185 casais LGBT fazem casamento recorde no Rio

terça-feira, 8 de dezembro de 2015 0 comentários

Leandra e Jessica, união celebrada (Foto: Cristina Boeckel/G1)

Casamento no Rio de 185 casais homoafetivos bate recorde
Segundo Rio Sem Homofobia, foi a maior cerimônia do mundo. 'Amar é um direito. E estamos aqui para celebrar o amor'.

Numa cerimônia realizada no Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte do Rio, 185 casais homoafetivos oficializaram a união na tarde deste domingo (6). A cerimônia foi uma iniciativa do Rio sem Homofobia em parceria com a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude e com o apoio da Associação de Registro de Pessoas Naturais. Esta é a sexta edição do evento, que acontece anualmente.

Segundo os representantes do Rio Sem Homofobia, é o maior casamento homoafetivo coletivo já realizado no mundo.

Em clima familiar, a cerimônia foi marcada pela confraternização de parentes e amigos. Crianças corriam pelo local, reforçando a atmosfera de celebração. Durante o casamento, noivos e noivas não seguraram a emoção e foram às lágrimas.

Juntos há pouco mais de um ano, o cabeleireiro Devison Dernandes e o operador de micro Diego Barreira estavam planejando oficializar a união somente em 2016, na Argentina. O casamento coletivo foi uma oportunidade que decidiram aproveitar.
O reconhecimento é importante. Isto que está acontecendo aqui hoje é uma conquista. É o reconhecimento de que somos iguais diante da sociedade", afirmou Devison.
A frentista Monalisa Fernanda e a cabeleireira Priscila Fernanda foram acompanhadas dos amigos para oficializar a relação de quatro anos.
A gente tinha planos de se casar. Quando abriram as inscrições, decidimos não desperdiçar a oportunidade", afirmou Priscila.
Devison e Diego e Monalisa e Priscila (Foto: Cristina Boeckel/G1)

Monalisa afirma que a união do casal é o reconhecimento de um direito.
É um sonho. Estamos selando o nosso amor. Isso é mais do que uma aliança no dedo. É um símbolo de direitos iguais", afirmou a frentista.
A igualdade também foi a tônica do discurso de Cláudio Nascimento, coordenador do Rio sem Homofobia.

"Este é um momento onde a comunidade LGBT garante o direito de reconhecimento, garantido pela Suprema Corte deste país. Todos podem celebrar as suas uniões e ter segurança jurídica de suas relações. Amar é um direito. E estamos aqui para celebrar o amor", afirmou Cláudio.

A atriz e cantora Jane di Castro participa do evento desde a primeira edição. Ela canta a música que se tornou um hino para os casais, "Emoções", de Roberto Carlos. Para ela, que se casou na edição do evento de 2014, selando uma união de 47 anos, a cerimônia tem dimensão histórica.
Um evento como este é importantíssimo. Na minha época era impensável você cogitar casar com uma pessoa do mesmo gênero que o seu. Por isso, este casamento simboliza não só estas uniões, mas a evolução da sociedade", afirmou Jane.
Entre as canções que embalaram a cerimônia também foram tocadas outras músicas tradicionais a embalar romances como "Fascinação" e "Talismã".

Para a juíza Raquel Cipriani, que celebrou as uniões, o casamento de tantos casais homoafetivos juntos simboliza o reconhecimento do Estado.
Esta cerimônia é a consolidação do fim da discriminação. Simboliza o acesso a todos dos direitos previstos em lei", afirmou a juíza de paz.
Para ela, celebrar uma união homoafetiva ou hetero não tem diferença.
Para nós é um prazer, porque é o acolhimento destas pessoas na sociedade."
Fonte: G1, 06/12/2015 

Atrizes de "Two and a Half Men" e "AHS" estão namorando segundo a revista "Us Weekly"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015 0 comentários

Sarah Paulson e Holland Taylor  estão namorando, segundo a "Us Weekly"

Atrizes de "Two and a Half Men" e "AHS" estão namorando, diz revista

Holland Taylor (na foto à direita), a Evelyn Harper de "Two and a Half Men", está namorado a atriz Sarah Paulson (à esquerda), de "American Horror Story". Segundo a revista "Us Weekly", as duas estão juntas há seis meses e o relacionamento é sério.

A imprensa norte-americana estava especulando sobre um possível namoro entre as duas desde que Taylor assumiu que estava namorando uma mulher. As atrizes têm mais de 30 anos de diferença de idade: Holland tem 72 anos, e Paulson, 40.

Em entrevista a uma rádio norte-americana, Taylor se mostrou feliz com o relacionamento. "É a coisa mais maravilhosa e extraordinária que poderia ter acontecido comigo", disse Taylor, afirmando que não está "saindo do armário": "Não saí do armário porque já estou fora. Eu vivo fora dele".

A atriz não revelou o nome de sua namorada, mas contou que ela é mais jovem e que as duas conversam sobre casamento. "Por causa da minha geração, não era algo que me ocorreria naturalmente. Mas como símbolo, como compromisso, como uma promessa, seria algo maravilhoso de se fazer".

Fonte: UOL, 03/12/2015

“A princesa e a costureira”, um conto de fadas nacional com protagonistas lésbicas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015 0 comentários


São Paulo, SP – Era uma vez uma princesa chamada Cíntia, que havia sido prometida em casamento para o príncipe Febo, do reino vizinho. Perto da data da cerimônia, vai fazer seu vestido – e descobre que, na verdade, o amor de sua vida é a pobre costureira Isthar.

Após se abrir para os pais, a princesa é presa em uma torre. Sua amada, então, tem de convencer o rei a lhe dar a mão de Cíntia.

Esse é o enredo de “A princesa e a costureira”, livro infantil que a psicóloga Janaína Leslão lança, em dezembro, pela editora Metanoia. Voltado para crianças e pré-adolescentes a partir dos dez anos, é o primeiro conto de fadas nacional com protagonistas lésbicas.

No exterior, livros com a mesma temática causaram polêmica recentemente. Em agosto deste ano, a prefeitura de Veneza, na Itália, proibiu que as escolas públicas adotassem os livros “Piccollo uovo” (pequeno ovo), que traz um pinguim com dois pais e “Jean a deux mamans” (Jean tem duas mamães), por considerá-los nocivos à família.

Janaína conta que decidiu escrever um livro que falasse sobre homossexualidade depois de perceber que não havia material para que os pequenos tivessem contato com o assunto.

Assim surgiu a história de Cíntia e Isthar, que Leslão escreveu em 2009 e só conseguiu publicar agora. “Procurei umas 20 editoras, mas só recebi recusas”, conta. “Sou uma escritora desconhecida e a história é ousada; era encarada como difícil”.

Fonte: Gazeta de Alagoas, Conto de fadas traz questão de gênero, Angela Boldrini (FolhaPress), 29/11/2015

A repercussão do beijo entre Bruno Gagliasso e João Vicente

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015 0 comentários

Bruno Gagliasso e João Vicente de Castro

A repercussão do "selinho" que Bruno Gagliasso deu em João Vicente de Castro, do Porta dos Fundos, ganhou mais uma página nesta sexta: o perfil no Facebook do deputado federal e ex-BBB Jean Wyllys. O baiano compartilhou a foto do beijo entre os atores e, junto a ela, escreveu um pequeno texto, criticando os comentários homofóbicos em torno do fato. Ele diz que heterossexuais também podem sofrer preconceito ao atravessar fronteiras de gênero e elogia a atitude, que ele classifica como "espontânea". No fim, Wyllys ainda se convida para o próximo beijo: 
O próximo será triplo (entre nós três), pois homens héteros têm direito a expressar afeto entre si e podem expressar afeto em relação a homens gays sem abrirem mão de sua orientação sexual", escreve.
Veja o post completo aqui

Na foto postada por Gagliasso em seu Instagram, o cantor sertanejo César Menotti havia feito um comentário crítico à atitude, dizendo que se considera "homem com H" mesmo se recusando a realizar o mesmo gesto que os atores.

Em contrapartida, o dramaturgo Walcyr Carrasco fez um post com uma foto ao lado de Gagliasso, em que defendia e elogiava a atitude do ator. Carrasco foi o autor do primeiro beijo gay da história das novelas da Globo, quando Thiago Fragoso (Carneirinho) e Mateus Solano (Félix) se beijaram no último capítulo de Amor à Vida.

O beijo entre Gagliasso e Castro aconteceu na premiação de uma revista no Rio de Janeiro. Algumas horas depois, o ator postou a foto em seu Instagram com a legenda: 
Aos machistas de carteirinha, hipócritas de plantão e preconceituosos... O nosso carinho e o nosso amor de homem com H! Que venha 2016".
Fonte: Veja, 27/11/2015

Portugal se tornou o 24.º país a permitir a adoção de crianças por casais LGBT

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 0 comentários


Portugal é o 24.º país a permitir a adoção por casais gay


Maioria dos países que já o permitem é europeia. Igreja defende "referência masculina e feminina de geração ou adoção"

Matias ouviu  as mães dizer-lhe que as famílias arco-íris tinham ganho e perguntou-lhes o que é que elas tinham perdido antes para agora terem ganho. O que ganharam, explicou-lhe a mãe Mariana Martins, foi o direito de adotar crianças enquanto casais. Uma reivindicação que passou pelo Parlamento cinco vezes até ser aprovada, fazendo que o país seja o 24.º do mundo a permitir a adoção por casais homossexuais. "Agora estamos do lado certo da história", diz Isabel Advirta, presidente da Associação ILGA Portugal.

A aprovação da adoção plena de crianças por todos os casais foi conseguida com os votos da esquerda toda, do PAN e mais 19 deputados sociais-democratas (com duas abstenções também na bancada do CDS). Nas votações feitas ao final da manhã, a esquerda apresentou-se no essencial unida, enquanto no PSD se verificaram, conforme os casos, entre 15 e 19 deputados "dissidentes", votando ao arrepio do sentido oficial definido pelo partido e juntando-se assim à esquerda.

No caso da adoção gay, os cinco projetos foram aprovados pelas bancadas de PS, BE, PCP, PEV, PAN e 19 deputados do PSD. Verificaram-se duas abstenções (uma deputada do PS, Isabel Oneto, e outro do PSD, Duarte Marques). No caso do projeto socialista, verificaram-se mais três abstenções: duas deputadas do CDS (Ana Rita Bessa e Teresa Caeiro) e a social--democrata Ana Sofia Bettencourt. As deputadas do PSD Teresa Leal Coelho e Paula Teixeira da Cruz (ex-ministra da Justiça) acompanharam os aplausos de pé das bancadas da esquerda e do PAN.

Esta transversalidade parlamentar mereceu elogios da ILGA.
Foi um passo histórico votado pela larga maioria dos deputados, incluindo um número significativo de elementos do PSD, o que prova que esta é uma questão de direitos humanos e não de ideologia de esquerda ou de direita. Trata-se de reconhecer os direitos das famílias e das crianças e isso foi visível na votação", diz Isabel Advirta.
Agora, os projetos de lei que foram aprovados vão ser discutidos na especialidade e depois submetidos à votação final global, para aí passar a ser uma decisão definitiva e poder ser aplicada. Algo que Mariana Martins e a mulher Marta esperam que aconteça antes de Maria Mar nascer, daqui a dois meses. "Gostaríamos que quando ela nascer já seja possível fazer logo tudo e passarmos a ser as duas mães." Já que isso não aconteceu com Matias, de 3 anos, que aguarda a nova lei para ver reconhecido no papel que tem duas mães. "É a primeira coisa que vamos fazer mal a lei seja publicada. Para nós e para a nossa família, quando isso acontecer será uma felicidade imensa", adianta Mariana.

Depois disso só falta a barreira da procriação. Já que tanto a professora como a mulher tiveram de recorrer à inseminação artificial em Espanha para engravidar. Pois o acesso à procriação medicamente assistida em Portugal apenas é acessível a casais heterossexuais - o que deve mudar já na próxima semana, quando forem votados os projetos de lei dos partidos de esquerda nesse sentido.

Ao permitir a adoção plena, Portugal entra no leque reduzido de países que reconhecem este direito. A Holanda foi, em dezembro de 2000, o primeiro na Europa, que é também o continente com mais leis a favor. A Colômbia foi o país mais recente a entrar para este grupo, pouco antes de Portugal, a 5 de novembro, embora aí o casamento gay não seja permitido.

A decisão não agrada à Igreja

O facto de passar a ser legal não significa que a lei agrada a todos. Contra continuam não só a maioria dos deputados do PSD e do CDS, como demonstram as votações, mas também a posição da Igreja se mantém. "A adoção deve ser feita apenas por casais, e um casal é um homem e uma mulher. Essa é a linha da Igreja, do patriarca e do Papa", frisou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Barbosa.

Remetendo para o discurso de D. Manuel Clemente na última reunião da CEP, no início deste mês. "Trata-se, em suma, de salvaguardar a vida humana em todas as suas fases, da conceção à morte natural; da valorização da vida familiar e da educação dos filhos, com referência masculina e feminina de geração ou adoção", referiu o patriarca de Lisboa.

Sem diferença para as crianças

Do ponto de vista da vida das crianças que esperam ser adotadas, o sociólogo Fausto Amaro acredita que não se vão registar mudanças significativas - embora se criem condições para aumentar o número de adoções. Em primeiro lugar porque "não há muitos casamentos entre pessoas do mesmo sexo" e porque "a lei vai servir, para já, para legitimar situações de casais que já tinham filhos mas a lei não os reconhecia como sendo dos dois".

Do lado dos serviços de adoção que vão aplicar a lei, o especialista em questões de família está confiante: "Os técnicos não estão isentos de preconceitos, mas estão lá para cumprir a lei e encontrar a melhor família para cada criança e se for uma família homoparental não vão deixar de o fazer."

A própria Ordem dos Psicólogos no estudo que fez, em 2013, para o Parlamento sobre o impacto da adoção gay para as crianças defendia que não existem diferenças entre as crianças educadas por famílias heterossexuais e por famílias homossexuais.

Fonte: Diário de Notícias, 21/11/2015

Daniela Mercury lança clipe com imagens de seu casamento para combater homofobia

terça-feira, 1 de dezembro de 2015 0 comentários


Contra a homofobia, Daniela Mercury lança clipe com imagens de seu casamento

Daniela Mercury está firme no seu propósito de combater a homofobia. Na semana passada, ela revelou a capa de seu novo álbum, o Vinil Virtual, onde aparece nua ao lado de sua esposa, a jornalista Malu Verçosa, recriando a icônica imagem de John Lennon e Yoko Ono. Agora, ela lança um clipe com imagens de seu casamento para uma campanha de combate à violência contra homossexuais. 

No último dia 20, Daniela e Malu participaram de um evento na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que debatia os direitos da comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais) na América Latina.

Na ocasião, as duas, casadas há dois anos, trocaram o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo na ONU e divulgaram um vídeo com imagens do casamento para a campanha Livres & Iguais (vídeo abaixo), que visa promover a igualdade e o respeito aos direitos das pessoas LGBT.

A música escolhida é “Maria Casaria”, que estará no próximo disco da cantora baiana e foi escrita pela própria, em homenagem à esposa. Ela e Malu receberam o título de “Campeãs da Igualdade” e discursaram no evento da ONU.
Falar da gente mesmo, acho que essa é a grande diferença. Usar o nosso testemunho pessoal, falar do cotidiano de nossas vidas, eu acho que esse é o elemento transformador. E usar o nosso amor como exemplo de que a sociedade precisa mudar rapidamente o seu olhar sobre as famílias homoafetivas e acolher toda a diversidade da sociedade”, comentou Daniela.
Atualmente, o Brasil lidera o ranking de países que mais matam homossexuais, travestis e transexuais. Um vídeo sozinho não mudará um cenário tão triste, mas é ótimo que Daniela Mercury use sua plataforma para levar uma mensagem de amor e respeito a um grupo que ainda luta pelo direito à vida em determinados espaços.

Confira abaixo o clipe de “Maria Casaria”, dirigido por Ju Bacelar:

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