Padre ultraconservador quer aliança política entre católicos e evangélicos para combater movimento homossexual que visaria destruir a família e a moral judaico-cristã

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013 6 comentários

Padre explica a importância da aliança política entre católicos e evangélicos
Padre propõe aliança política
entre católicos e evangélicos

Padre explica a importância da aliança política entre católicos e evangélicos

Ele cita a forte influência de movimentos homossexuais que querem destruir os valores judaico-cristãos

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior postou um vídeo em seu canal no Youtube falando sobre a união entre católicos e evangélicos na política nacional.

Ele lembrou que há muitas pessoas que não aceitam essa aliança e até torcem contra ela. Azevedo Júnior propõe deixar de lado o que divide as duas crenças para buscar o bem comum. O padre se refere ao movimento homossexual que tem como objetivo destruir o patrimônio moral do ocidente.

“Um bando de celerados colocou na cabeça ‘que a moral judaico-cristã só fez desgraça, então nós temos que acabar com ela’, e acabar com a moral judaico-cristã é acabar também com essa instituição chamada família”, disse.

O pároco comenta que a maior parte da população é a favor da moral judaico-cristã e da família e para não deixar que católicos e evangélicos lutem por ela, elas estão dispostos a colocar as duas religiões uma contra a outra.

“Nós precisamos nos unir para que isto não seja destruído”, disse ele pedindo apoio também dos grupos espíritas que também estão empenhados a defender a família.

O padre, que já gerou polêmica ao chamar os protestantes de “otários”, disse que apesar das diferenças religiosas, os dois grupos precisam se unir para defender a família e a moral judaico-cristã.

“Nós católicos e os evangélicos estamos perfeitamente de acordo que neste campo (de crenças) não tem acordo. Mas não é neste campo que queremos firmar este acordo, é no campo político”, disse ele. O desafio dessa aliança polícia é aprender a respeitar as diferenças religiosas de ambas as partes e assim construírem uma força que vai salvar os valores morais da civilização.

“Nós vemos a nova invasão dos bárbaros”, disse ele se referindo ao movimento homossexual. “Mas não são bárbaros que vêm com a guerra, mas são bárbaros que vêm com a língua bifurcada como a serpente. Todos eles têm a língua bifurcada, eles dizem uma coisa, que para a população significa uma coisa, mas para eles outra”.

Ricardo Azevedo chama a atenção para a imposição do termo “identidade de gênero” que pode parecer tratar de igualdade entre homens e mulheres, mas que na verdade significa “transformar nossas escolas em fábricas de pessoas versáteis sexualmente”.

“O que eles estão planejando é acabar com a instituição familiar e para acabar com a instituição familiar eles precisam acabar com o papel de marido, mulher, macho, fêmea, filho, pai e mãe”, alerta.

No final do vídeo ele reafirma que os cristãos não aceitam esse tipo de ideologia e isso não significar desrespeitar as minorias. “Iremos respeitar todos os tipos de pessoas, mas não podemos tolerar é que as nossas escolas se transformem em fábricas de destruição do patrimônio moral”.

 

Manual para empresas sobre como lidar com direitos de funcionários LGBT

terça-feira, 17 de dezembro de 2013 0 comentários

Manuel Lopez faz parte do Glad, grupo de funcionários gays da Dow
Manuel Lopez faz parte do Glad, grupo de funcionários gays da Dow

Empresas lançam movimento para ampliar direitos de gays
O Instituto Ethos, que une empresas para discutir responsabilidade social, lançou na última semana um manual sobre como lidar com direitos de funcionários gays -40 companhias ajudaram a formular o documento.

Segundo Jorge Abrahão, presidente do instituto, o guia define dez compromissos que as corporações podem adotar para garantir direitos desses profissionais, como incluir o parceiro no plano de saúde.

Entre eles, está o comprometimento explícito da diretoria e a promoção de ações de desenvolvimento profissional. O Ethos não sugere um plano de carreira específico, conta Abrahão, mas, sim, que a empresa consiga criar um ambiente favorável para que eles se sintam livres.

Ele considera que houve avanços na promoção de direitos de outros segmentos, como negros e mulheres, e que, agora, "a questão LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transexuais] é a fronteira".

"O 'T' é o que mais necessita de políticas específicas, mas o 'L', o 'G' e o 'B' também", diz o executivo.

Em um vídeo de apresentação do manual, que o Ethos publicou no YouTube, Guilherme Bara, coordenador de diversidade da empresa química Basf, afirma que não é raro conversar responsáveis por seleção de candidatos e ouvir comentários como "o candidato era muito bom, mas era muito gay".

Uma das práticas que o manual recomenda para combater isso é a criação de grupos de trabalhadores LGBT.

Na Dow, o Glad (sigla para gays, lésbicas e aliados na Dow) foi criado há pouco mais de um ano e hoje tem 90 membros. Um deles, o gerente de contas Manuel Lopez, 43, conta que o grupo atua para conscientizar colegas com filmes e palestras.

Apesar de dizer que passou a ser mais respeitado quando revelou sua orientação sexual na empresa, Lopez afirma que o grupo não tem a intenção de ajudar gays a sair do armário.

"É uma questão muito pessoal, mas, no meu caso, foi um benefício. Passei a ser visto como mais autêntico."

Eles também organizaram um treinamento para que chefes aprendam a lidar com funcionários LGBT.

Fonte: Folha de São, Felipe Gutierrez, 15/12/2013

Por reeleição de Dilma, governo do PT rifa direitos LGBT outra vez

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013 1 comentários

Pelo telefone, a ministra Ideli Salvatti orientou bancada a só votar a proposta depois das eleições,
condição imposta por evangélicos em troca de apoio para a reeleição da presidente

Por Míriam Martinho

Obviamente ideologia é mero discurso para um partido cujo único objetivo é a permanência no poder a qualquer custo. Enquanto vituperam contra azelites, petistas vivem de beijos e abraços com empresários amigos, gente graúda com quem mantém negócios fabulosos à custa do dinheiro público. Enquanto ainda posam de defensores dos direitos humanos, por meio de ações individuais de parlamentares petistas, obedecem aos ditames da bancada evangélica em Brasília, o suprassumo do obscurantismo contra a igualdade de direitos entre os seres humanos. 

Ainda nas eleições de 2010, Dilma já tinha assinado termo por escrito selando sua aliança com os fundamentalistas evangélicos. E durante seu governo tem se mantido fiel ao acordo feito, criando obstáculos ao avanço de projetos LGBT sempre que a bancada evangélica a pressiona.

Infiltrado de petistas e de membros de outros partidos, o movimento LGBT perdeu totalmente a autonomia imprescindível para a vitalidade de uma força política real. Institucionalizou-se, no sentido de que existem inúmeros órgãos governamentais (comitês, conselhos, centros, defensorias) tidos como LGBT, mas que não refletem uma estrutura de base capaz  de emplacar candidatos homossexuais para o Congresso Nacional. Sem base civil e parlamentar, não tem poder de barganha e depende da boa vontade de parlamentares engajados na questão dos direitos humanos, mas que, por sua vez, também são enquadrados por seus partidos de acordo com os interesses dos mesmos. Trata-se de um círculo vicioso.

Portanto, a recente notícia de que o Planalto freiou o projeto que criminaliza a homofobia, por medo de perda do apoio dos evangélicos nas eleições de 2014, não deveria espantar a ninguém dado o quadro descrito. Espantoso de fato é ver ativista LGBT ou pelos direitos LGBT que diz que ainda vai votar no partido da estrelinha. Será Síndrome de Estocolmo?

Por 2014, Planalto freia projeto que criminaliza homofobia

Preocupado com o risco de ficar sem o apoio de evangélicos na campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff no próximo ano, o governo começou a orientar a base no Senado a ceder ao desejo dos religiosos e não votar neste ano do projeto que criminaliza a homofobia (PLC-122).

Como parte da estratégia para orientar a bancada, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, entrou em campo nesta semana. Ela telefonou para senadores governistas para pedir que a proposta fosse deixada para depois das eleições ou, de acordo com relatos de senadores, quando houver consenso sobre o assunto.

O acordo pedido pela ministra teria que conciliar interesses das igrejas e dos gays, até agora considerados pelos dois lados como inconciliáveis. A proposta também é um pleito histórico no PT, que se antecipou à movimentação do Planalto e divulgou na semana passada uma nota na qual reforça a posição em favor da votação do projeto.

“O Planalto tem afirmado que se houver ameaça a liberdade de expressão das igrejas, o relatório deve ser melhorado”, defendeu o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI). “Não acredito que haja alguma igreja que defenda o ódio”, argumentou.

O pedido de Ideli atende diretamente às exigências dos religiosos que não querem permitir avanço na tramitação da proposta. Na quarta-feira (11), na reunião da Comissão de Direitos Humanos, o senador e relator, Paulo Paim (PT-RS), driblou as manobras tentadas pelos evangélicos para protelar a votação e conseguiu ler o relatório.

Os evangélicos, que haviam tentado esvaziar o quórum necessário para a votação, tiveram que recorrer para o último pedido de vista do documento. Regimentalmente, os evangélicos não podem mais se utilizar deste recurso para protelar as votações. “Foi uma vitória poder ler o relatório e ainda fazer com que os evangélicos usassem o pedido de vista. Li e colocamos em votação. Ainda temos a próxima semana para colocar o texto em votação”, considerou Paim.

A presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), informou que está disposta a colocar o relatório em votação na próxima sessão da comissão, na quarta-feira (18).

Divergências

A posição do Planalto a favor do adiamento da votação ocorreu mesmo após a flexibilização da proposta apresentada por Paim. Para tentar aprovar seu relatório na comissão até o fim deste ano, Paim retirou do texto a palavra “homofobia”, incluiu artigos que resguardam a liberdade de expressão em eventos religiosos e que definem o “respeito” a templos e eventos religiosos no caso da manifestação de afetividade por parte de homossexuais. O senador também ampliou os tipos de preconceito a serem tratados na lei.

Consenso sobre o assunto não há nem entre gays e religiosos, nem entre senadores da base, nem entre senadores do próprio PT que integram a comissão. Ana Rita e Paim são os únicos titulares petistas a defenderem a aprovação da proposta. O senador Walter Pinheiro (PT-BA), que é evangélico, se alinha à posição defendida pelo Planalto nos bastidores e à de Wellington Dias, a favor do adiamento da votação até que se forme o consenso.

Paim acredita que tem como aprovar seu texto na comissão com apoio da maior parte do colegiado. Em apoio ao relatório, já se manifestaram informalmente os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Randolfe Rodrigues (PSOL-AC), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Davim (PV-RN).

Condição

O condicionamento do apoio à reeleição de Dilma Rousseff à rejeição ou adiamento da votação da proposta foi apresentado ao Planalto por senadores que estão na linha de frente do lobby das igrejas. Um deles é o senador Magno Malta (PR-ES), pastor da Igreja Batista. Malta não faz segredo da exigência.

“Não adianta na época de eleições tomar café com pastor, visitar as igrejas e depois de eleitos, defenderem projetos contra a família, da forma que foi concebida por Deus. Nós vamos nos posicionar contrários aos políticos que defendem essa ideologia homossexual. No segundo turno das eleições, andei este país inteiro com a Dilma, mas agora ninguém vai me usar mais”, reclamou o senador.

Na semana passada, Wellington Dias, que é católico, viajou ao Espírito Santo para se encontrar com Magno Malta. Os dois trataram da estratégia para barrar a aprovação da proposta e Malta aproveitou para colocar sua posição em relação ao apoio dos evangélicos na corrida eleitoral para a Presidência da República.

Gim Argello (PTB-DF) foi relator da lei que incluiu a música gospel entre os projetos culturais que podem ser financiado pela Lei Ruanet. Ele também manteve interlocução com o Planalto exigindo que a proposta não fosse levada a frente.

Outro senador que tem atuadopara barrar a proposta é Eduardo Lopes (PRB-RJ), pastor da Igreja Universal, que substituiu no mandato Marcello Crivella quando o bispo se licenciou para assumir o Ministério da Pesca no governo de Dilma Rousseff.

Eduardo Lopes argumentou que a proposta de criminalização não deveria ser tratada fora das alterações no Código Penal e que, por isso, deveria ser arquivada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. O projeto já foi aprovado na Câmara e antes de chegar ao plenário do Senado terá que ser aprovado pela CDH e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Fonte: Último Segundo, por Luciana Lima  | 13/12/2013

Supremo Tribunal da Austrália anula autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na capital do país

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013 0 comentários

Casal gay mal teve tempo de comemorar o casamento oficial. Foi bom enquanto durou.

Austrália mantém proibição do casamento homossexual
Em outubro, a Assembleia Legislativa do território de Canberra havia autorizado o casamento gay e a lei entrou em vigor no sábado passado apenas neste estado

O Supremo Tribunal da Austrália anulou nesta quinta-feira (12/12) a autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na capital do país, Canberra, ressaltando que é o Parlamento que deve autorizar estas uniões, atualmente proibidas em nível federal.

Em outubro, a Assembleia Legislativa do território de Canberra havia autorizado o casamento gay e a lei entrou em vigor no sábado passado apenas neste estado. Logo depois da meia-noite desse dia muitos casais selaram sua união.

Mas o governo recorreu à justiça para anular estes 27 casamentos homossexuais. Na Austrália, a lei federal rege os casamentos, e não a dos seis estados e dois territórios que compõem o país.

Na maioria dos estados estão autorizadas as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, com os mesmos direitos concedidos pelo casamento. No entanto, o casamento homossexual está explicitamente proibido na Austrália desde uma modificação da lei em 2004, que relata que o casamento é a união de um homem e uma mulher.

"A lei sobre o casamento não é válida para a formação ou o reconhecimento do casamento para casais do mesmo sexo", declarou nesta quinta-feira o tribunal, que adotou esta decisão por unanimidade.

"Segundo a Constituição e a lei federal como existem atualmente, uma autorização legal do casamento homossexual depende do Parlamento federal", acrescentaram os juízes.

Se a mais alta jurisdição do país tivesse apoiado a lei votada em Canberra, teria aberto caminho para leis similares nos outros estados e territórios, o que teria significado uma pressão adicional sobre o Parlamento, afirmam os analistas.

A decisão do Supremo Tribunal significa que os casamentos dos 27 casais homossexuais celebrados nos últimos dias em Canberra são declarados inconstitucionais e, portanto, serão anulados.

"Em menos de uma semana casamos e depois 'descasamos', ao menos do ponto de vista legal", declarou Ivan Hinton, que se casou com Chris Teoh.

"Continuamos casados. Me comprometi com Chris e prometi a ele passar o resto da minha vida ao seu lado (...) Mas hoje não é um bom dia", acrescentou.

Rodney Croome, defensor dos direitos dos homossexuais, considera que a causa do casamento homossexual avança na Austrália.

"Pela primeira vez, pessoas do mesmo sexo se casaram em território australiano", declarou este ativista, e estas celebrações mostraram que o casamento homossexual não é "um tema político", mas "uma questão de amor, compromisso, família e igualdade".

Várias associações religiosas, entre elas o Grupo de Pressão Cristã australiano, comemoraram a decisão do Supremo Tribunal e afirmaram que o casamento homossexual não é alvo de discussão para a maioria dos habitantes e que já é "hora de virar a página".

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, à frente de um governo conservador, se pronunciou contra a autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sua própria irmã, homossexual, está comprometida e espera poder se casar.

A Nova Zelândia, vizinha da Austrália, se converteu em abril de 2013 no primeiro país da região Ásia-Pacífico e no 15º do mundo a legalizar o casamento homossexual, unindo-se à Espanha, Uruguai, Argentina, Canadá, Portugal, França, Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Suécia, Islândia e África do Sul.

Nos Estados Unidos, 16 Estados também legalizaram o casamento entre pessoas do mundo sexo.

Fonte: Correio Brasiliense, 12/12/2013
 

Absurdo: Índia decide recriminalizar relação homossexual

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013 0 comentários

Índia decide restabelecer lei que criminaliza relação homossexual

Mesmo enfrentando forte oposição de ativistas dos direitos homossexuais, a Suprema Corte da Índia decidiu restabelecer uma lei que criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo.

A decisão reverteu uma ordem emitida por um tribunal de Nova Déli que, em 2009, havia descriminalizado a prática.

Em sua defesa, a Suprema Corte da Índia afirmou que caberia ao Parlamento legislar sobre o assunto.

O artigo 377 da lei, promulgada há 153 anos, considera que as relações homossexuais são "uma ofensa natural", puníveis com até dez anos de prisão.

Vários grupos religiosos, sociais e políticos tinham enviado petições à Suprema Corte para que a lei fosse restabelecida após a decisão tomada em 2009.

Correspondentes afirmam que, embora raramente tenha sido empregada para processar alguém envolvido em sexo consensual, a lei é frequentemente usada pela polícia para constranger homossexuais.

A homossexualidade ainda é um tabu na Índia e muitas pessoas consideram ilegítimas relações entre pessoas do mesmo sexo.
'Dia negro'

"Cabe ao Parlamento legislar sobre esse assunto", afirmou GS Singhvi, presidente da Suprema Corte da Índia, sobre a decisão tomada um dia antes de sua aposentadoria.
"A legislação deve considerar retirar essa provisão (Artigo 377) da lei pelas recomendações do procurador-geral", acrescentou ele.
O Ministro da Justiça da Índia, Kapil Sibal, afirmou a jornalistas que o governo deve respeitar a ordem, mas não disse se há planos de fazer alguma emenda à lei. Os correspondentes dizem que qualquer nova legislação teria poucas chances de ser aprovada – uma vez que as eleições gerais estão marcadas para o ano que vem.

Ativistas de direitos gays descreveram a decisão da Suprema Corte na última quarta-feira como "decepcionante" e afirmaram que vão formalizar um pedido para que o tribunal reveja sua decisão.

"Tal decisão nos pegou totalmente de surpresa. Foi um dia negro", definiu Arvind Narrain, advogado do grupo de direitos homossexuais Alternative Law Forum.

"Nós estamos muito irritados com o retrocesso dessa corte", acrescentou ele.

Em nota, G Ananthapadmanabhan, chefe-executivo da Anistia Internacional na Índia, afirmou que a decisão é "duro golpe" para os direitos das pessoas à igualdade, privacidade e dignidade.
É difícil não se sentir desestimulado por este julgamento, que representa um retrocesso de anos em um país comprometido com a proteção dos direitos humanos mais básicos, acrescentou ele, no comunicado.
Entretanto, a decisão da Suprema Corte foi festejada por grupos religiosos, especialmente líderes das comunidades cristã e muçulmana do país, que haviam manifestado oposição à ordem do tribunal de Nova Déli.
A Suprema Corte decidiu restabelecer tradições que atravessam séculos na Índia. A corte não está suprimindo o direito de nenhum indivíduo. Pelo contrário, está levando em conta as crenças e valores de uma grande maioria do país, afirmou à BBC Zafaryab Jilani, membro do All India Muslim Personal Law Board, entidade não-governamental que defende a aplicação das leis islâmicas na Índia.
Em sua decisão de 2009, a Alta Corte de Noa Déli havia descrito o artigo 377 como discriminatório e afirmado que o sexo gay consentido entre dois adultos não deveria ser tratado como crime.

Naquela ocasião, a ordem fora ampla e visivelmente comemorada pela comunidade gay na Índia, que afirmou que o julgamento ajudaria a proteger os homossexuais de constrangimento e perseguição.

Fonte: BBC Brasil, 11/12/13

National Akali Dal activists hold placards and shout slogans during a protest against an Indian court ruling to decriminalise gay sex in New Delhi on July 5, 2009
Religiões patriarcais, como sempre apostando no retrocesso

Justiça indiana confirma lei que criminaliza homossexualidade

O Supremo Tribunal da Índia confirmou nesta quarta-feira a vigência de uma lei, aprovada no período colonial, que considera a homossexualidade um crime. A corte anulou a decisão de um tribunal de Nova Délhi de 2009, que havia acabado com a criminalização das relações consentidas entre adultos do mesmo sexo, por considerar que a decisão depende do Parlamento e não da justiça.

Na sentença de 2009, o alto tribunal de Nova Délhi destacou que o artigo 377 do código penal de 1860, que considera um crime as relações homossexuais consentidas, em particular a sodomia, constitui uma "violação dos direitos fundamentais" da Constituição. Segundo o texto, a prática de "sexo contra a ordem da natureza" pode ser punida com até 10 anos de prisão. A lei data da época do domínio colonial britânico sobre a Índia.

"Legislar sobre esta questão é competência do Parlamento", afirmou o juiz G.S. Singhvi, na decisão desta quarta-feira.

A decisão de 2009 foi criticada por grupos religiosos, em particular por líderes muçulmanos e cristãos, que apresentaram um recurso ao Supremo Tribunal. O código penal vigente qualifica de "contranatural" a homossexualidade, castigada com multas e até 10 anos de prisão. Apesar de a lei quase nunca ser aplicada, as associações de defesa dos direitos dos homossexuais denunciam humilhações, intimidações e perseguição policial.

A medida chocou ativistas pelos direitos homossexuais, que esperavam que a endossasse a decisão anterior. Nos últimos anos, a Suprema Corte da Índia tem tomado decisões progressistas relacionadas aos direitos civis.
A decisão do Supremo Tribunal é totalmente inesperada. É um dia negro para a comunidade homossexual", lamentou Arvind Narayan, advogado da associação para os direitos dos homossexuais Alternative Law Forum. "Vemos isso como uma traição às mesmas pessoas que a corte deveria defender e proteger, disse.
Por comunicado, a Anistia Internacional considerou que a decisão era “um duro golpe para os direitos à igualdade, à dignidade e à vida privada de cada um”. Em Mumbai, cerca de 50 pessoas protestaram contra a lei. A comunidade homossexual permanece isolada no país.

Fonte: RFI, 11/12/2013

Presidente alemão não vai aos Jogos Olímpicos russos e agrada à comunidade LGBT internacional

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German President Joachim Gauck does not plan to attend the Olympics in Sochi, Russia, his office says.
Presidente da Alemanha, Joachim Gauck

O presidente da Alemanha, Joachim Gauck. informou ao Kremelin que não irá aos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão realizados na Rússia em fevereiro, segundo a revista alemã "Spiegel".

A atitude foi interpretada pela mídia como um protesto pela violação dos direitos humanos do governo russo e pela opressão dos membros da oposição no país.

Vários atletas também se manifestaram contrários a uma lei aprovada pelo Parlamento russo em junho que proíbe a propaganda de relações sexuais que não sejam heterossexuais na presença de menores de idade.

Segundo a revista "Spiegel", o presidente não quer que sua ausência nos Jogos seja interpretada como uma desaprovação aos atletas alemães.

Para a chanceler alemã, Angela Merkel, o boicote aos Jogos prejudica mais os atletas do que qualquer outra pessoa. Contrária à decisão de Gauck, ela disse que o mundo vai prestar atenção na situação na Rússia durante os Jogos e isso será mais efetivo para promover mudanças do que um boicote.

Gauck, que compareceu aos jogos em Londres no ano passado, nunca fez uma visita à Rússia desde que assumiu o cargo em março de 2012. Pelo contrário, o presidente criticou as atitudes de repressão e o cerceamento de liberdades no país em várias ocasiões.

Em outubro, o presidente russo Vladimir Puttin afirmou que gays e lésbicas também poderiam aproveitar os Jogos. "Faremos tudo ao nosso alcance para garantir que os atletas, fãs e convidados nos Jogos Olímpicos se sintam confortáveis, independentemente da sua origem étnica, raça ou orientação sexual", disse.

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