Grupo LGBT católico participa de audiência com o papa Francisco

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015 0 comentários

Irmã Jeannine Gramick e Francis DeBernardo recebidos pelo papa Francisco

Vaticano recebe grupo gay em audiência, discretamente

Um grupo de defesa dos direitos de católicos gays, vindo dos Estados Unidos, foi recebido pela primeira vez na audiência semanal do papa Francisco ontem, o que seus membros consideram um sinal de mudança na Igreja Católica. 

O grupo, porém, foi anunciado como "um grupo de leigos acompanhados por uma irmã". Não foi mencionado por Francisco, mas foi a primeira vez em que eles puderam participar da cerimônia. Até a menção ao grupo como leigos foi saltada pelo mestre de cerimonial que leu a lista de convidados. 

A irmã é Jeannine Gramick, co-fundadora do Ministério Novos Rumos, que prega para católicos homossexuais e promove os direitos dos gays na igreja. Ela e o diretor-executivo do grupo, Francis DeBernardo, lideraram uma caravana de 50 católicos homossexuais para a audiência na Praça de S. Pedro. 

Em entrevista, disseram que o grupo foi ignorado em visitas anteriores, nos papados de João Paulo 2º e Bento 16. 

Desta vez, um bispo dos EUA e o monsenhor Georg Gaenswein, que cuida dos convites para a audiência, apoiaram o pedido e eles foram recebidos na primeira fila, ao lado de dignitários e grupos católicos. 

Quando Francisco passou, eles cantaram "Todos São Bem-Vindos", um hino que simboliza seu desejo por uma igreja mais inclusiva. 

Uma lista dos convidados, publicada pelo Vaticano, informava que havia "um grupo de leigos acompanhados por uma irmã", mas não mencionava se tratar de um grupo de defesa dos direitos dos gays. 

"O que isto indica é que existem movimentos em nossa igreja para receber pessoas que estão fora", disse Gramick. 

Meses antes de sua eleição, Francisco fez sua já famosa declaração sobre como ele não poderia julgar gays que tenham boa vontade e estejam em busca de Deus. 

Até agora, porém, ele não deu sinais de que a igreja vá mudar sua doutrina contrária aos atos homossexuais. 

Em outubro, bispos do mundo inteiro se reuniram em Roma para debater questões relacionadas à família e divulgaram um relatório provisório pedindo maior aceitação dos gays pela igreja. 

O trecho foi suavizado na versão final do relatório, depois de reclamações de bispos conservadores. A última reunião sobre questões de família está marcada para outubro deste ano. 

DeBernardo disse que casais de gays, lésbicas e de outras famílias não-tradicionais deveriam ser convidados para o encontro, conhecido como sínodo, para falar aos bispos sobre sua fé e sua sexualidade.

Fonte: Diário de Cuiabá, via Folha Press, 18/02/2015

Japão a caminho da legalização das uniões homossexuais

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015 0 comentários

Um distrito da capital japonesa deu um passo pioneiro rumo
 à legalização dos casamentos “gay” no país 

Tóquio abre caminho a casamentos gay

O Japão desbravou o caminho para a legalização das uniões homossexuais depois do distrito de Shibuya, em Tóquio, ter decidido passar a reconhecer os casais do mesmo sexo, tornando-se o primeiro a dar esse passo no país. De acordo com a agência EFE, o governo local planeja começar a conceder certificados de união civil a esses casais a partir de abril, o que representa um importante precedente para outras entidades locais, inclusive para o Executivo central.

Esta é uma iniciativa pioneira no país, onde a Constituição define o casamento como “união baseada apenas no consentimento mútuo de pessoas de sexo diferente” e a legislação civil não reconhece direito algum aos casais homossexuais.

Desta forma, Shibuya, um dos 23 municípios de Tóquio e popular centro comercial e criativo do Japão, pretende acabar com a discriminação que os casais gays sofrem em vários níveis, desde o acesso a benefícios fiscais ou serviços sociais à obtenção de contratos com título partilhado.
O nosso objectivo é que os residentes LGBT (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) possam viver numa sociedade diversa onde as diferenças sejam mutuamente aceitas e respeitadas”, salientou o “mayor” de Shibuya, Toshitake Kuwahara, ao apresentar a medida.
Após ter ouvido juristas e representantes da comunidade LGBT, o governo local elaborou uma proposta de legislação que ainda terá de ser aprovada na assembleia local em março, para entrar em vigor em abril.

Em termos práticos, a medida visa disponibilizar certidões a casais homossexuais que serão reconhecidos da mesma forma que os tradicionais, embora ainda persista alguma controvérsia em torno desta definição.

A medida foi muito bem recebida por organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e políticos envolvidos nesta causa. Para os apoiadores da proposta, este é um primeiro passo rumo à equiparação, mas ao mesmo tempo pedem cautela até que se concretize o seu reconhecimento legal.

Em países como a Alemanha ou a Suíça, o reconhecimento legal dos casais homossexuais aconteceu primeiro a nível local e estendeu-se depois ao âmbito nacional, conforme destacou Yasuhiko Watanabe, professor de Direito da Universidade Sangyo de Kyoto.
Poderemos ver um movimento similar no Japão”, afirmou o especialista em Direito Civil e Familiar, em entrevista à agência Kyodo.
O reconhecimento legal destas uniões conta, no entanto, com a oposição de alguns políticos, que defendem a atribuição de um estatuto completamente diferente do casamento heterossexual.

De qualquer modo, a agência EFE salienta que a iniciativa de Shibuya promete alimentar o debate na sociedade japonesa, onde grande parte da população ainda se opõe a esses casamentos e, inclusive, tem uma opinião negativa sobre a comunidade gay. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Centro de Opinião Pública do Japão concluiu que 52% dos nipônicos ainda rejeitam a legalização de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Porém, essa percepção muda de forma significativa entre os jovens com idades entre 20 e 30 anos, onde a aceitação do casamento gay atinge 70%.

Fonte: Jornal Tribuna de Macal. 17/02/2015

A atriz norte-americana Ellen Page veio filmar canaval do Rio para a HBO

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015 0 comentários


Atriz Ellen Page grava documentário na Sapucaí: "Maravilhoso"

A atriz Ellen Page desembarcou no Rio de Janeiro nesta segunda-feira e foi na mesma noite à Sapucaí, onde assistiu à segunda noite de desfiles das escolas de samba. Ela foi uma das primeiras vips a chegar no camarote da revista Quem e foi a primeira a chegar no espaço cercada por uma equipe da HBO. Ela é a apresentadora de um documentário da rede internacional que vai mostrar o “maior espetáculo da terra”.

De camiseta, calça branca, boné e óculos, com um visual que lembra o astro pop Justin Bieber(assista ao vídeo abaixo), a estrela de Juno falou pouco: “Essa é a minha primeira vez aqui e estou amando o Brasil”. “Isso é muito legal! Maravilhoso”, completou, enquanto assistia ao desfile da escola São Clemente, a primeira a desfilar no segundo dia de atrações na Sapucaí. Diferente de quando chegou ao aeroporto, quando se mostrou simpática para um grupo de fãs, nesta noite Ellen dificilmente esboçou sorrisos.

A atriz norte-americana de 26 anos, famosa pelos filmes Juno e A Origem, veio ao país gravar um documentário para o canal HBO. Recentemente, a estrela assumiu sua homossexualidade em um discurso durante uma conferência sobre os direitos dos homossexuais em Las Vegas, nos Estados Unidos. "Estou aqui hoje porque sou homossexual. E porque talvez possa causar um efeito positivo. Ajudar outros para que sua vida seja mais fácil e esperançosa. Sinto que tenho uma obrigação pessoal e uma responsabilidade social em tudo isto", disse, na ocasião, a atriz.

Fonte: Época, Bruno Astuto, 17/02/2015

'Late-blooming-lesbians’, mulheres que passam a ter relações homossexuais após a maturidade

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015 0 comentários

Monica Donetto Guedes: "Acho que o amor independe da questão sexual"
- Fabio Rossi / Agência O Globo

Mônica Donetto, psicanalista: ‘Sou hétero, mas posso ser capturada a qualquer momento’

Antes especializada em infância, terapeuta freudiana agora dedica-se às ‘late-blooming-lesbians’, mulheres que passam a ter relações homossexuais após a maturidade
Sou psicanalista, membro titular da Formação Freudiana e autora do livro ‘Em nome do pai, da mãe e do filho’. Há alguns anos, pesquiso a sexualidade na contemporaneidade, com o intuito de pensar as questões que surgem na clínica psicanalítica em torno desse tema, com base na teoria freudiana.”
Conte algo que eu não sei.

O fenômeno das “late-blooming lesbians” (mulheres que passam a se envolver com outras mulheres já na maturidade) é cada vez mais discutido nos Estados Unidos. Há blogs sobre sobre mulheres que passam por isso depois de 35 anos de casadas. No Brasil, já ouvimos sobre o tema dentro dos consultórios, e o fenômeno já ganhou um nome. De repente, essa mulher se encontra dentro de outra experiência sexual. E não é necessariamente algo que ela escondeu.

Então não é uma saída do armário tardia?

Não sempre. É, muitas vezes, um encontro com outro objeto. Os encontros amorosos se dão a partir da pura pulsão. Eles não têm nada a ver com a anatomia. O corpo não é preparado “objetivamente” para uma relação homem-mulher por meio dos aparelhos sexuais.

Mais do que sentir desejo sexual por outra mulher, também há as relações de amor. As duas esferas se relacionam nessa dinâmica?

Acho que o amor independe da questão sexual. Posso morar com uma amiga e amá-la sem sentir desejo sexual por ela. A possibilidade de essas mulheres terem contato com outro corpo feminino é a questão importante. E as meninas já experimentam isso com as amigas na adolescência.

A sexualidade feminina é mais fluida?

Sim. Até por conta dessa experiência inicial das meninas. A experiência com o corpo do outra flui com melhor.

E a sexualidade da mulher e também psicanalista, é mais fluida ainda?

Para mim isso é muito natural. Sou hétero e ainda não passei por essa experiência com outra mulher. Mas posso ser capturada a qualquer momento! (risos). Meu corpo permite essa fluidez, já que a questão passa pelos meus pensamentos, pelos meus estudos.

Como as late-blooming-lesbians lidam com essa descoberta? E os maridos?

Quando chega a falar disso, ela já sabe o que sente e do que gosta. Mas isso causa um transtorno tão grande na sua vida, que ela não chega à análise pela sexualidade, mas pela angústia social. Ela pode entrar em depressão, porque não consegue sair do casamento. Ou, quando consegue falar disso, é bombardeadaa pela família. Os filhos entendem melhor. Os homens sentem que não foram potentes para fazer a mulher gozar dentro de uma estrutura hétero.

Suzane von Richthofen se envolveu com outra mulher na cadeia, depois de matar os pais com ajuda do namorado. Você pensou sobre esse caso?

É bem complexo fazer uma análise selvagem. Mas é um exemplo possível. Estou falando de uma sexualidade fluida, e como a Suzana está presa num lugar só com outras mulheres seria normal encontrar es sa outra experiência.

Brad Pitt e Angelina Jolie têm uma filha criança que só pede para se vestir de homem. E quando a sexualidade se manifesta muito cedo assim, no outro extremo?

A transsexualidade é um campo complexo, que ainda precisa ser investigado, até mesmo no campo médico. Não vejo a psicanálise com recursos para isso. A não ser para acompanhar e ajudar a família a não provocar um adoecimento da criança. Se você tenta forçar a construção dessa identidade, há muito mais prejuízo.

Fonte: O Globo, por Maurício Meirelles, 12/02/2015

Contrário à democracia, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, quer impedir adoção de crianças por casais LGBT

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015 0 comentários


Cunha acelera projeto contra família gay

Presidente da Câmara instala comissão para restringir conceito de união a casal heterossexual

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criou nesta quarta-feira, 10, uma comissão especial para acelerar a tramitação de um projeto que reconhece como família apenas os núcleos sociais formados da união de um homem e de uma mulher. Chamada de Estatuto da Família, a proposta é de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), da bancada evangélica, e enfrenta resistência do movimento gay. 

Cunha, que determinou a instalação do órgão, também é evangélico e recebeu votos de parlamentares cristãos para se eleger presidente da Câmara, no dia 1.º deste mês, derrotando o candidato do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Nesta semana, em relação a outra questão polêmica, ele afirmou que o aborto só iria à votação “por cima” de seu cadáver.

O autor do projeto alega que o projeto será discutido e haverá audiências públicas para que opiniões divergentes sejam apresentadas.
É um projeto que a sociedade demonstrou querer discutir. Acredito que não haja alteração nesse artigo (que trata da definição de família) porque aumentou a bancada cristã e conservadora”, afirmou Ferreira ao Estado. Membro da Assembleia de Deus, ele se diz um “conservador não radical”. 
Pelas regras da Câmara, a comissão especial terá 40 sessões para emitir um parecer sobre a proposta. Depois, o texto segue para o plenário.

Conceitos. De acordo com a justificativa do projeto, cabe ao Estado “valorizar” e “proteger” o conceito de família.
São diversas as questões, desde a grave epidemia das drogas, que dilacera os laços e a harmonia do ambiente familiar, à violência doméstica, à gravidez na adolescência, até mesmo à desconstrução do conceito de família, aspecto que aflige as famílias e repercute na dinâmica psicossocial do indivíduo”, escreveu Ferreira no projeto.
Para a presidente da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Maria Berenice Dias, o projeto é “flagrantemente inconstitucional”. “A Constituição diz que a família não é só formada a partir do casamento, é também formada por união estável, é monoparental. Dizer que a união entre um homem e uma mulher é o conceito de família é restritivo. União de pessoas do mesmo sexo são, sim, um núcleo familiar”, disse ela ao lembrar da decisão de maio de 2011 do Supremo Tribunal Federal que reconheceu à união homoafetiva os mesmos direitos da união heterossexual. 
Essa iniciativa vai na contramão da história dos direitos humanos e nela se vê a confusão que há entre Estado e religião incentivada por esses legisladores”, afirmou Maria Berenice, que também é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). 
Fonte: Estado de São Paulo, 11/02/2015, por William Castanho

Deputados aceleram proposta que veta adoção por casais gays
Projeto do Estatuto da Família, que foi arquivado com o fim da legislatura, em janeiro, volta a tramitar na Câmara. Expectativa do relator é que o projeto seja aprovado neste semestre

Arquivado no fim da legislatura passada, o projeto do Estatuto da Família, que proíbe a adoção de crianças por casais gays, será analisado novamente pelos deputados neste semestre. No intervalo de uma semana, a proposta saiu do arquivo e foi direcionada para uma comissão especial, que terá a tarefa de votar a matéria de forma conclusiva. Ou seja, se aprovada, segue direto para o Senado sem passar pelo plenário da Câmara.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou nesta quarta-feira (11) - dois dias depois de o projeto ser desarquivado - a criação de uma comissão especial para analisar o Estatuto da Família. O próximo passo para a apreciação da proposta é a indicação dos membros do colegiado pelos líderes partidários, o que deve ocorrer na semana seguinte ao carnaval. 

Como o regimento interno da Casa permite que a matéria saída do arquivo retome a tramitação de onde parou, o Estatuto pode ser colocado direto em votação. Em dezembro, deputados contrários ao relatório do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) conseguiram adiar a apreciação na comissão. Com o fim da legislatura, o projeto acabou arquivado. No parecer, Fonseca defendia que casais de "mero afeto", como ele chama as relações homoafetivas, não possam adotar crianças. 

Por ter sido o relator no ano passado, Fonseca deve ser reconduzido à função. "Eu quero trabalhar o mais rápido possível, vou reivindicar a relatoria", adiantou o deputado brasiliense ao Terra. No entanto, para o deputado brasiliense, que é pastor da Igreja Assembleia de Deus, retomar a relatoria, os líderes precisam indicar os parlamentares para formar a nova comissão. 

No ato em que determinou a criação do colegiado, Cunha determinou que 27 membros titulares e outros 27 suplentes formem o colegiado. Este processo pode atrasar por causa do carnaval e da postura de partidos contrários ao Estatuto da Família, como PT, PCdoB e Psol. 

Reação
Uma das deputadas que fez parte da comissão encerrada em dezembro, Erika Kokay (PT-DF) disse que o trabalho será de impedir que o texto seja votado na comissão. A tarefa não deve ser fácil. No ano passado, o grupo contrário ao relatório acabou beneficiado pelo fim da legislatura, pela crise na base aliada e pela baixa presença de deputados em plenário, o que acabou aumentando os prazos para vista e cancelando sessões. 

Porém, a partir deste ano, o Congresso será mais conservador socialmente falando, segundo a 6ª edição do estudo Radiografia do Novo Congresso. Publicado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o documento aponta a não reeleição de deputados ligados aos direitos humanos e a eleição de integrantes da bancadas religiosas como entraves para análise de projetos que beneficiem o setor LGBT.

Mesmo neste cenário, a petista garante que a tática será a mesma.
Vamos fazer a tática regimental", adiantou ao Terra. Uma das possibilidades para atrasar a votação será a apresentação de um requerimento para tirar o caráter conclusivo da matéria, o que garante a ida ao Senado sem passar pelo plenário. "O projeto é um absurdo, parece algo saído do século 17", avaliou a petista.
Fonseca não se intimida com as críticas. Diz que o país vive uma democracia e que o Parlamento é o "lugar do debate, do contraditório". Ele reconhece que o tema é polêmico - em especial a proibição da adoção -, mas que precisa ser votado pela Câmara.
Vamos ver quem vai ter mais votos", concluiu.
Relatório
No substitutivo ao projeto apresentado originalmente pelo deputado Anderson Ferreira (PP-PE) no em 2013, o parlamentar do Distrito Federal define como família o casamento ou união estável entre homens e mulheres e seus descendentes. Desta maneira, ele tira de casais gays a possibilidade de terem os mesmos direitos de heterossexuais. 

Na prática, o substitutivo de Fonseca modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para remeter à Constituição como deve ser a adoção. O texto torna "indispensável" que as pessoas interessadas em adotar sejam “casados civilmente ou mantenham união estável, constituída nos termos do art. 226 da Constituição Federal, comprovada a estabilidade da família”. Como hoje não existe uma legislação específica sobre isso - casais gays têm conseguido o direito na Justiça -, a aprovação do projeto acaba introduzindo a proibição na legislação brasileira.
Nesse sentido, não podemos subordinar as crianças a obterem adoção que cristalize a impossibilidade de suprirem o trauma da perda e falta de convívio com seu pai e sua mãe. Nas relações de mero afeto, sobretudo nas que as pessoas que a compõe forem de mesmo sexo, a criança que sob essa hipótese fosse adotada passaria a ter de maneira irremediável a ausência da figura do pai, ou da mãe”, argumentou o deputado no parecer apresentado no ano passado.
Fonte: Terra, por Ignácio Junior, 12/02/2015

Ginasta Laís Souza revela ter namorada

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 0 comentários

Laís Souza sorri na entrevista no Rio: confiança na recuperação
após grave acidente de esqui - Cezar Loureiro / Agência O Globo

Ginasta Lais Souza revela ser gay: "Tenho uma namorada"
A ginasta Lais Souza decidiu falar sobre sua orientação sexual em uma entrevista para a revista "TPM". A jovem de 26 anos admitiu que há alguns anos é gay e que tem uma namorada.
"Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive uns namorados, mas hoje estou gay", afirmou.
A declaração de Lais aconteceu durante uma grande entrevista para comentar sobre sua recuperação e as dificuldades encontradas desde que sofreu um acidente durante a preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014. A ginasta também falou do tratamento realizado pela Miami Project to Cure Paralysis, que consiste na aplicação de células-tronco na coluna e a esperança de retomar a sensibilidade do corpo. 
Sei que muita gente gostaria de estar no meu lugar, por isso quero que dê certo, por mim, mas também pelos médicos, pelos pesquisadores e por quem vai se beneficiar", comentou. 
Lais também falou sobre como tem sido a vida desde que perdeu os movimentos dos ombros para baixo. A ginasta destacou a amizade e o apoio recebido da deputada federal Mara Gabrilli, que é tetraplégica. 
A Mara me ajuda muito. A gente conversa de coisas práticas: cocô, xixi e sexo. Eu amo falar sobre sexo, sempre fui assim. Tive corpão de atleta, sempre fui mais corpo do que qualquer outra coisa, eu era sapeca de aventuras e tudo mais, e a gente se identificou com isso", disse. 
Fonte: UOL. 10/02/2015

Ex-ginasta Lais Souza revela que é gay
Em recuperação de acidente que a deixou sem movimentos do pescoço para baixo, Lais diz em entrevista que tem namorada

Em recuperação do gravíssimo acidente de esqui que a deixou sem movimento e sensibilidade do pescoço para baixo, a ex-ginasta Lais Souza revelou que é gay. Em entrevista à revista TPM, Lais, de 26 anos, disse que tem uma namorada.
Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive uns namorados, mas hoje estou gay.
Ainda na entrevista à TPM, Lais contou detalhes de sua recuperação e da vida após o acidente. Ela foi selecionada pelo Miami Project to Cure Paralysis para ser a paciente de um tratamento inédito com células-tronco no qual médicos e pesquisadores depositam a esperança de ser uma revolução para casos como o dela.
Sei que muita gente gostaria de estar no meu lugar, por isso quero que dê certo, por mim, mas também pelos médicos, pesquisadores e por quem vai poder se beneficiar. - explica a ex-atleta, que já passou por sessões de injeção de células-tronco na área afetada.
Na última semana, ao SporTV, Lais contou que já começou a sentir parte dos pés e das pernas, uma indicação de que o tratamento está começando a dar resultados.

Ainda na entrevista à TPM, ela contou sobre o dia-a-dia com a paralisia e a relação com a mãe, com quem passou a ter convivência intensa após o acidente, o que não acontecia desde que ela tinha 10 anos e deixou a casa dos pais, em Ribeirão Preto, para iniciar a carreira de ginasta em São Paulo.
Minha mãe me dando banho, trocando fralda, dando comida... - conta, garantindo que os momentos de angústia são raros e passageiros, quando ela desabafa. - Mãe, por quê comigo?
Relembre o caso

Lais sofreu o acidente de esqui em 27 de janeiro do ano passado. A ex-ginasta treinava para o Jogos Olímpicos de Inverno, quando chocou-se contra uma árvore e sofreu deslocamento entre a terceira e a quarta vértebras, esmagando a medula. Naquele momento, ela perdeu toda a sensibilidade e a capacidade de se mover do pescoço para baixo. Lais correu risco de morte, e seu drama comoveu o Brasil.

Inicialmente, foi levada ao Hospital de Salt Lake City, onde foi operada para realinhar a coluna e reativar a circulação para a medula. Uma semana depois, foi transferida para Miami, onde concluiu o tratamento.

Depois de 11 meses de tratamento na Flórida, ela retornou ao Brasil em dezembro para continuar sua recuperação.

Fonte: O Globo, 10/02/2015

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