Empresas oferecem cruzeiros para gays e lésbicas em 2015

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 0 comentários

Olivia é uma empresa de turismo especializada em organizar viagens para lésbicas

O público LGBT é um dos que mais buscam cruzeiros, e isso faz com que muitas companhias se preocupem em criar um ambiente tolerante e gay-friendly a bordo. Além das companhias, também há empresas especializadas em agendar cruzeiros exclusivamente voltados para o público gay. Há desde rotas comuns dentro da indústria até viagens temáticas de Mardi Gras ao nudismo. Confira nove opções de cruzeiros para gays e lésbicas em 2015.

30º aniversário da RSVP - A RSVP, uma das precursoras em cruzeiros para gays e lésbicas, comemorará seu 30º aniversário com uma viagem entre 8 e 15 de janeiro de 2015. O roteiro a bordo do Regal Princess, nova embarcação da Princess Cruises, partirá de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, rumo ao Caribe, com escalas em Princess Cays, nas Bahamas, Cozumel, no México, e George Town, nas Ilhas Cayman. A bordo a festa terá humoristas, shows musicais, DJs e drag queens. Preços a partir de US$ 999 (R$ 2.256,64) por pessoa, mais taxas.

Canal do Panamá e Costa Rica - A Olivia é uma empresa de turismo especializada em organizar viagens para lésbicas e neste cruzeiro, a bordo do veleiro de luxo Wind Spirit, da Windstar Cruises, leva suas clientes em uma jornada pela América Central. Com partida de Colón, no Panamá, em 24 de janeiro, a viagem de 7 noites cruza o Canal do Panamá, e faz escalas em Ilha Coiba, no Panamá, Golfito, Baía Drake e Quepos, na Costa Rica. Os preços partem de US$ 4.199 (R$ 9.485,12) por pessoa, mais taxas.

Silhouette Caribbean Cruise - Com partida em 1º de fevereiro de 2015 a bordo do Celebrity Silhouette, da Celebrity Cruises, o cruzeiro de 7 noites da Atlantis Events, a maior empresa de cruzeiros para gays do mundo, sai de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, para o Caribe. O roteiro tem escalas em Labadee, no Haiti, Phillipsburg, em São Martinho e San Juan, em Porto Rico. A bordo estão programadas festas especiais e apresentações exclusivas. Os preços partem de US$ 1.349 (R$ 3.047,26) por pessoa, mais taxas.

Austrália e Nova Zelândia - Outra viagem da Olivia é o cruzeiro de 25 anos da empresa, entre Austrália e Nova Zelândia a bordo do Oosterdam, da Holland America Line, com partida em 13 de fevereiro e duração de 12 dias. Com saída de Sydney, a viagem passa pela Tasmânia, na cidade de Hobart, cruza o Parque Nacional Fiordland, já na Nova Zelândia, onde faz escalas em Dunedin, Christchurch, Wellington, Rotorua, até chegar a Auckland. Esta viagem terá convidados especiais como a atriz e musicista Olivia Newton-John. Os preços partem de US$ 2.099 (R$ 4.741,43) por pessoa, mais taxas.

Cruzeiro naturista - Voltado para gays naturistas, esta viagem da Source Events em parceria com a organização Gay Naturists International terá sua segunda edição entre 15 e 21 de fevereiro de 2015. A bordo do luxuoso veleiro Mandalay, da Windjammer, a rota pelo Caribe francês parte de São Martinho, Anguilla, Névis, São Bartolomeu e Tintamarre. Preços a partir de US$ 1.659 (R$ 3.747,52) por pessoa, mais taxas.

Mardi Gras em Auckland e Sidney - A Atlantis Events também realizará um cruzeiro para o Mardi Gras gay de Sydney, o maior evento do tipo no mundo. Com partida dia 24 de fevereiro de Auckland, na Nova Zelândia, a bordo do Oosterdam, da Holland America Line, a viagem terá escalas em Napier, Wellington, Christchurch e Dunedin, na Nova Zelândia, Melbourne e Sydney, na Austrália. Além das festas temáticas a bordo, os passageiros poderão curtir shows durante o Mardi Gras na cidade australiana de artistas como George Michale, Kylie Minogue e Boy George. Preços a partir de US$ 1.599 (R$ 3.611,98) por pessoa, mais taxas.

Singapura para Hong Kong - Uma das mais longas e exóticas viagens voltadas para o público gay, organizada pela Atlantis, é o roteiro entre Singapura e Hong Kong, na China, com partida em 29 de março e 11 noites de duração. A bordo do Celebrity Millennium, da Celebrity Cruises, as escalas ocorrem em Koh Samui e Bangkok (com pernoite), na Tailândia, Ho Chi Mihn, Nha Trang, Hue e Hallong Bay (com pernoite), no Vietnã. Os preços partem de US$ 1.699 (R$ 3.837,87) por pessoa, mais taxas.

Passagem Interior e geleiras no Alasca - Outra rota para lésbicas em 2015 será o cruzeiro pelo Alasca de 13 a 20 de maio a bordo do Westerdam, da Holland America Line, com partida de Vancouver, no Canadá. A rota inclui travessias pela Passagem Interior, pelo fiorde de Tracy Arm e pela Glacier Bay, e escalas em Juneau, Skagway e Ketchikan. Preços a partir de US$ 1.399 (R$ 3.160,20) por pessoa, mais taxas.

Ilhas Gregas e Turquia - A Olivia também terá um cruzeiro pelas ilhas gregas e pela Turquia em 2015. Com partida de Istambul em 16 de agosto, a rota a bordo do Azamara Quest, da Azamara Club Cruises, passa por Éfeso, também na Turquia, Mytilini, Mykonos, Santorini, Creta e Atenas, na Grécia. Preços a partir de US$ 2.299 (R$ 5.193,21) por pessoa, mais taxas.

Fonte: Terra, 22/08/2014

Lesbianas saem do armário nos concursos de beleza

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 0 comentários

Rose Maria Walsh é a atual Miss Irlanda e vai concorrer no Miss Universo 

Miss Irlanda também assume ser gay dias depois de miss espanhola sair do armário

Depois de a Miss Espanha, a bela morena Patricia Yurena Rodríguez, assumir ser gay, agora é a vez da atual Miss Irlanda fazer o mesmo. Em entrevista ao jornal “Irish Sun”, Rose Maria Walsh se declarou lésbica e disse que só tomou a decisão de sair do armário depois de consultar sua família: “Para mim, ser lésbica é normal. Eu disse aos meus pais e eles me apoiaram, como deveria ser”.

Organizador do concurso na Irlanda, Anthony O'Gara também foi ouvido pela publicação e apoiou a atitude da atual representante da beleza de seu país: “Ela é uma pessoa maravilhosa, uma vencedora do sexo feminino atraente, inteligente e digna”.

Rose Maria Walsh

Rose Maria Walsh vai representar a Irlanda no próximo Miss Universo 2014, que está previsto para acontecer no dia 23 de novembro no Azerbaijão. Há poucos dias, a morena venceu um outro concurso de beleza nos Estados Unidos.

Patricia Yurena Rodríguez, a Miss Espanha que se assumiu gay 

A espanhola Patricia Yurena foi a primeira miss a se declarar homossexual. Logo depois do anúncio, ela publicou uma foto deitada na cama ao lado da DJ Vansea Cortes e escreveu: “Romeu e Julieta”.

Fonte: Extra, 28/08/14

Marina Silva assume ser contra casamento LGBT e perde secretário nacional do comitê LGBT pessebista

quarta-feira, 3 de setembro de 2014 0 comentários


'Casamento é estabelecido entre pessoas de sexo diferente', diz Marina
Programa de governo da candidata do PSB defendia o casamento gay. Um dia após lançar programa, presidenciável retirou trecho polêmico.

Dois dias após retirar de seu programa de governo o trecho que manifestava apoio ao casamento gay, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que decisão da Justiça já autoriza a realização da união estável entre casais do mesmo sexo. A presidenciável ponderou que, segundo a Constituição, casamento é estabelecido entre pessoas de sexo diferente.

"Eu sou a favor dos direitos civis de todas as pessoas e a união civil entre pessoas do mesmo sexo já está assegurada na Justiça por uma decisão do Supremo. Tem muita gente que faz a confusão entre união estável e união civil. A união civil assegura todos os direitos para os casais que têm a união no mesmo sexo. O casamento é estabelecido entre pessoas de sexo diferente. É isso que está assegurado na Constituição, na legislação brasileira, mas os direitos são iguais", disse Marina em entrevista coletiva que concedeu em São Paulo.

No último sábado (30), a campanha de Marina Silva decidiu subtrair o ponto do programa de governo que manifestava apoio a propostas para legalizar o casamento igualitário no Brasil, que permite a união entre homossexuais. Além disso, foi eliminada defesa de um projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.

Os dois pontos estavam num capítulo sobre os direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais) e foram substituídos pela seguinte redação: "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".

Em nota divulgada no sábado, a assessoria da campanha do PSB informou que o texto inicialmente divulgado, que trazia a proposta de apoio ao casamento gay, "infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo".

O comunicado também destacou que uma "falha processual na editoração" da versão do programa divulgada na internet e em exemplares impressos permitiu a veiculação de uma redação "que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT".

Atualmente, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo das atividades do Judiciário, obriga os cartórios a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, o CNJ obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Porém, não há nenhuma lei no país que regulamente o assunto.

Em 2010, ano em que disputou pela primeira vez a Presidência, Marina afirmou que, na opinião dela, o casamento é um "sacramento" e que aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo iria contra suas convicções religiosas. Apesar disso, na ocasião, se disse a favor da “união de bens” entre homossexuais.

Homofobia
Apesar de também ter retirado de seu conjunto de propostas o trecho que defendia o combate ao preconceito contra homossexuais, Marina disse nesta segunda, ao ser indagada sobre se ela era a favor de uma lei que equiparasse homofobia a racismo, que é contra "qualquer tipo de discriminação".

"Eu sou a favor do combate a qualquer forma de discriminação a quem quer que seja. E a lei precisa refletir, da forma adequada, como isso será feito. Há uma tênue dificuldade em se estabelecer o que é a discriminação, o que é o preconceito em relação ao que é convicção e opinião. É isso que precisa ser claramento definido. E o projeto ainda não deixa clara essa diferenciação", comentou a ex-senadora.

Fonte: G1, por Amanda Previdelli, 01/092014

Adeptos da causa LGBT rompem com Marina Silva
O recuo da campanha de Marina Silva (PSB) em propostas à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais) provocou críticas internas e baixa na militância aliada à candidata ao Planalto.

Um dos responsáveis pela elaboração da pauta, Luciano Freitas, secretário nacional do comitê LGBT pessebista, afirmou à Folha que retirou apoio à presidenciável.

Para aliados da Rede –partido idealizado por Marina e ainda não registrado na Justiça Eleitoral– a mudança é considerada um "retrocesso".

A coligação apresentou na sexta (29) um programa que defendia a aprovação do casamento civil homoafetivo e a articulação para aprovar lei que criminaliza a homofobia.

No dia seguinte, voltou atrás e apresentou uma nova versão, eliminando tópicos polêmicos e dizendo que prometia "garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo" –o que já é assegurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O primeiro programa foi classificado de "falha processual na editoração", que "não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema".

Marina disse que os tópicos que foram divulgados ao público equivocadamente é o da pauta de setores, não o assimilado pela candidatura.

Freitas disse que a partir de agora se concentrará em pedir votos para o candidato ao governo pernambucano Paulo Câmara e deputadas da legenda "defensoras dos direitos humanos".

Ele e a advogada Giowana Cambrone, delegada nacional da Rede, entregaram na semana passada "duas páginas" de pautas aos coordenadores de campanha de Marina, Maurício Rands e Neca Setubal. Segundo membros da Rede, ambos estavam cientes das discussões. Além do PSB e Rede, o grupo era formado pelo PPS Diversidade.

"Fomos surpreendidos por uma alteração chamada de errata' pela coordenação. Nos sentimos frustrados e, obviamente, a reação foi de desagrado", disse Marcio Sales, da Rede. Ele classificou a mudança de "curto-circuito" entre a militância e "determinados setores" da coligação.

Antes, em seu perfil do Facebook, ele publicou que "foi um triste, covarde e vexatório retrocesso programático" que "pegou a todos de surpresa numa decisão autoritária".

Procurado, Rands preferiu não dar declarações. O PSB não respondeu ao pedido de entrevista com Neca. A Rede e o PPS Diversidade publicaram nota dizendo que o "texto publicado no dia 30" representa o consenso das propostas "aprovado pela coordenação política da campanha". 

Fonte: Folha de São Paulo, por José Marques, 02/09/2014

N. E. - O Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas de mesmo sexo em 05 de maio de 2011, e o Conselho Nacional de Justiça, no dia 14 de maio de 2013, aprovou uma resolução que obriga todos os cartórios do país a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo com vistas à efetivação da decisão do Supremo de 2011. A candidata Marina Silva, portanto, ou não sabe o que diz ou tenta dar uma de joana sem braço. Se eleita, à parte as questões gerais do país, para as quais não aparenta ter respostas, ainda por cima representará um possível retrocesso nas parcas conquistas obtidas pelo segmento LGBT do país. Vade retro, crentina!

Marina Silva revisa plano de governo para não apoiar demandas LGBT | Um Outro Olhar

Colômbia aprova com restrições adoção de crianças por casais LGBT

terça-feira, 2 de setembro de 2014 0 comentários

Verónica Botero conseguiu autorização para adotar
 a filha de sua companheira Ana Elisa Leiderman
 

Colômbia aprova com restrições adoção de crianças por casais gays
Condição é que um dos integrantes do casal seja o pai ou a mãe biológicos. Corte aprovou adoção a casal de mulheres.

Um tribunal da Colômbia aprovou nesta quinta-feira (28) a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, mas condicionou a prática à exigência de que um dos integrantes seja o pai ou a mãe biológicos.

Trata-se de uma decisão histórica, que reavivou a polêmica entre aqueles que apoiam e rejeitam os direitos homossexuais neste país principalmente católico.

A Corte Constitucional, por seis votos a favor e três contra, aprovou o direito de adoção a um casal de mulheres, uma das quais é a mãe biológica da criança, uma menina.

"Foi concedido o amparo do direito fundamental da menor de ter uma família e nesse sentido se protege tanto o interesse superior da menor de ter uma família como o direito das famílias de resolver de maneira autônoma a convivência correspondente", disse o presidente da corte, o magistrado Luis Ernesto Vargas.

A decisão, que recebeu reações a favor e contra, esclareceu que as requerentes devem cumprir as restrições e as formalidades estabelecidas por lei às autoridades para a adoção.

"É um passo muito tímido e na verdade frustrante por parte da Corte Constitucional que pôs obstáculos a um direito que deve ser universal e geral", disse a senadora do Partido Verde Claudia Lopez, defensora dos direitos dos casais do mesmo sexo.

Parlamentares do Partido Conservador e do direitista Centro Democrático questionaram a decisão do tribunal.

"Nosso partido respeita a privacidade das pessoas e reconhece os direitos civis dos casais do mesmo sexo, mas defende a proteção da família, formada por homem e mulher, e o bem-estar da infância com base na normativa vigente", disse um comunicado do Centro Democrático liderado pelo ex-presidente Alvaro Uribe.

O Congresso da Colômbia rejeitou em 2013 um projeto de lei que tentava permitir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Contudo, os casais gays podem ir a um cartório e se unir de uma forma semelhante ao casamento civil, com os direitos e deveres que esse ato implica.

Fonte: G1, 28/08/2014

Marina Silva revisa plano de governo para não apoiar demandas LGBT

segunda-feira, 1 de setembro de 2014 0 comentários

Marina declara que não apoiará direitos LGBT

A morte prematura do presidenciável Eduardo Campos do PSB, em acidente de avião, não se configurou como tragédia apenas por si mesma mas também porque abriu espaço para que a vice do candidato, Marina Silva, assumisse seu lugar. Na esteira da comoção que se seguiu à morte de Campos e por representar, na cabeça dos incautos, algo de "novo" na política brasileira, Marina abriu uma extraordinária vantagem sobre os demais concorrentes, ameaçando até derrotar Dilma Roussef no primeiro turno. 

No entanto, de "nova" Marina Silva não tem nada. Esta há três décadas na política brasileira, tendo integrado o Partido Revolucionário Comunista (sic), o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Verde, a Rede Sustentabilidade e, para participar das eleições deste ano, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Pelo PT, foi vereadora, senadora e Ministra do Meio-Ambiente (até 2008). Saiu-se candidata à presidência da República pelo PV, em 2010, e, agora, por força do destino, pelo PSB.

Sua matriz ideológica é similar à de Dilma Roussef, misturada, contudo, com conservadorismo religioso (da teologia da libertação ao evangelismo foi um pulo) e ecologismo, este iniciado nos tempos dos seringuais com Chico Mendes no Acre. Em suma, Marina Silva é um bicho de sete cabeças: conservadora, socialista, ecologista e mística, tudo isso misturado num resultado imprevisível. Talvez, por isso mesmo, costume falar coisas incompreensíveis que os crentes néscios interpretam como expressão de alguma sabedoria tão superior que sua pobre capacidade de entendimento não alcança.

Não há nada de novo também em sua política nem em termos de ética ou de qualquer outra coisa. Esteve no PT ainda durante bons anos depois do escândalo do mensalão. Seu marido, Fábio Vaz, desligou-se de cargo no governo do Acre agorinha, governo de Tião Viana do PT, com quem mantém relações bem próximas. Do ponto de vista da moral e dos costumes, já se posicionou favorável ao ensino do criacionismo em escolas, contra pesquisas com células-tronco, contra a descriminalização do aborto e o casamento LGBT.

E, chegando ao tema desta página, devido ao programa do PSB, havia se posicionado mais favorável aos direitos LGBT numa primeira hora. Rapidamente, porém, mudou de ideia, seguramente por pressão de evangélicos a qual será ainda mais suscetível do que Dilma Roussef, já que comunga com eles da mesma visão de mundo.

Resumidamente, Marina Silva, se eleita presidente do país, tem tudo para ser um desastre em vários campos. Nada indica que saiba o que fazer com o caos econômico herdado dos longos anos de petismo (sem falar com o estado aparelhado). Tudo indica que representará um retrocesso no concernente às liberdades individuais, como o artigo abaixo exemplifica. Embora ache difícil reverter o processo de ascensão da candidata, acredito que precisamos tentar impedi-la de ser eleita. Na situação atual, ficamos sem opção, pois a diferença entre Dilma e Marina é bem próxima da que separa o seis do meia dúzia.

Míriam Martinho

São Paulo, 30/08/2014

Marina agora exclui casamento gay e criminalização da homofobia de plano

Comitê da candidata do PSB à Presidência afirma ter havido ‘falha processual na editoração’ do programa lançado e divulga ‘errata’

Decorridas menos de 24 horas do lançamento oficial de seu programa de governo, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, emitiu nota oficial para retificar o que havia prometido em relação à defesa dos direitos da população homossexual.

Alegando "falha processual na editoração do texto" divulgado, ela recuou em relação aos pontos mais polêmicos e rejeitados pelos pastores de denominações evangélicas, onde se abriga parte considerável de seu eleitorado.

Ontem, após a divulgação do programa, ao mesmo tempo que as redes sociais registravam manifestações de apoio da comunidade LGBT, pastores e políticos da bancada evangélica disparavam críticas, insinuando que Marina perderia o apoio do eleitorado de suas igrejas.

Um dos pontos que mais deixam evidente o recuo da candidata, que pertence à igreja Assembleia de Deus, é a supressão da promessa de "articular no Legislativo a votação da PLC 122". O objetivo desse projeto de lei, que tramita desde 2006, é equiparar o crime de homofobia ao racismo, com a aplicação das mesmas penas previstas em lei.

Desde que surgiu, ele tem sido combatido pela bancada evangélica, com o argumento de que pastores que atacarem a homofobia em seus programas de rádio e TV também poderão criminalizados, o que seria uma restrição do ponto de vista da liberdade religiosa.

Outro recuo dos mais notáveis se refere à união entre pessoas do mesmo sexo. Na versão original, Marina prometeu "apoiar propostas em defesa do casamento civil e igualitária com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil". Na proposta modificada, ela diz que vai "garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".

Em outras palavras, ela vai se limitar a cumprir determinações legais já existentes, que surgiram do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e obriga os cartórios a registrar essas uniões. A promessa, portanto, apenas informa que a determinação do Supremo será cumprida. O que os gays reivindicam é uma lei que garanta o direito à união na Constituição. Isso os deixaria livres de mudanças nas interpretações do STF e do CNJ. Em outras palavras, teriam mais segurança.

Kit escolar. Marina se igualou à atual presidente Dilma Rousseff ao suprimir do programa a promessa de "desenvolver material didático destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e as novas formas de família".

Em 2011, pressionada pela bancada evangélica no Congresso, Dilma interrompeu a distribuição de material didático que se destinava justamente a combater a intolerância nas escolas, afirmando que seu governo não faria divulgação de nenhum tipo de orientação sexual. De la cá para cá, Dilma tem sido duramente criticada pela comunidade LGBT por essa decisão. Na sexta-feira, com a divulgação de seu programa, Marina ganhou elogios de quase toda a comunidade, que voltou a se lembrar da atitude de Dilma.

O terceiro ponto mais notável é o que trata da aprovação do Projeto de Lei da Identidade de Gênero Brasileira, mais conhecida como Lei João Nery. Seu objetivo é regulamentar o direito à troca de nomes de transexuais e travestis, dispensando a enorme burocracia que são obrigados a enfrentar hoje. Marina havia prometido mobilizar a bancada de governo no apoio à lei. No texto divulgado ontem, ela suprimiu a intenção de trabalhar pela aprovação.
Fonte: O Estado de São Paulo, Roldão Arruda, 30/08/2014

Marina diz que texto sobre política LGBT não era o acordado

De acordo com a candidata, o plano de governo divulgado nessa sexta trazia o texto original dos movimentos sociais e não o revisado

RIO - Em uma tumultuada caminhada de cerca de 30 minutos na favela da Rocinha, a maior da zona sul do Rio, a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, negou ter havido uma "revisão" no programa de governo em relação às mudanças publicadas hoje na política LGBT.

A candidata disse que houve um "engano" da coordenação de campanha no momento da revisão do texto. Segundo Marina, o conteúdo que havia sido publicado nessa sexta-feira "foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais", e que "o que foi feito foi apenas retomar o texto da mediação, porque havia sido cometido um engano, da mesma forma como aconteceu em relação à energia nuclear".

Fonte: O Estado de São Paulo, Tiago Rogero, 30/08/2014

Ver também Marina Silva assume ser contra casamento LGBT e perde secretário nacional do comitê LGBT pessebista | Um Outro Olhar

Dia Nacional de Combate ao Fumo: mulheres lesbianas fumam duas vezes mais do que as heterossexuais

sexta-feira, 29 de agosto de 2014 2 comentários


O dia 29 de agosto foi escolhido como o dia nacional de combate ao fumo (ver histórico), data em que são desenvolvidas campanhas alertando as pessoas dos males que o cigarro causa. Informações dão conta que o Brasil reduziu o tabagismo, mas 11% da população ainda é fumante (ouça áudio aqui e aqui)

Abordando a questão específica, segue abaixo o texto Lésbicas e Fumo, tradução de pesquisa do Projeto Mautner que reúne dados, do início da década passada, sobre o tabagismo entre lesbianas nos EUA. Também a cartilha Questões de Saúde Lésbica, do grupo australiano QAHC - Grupo de Ação em Saúde Lesbiana, com dados mais recentes sobre a questão do tabagismo entre mulheres homossexuais (2009).

O quadro retratado sobre lésbicas e fumo, nesses documentos, embora internacionais, são bem pertinentes à realidade brasileira. À guisa de atualização, podemos apenas lembrar que, devido à proibição do fumo em lugares fechados, nos últimos anos, as lésbicas baladeiras deixaram de fumar dentro de bares e casas noturnas para fumar nas calçadas dos bares e casas noturnas. No mais, tudo continua como antes no quartel de Abrantes, com as sapatas fumando mesmo mais do que suas contrapartes hétero, com todos os problemas concernentes ao hábito.

Mais informações:

Gays, lesbians face certain healthchallenges, u.s. report says: they're more likely to smoke, binge drink, but also more likely to get regularexercise
National LGBT Tobbaco Control Network
LGBT* Smoking Rates Double The General Population

Lésbicas e Fumo

Introdução

Por Míriam Martinho

Tenha orgulho de
 conseguir largar o cigarro
Entre os hábitos perniciosos que causam problemas de saúde entre a população lésbica, o hábito de fumar ocupa lastimavelmente posição privilegiada. No texto que traduzimos ao fim desta introdução, da Mautner Project, organização que trabalha pela saúde das lésbicas americanas, com base em pesquisas recentes realizadas nos EUA, observa-se que, entre as mulheres que fumam, o número de lésbicas é praticamente o dobro das demais fumantes.

Observa-se também que as mulheres lésbicas têm mais facilidade para adquirir o vício do tabagismo, devido às tensões adicionais causadas pelo preconceito, e mais dificuldade para deixá-lo, tendo em vista que seus locais de socialização são fundamentalmente bares e boates, onde o consumo de cigarros é muito alto.

Vale lembrar que o tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer em geral; 90% das mortes por câncer de pulmão; 25% das mortes por doença coronariana; 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Além dessas enfermidades, o consumo de cigarro está relacionado a uma maior incidência de aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem.

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).

Embora não existam pesquisas sobre o tabagismo entre mulheres lésbicas no Brasil, seguramente, pela simples observação, acreditamos que a situação dessa população não seja diferente da americana. Ao contrário, levando em conta os dados do INCA, que apontam um consumo maior de cigarros entre mulheres nos países em desenvolvimento, a situação das lésbicas brasileiras em relação ao fumo deve ser pior. Basta ir a qualquer balada lésbica de qualquer cidade brasileira para ter essa intoxicante certeza. O mais incrível: muitas ativistas lésbicas fumam (sic), embora desenvolvam inclusive atividades ligadas à área de saúde junto aos governos (?!).

Portanto, dar início a uma discussão mais aprofundada e permanente sobre esse tema se constitui numa prioridade não só pela população lésbica que já fuma como pela população lésbica que não fuma mas também é atingida pelo fumo passivo, encontrando inclusive mais dificuldades para se socializar.

Saúde: Lésbicas e Fumo
The Mautner Project

Não deixe seu arco-íris virar fumaça
Fumar é uma das principais causas de morte entre mulheres, sendo as lésbicas as mulheres que apresentam maiores dificuldades para largar o hábito.

De acordo com a American Cancer Society – 2003 (Sociedade Americana de Câncer), cerca de 30.000 mulheres morrem mais de câncer de pulmão do que de câncer de mama. Mulheres que fumam correm maior risco de desenvolver diferentes tipos de câncer assim como maior risco de doenças cardíacas e ataques do coração.

De acordo com pesquisa conduzida pela Professora Doutora Michele Elias, do Lesbian Health Research Center (Centro de Pesquisa em Saúde Lésbica) e da Universidade de Iowa, mulheres são mais propensas a fumar do que homens como forma de aliviar as tensões, lembrando que mulheres que pertencem a minorias sexuais encaram mais estresse em suas vidas cotidianas.

Lésbicas e bissexuais com menos de 50 anos estão mais propensas do que mulheres heterossexuais a adquirir o hábito de fumar e de beber com freqüência (Valanis, et al., 2000).

Dados da Women's Health Initiative (Iniciativa para Saúde das Mulheres) indicam que mulheres lésbicas fumam quase duas vezes mais do que heterossexuais (6,8-7,4% das lésbicas e 3,5% das heterossexuais). Embora quase 50% das mulheres heterossexuais tenham afirmado nunca ter fumado, somente 25-33% das lésbicas afirmou o mesmo (Valanis, et al., 2000).

De acordo com o American Journal of Preventive Medicine (Jornal Americano de Medicina Preventiva) as lésbicas são mais propensas a consumir maior quantidade de cigarros do que as mulheres heterossexuais (Ryan et al., 2001).

As taxas de consumo de cigarros entre adolescentes e mulheres adultas lésbicas são mais altas do que entre a população em geral (U.S. Department of Health and Human Services, 2000).

De acordo com a National Lesbian Survey (Pesquisa Nacional sobre Lésbicas), o hábito de fumar entre lésbicas aumenta com a idade enquanto diminui entre as outras mulheres (Bradford, et al., 1994). Em um estudo do Mautner Project (Projeto Mautner), lésbicas mais velhas relataram sofrer forte estigmatização social por fumar e pressão para largar o vício tanto de parte de familiares quanto de amigos (2003). Infelizmente, essa pressão tende a aumentar o desejo de fumar como resposta compensatória ao estresse de abandonar o hábito de fumar.

Ambientes Livres de Fumo

Os bares, comumente associados com o hábito de fumar, são os principais espaços de socialização de gays e lésbicas já que, em outros locais, essa população costuma enfrentar discriminação.

De acordo com um estudo LGBT encaminhado pelo Mautner Project, 2004 (Projeto Mautner), 49% dos bares LGBT já patrocinou noites livres de fumo nos últimos 12 meses. Entretanto, o receio de perda de receita tem impedido muitos outros estabelecimentos LGBT de considerar eventos similares.

70% dos LGBTês que responderam à pesquisa do estudo afirmara que preferem bares e boates livres de fumo e que se sentiam predispostos a pagar mais por esses espaços em comparação com 50% dos heterossexuais que responderam à mesma pergunta (Harris Interactive/Witeck-Combs Communications, 2003).

Bibliografia

American Cancer Society. (2003). Cancer Facts and Figures: 2003. Atlanta, GA: American Cancer Society.

Bradford, J., Ryan, C., & Rothblum, E. D. (1994). National lesbian health care survey: Implications for mental health care. Journal of Consulting Clinical Psychology, 62, 228-242.

Valanis, B.C., Bowen, D.J., Bassford, T., Whitlock, E., Charney, P., & Carter, R (2000). Sexual orientation and health. Archives of Family Medicine, 9, 843-853.

Ryan, H., Wortley, P. M., Easton, A., Penderson, L, Greenwood, G. (2001). Smoking among lesbians, gays, and bisexuals: A review of the literature. American Journal of Preventative Medicine, 21, 142-149.

Stevens, P., Carlson, L. M., Himman, J. M. (2004). An analysis of tobacco industry marketing to lesbian, gay, bisexual, and transgender (LGBT) populations: Strategies for mainstream tobacco control and prevention. Health Promotion Practice, 5, 129S-134S.

U.S. Department of Health and Human Services. (2000). Healthy People 2010: Understanding and Improving health (2 ed.). Washington, DC: US Government Printing Office.

* Original: Lesbians and Smoking. In: Facts about Lesbians and Smoking - The Mautner Project - The National Lesbian Health Organization, Washington, DC, EUA.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Um Outro Olhar © 2025 | Designed by RumahDijual, in collaboration with Online Casino, Uncharted 3 and MW3 Forum