Estreia programa LGBT Estação Plural na TVE Bahia

quarta-feira, 2 de março de 2016 0 comentários



TVE Bahia faz pré-estreia do primeiro programa LGBT da TV brasileira

Entre gargalhadas, risos contidos e algumas lágrimas, as cantoras Ellen Oléria e Mel Gonçalves e o jornalista Fefito falam de tudo um pouco no Estação Plural, nova atração da TVE Bahia / TV Brasil, que estreia nesta sexta-feira (4), às 23h, com reprise às segundas, à meia-noite. Semanalmente, o trio vai receber no programa um convidado especial para debater de forma plural temas de interesse geral. Mas a pauta também vai contemplar assuntos do universo LGBT que despertam o interesse ou a curiosidade do público, a partir da ótica de Ellen, que é lésbica; Mel, que é transexual, e Fefito, que é gay.

O Estação Plural reflete os valores que norteiam a ação da TVE Bahia / TV Brasil, como o respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão, além do exercício da cidadania. “Aqui na TV pública, podemos experimentar, temos esse papel de vanguardista e eu acho muito importante estarmos sempre apresentando essa diversidade para o nosso público. Nós já temos [na TV Brasil] a diversidade regional, religiosa, cultural e agora a gente vem aí com esse programa LGBT”, disse a diretora de Produção da emissora, Myriam Porto.

Antes mesmo de entrar no ar, o programa angariou com a primeira peça promocional, em 24 horas, mais de cem mil visualizações no Facebook, demonstrando o potencial de interesse da atração. O primeiro talk show na TV aberta a ser apresentado por representantes do universo LGBT também contará com a segunda tela, permitindo ao espectador interagir com o conteúdo que está acompanhando.

Equipe

Ana Ribeiro e Cássia Dian, roteirista e diretora, respectivamente, completam o time responsável por esta produção. Ana foi editora executiva do iGay, portal do iG, dedicado a temas do universo LGBT. Cássia tem passagens pela MTV, Band e Rede TV! e dirigiu produções para o GNT.

Vendo o trio de apresentadores em ação tem-se a impressão de que Ellen, Mel e Fefito são amigos de longa data. Mas não. Eles se conheceram no dia do teste de elenco, realizado em novembro de 2015, nos estúdios da TV Brasil, no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. E a sintonia com os convidados também chama a atenção, que o digam o médico Drauzio Varella, a ex-chacrete Rita Cadilac, a jornalista Barbara Gancia e a atriz Bruna Lombardi, que já passaram pelo estúdio do programa.
A parceria está sendo incrível, a gente está se dando muito bem. Tem um dia que alguém está mais calminho, e aquele dia que tem alguém que está mais espoleta, e às vezes a gente inverte esses papéis. Mas o mais importante é que a gente se complementa.", contou Fefito.
Mel conta que o convívio com a dupla tem ido além das gravações.
Estou muito próxima deles. E essa parceria tem me acrescentado muita coisa e está me fazendo crescer. O programa tem muita simpatia, informação, bom humor, muitos recortes e três vivências que expressam opiniões em diversos assuntos nos quais um convidado acrescenta tanto para os assuntos tratados, quanto para nós que apresentamos. É um programa de troca", acrescentou a vocalista da banda Uó.
Pela primeira vez na TV brasileira temos um programa apresentado por um grupo tão diverso. Estou falando de contra-hegemonia. A intenção da TV Brasil foi reunir duas apresentadoras e um apresentador com um perfil LGBT para diluir as margens do preconceito e aproximar as pessoas da diversidade, humanizando nossos olhares, mostrando que atuamos em nosso país assim como os telespectadores", explicou Ellen.
Fefito, que veio do interior de Pernambuco, onde sofreu bullying por ser gay, diz se preocupar com o impacto que o Estação Plural pode ter na vida de adolescentes que não vivem em ambientes com liberdade para se assumirem.
A gente não está neste programa para ser exemplo pra ninguém. Mas acho que eles [gays, lésbicas, trans] se verem representados na tela já dá uma força, um estímulo de como encarar a vida, de ver que eles podem ser felizes no fim das contas, que deu tudo certo pra gente, pelo menos, que a gente está ali orgulhoso do que a gente é. A gente não tem a pretensão de representar todas as diversidades, mas a gente representa muitas delas, e a gente sabe que os assuntos que a gente discute são assuntos comuns, há pessoas ‘héteros’, gays, trans, ‘bis’ e todos os gêneros na real, a gente é gente no fim das contas, né?".
Estreia

O médico e escritor Drauzio Varella é o convidado do programa de estreia. Oncologista e imunologista, Drauzio é autor de 13 livros e foi um dos pioneiros no tratamento da AIDS, especialmente do sarcoma de Kaposi, no Brasil. Ele também já emprestou o seu conhecimento e credibilidade a diversas séries de televisão voltadas para a saúde. 

Ao conversar sobre sexualidade com Fefito, Mel e Ellen, pergunta: “Porque o prazer do outro incomoda tanto você?”. Assim, o médico apimenta a discussão sobre um tema que ainda é polêmico para muitos, que é a sexualidade. Drauzio afirma no programa que a homofobia é fruto da ignorância e sexualidade não é uma opção, ela se impõe. Além de sexualidade, o programa fala sobre o orgulho de ser brasileiro e sobre as mentiras que se conta no primeiro encontro.

Fonte: Ascom/Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), 01/03/2016

ONG internacional quer acompanhar Jogos Olímpicos para monitorar casos de homofobia e racismo

terça-feira, 1 de março de 2016 0 comentários

Football v Homophobia é uma iniciativa que desde 2010 busca
 promover ações positivas contra a discriminação

ONG alerta para possíveis casos de racismo e homofobia nos Jogos Olímpicos
Cerca de 20 grupos europeus – entre clubes, ligas e ONGs – aderiram à campanha e organizaram atividades relacionadas à luta contra a homofobia em diversos países europeus

A organização não governamental (ONG) Fare Network fez durante todo mês de fevereiro uma campanha global para chamar a atenção para a homofobia no futebol. O Football v Homophobia é uma iniciativa que desde 2010 busca promover ações positivas contra a discriminação com base na identidade de gênero no esporte. Em 2016, cerca de 20 grupos europeus – entre clubes, ligas e ONGs – aderiram à campanha e organizaram atividades relacionadas à luta contra a homofobia em diversos países europeus.

Agora, a preocupação da organização é com a Olimpíada no Brasil. A ONG acompanhou de perto a Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro, e fez um relatório listando 14 incidentes. A entidade já entrou em contato com a organização Rio 2016 se oferecendo para acompanhar de perto os Jogos Olímpicos. A Fare Network explica que a preocupação com o Brasil leva em conta a diversidade étnica do país.
Uma sociedade multiétnica como a do Brasil não é geralmente associada a questões de discriminação, mas esta ideia contrasta com uma realidade de uma população racialmente diversificada, mas economicamente estratificada em que o racismo é muito presente. Em 2013, a ONU disse que o racismo no Brasil permanece institucionalizado e injustiças históricas continuam a afetar profundamente a vida de milhões de brasileiros."
Racismo
O racismo é e tem sido uma parte do esporte brasileiro, não apenas no futebol, mas vôlei e outros esportes e há uma série de exemplos que comprovam. Atletas de futebol ou handebol brasileiros também foram submetidos ao racismo ao jogar no exterior”, afirma a Fare Network.
A antropóloga brasileira Ana Paula Silva, autora do livro Pelé e o Complexo de Vira-Latas: Discursos sobre Raça e Modernidade no Brasil, explica que a discriminação não é específica do contexto brasileiro, mas de uma visão de esporte.
O esporte, que acaba sendo identificado com a nação, não comporta a diversidade. A noção de que a construção da nação é uma representação viril e eugênica passa também para as modalidades que são identificadas como a nação”, disse.
Nessa visão de que existe uma "guerra" em campo, as armas utilizadas, geralmente, pelas torcidas, são as ofensas racistas, homofóbicas, xenófobas etc.”, acrescentou.
Homofobia

A Fare Networking também faz um alerta específico em relação à homofobia e ao machismo no país.
 Em 2014, de acordo com grupos de direitos LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] no Brasil, o ritmo de assassinato de homossexuais e transexuais estava perto de um por dia. Incidentes homofóbicos foram testemunhados nos estádios de futebol durante e depois da Copa do Mundo de 2014 e tem havido pouca resposta.”
Apesar do alerta, a ONG acredita que esses eventos são uma oportunidade para aprofundar as discussões sobre direitos humanos e questões de discriminação e deixar um “legado social no país”.

Já a antropóloga Ana Paula defende que é preciso muito mais trabalho para mudar o contexto atual.
 Não sei se campanhas como abertura de faixas contra a homofobia ou racismo melhorariam a situação. O que talvez minimizasse esses problemas seria a desconstrução dos esportes nacionais. Nesse sentido, as categorias cor/raca, sexualidade, gênero, classe, entre outras, são combustíveis que quando acionadas transformam-se em xingamentos, particularmente da torcida adversária”, explica.
Para ela, a questão econômica também influencia o debate sobre racismo e homofobia.
Essas questões têm elos mais profundos e que só mudando a perspectiva dos esportes pode ser que alguma coisa mude a longo prazo. Resta saber se os grandes investidores dos megaeventos esportivos estão, de fato, interessados nessas mudanças.”
Denúncias

A Fare Networking afirma que, até por ser uma organização europeia, ainda não recebeu denúncias brasileiras. Mas que compila mensalmente incidentes no futebol pelo mundo, inclusive os ocorridos no Brasil, que são noticiados em redes sociais e pela mídia. A organização informa que, caso alguém presencie algum incidente, pode denunciar pelo site da entidade. A ONG acrescenta que está implementando um projeto mundial com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para observar práticas discriminatórias nas eliminatórias para o Mundial de 2018.

Fonte: UOL, 28/02/2016

Itália aprova união civil LGBT, mas sem adoção de crianças

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016 0 comentários

Grupos pró-união civil para casais do mesmo sexo fazem manifestação durante votação no Senado
Grupos pró-união civil para casais do mesmo sexo fazem manifestação durante votação no Senado
 (Foto: Filippo Monteforte/AFP)

Senado italiano aprova união civil gay, mas militantes reclamam
O Senado italiano aprovou, nesta quinta-feira (25), a união civil para casais do mesmo sexo e de sexos diferentes. A medida, que ainda precisa ser votada pela Câmara do país, confere direitos de herança e permite a utilização do nome do companheiro, mas não é equivalente ao casamento.

Embora o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, tenha celebrado a votação como “histórica” e dito que “o amor venceu”, militantes dos direitos LGBT criticaram a retirada, do texto original, da autorização para adoção de crianças. Em busca de apoio político para aprovação do texto, Renzi excluiu do projeto a autorização para um companheiro adotar o filho biológico do outro.
A esperança venceu contra o medo. A coragem venceu contra a discriminação. O amor venceu”, escreveu o primeiro-ministro em sua conta no Facebook.
Os militantes não ficaram igualmente felizes. 
Estamos ofendidos, bravos, desapontados”, disse Marilena Grassadonia, presidente da associação Famílias Arco-Íris, que reúne famílias formadas por pessoas do mesmo sexo.
 Não podemos acreditar que em 2016, em um país como a Itália, que tem tanto orgulho de ser parte da Europa, é possível fazer uma lei de uniões civis e não considerar as crianças que deveriam ser protegidas como cidadãs italianas.”
O projeto foi aprovado por 173 votos favoráveis contra 71, uma diferença relevante num país majoritariamente católico e que term forte presença do Vaticano em assuntos políticos e sociais.

A Itália é um últimos países da Europa ocidental a aprovar uma regra de união civil para casais gays e heterossexuais.

O projeto ficou paralisado por anos no Parlamento italiano e foi acelerado após o país ter sido condenado por discriminação contra gays, no ano passado, pela Corte Europeia de Direitos Humanos. Baseada em três casos concretos, a corte entendeu que a Itália falhou ao não garantir os direitos mais básicos aos casais homoafetivos.

No Brasil, a união estável para casais do mesmo sexo foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2011.

Fonte: FSP, via Agências de Notícias, 25/02/2016

Após ofensas homofóbicas, mulher é assassinada na frente da namorada

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016 0 comentários

Priscila foi assassinada após discussão em Itanhaém (Foto: Arquivo Pessoal)

Mulher é morta na frente da namorada após ofensas homofóbicas em SP
Priscila Aparecida Santos da Costa, de 25 anos, foi morta com dois tiros. Briga aconteceu em bar na cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo.

Uma mulher foi morta em Itanhaém, no litoral de São Paulo, após sofrer ofensas homofóbicas dentro de um bar. De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime aconteceu na madrugada da última segunda-feira (22), quando a vítima, Priscila Aparecida Santos da Costa, de 25 anos, estava acompanhada da namorada e do irmão. O suspeito foi identificado como Fabiano da Silva Gregório, de 19 anos.

De acordo com a polícia, Priscila reagiu as ofensas homofóbicas e, após uma briga, ela saiu do local com sua namorada e o irmão e foi até uma praça, no bairro Jardim Guapiranga.

Na sequência, por volta dos 5h30, Fabiano chegou ao local, de bicicleta, e efetuou dois disparos, atingindo a vítima, e fugiu. A jovem chegou a ser resgatada e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos.

O caso foi encaminhado para a DIG de Itanhaém e é investigado pela delegada Evelyn Gonzalez Gagliardi e o investigador-chefe Mário Augusto. Após ouvir o depoimento de testemunhas, os policiais conseguiram identificar Fabiano como autor dos disparos.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem passagem pela polícia por furto. A Justiça decretou a prisão preventiva de Fabiano.

Foragido
Após as investigações, os policiais conseguiram informações sobre o endereço onde o suspeito mora. Ao chegarem no local, foram informados por parentes que Fabiano, após o crime, foi à residência dizendo que havia "feito besteira" e assassinado uma moça. Em seguida, ele fugiu sem dizer para onde.

Fonte: G1, 25/02/2015

Clube de futebol Chelsea anuncia criação de sua primeira torcida LGBT

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016 0 comentários

Ed Connell é o presidente da Gay Football Supporters Network

Chelsea anuncia criação de sua primeira torcida LGBT

O Chelsea anunciou a criação de seu primeiro grupo de torcedores para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). O clube londrino informou que ajudará a estabelecer a organizada junto a Ed Connell, que é presidente da Gay Football Supporters Network, a rede de torcedores homossexuais no futebol e também sócio dos Blues.

O Chelsesa "irá colaborar na formação do grupo e oferecerá apoio e assistências para assegurar seu crescimento", comunicou em uma carta publicada em seu site oficial.
O clube está orgulhoso de celebrar sua diversidade com sua inciativa ‘Construindo Pontes' e trabalhando a fundo para satisfazer a visão da instituição e de uma comunidade que dá as boas vindas a todos, sem importar sua raça, religião, sexualidade ou gênero."
O britânico Ed Connell, assegurou que está "tremendamente orgulhoso" com a iniciativa.
Como sócio do Chelsea, estou encantado de ver que o clube apoia a criação de uma torcida LGBT, fazendo com que os torcedores gays se sintam verdadeiramente bem vindos na equipe que torcem", disse.
Luto contra a homofobia no futebol durante boa parte dos últimos 12 anos. Ainda que nos primeiros sete ou oito me senti muito frustrado, tentando convencer as pessoas de que havia um problema, ver isso é fantástico."
Fonte:  ESPN, 24/02/2016

Pesquisa feita com 8.300 jovens em todo o país aponta a persistência da homofobia no ambiente escolar

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 0 comentários

52% dos alunos ouvidos na pesquisa afirmaram serem contra o casamento de pessoas do mesmo sexo

Pesquisa aponta a persistência da homofobia no ambiente escolar

Cerca de 20% dos estudantes ouvidos afirmaram que não gostariam de ter colegas de classe homossexuais. Estudo aponta necessidade de ações de afirmação da diversidade e de combate ao preconceito

São Paulo – Pesquisa feita com estudantes entre 15 e 29 anos dos ensinos fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) mostra, entre outras conclusões, que cerca de 20% deles não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe.

O estudo intitulado "Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?", realizado em parceria pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil), pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e pelo ministério da Educação, ouviu mais de 8.300 jovens em todo o País, no ano letivo de 2013.

Entre os entrevistados, 7,1% afirmaram não queriam ter travestis como colegas de classe. Homossexuais (5,3%), transexuais (4,4%) e transgêneros (2,5%) também são rejeitados pelos alunos.

Raí Néris, que integra o coletivo Prisma, conta o preconceito sofrido por ele e outros durante a adolescência no ambiente escolar:
O preconceito contra mim foi menor, mas eu sofria. Não é à toa que sempre fui introspectivo, sempre fui o aluno que ficava mais quietinho na sala, com medo de sofrer preconceito. Porém, via muitos amigos meus que sofriam grandes preconceitos. Eram espancados todos os dias, eram humilhados, eram expostos, sofriam bullying e eram ‘expulsos’ da escola, se retiravam para sofrer menos preconceito", conta Raí, em entrevista ao repórter Jô Miyagui, para o Seu Jornal, da TVT.
Os pesquisadores descobriram também que 86% dos entrevistados consideram que a escola precisa ter programas com outro preconceito, mas, contraditoriamente, 52% são contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Para Raí, se não forem adotadas medidas que estimulem a discussão de gênero, sob o prisma da diversidade, a tendência é que esse mesmo quadro continue a se reproduzir no futuro.

A cientista social, fundadora e coordenadora da ECOS - Comunicação em Sexualidade, Sylvia Cavasin, também concorda. Segundo ela, a questão vem se agravando nos últimos anos. "Estamos lidando, ainda, com muito preconceito, com muito desconhecimento, com muita ignorância e isso está sendo pior nos últimos dois anos, por conta de uma avalanche conservadora que está vindo aí, para falar que essa é uma questão que não pode ser tratada em contexto institucional."

Já a doutora em educação Denise Carreira, coordenadora da ONG Ação Educativa, observa que a homofobia leva à exclusão social e econômica de milhares de pessoas. Apesar de algumas derrotas no campo político, nos últimos meses, os progressistas não devem desanimar, nem enfraquecer a luta.
É necessário que a sociedade brasileira se una contra esses grupos fundamentalistas, e que os grupos religiosos que atuam numa perspectiva democrática também digam não a esse fundamentalismo que cresce no país", diz Denise.
Para ambas as especialistas, educação e políticas públicas que promovam a tolerância são as chaves para o combate ao preconceito. "Para um país democrático, que respeite o direito humano de todas as pessoas, a educação tem um papel fundamental e, para isso, a gente precisa de políticas públicas de formação de professoras e professores, de material didático, precisamos também orientar escolas de como atuar em casos como esse", afirma Denise Carreira.
Uma das grandes questões é, dentro da escola, começar a fazer movimentos de não fazer piadinhas com a homossexualidade, mostrar filmes que mostrem a importância, historicamente, de pessoas que eram homossexuais e que tiveram contribuições históricas. Um monte de coisas que se pode utilizar mostrando que esse assunto é muito antigo", diz Sylvia Cavasin.
Fonte: Rede Brasil Atual, 22/02/2016

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