Rosely Roth e a autonomia dos movimentos sociais

sexta-feira, 28 de agosto de 2015 2 comentários


No dia 28 de agosto deste ano de 2022, completam-se 32 anos da partida de Rosely Roth, pioneira ativista lésbica, libertária e autonomista dos anos oitenta. Para relembrá-la, transcrevo um seu texto de 1983, sobre a imprescindível separação entre movimentos sociais e os partidos. Ainda que seja necessário contextualizar historicamente o texto, em alguns aspectos, sua atualidade permanece, principalmente quando diz: (Embora militantes insistam que conseguem separar os objetivos do partido dos do movimento)
"... Mas um partido tem um programa e um projeto para quase todas as questões. É toda uma estrutura partidária tradicional que a militante leva de alguma forma para o seu grupo."

Nada mais preciso tanto que atualmente até datas históricas dos movimentos sociais são organizadas por partidos, e ninguém vê nada demais nisso. Nos primórdios do movimento pelos direitos homossexuais, do qual Rosely fez parte, porém, os ativistas eram muito mais conscientes da necessidade de separação dessas duas instâncias de se fazer política.

O GALF que Rosely fundou comigo, em outubro de 1981, portanto, era um grupo autonomista e libertário que não aceitava dupla militância fosse em partidos ou outros movimentos. Acreditava nos movimentos sociais como alternativas aos partidos tradicionais e suas estruturas hierárquicas e obsessões pela tomada de poder. Ponderava que, para os ativistas da dupla militância, as questões específicas eram sempre contingenciadas pelas prioridades partidárias em detrimento das prioridades da população a quem dizem representar. Daí sua militância ser conflitiva e muitas vezes contraproducente. 

Que diria Rosely, se viva fosse, das múltiplas cooptações pelas quais passou o ativismo lésbico da qual foi uma das pioneiras a ponto de ter degenerado num movimento de alhos com bugalhos que não só não defende mais os direitos homossexuais e das mulheres como inclusive os deteriora? Adeptas desse desmovimento LGBTQIA+ andaram usurpando a imagem de Rosely para colocá-la como pioneira dessa degeneração. Não sei exatamente o que ela diria de tantas cooptações da organização lésbica já ocorridas, mas, sobre ter algo a ver com o tal desmovimento LGBTQIA+, seguramente mandaria, aos que a colocaram nessa roubada, um sonoro VTNC.

Ilustrei o artigo de Rosely, na época, com a charge que também reproduzo acima e que, sem falsa modéstia, me parece ainda mais atual que o texto. 


Míriam Martinho
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AUTONOMIA
Rosely Roth

Para mim, quando penso na questão da autonomia, uma pergunta se coloca: como um grupo pode ser autônomo, se todas ou quase todas as suas integrantes estão em partidos? Da mesma forma, como posso me dizer independente (de quê?) e defensora da autonomia se estou e/ou acredito nos partidos como canais de mudanças radicais?

Creio que está, na teoria dos grupos feministas e homossexuais, a não reprodução da política tradicional (não cito os grupos de negros e ecologistas por falta de informações e porque a minha experiência se restringe ao movimento de mulheres e ao movimento homossexual). Entendo, por práticas políticas tradicionais, aquelas que reproduzem os valores vigentes: hierarquia, competição, divisão entre as que pensam e os que fazem, preocupação quase que exclusiva com a tomada do poder, entre outros valores. É a autorrepresentação do sistema. Os partidos políticos, em minha opinião, estão neste esquema: uns reproduzem mais os valores dominantes, outros reproduzem menos, mas as velharias básicas permanecem: a estrutura hierárquica, a falta de democracia interna, o machismo, a vontade do poder.

A experiência histórica dos países socialistas demonstrou até agora o fracasso dos partidos, da ditadura do proletariado ou sobre este. O que ficou claro é que um canal que reproduz valores opressivos não pode construir uma sociedade não opressiva. A recusa da organização, diz Lefort, vem da consciência de que, em todas elas, uma minoria de dirigentes se cinde da massa dos executantes, a informação se retrai para o espaço do poder, hierarquias manifestas ou ocultas se fazem suporte dos aparelhos, setores de atividades se fecham, o princípio de eficácia que rege a divisão do trabalho e do saber se faz passar por princípio de realidade, o pensamento se deposita e se petrifica em programas que assinalam a cada um os limites do que é permitido fazer e pensar (MATOS, Olgaria C.F. -Paris 1968, As barricadas do desejo).

É neste sentido, como consequência desta desilusão, que surgiram os movimentos alternativos em 70. Foi uma desilusão positiva, pois o descrédito quanto aos partidos não gerou alienação, inércia, morgação, mas propostas como a da organização de grupos de mulheres homossexuais e ecologistas: cujas discriminações (juntas com as dos negros), até então tinham sido consideradas menores pela política oficial dos sindicatos e dos partidos legais e clandestinos. Estes grupos tinham, como proposta inicial, procurar reinventar a política. A política tradicional, até então, separava o privado do público: o presidente de um partido poderia se considerar altamente revolucionário e ser um ditador com a mulher e os filhos. (“Aquele que fala de revolução sem mudar a vida cotidiana tem na boca um cadáver” —inscrição de Strasbourg durante maio de 1968.) Uma revolução radical deve começar no nosso cotidiano, já que cada ato executado envolve uma parte da nossa concepção e perspectiva de vida, cada ato pode conter também relações de poder.

A questão dos negros, mulheres, homossexuais e ecologistas eram vistas para depois da revolução. O orgasmo também. Sexualidade era considerada coisa da pequena burguesia. O proletariado não trepava (sic). A sacralização e mistificação de uma classe revolucionária, quase nunca presente nos partidos, também foi desmistificada em 68, quando os estudantes de Paris tomaram à frente durante as contestações radicais contra as estruturas de poder. O tão falado e sacralizado proletariado em sua maioria não saiu das reivindicações econômicas e permaneceu atrelado a suas organizações burocráticas. A crença num setor específico que nos libertará (no caso o proletariado) parece falsa. A prática vem demonstrando que são os diversos movimentos sociais, os setores oprimidos de um país: mulheres, operários (as), negros(as), ecologistas, homossexuais, camponeses, etc., que, através de suas lutas, podem conseguir a transformação social.  Estas lutas podem convergir em vários momentos, sem perderem as suas especificidades.

Penso que os grupos surgiram como alternativas políticas, tentando não reproduzir em seu meio a política tradicional. Isto significou trazer a questão das mulheres, dos homossexuais, negros e ecologistas, como questões políticas diretamente ligadas aos valores e padrões patriarcais, ao funcionamento opressivo da sociedade. O orgasmo, o prazer, passaram a ser conquistas a serem feitas no dia a dia. A revolução deixou de ser mito, algo para poucos iluminados de uma vanguarda, mas passou a ser algo que deve ser construído no cotidiano.

Querer reinventar a política dentro dos partidos, já em si um veículo tradicional de se fazer política, parece no mínimo contraproducente. É uma questão de opção. Onde empregar as energias? Para mim, como lésbica-feminista, prefiro empregá-las dentro do meu grupo e para o movimento de mulheres e homossexual. Se quero reinventar a política, procurarei pensar em formas de organização alternativas aos partidos, que até agora fracassaram historicamente e atuar em cima disto. Existe uma posição, bastante difundida, de que não há nada demais em se estar ao mesmo tempo em um partido e num grupo autônomo e de que uma coisa não exclui a outra. Várias defensoras desta posição acham que estar nos partidos, não as impede de serem "autônomas” e de pregarem a autonomia para o movimento de mulheres. Elas colocam que devemos separar os objetivos do movimento de mulheres daqueles dos partidos aos quais as mulheres se incorporaram. Isto na prática mostrou-se inviável, já que as mulheres se dividem, se enfraquecem por causa das suas posições partidárias, como ocorreu antes e durante as eleições de novembro (isto acontece ainda hoje). Como se daria esta separação entre os objetivos do partido e os do movimento? Nos partidos exercer-se-ia a política tradicional e nos grupos se tentaria questionar esta política e reinventá-la? Outras colocam que se não levarmos para os grupos as posições partidárias, tudo se ajeita. Mas um partido tem um programa e um projeto para quase todas as questões.

Além das discussões anteriores realizadas, por exemplo, sobre o movimento de mulheres, é toda uma estrutura partidária tradicional que a militante leva de alguma forma para o seu grupo. Além do que os partidos só se lembram de nós, mulheres, negros, homossexuais e ecologistas, na época de eleições para arrebanharem "votos ou no máximo nos cooptarem como bases das suas (nossas?) vontades de poder. Talvez uma "dupla” militante acredite que nos grupos ela discute as suas questões "específicas", e as gerais, como tomada do poder, no partido. Não entendo bem isto de questões “específicas” e “gerais”. Por exemplo: as nossas questões "específicas” como aborto, creches, lavanderias e restaurantes coletivos, contra as discriminações sobre a mulher negra e lésbica, entre outras, não podem ser resolvidas no capitalismo e não foram pelo socialismo. As nossas questões "específicas”,  para serem resolvidas, precisam da transformação total das sociedades, isto em termos internacionais. A mudança deve ser radical não podendo comportar nenhum tipo de opressão, e, para alcançá-la, é que começamos por construí-la no cotidiano.

Outra questão importante é que os partidos visam a tomada do poder. Tomar o poder para exercê-lo de forma diferente. Creio que toda autoridade (título dado a algumas pessoas que, segundo a educação por nós recebida, devem ser respeitadas e aceitas passivamente) é ridícula, mitos de nossas inseguranças, transferências para outro do que nós mesmas podemos fazer e não fazemos. A questão não é tomar o poder e sim dispersá-lo, descentralizar, para que não haja o poder de uns sobre outros. A autogestão política, econômica, social e cultural da sociedade, feita por todos os seus membros. Mas para isso acontecer é necessário que uma grande parte da população acredite na sua própria capacidade de decisão e não delegue a sua vida para outros. Os partidos também são formas de se delegar as coisas.

É impossível negar as instituições autoritárias: escola, família, Igreja, partidos, entre outras, pois elas estão aí, e nós, de alguma forma, temos relações com estas instituições. Mas isto não significa que não podemos e não devemos criticá-las e tentar justificar ou destruir estas instituições. No caso dos partidos, podemos manter relações, sem entrar em nenhum. Isto acontece quando participamos de debates promovidos por algum deles, utilizamos alguma gráfica (deles) ou levamos alguma ação conjunta em determinado momento.

Estar nos partidos é não acreditar nos grupos como possíveis veículos de transformação social. Multiplicação dos grupos autônomos de negros, feministas, homossexuais, ecologistas e de outros setores oprimidos (camponeses, operários, etc..), pode gerar cooperativas, federações, ou seja, um ou mais organizações que poderão levar a mudanças radicais da sociedade. Estar em partidos é acreditar na política tradicional. Aposto que se, por exemplo, todas as feministas que estão nos partidos, saíssem (deles), o movimento feminista seria muito mais forte e capaz em termos teóricos e práticos, podendo até traçar uma organização alternativa. Este exemplo vale também para os outros movimentos sociais.

Finalizando, acredito que toda e qualquer mudança depende de cada um de nós e, neste sentido, repito: os grupos verdadeiramente autônomos, organizados conjuntamente, na unidade da diversidade, podem, através da prática interna levar à transformação total da sociedade. Os movimentos autônomos provam que é possível militar e atuar como força alternativa aos partidos. Não dá mais para acreditar em tomada de poder. Então para que os partidos?


Pela primeira vez, Conselho de Segurança da ONU organiza reunião de alto nível sobre os direitos da comunidade LGBT

quarta-feira, 26 de agosto de 2015 0 comentários

Subhi Nahas, homossexual sírio refugiado nos EUA
REUTERS/Mike Segar

Homofobia do Daesh discutida no Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança das Nações Unidas consagrou uma reunião de alto nível aos direitos da comunidade LGBT. Vítimas de perseguições homofóbicas pelo autodenominado Estado Islâmico no Iraque e na Síria testemunharam perante os membros do Conselho de Segurança.

Pela primeira vez, desde a sua criação em 1945, o Conselho de Segurança da ONU consagrou uma reunião de alto nível aos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Vítimas de perseguições homofóbicas pelo autodenominado Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria testemunharam perante os membros do Conselho de Segurança. 
Nesta sociedade ser-se gay é sinónimo de morte". A frase foi pronunciada por uma das testemunhas que ontem, sob anonimato, falou, via telefone a partir do Médio Oriente, aos membros do Conselho de Segurança.
Quando os jihadistas do EI capturam alguém, inspeccionam o seu telefone, os contactos e os amigos no Facebook. Eles caçam os gays, um por um", explica esta testemunha de origem iraquiana. E nesta caça aos homossexuais, verifica-se "o efeito dominó: se um caí, os outros também vão cair".
Segundo a Comissão internacional dos direitos dos homossexuais e lésbicas, a organização do EI, desde o ano passado, reivindicou pelo menos 30 execuções de homens acusados de "sodomia". Vídeos e testemunhas (ver abaixo) asseguram, nos últimos meses, na Síria, nas localidades de Palmira e Deir Ez Zor, vários cidadãos homossexuais foram atirados do cimo de prédios. Actos que aconteceram perante os olhos de "uma multidão em jubilo, que reage com se estivesse num casamento", descreve Subhi Nahas, um homossexual sírio refugiado nos Estados Unidos.

Pela primeira vez, desde a sua criação em 1945, que a ONU dedicou uma reunião à temática dos direitos dos homossexuais. "Já era tempo, 70 anos depois da criação da ONU, que os direitos das pessoas LGBT, que temem pela vida um pouco por todo o mundo, fossem aqui discutidos", declarou Samantha Power, embaixadora americana junto da ONU.

A reunião decorreu à porta fechada, foi organizada pela iniciativa da China e dos Estados Unidos e foi aberta a todos os estados membros do Conselho de Segurança. Angola e Chade, não responderam ao convite, e não enviaram o seu respectivo representante ao encontro. Dos 193 países membros das Nações Unidas, 77 penalizam a homossexualidade, considerada nestes estados como um delito ou crime.



Fonte: rFI Português, 25/08/2015

Banda Foo Fighters decidiu "trollar" manifestação homofóbica da igreja Westboro Baptist em Kansas City (EUA)

terça-feira, 25 de agosto de 2015 0 comentários


Foo Fighters "trollam" manifestação homofóbica de igreja conservadora dos EUA
Banda surgiu em carro aberto durante protesto tocando clássico de Rick Astley

Os caras do Foo Fighters mais uma vez surpreenderam por seu bom humor neste fim de semana.

A banda roubou os holofotes de forma inusitada durante mais um dos protestos da igreja Westboro Baptist, conhecida por fazer piquetes com cartazes escritos "Deus odeia viados", entre outras ofensas, em velórios de soldados americanos e shows de artistas que são a favor dos movimentos LGBTs.

Os membros da congregação conservadora se manifestavam próximos de onde o quinteto iria se apresentar em Kansas City, no estado americano do Missouri, quando foram surpreendidos pelos integrantes em um carro aberto tocando o clássico dos anos 80 "Never Gonna Give You Up (ver letra abaixo)", de Rick Astley.

Essa música voltou a ser sucesso há alguns anos por ser usada em trollagens da internet, como em links de notícias falsas que direcionavam para o clipe. Para completar a provocação, um membro da equipe da banda dançava rebolando com uma sunga multicolorida para os manifestantes.

Veja o momento no vídeo abaixo:

Estudante chinesa processa Ministério da Educação por livros didáticos que descrevem a homossexualidade como um "transtorno"

segunda-feira, 24 de agosto de 2015 0 comentários

Chen Qiuyan processa governo por discriminação

Estudante chinesa processa governo por livros didáticos que classificam homossexualidade como 'transtorno'
Iniciativa partiu de Chen Qiuyan; segundo ela, material sugere que gays podem ser 'curados' com terapia de eletrochoque.

Uma estudante da China está processando o Ministério da Educação do país por livros didáticos que descrevem a homossexualidade como um "transtorno".

A iniciativa partiu de Chen Qiuyan, que afirma tê-los descoberto na biblioteca de sua universidade. Segundo ela, os livros sugerem que os gays podem ser "curados" com terapia de eletrochoque, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Um tribunal de Pequim acolheu a denúncia e pediu que o material seja recolhido.
Os homossexuais já estão sob grande pressão", disse Chen, que entrou com ação usando um pseudônimo, mas desde então vem usando o nome verdadeiro para falar com a imprensa internacional.
O estigma adicional difundido por esses livros causam danos aos direitos dos homossexuais. O ministério deveria monitorar e supervisionar esse conteúdo", acrescentou ela.
Chen, que estuda em uma universidade pública na província de Guangdong, no sul do país, afirmou que vinha consultando alguns livros após sentir-se confusa sobre a sua própria orientação sexual.
Depois de lê-lo, eu fiquei aterrorizada. Fiquei com mais medo de admitir que sou gay", disse ela em entrevista ao jornal americano The New York Times.
A China parou de classificar a homossexualidade como uma doença mental em 2001, mas dezenas de livros publicados desde então ainda a descrevem como um "transtorno", informou a Xinhua, citando uma pesquisa conduzida por uma ONG local.

No ano passado, um tribunal de Pequim emitiu uma decisão história contra uma clínica que oferecia "terapia de conversão gay", o primeiro caso do tipo no país.

Fonte: G1, 23/08/2015

The Veronicas fazem pedido aos líderes políticos da Austrália pela aprovação do casamento LGBT

quinta-feira, 13 de agosto de 2015 0 comentários

As irmãs Lisa e Jessica Origliasso da The Veronicas

Dupla The Veronicas faz campanha pelo casamento gay

As irmãs Lisa e Jessica Origliasso, da The Veronicas, fizeram um pedido aos líderes políticos da Austrália. Publicaram um vídeo lendo uma carta aberta que escreveram ao primeiro-ministro do país, Tony Abbott, pedindo direitos iguais para casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Senhor Abbott”, diz Lisa, “você perdeu a chance de tornar-se um líder revolucionário neste quesito e está na hora de se alinhar com os vários governos que pavimentaram o caminho e não seguir adiante com governos que persistem em restringir a igualdade de direitos humanos e o progresso social para seu povo e país”.
Leis de discriminação e preconceito fundadas na base do tradicionalismo não merecem espaço na história”, continuou.

An open letter to Prime Minister Abbott
An open letter to Prime Minister Tony Abbott.
Posted by The Veronicas on Domingo, 9 de agosto de 2015
A dupla fez um discurso em um evento sobre a igualdade no casamento na sua cidade natal, Brisbane, durante o fim de semana, e apoia o movimento LGBT há muito tempo.

As gêmeas explicaram que haviam acabado de voltar dos Estados Unidos, onde a Corte Suprema determinou, em junho, a legalização do casamento gay nos seus 50 estados (em maio, a Irlanda também legalizou o casamento homoafetivo). “O exemplo dado pelo governo é poderoso e influente e é por isso que estamos aqui hoje”, disseram.

Nesta terça-feira (11/08), uma proposta de lei deve ser encaminhada do comitê de seleção do parlamento australiano, que determinará se o projeto pode ser apresentado ao parlamento na próxima segunda-feira (17/08).
Nós acreditamos na celebração de uma Austrália diversificada. Nós também acreditamos que, como humanos, estamos todos conectados e que nossas semelhanças superam nossas diferenças. Todos nós sentimos amor. Todos nós sentimos medo. Todos nós sangramos da mesma maneira”, adicionou Jessica. “O quadro jurídicio e institucional que governa a Austrália deve tratar todas as pessoas igualmente e não nos calaremos até alcançarmos total igualdade para todos”.
Primeiro-ministro, por que atrasar mais uma chance de termos uma Austrália de mais compaixão, harmonia e igualdade?”, concluiu Lisa.
You Ruin Me (ver abaixo), o principal single do terceiro e homônimo disco de The Veronicas, lançado em janeiro deste ano, chegou ao Top 10 das paradas britânicas e o maior hit da dupla nos Estados Unidos foi Untouched, que chegou até a 21ª posição do Hot 100 em 2009.

O casamento gay foi aprovado no Brasil em 2013.



Fonte:
Billboard Brasil, 11/08/2015

Em São Gonçalo (RJ), 2 mil pessoas fazem passeata contra família LGBT

quarta-feira, 12 de agosto de 2015 0 comentários

No ato, pacífico, manifestantes e organizadores evitaram menção direta a projeto que tramita no Congresso Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Passeata contra família homossexual reúne 2 mil pessoas em São Gonçalo
Nenhum dos entrevistados pelo DIA, nem faixas e cartazes exibidos, fazia menção direta à campanha em defesa do projeto contra a família gay, que tramita no Congresso Nacional

Rio - Cerca de duas mil pessoas lotaram a Avenida Nilo Peçanha, no Centro de São Gonçalo, na tarde de ontem, para participar da ‘Primeira Caminhada pela Família’, organizada por lideranças católicas e evangélicas em favor da família tradicional, formada por homem, mulher e filhos. A concentração aconteceu em frente ao Sesi-SG e teve encerramento na Igreja Matriz.

Crianças, jovens, casais e muitos idosos estiveram no ato pacífico, que teve música ao vivo, cartazes e o apoio de vereadores do município. “Estamos aqui hoje para defender a família, aquele modelo que Deus criou e fez questão de mostrar pra gente. É importante lembrar que não estamos agredindo ninguém”, argumentou o supervisor João Peclat, de 47 anos, ao lado da esposa, a propagandista Nadja Peclat, 43, e a filha Maria Eduarda, 10.

Nenhum dos entrevistados pelo DIA, nem as faixas e cartazes exibidos, fazia menção direta à campanha em defesa do projeto contra a família gay, que tramita no Congresso Nacional. “Um pouco de esforço para defender Deus e os princípios sempre vale a pena”, resumia a aposentada Zélia dos Santos, 68.

Já a professora Rosana Temperini, 38, criticou a forma como a formação da família é apresentada pelos programas de TV. “As crianças precisam participar dessa marcha para entender desde cedo o real sentido da família. O que é mostrado na televisão, muitas vezes, vai de encontro com esse pensamento”, argumenta Rosana, que estava com o marido e os filhos, João Gabriel, de 2 anos, e João Paulo, de 9.

Em entrevista recente ao jornal ‘Folha da Cidade’, um dos idealizadores da caminhada, o padre André Luis Siqueira, da Paróquia São Gonçalo de Amarante, disse que a família está vivendo uma sucessão de ofensas. A ideia da passeata era impedir que isso continuasse, mas sem fazer apologia à homofobia. “A Igreja não está contra as pessoas que são homossexuais. Estamos reafirmando e resguardando aquilo que acreditamos há mais de 2 mil anos”.

Fonte: O Dia, 08/08/2015

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