativas às violações de direitos humanos, em especial as que atingem populações vulneráveis, como a comunidade LGBT, mas também crianças e adolescentes, idosos, deficientes físicos e moradores de rua.

Funcionando em todo o território nacional, o Disque Direitos Humanos – Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.

O serviço telefônico recebe denúncias anônimas relativas às violações de direitos humanos, em especial as que atingem populações vulneráveis, como a comunidade LGBT, mas também crianças e adolescentes, idosos, deficientes físicos e moradores de rua.

Para fazer uma queixa ao Disque 100, algumas informações são fundamentais. Além do nome da vítima e seu endereço, é preciso informar o tipo violência (física ou psicológica), quem a praticou e também informações sobre atual situação do (a) agredido (a) e se algum órgão responsável foi acionado.

Como ainda não há uma legislação que puna especificamente a homofobia no Brasil, as denúncias no Disque 100 tornam-se fundamentais para mostrar aos nossos legisladores a importância de uma lei neste sentido. O dados do serviço telefônico municiam o Estado em suas políticas públicas de atenção à população LGBT.

Na Internet

Em caso de crimes de ódio via web, a Polícia Federal disponibiliza um site para denúncias. O Governo Federal lançou o site Humaniza Redes, que recebe denúncias contra os direitos humanos e tem opção específica para conteúdo homofóbico.

Humaniza Redes: http://www.humanizaredes.gov.br/disque100/

Regionais

Além dos serviços telefônico e pela internet, existem também os atendimentos regionais de assistência à população LGBT que sofre homofobia.

São Paulo


Estado e município têm em São Paulo serviços de combate à homofobia. Na capital, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo responde pela questão.

Prefeitura: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/lgbt/

Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância – DECRADI

Endereço: R. Brigadeiro Tobias, 527 – 3o. andar – Luz – SP/ Tel.: 3311-3555

Rio de Janeiro


O programa estadual Rio Sem Homofobia tem uma série de serviços para quem vive no estado fluminense, como atendimento jurídico, social e psicológico.

A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) atende aos moradores da capital.

Rio Sem Homofobia: www.riosemhomofobia.rj.gov.br/

CEDS: www.cedsrio.com.br/site/

Minas Gerais

O Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (CELLOS) presta auxilio aos LGBTs, com serviços como o Centro de Referência LGBT de Belo Horizonte (CRLGBT-BH) e o Núcleo de Atendimento e Cidadania à População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (NAC/LGBT).

CELLOS: www.cellos-mg.blogspot.com.br/

Paraíba

O Núcleo de Combate a Crimes Homofóbicos da Defensoria Pública do Estado da Paraíba atende a todos os casos registrados na Delegacia Especializada Contra Crimes Homofóbicos da Polícia Civil de João Pessoa. Os atendimentos são feitos na sede física, na zona central da capital.

Defensoria:

Avenida Rodrigues de Carvalho, nº 34, Edifício Félix Cahino, Centro de João Pessoa. Das 7h às 16. Telefone: 3218-4503.

Se você conhece algum centro de apoio à comunidade LGBT, que não esteja listado acima, envie um e-mail para minhahistoria@igcorp.com.br .

Fonte: Com informações de IGay, 18/12/2015

Marroquina sai do armário em vídeo e pede respeito aos homossexuais

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015 0 comentários


Mulher sai do armário no Marrocos em vídeo que pede respeito a homossexuais

Rabat, 11 dez (EFE).- Hajar Mutawakil "saiu do armário" publicamente em um vídeo onde fala sobre sua homossexualidade com o rosto descoberto, o que provocou enorme impacto nas redes sociais.

O vídeo foi publicado pela revista dirigida ao público homossexual marroquina "Akaliyat" (Minorias), parte de uma campanha de tema "O amor é um direito humano", em celebração ao Dia dos Direitos Humanos.

Na gravação de 33 segundos Hajar Mutawakil faz um pedido por tolerância: "O amor não é um pecado, não é um crime, ama quem quiser e onde quiser".

Em sua conta no Facebook, Mutawakil disse não se sentir porta-voz dos homossexuais, e que com seu vídeo pretendia basicamente se "expressar como pessoa", e esclareceu que não tem nenhum problema com os muçulmanos, mas "com suas crenças que dão direito a me insultar, me bater e até me matar".

Na declaração, rara em uma sociedade muçulmana, Hajar acrescentou que o islã "me denigre primeiro como pessoa, segundo como mulher, terceiro como não-muçulmana e por último como homossexual".


As redes sociais e a imprensa local repercutiram intensamente o vídeo, o que gerou reações de reprovação e de apoio a ela, e vários ativistas compartilharam o vídeo.

Mutawakil disse em uma entrevista ao jornal eletrônico "Al yaum24" que os homossexuais devem impor sua existência na sociedade "porque fazem parte da sociedade, que deve respeitá-los".

A homossexualidade é criminalizada no Marrocos pelo artigo 489 do Código Penal, que castiga com pena de entre seis meses e três anos "quem cometer um ato impudico antinatural com um indivíduo do mesmo sexo", e sofre também grande reprovação social.


O movimento homossexual marroquino, clandestino, conta com várias dezenas de jovens ativistas que publicam algumas revistas "online", mas nunca até agora tinham se mostrado publicamente.

Fonte: UOL, 12/12/2015

Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou relatório que alerta para violência contra LGBTI nas Américas

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015 0 comentários



CIDH alerta para violência contra LGBTI nas Américas
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou sua preocupação com a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersex (LGBTI), em um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo organismo, que denuncia leis que discriminam as minorias sexuais.

A violência contra homossexuais e transgêneros é um fenômeno "complexo e multifacetado" na região e não se restringe a incidentes individuais, disse a CIDH, um órgão autônomo da OEA.

Em um extenso documento de mais de 300 páginas, a Comissão indicou que essas agressões refletem preconceitos contra as orientações, ou identidades sexuais "não normativas", ou contra os corpos que "não concordam com o padrão socialmente aceito".
Tem um impacto simbólico e envia uma mensagem de terror generalizado para a comunidade LGBT e intersex", completou a CIDH.
De acordo com o relatório, as agressões físicas contra a população LGBTI costumam demonstrar "altos níveis de fúria e crueldade", e os corpos das vítimas evidenciam torturas, mutilações de genitais, membros esquartejados, ou marcados.

O entorno de violência contra as pessoas LGBTI se agrava por causa da discriminação que sofrem dentro da família, nas escolas, ou locais de trabalho. Preconceitos existentes no sistema policial e legal também reduzem as probabilidades de denunciar as agressões e obter justiça, segundo o informe.

Nesse âmbito, a CIDH solicitou aos países da região para derrogarem leis que criminalizam as relações entre adultos homossexuais, ou o uso de roupas associadas ao gênero oposto. Também pediu a eliminação das normas sobre a "moral pública" que penalizam certas condutas em público e são "aplicados de maneira desproporcional e criminalizam as pessoas LGBT".

Nas Américas, 11 países do Caribe anglófono ainda mantêm leis contra a população LGBTI e, embora sua aplicação não seja comum, sua existência "absolve a discriminação, estigmatização e violência" contra essas pessoas, disse a Comissão.

Desde 2008, os países-membros da OEA firmaram seis resoluções para proteger os direitos humanos, a orientação sexual e a identidade de gênero.

Durante a Assembleia Geral do organismo em junho de 2014, Uruguai, Argentina e Canadá foram as nações que mais defenderam o documento que condena a discriminação e a violência contra as pessoas LGBTI, enquanto a maioria das ilhas do Caribe se opôs. A resolução foi aprovada, mas com 10 notas de rodapé.

Fonte: em.com.br via AFP, 07/12/2015

Garota denuncia os pais que a mantiveram em cárcere por namorar mulher

segunda-feira, 16 de novembro de 2015 0 comentários

Vítima tirou fotos de marcas que seriam de uma surra dada pelo pai, em Teresina
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Pais de garota mantida em cárcere por namorar mulher são indiciados
Caso foi descoberto pela polícia após vítima denunciar os próprios pais. Indiciados mantiveram a jovem trancada em casa por 27 dias.

A Delegacia de Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias, concluiu, nesta terça-feira (10), o inquérito instaurado para apurar as denúncias de cárcere privado e lesão corporal de uma jovem de 19 anos que foi encontrada em situação de cárcere privado, no bairro Matinha, Zona Norte de Teresina.

No relatório, o delegado indiciou os pais da vítima, Antônio Melo Damasceno e Ana Virgínia Lustosa Vieira Damasceno pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal. Segundo os depoimentos das testemunhas, os indiciados mantiveram a jovem trancada em casa por 27 dias.

Além do inquérito policial, a delegacia também expediu um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apurar os crimes de ameaça e injúria. Os depoimentos de testemunhas mostraram que, depois que descobriram o relacionamento homossexual da filha, os pais teriam ameaçado a jovem e sua namorada de morte, além de pronunciar palavras de baixo calão contra as vítimas.

A coordenadora do Grupo Matizes, Carmem Ribeiro, afirmou que o grupo vai acompanhar de perto esse caso. 
São muito graves os fatos relatados pelas testemunhas e pelas vítimas desse caso. É lamentável que aqueles que têm o dever de cuidar e dar afeto pratique tamanha violência contra a própria filha”.
De acordo com o artigo 148, parágrafo 1º, do Código Penal, a pena é de dois a cinco anos para quem pratica cárcere privado contra descendente ou quando a privação da liberdade dura mais de 15 dias.

Entenda o caso
Segundo a polícia, o pai da vítima a manteve sempre dentro de um quarto, sem contato com ninguém. Ela só podia deixar a casa na companhia dos pais. A jovem conseguiu manter um celular escondido e com ele mandava notícias para a namorada, que levou o caso à polícia.
No mesmo dia em que o pai soube, em 19 de dezembro, ele começou a espancá-la, assim como a injuriar a companheira e a ameaçá-la.”, afirmou o delegado Emir Maia.
Fonte: G1, 10/11/2015 

Aplicativo Monitor de Direitos Humanos vai combater racismo, homofobia e discursos de ódio na Internet

quarta-feira, 4 de novembro de 2015 1 comentários


Sabemos o quanto a internet pode ser um lugar complicado, onde o véu da anonimidade e da distância fazem com que muitos usuários destilem sem filtros todos os seus preconceitos. Essa semana, o Facebook da atriz Taís Araújo foi exemplo desta tendência, sendo invadido por dezenas de comentários racistas nojentos. Para frear este tipo de atitude, foi encomendado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, o Monitor de Direitos Humanos, como foi batizado o aplicativo. Ele buscará palavras-chaves em conversas que estimulem violência sexual contra mulheres, racismo e diferentes formas de discriminação contra minorias. Os dados ficarão disponíveis online e ajudarão a polícia a tipificar estes crimes.

O aplicativo poderá monitorar postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. A ideia foi desenvolvida pelo Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o app será lançado este mês, permitindo que usuários sejam identificados e denunciados.

De acordo com o professor responsável pelo projeto, Fábio Malini, os direitos humanos são vistos de maneira pejorativa por setores da internet, vide páginas como Revoltados Online (cujo administrador humilhou um frentista haitiano em rede nacional). Percebe-se que, nestes locais, o discurso de ódio tem ganhado fôlego. “É preciso desmantelar esse processo”, defende. Por meio da disponibilização dos dados, ele acredita que é possível criar políticas públicas “que amparem e empoderem as vítimas”.

As vítimas vão além de pessoas públicas, este é o caso da jovem Maria das Dores Martins dos Reis, que por ser negra e postar uma foto no Facebook ao lado do namorado, que é branco, começou a ser alvo de discriminação. A foto recebeu dezenas de comentários racistas e foi compartilhada em grupos criados especialmente para agredi-la.
É como se fosse uma diversão para ele. Só que para quem sofre não é legal. Isso dói e machuca”, revelou, que, mesmo após ter denunciado o caso, não viu agressores condenados.
O aplicativo ainda não está finalizado, mas isso não significa que você não possa ajudar no combate aos discursos de ódio. O TudoCelular já mencionou em outras ocasiões o seu apoio à Safernet, um site recolhe denúncias anônimas relacionadas a crimes de pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida.

Além dele também existe o Canal do Cidadão, criado pelo Ministério Público Federal recebe denúncias de diferentes tipos. A pessoa pode optar por manter os seus dados sigilosos ou não. A Procuradoria-Geral da República recomenda aos cidadãos apresentarem o maior número de provas para que o processo possa ter mais agilidade.

Por fim temos o Disque 100: o canal recebe denúncias de abuso ou violência sexual. O serviço é coordenado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. O Disque 100 funciona 24 horas por dia. As ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer local do Brasil. A denúncia é anônima e as demandas são encaminhadas para as autoridades competentes.

Os especialistas recomendam que você tome algumas precauções e posturas quando presenciar crimes de ódio cometidos na internet. Os passos são os seguintes.
  1. Guarde todas as provas e indícios possíveis
  2. Tire fotos das denúncias, "print screen" e imprima o material
  3. Registre as denúncias com o maior número de detalhes
  4. Não compartilhe ou replique comentários ofensivos ou que incitem ao crime
  5. Crie uma rede de proteção às crianças vítimas. Não permita que ela fique exposta aos comentários ofensivos nas redes sociais

Fonte: Com informações de TudoCelular, 03/11/2015

Duas jovens indonésias detidas por serem lésbicas

sexta-feira, 9 de outubro de 2015 0 comentários

Um abuso intolerável do poder policial, "diz a Human Rights Watch que pede a libertação imediata e incondicional das jovens.
A Human Rights Watch (HRW) pediu a libertação imediata e incondicional de duas jovens indonésias detidas por alegadamente serem lésbicas no final de Setembro, de acordo com a “sharia” (lei islâmica) em vigor na província de Aceh, na ilha de Sumatra.

O director do programa LGBT [lésbica, ‘gay’ (homossexual), bissexual, transgénero] da Human Rights Watch, Graeme Reid, considerou em comunicado um “abuso intolerável do poder policial" a detenção e instou o governo central a pressionar para a revogação das leis discriminatórias em Aceh.

As duas jovens, de 18 e 19 anos, foram detidas a 28 de Setembro quando estavam a caminhar abraçadas num parque público de Banda Aceh, a capital provincial, e continuam presas desde então.

A organização internacional indicou que há leis islâmicas que se aplicam em Aceh, que contrariam a Constituição da Indonésia e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos ratificado pelo país asiático em 2005.

A província de Aceh é regida por um estatuto de autonomia que permite a convivência da "sharia" com a legislação civil.

Não obstante, o território radicalizou-se nos últimos anos com medidas como a criação de uma polícia que vigia a moral pública, ou a proibição de as mulheres cantarem ou dançarem, ainda que tenha sido retirada a lapidação do Código Penal.

Em Junho passado, o município de Banda Aceh aprovou uma medida que proíbe as mulheres de estarem em cafés e outros estabelecimentos de recreio e desportivos a partir das 23 horas, excepto quando acompanhadas pelos maridos ou familiares do sexo masculino.

A medida também impede as mulheres de trabalhar a partir da mesma hora nesse tipo de locais.
Estas medidas aplicam-se não só à população maioritariamente muçulmana de Aceh, como também a cerca de 90.000 residentes de outras religiões, principalmente budistas e cristãos, assim como aos visitantes", afirmou a HRW em comunicado.
A Indonésia tem cerca de 250 milhões de habitantes, dos quais cerca de 90% são muçulmanos.

Lusa

Fonte: Jornal I, 03/10/2015

Apesar da fama de liberal, Hollywood ainda tem problemas com atrizes e atores homossexuais assumidos

quinta-feira, 8 de outubro de 2015 0 comentários

Luke Evans (Drácula: A História Desconhecida) e namorado

A inconveniência de sair do armário em Hollywood

Ver também As Divas Lesbianas de Hollywood

Los Angeles - Apesar de sua personalidade liberal, Hollywood continua sendo uma indústria na qual sair do armário não é algo isento de riscos, pelo menos para a comunidade de atores que ainda hoje teme que sua vida privada condicione, em alguma medida, o futuro de sua carreira.

Recentemente, Matt Damon comentou em entrevista para o jornal britânico "The Guardian" o quão inconveniente que era para os atores falar em público sobre as preferências sexuais de cada um.

Para o protagonista da saga "Bourne", quanto menos o espectador souber, melhor.
Seja heterossexual ou gay, as pessoas não deveriam saber nada de sua sexualidade porque esse é um dos mistérios que deveria poder interpretar", disse Damon, que em 2013 interpretou um homossexual, parceiro de Michael Douglas, no telefilme de HBO "Behind the Candelabra".
Damon foi muito criticado por suas palavras, que foram interpretadas como retrógradas, e ele as justificou em termos de eficácia profissional.
Alguém disse que eu falei que os atores homossexuais deveriam voltar ao armário. É doloroso que se afirmem coisas nas quais você não acredita", explicou Damon posteriormente no programa de Ellen Degeneres, famosa apresentadora lésbica.
Independentemente da intenção de seus comentários, estes constataram uma realidade existente em uma indústria que, desde sua criação, se mostrou incomodada com a homossexualidade de suas estrelas.

Durante décadas os estúdios velaram para evitar que fossem reveladas as inclinações sexuais de galãs e divas, temerosos de que um deslize pessoal jogasse no lixo a imagem de sedutores do sexo oposto que servia para vender filmes.

Muitas páginas foram escritas sobre a homossexualidade de Rock Hudson, Montgomery Clift e Anthony Perkins, e a bissexualidade de Cary Grant e Katharine Hepburn, que brilharam em uma época na qual a sodomia era penalizada pela lei nos Estados Unidos, e mostrar atração por pessoas do mesmo sexo era considerado uma doença mental.

Embora o movimento de direitos civis da comunidade homossexual tenha dado passos de gigante recentemente nos EUA - em junho a Corte Suprema decidiu a favor do casamento gay -, a rejeição é ainda notável em grande parte do país.

Em Hollywood, muitos decidiram sair do armário em público nos últimos anos para contribuir à aceitação social.

Jodie Foster, Zachary Quinto, Neil Patrick Harris, Jim Parsons, Wentworth Miller, Matt Bomer, Ellen Page, T.R. Knight e Luke Evans são alguns dos que falaram abertamente sobre sua homossexualidade.

Antes deles, saíram do armário Ian McKellen e George Takei, entre outros, assim como Richard Chamberlain, que fez sua revelação nas memórias que publicou em 2003.

Sete anos depois, perguntado pelo jornal "The Advocate" sobre sua decisão, Chamberlain assegurou que "não recomendaria" a um homem com aspirações de papéis protagonistas em Hollywood que saísse do armário.
Existe ainda uma tremenda quantidade de homofobia em nossa cultura", afirmou Chamberlain.
Nessa mesma linha se expressou o ator Rupert Everett, que ao contrário de Chamberlain, revelou sua homossexualidade quando sua carreira estava decolando, na década de 1990, e viu as ofertas para fazer papéis principais desaparecerem.
Foi um assunto enorme durante toda minha carreira", lamentou Everett em entrevista em 2014 ao jornal "The Daily Telegraph", na qual admitiu que, "até certo ponto", havia sabotado sua própria carreira.
É difícil argumentar que (Everett) não tenha sido prejudicado por sair do armário", opinou Matt Damon.
Um sinal de que os tempos estão mudando também em Hollywood é a carreira de Luke Evans.

O ator galês acumula papéis de ação próprios dos "machos alfas", em filmes como "O Hobbit" e "Drácula: A História Desconhecida", e em breve será visto combatendo criminosos de guerra em "SAS: Red Notice".

Fonte: Exame, 04/10/2015

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