Casamento LGBT não aponta para fim da família, mas para uma mudança na forma de concebê-la

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014 0 comentários


Por que o casamento gay é tido como inimigo da família?

A resolução do Conselho Nacional de Justiça determinando que todos os cartórios do país celebrem o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo ou convertam uniões estáveis homoafetivas em matrimônios foi, sem dúvida, uma das mais importantes mudanças de 2013 no Brasil.

Mas será que o chamado "casamento gay", agora oficialmente reconhecido, pode representar o fim da família? Ou trata-se de uma reinvenção dessa instituição?

"Certamente, o casamento gay coloca em xeque uma determinada forma de conceber a família, a que teria como base a união de um homem com uma mulher", diz Carolina de Campos Borges, doutora em psicologia pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e professora da UFGD (Universidade Federal de Grande Dourados, no Mato Grosso do Sul).

"A noção de família formada por pai, mãe e filhos remonta a mudanças socioculturais ocorridas na Europa por volta do século 17 que, conforme o historiador e medievalista francês Philippe Ariès, determinaram o surgimento do sentimento de infância e também de família", explica Borges. 

De acordo com a psicóloga, cuja pesquisa de doutorado analisou o lugar que a família vem ocupando no projeto de vida das pessoas nas últimas décadas, a exacerbação do individualismo na vida social contemporânea fez com que a afetividade se afirmasse como elemento essencial para a definição de laços familiares. E foi essa ênfase na realização sentimental que possibilitou novas configurações da instituição.

"É nesse contexto que se apresenta a demanda de legitimação social da união de duas pessoas do mesmo sexo", diz a especialista. Segundo Borges, o casamento gay é resultado de um processo de transformações que se iniciaram há algumas décadas, quando se reivindicou por liberdade individual, igualdade de direitos e rupturas de padrões tradicionais, como a atuação exclusiva dos homens no espaço público e a restrição das mulheres ao mundo doméstico.

"O casamento gay, a meu ver, não aponta para o fim da família, mas para uma mudança na forma de concebê-la, mudança intimamente marcada, entre outras coisas, pelo respeito à diversidade individual e social", diz a doutora em psicologia.

Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), vai na posição contrária. "Por que os ordenamentos jurídicos se preocupam em regulamentar o casamento? Certamente não é para validar a afeição de duas pessoas que se amam. Se assim fosse, regulamentariam as relações de amizade", diz o bispo.

"Reivindicar a equiparação jurídica das uniões de homossexuais com a família, quando elas não dispõem das características que vão além do afeto, tem como consequência a descaracterização dessa estrutura, ferindo seu direito de permanecer assim como se constituiu ao longo dos milênios", afirma.

Para o bispo, o que está sendo projetado é um processo de alteração do significado das palavras. "Matrimônio e casamento sempre indicaram um mesmo fato: a união exclusiva entre homem e mulher. Ao surgir na contemporaneidade a exigência de reconhecer novas formas de viver o afeto, é necessário encontrar novas palavras para tratar de forma adequada realidades diferentes".

De acordo com Marcos Horácio Gomes Dias, professor de sociologia na Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, essa posição quase defensiva já é algo esperado. O especialista afirma que instituições que se apoiam na tradição como forma de legitimidade, geralmente, não aceitam as mudanças que o tempo traz.

"As igrejas estão presas a valores seculares. Reconhecer que casais do mesmo sexo constituem uma família implicaria na revisão dos livros sagrados considerados imutáveis por representarem a própria palavra de Deus".

Além disso, o sociólogo defende que a estrutura familiar é determinada, sim, pelo carinho entre duas pessoas, apesar de não exclusivamente por ele. Também entram em jogo a afinidade, os objetivos em comum e a divisão de despesas entre outros fatores, o que daria a qualquer casal –hétero ou homossexual– o direito de se classificar como família.

Já o pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, Ed René Kivitz, afirma que a relação entre pessoas do mesmo sexo, apesar de não merecer o carimbo "família" de acordo com os termos religiosos cristãos, ainda deve ser vista como um arranjo familiar. "A convicção religiosa não pode deixar de reconhecer que os casais homossexuais devem receber do Estado todo o amparo para que possam se unir civilmente e tenham resguardados todos os direitos inerentes a essa união".

Fonte: Araruna Online, 21/01/2014

Sem casamento gay em Amor à Vida, diz Walcyr Carrasco

terça-feira, 21 de janeiro de 2014 0 comentários

Walcyr vendo Valdirene no BBB: “Tatá manteve o personagem dentro do BBB”

“Não vai ter casamento gay em Amor à Vida”, diz Walcyr Carrasco

Walcyr, autor de Amor à Vida: “Encerrei os trabalhos há uma semana”

Em entrevista ao blog Terraço Paulistano, da revista Veja, Walcyr Carrasco, autor de Amor à Vida, explica porquê não vai ter casamento de personagem gay em uma novela que trouxe à tona a homofobia e exibiu casais homossexuais como quaisquer outros casais.
'Não vai ter casamento. Essa semana teve um boato na internet que haveria o casamento de Félix e Niko numa igreja evangélica. Uma grande bobagem. Eu sinto que foi uma tentativa de grupos de desestabilizarem o respeito que tenho tratado os evangélicos na novela. Assim como peço respeito aos evangélicos, peço aos homossexuais e a toda diferença. Amor à Vida significa tolerância ao outro', disse. Carrasco revelou à Veja também que não era intenção discutir a homofobia. 
'A questão dos gays e da homofobia acabou tomando conta da novela, embora esse não fosse um tema forte no projeto inicial. Esse é um assunto que está sendo falado no mundo inteiro. Vários Estados americanos estão aprovando o casamento gay, outros lugares tomam medidas contra os gays… As pessoas aderiram a essa discussão. No Natal, por exemplo, a mulherada da minha família ficou especulando se o Félix se casaria com o Niko. Eu fazia cara de esfinge porque não comento nada da trama com ninguém. Até que uma sobrinha minha fez uma observação interessante: ‘Há cinco anos, jamais falaríamos com tanta naturalidade sobre um casal gay…‘', contou.
Segundo Walcyr, a redenção de Félix, por ser vítima da homofobia, também não foi planejada. “Não planejei a transformação do Félix de vilão em mocinho. Fui sentindo a história e criando. O Félix agradou o público e abriu a discussão sobre homofobia, que tomou conta da trama. Fiquei feliz com isso“, falou ao repórter Ricky Hiraoka.

Confira a entrevista completa de Walcyr Carrasco à revista Veja:

Valdirene e BBB
Ir para o BBB é o sonho de tanta gente que eu conheço. Elas acham que se entrarem no programa terão os problemas resolvidos. Decidi que seria uma boa a Valdirene ter esse sonho. Em setembro, tive uma reunião com Boninho e expliquei minha ideia. Disse, inclusive, que queria a participação dele. No início, ele hesitou dizendo que era muito canastrão. Argumentei que Tatá resolveria esse problema.

Valdirene no BBB
Ela é muito engraçada. Tatá manteve o personagem dentro do BBB. Dentre as orientações que lhe passei uma era de sensualizar com os participantes e levar um rapaz para debaixo do edredom. Ela leu o capítulo em que Valdirene aparece no BBB, então, ela sabia o material que deveria entregar para a direção. A gente conversou bastante. Ela estava muito disponível para esse desafio e queria muito fazer. Tatá é uma atriz muito corajosa e deu conta do recado.

Evangélicos
Uma das minhas ideias iniciais era transformar a Valdirene numa cantora gospel. Desisti porque Tatá explorou muito bem o lado de humor da personagem e caiu nas graças do público. Ela ficou muito marcada por ser engraçada. Não queria fazer humor com os evangélicos e soar como deboche. Se fosse minha nona novela com personagens dessa religião e eu tivesse uma relação construída com eles, aí tudo bem.

Niko
Desde o começo o Niko se colocou como um personagem que queria filhos. Alguém muito família. O Thiago Fragoso soube construir bem o personagem. E as pessoas odeiam a Amarilys porque ela fez o que nenhuma mulher perdoa: roubou o namorado da amiga, no caso, do amigo. Mas eu não esperava que fossem adotar o Niko como aconteceu. Foi uma grata surpresa.

Arrependimentos
Nunca respondo perguntas do tipo: “O que você teria feito de diferente?”. Isso é delicado porque envolve toda a equipe. Se houve caminhos que tomamos que não resultaram nos resultados esperados, isso guardarei para mim.

Liberdade de criação
Um coisa que me deixou muito feliz e tiro meu chapéu para a direção da Globo é que eles tiveram uma visão ampla que permitiu que eu tratasse de qualquer tema. Em nenhum momento, recebi uma ligação falando: “Pare de escrever tal coisa!”. Só me ligavam para me felicitar, para dizer que a novela era boa e estava dando audiência. Tudo que escrevi foi exibido. Essa liberdade me deixou muito feliz.

Influência das redes sociais
Assisto aos capítulos de olho no Twitter. Acompanho tudo que está na hashtag Amor à Vida. Sei que ali é uma parcela muito pequena dos telespectadores. Não analiso os comentários qualitativamente e sim quantitativamente. Observo que personagens são mais citados. Tem muita gente que vem me xingar no Twitter. Aí, eu bloqueio.

Perseguição
Me sinto perseguido por dois ex-colegas dos tempos que era jornalista. Eles usam os veículos em que escrevem para fazer críticas sem fundamentos. Falam qualquer coisa. Eu pesquisei muito para escrever a novela. A cegueira do Cesar, um dos alvos das críticas, por exemplo, foi baseada num estudo de um catedrático da Escola Paulista de Medicina. Por mais absurda que possa parecer, essa situação é a mais medicamente correta de Amor à Vida. Acho que esses dois jornalistas a quem me refiro se incomodaram com o fim de nossa amizade. Nem adianta que não vou citar o nome de nenhum deles.

Crítica de atores
Teve um site que publicou que atores estavam reclamando dos respectivos personagens. Não foi nada disso. Tiraram falas de contextos. Essas notícias não são ruins para mim. São ruins para os atores que ficam mal dentro da própria Globo, ganham fama de reclamões.

Cesar e Antonio Fagundes
O público feminino adora a trama do Cesar. Na sinopse, o personagem deveria morrer por volta do capítulo 80. Mas quando consegui a escalação de Antonio Fagundes, mudei de ideia. Lembro que por volta do capitulo 75, Fagundes me ligou e perguntou: “Eu não ia morrer?” (risos). Não dá para abrir mão de um ator como ele. Quando Fagundes está numa novela só pode sair no penúltimo capítulo.

Merchan literário
Indico livros na novela, pois sou escritor. Sei que muitos reclamam disso, mas tentei fazer um panorama da literatura atual. Falei de autores brasileiros que já são considerados clássicos, daqueles que estão começando a aparecer e ainda citei obras jornalísticas, livros infantis e autoajuda espírita.

Fonte: Boa Informação, 19/01/2014

Futuro cardeal espanhol diz que homossexualidade é "deficiência"

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014 0 comentários

Para o cardeal Fernando Sebastian,
a homossexualidade é "uma forma de deficiência sexual".

O futuro cardeal espanhol Fernando Sebastian, próximo do Papa, gerou duras críticas por parte das associações de defesa dos direitos dos homossexuais e da oposição socialista ao afirmar que a homossexualidade é "uma forma de deficiência sexual".

O arcebispo emérito de Pamplona, Fernando Sebastian Aguilar, de 84 anos, é um dos 19 novos cardeais cuja nomeação foi anunciada pelo Papa Francisco e que serão oficializados a 22 de fevereiro.
'Com todo o respeito, digo que a homossexualidade é uma forma deficiente de exprimir a sexualidade, porque esta última tem uma estrutura e um objetivo que é a procriação', afirmou o prelado numa entrevista publicada domingo no ornal Sur de Malaga, cidade onde reside. 
'No nosso corpo temos muitas deficiências. Eu tenho hipertensão. Vou ficar irritado quando me dizem que tenho? É uma deficiência que devo corrigir como posso. Mostrar a um homossexual uma deficiência não é uma ofensa, é uma ajuda porque muitos casos de homossexualidade são recuperáveis com o tratamento adequado', afirmou Fernando Sebastian.
Os socialistas do PSOE já criticaram estas declarações que, segundo a secretária da Igualdade, Purificación Causapié, "contribuem para perpetuar a discriminação e a violência que existem em vários países contra os homossexuais".

Já as associações de defesa dos direitos dos homossexuais, exigiram que Fernando Sebastian retire as suas palavras.

Fonte: DN Globo, 20/01/2014

Na Paraíba, casais hétero se recusam a casar junto com casais LGBT

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014 1 comentários


Os dois cartórios que realizam casamentos de homoafetivos em João Pessoa revelaram que sete meses após a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda existe uma homofobia por parte de alguns casais que se recusam a compartilhar a cerimônia com LGBTs e que a procura diminuiu após aprovação da lei.

Desde a resolução do CNJ em 16 de maio de 2013 foram realizados aproximadamente 40 casamentos em João Pessoa. Na Capital dois cartórios realizam as cerimônias, o de Registro Civil do Conjunto Ernesto Geisel na Zona Sul e o Cartório Azevêdo Bastos na Zona Norte.

Na Zona Sul foram realizados aproximadamente 15 cerimônias, a dificuldade de ter números precisos , de acordo com a Oficial Substituta, Mariane Gomes, é que independente do sexo, os casamentos são registrados como contratante 1 e 2.
“A única dificuldade que o cartório passa é em relação a discriminação que ainda existe. As pessoas não querem casar com eles (casais LGBTs). O Juiz titular sempre faz o casamento no cartório em uma sala individual, mas quando vem um substituto, faz junto independente da pessoa gostar ou não”, explica Mariane.
A Oficial destacou ainda que o cartório também foi proibido de realizar as cerimônias numa Igreja Católica. “Estamos construindo um salão de festas, porque fomos proibidos de levar os casamentos para a Igreja. Fomos afastados por causa dessa discriminação, de o pessoal religioso não aceitar”, diz.

Fora as questões externas, a oficial explicou que não há tratamento diferenciado por parte do cartório. Ela explica que é tudo feito da mesma forma, o mesmo valor, as mesmas condições e destacou que até mesmo alguns deles preferem que a cerimônia seja individual, pois é mais tranqüilo.

Na Zona Norte, o Cartório Azevêdo Bastos, registrou aproximadamente 25 casamentos, para eles a dificuldade de contabilizar é a mesma já que não há acepção de pessoas. Lá também os casais homoafetivos geralmente tem cerimônias mais reservadas. De acordo com o escrevente, Marcelo Oliveira, o fato curioso é que antes de ser regulamentado diversas pessoas ligavam procurando informações sobre os casamentos LGBT na cidade, mas depois a procura sofreu uma queda.

Fonte: Paraíba.com.br, 08/01/2014

Ucranianos LGBT querem distância da Rússia onde até diretor de empresa sonha em queimar gays vivos

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 0 comentários

LGBT ucranianos apoiam entrada de seu país na União Europeia por razões óbvias

Um grupo de ativistas que lutam pelos direitos dos homossexuais fez um protesto no centro de Kiev, na Ucrânia, no sábado (11/1/14), para mostrar apoio à entrada do país na União Europeia (UE). 

Os manifestantes organizaram o ato pelas redes sociais. O percurso estabelecido foi da Praça de Bessarábia até a Praça da Independência, onde também foi promovido neste sábado um comício por apoiadores da integração ucraniana à UE.

Naturalmente, mais do que os outros cidadãos ucranianos, a população LGBT do país tem toda a razão de querer se unir à União Europeia em vez da Rússia, cada vez mais autoritária e homofóbica. Basta ver as declarações heterroristas de um diretor da Euroset, principal distribuidora de celulares russa, sobre LGBT. Ver abaixo.

Movimentos gays enviam carta à Apple pedindo rompimento de parceria

Diversas organizações que defendem os direitos homossexuais na Rússia se uniram em uma coalização que pede que a Apple deixe de fazer negócios com a Euroset, principal distribuidora de celulares russa. A causa é movida pelas declarações de Ivan Okhlobystin, diretor criativo da empresa, que recentemente afirmou que "queima eles [gays] vivos".

"Isso [homossexualidade] é como Sodoma e Gomorra. Eu, como pessoa religiosa que sou, não posso ficar indiferente e deixar que isso afete e contamine a vida de meus filhos", afirmou Ivan em entrevista concedida no último dia 17 de dezembro.

Desde então a mobilização dos movimentos pelos direitos gays russos rendeu uma carta ao CEO da Apple, Tim Cook, na qual o rompimento com a Euroset é tido como "demonstração de que a Apple é uma empresa que se preocupa com os direitos básicos dos cidadãos".

Do outro lado, a Euroset se nega a responder oficialmente a carta enviada à Apple e apenas afirma, por meio de seu CEO Alexander Malis, que "nunca insultou nenhum gay e que trabalha para todos sem qualquer tipo de discriminação". A distribuidora também afirma que Okhlobystin expressou apenas sua opinião pessoal e não será demitido por conta do fato.

A Apple, que recebeu a carta no último domingo (5) ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

Fonte: Yahoo Finanças e G1, 11/1/2014

Governo dos EUA reconhecerá casamento gay em Utah apesar de bloqueio do Supremo

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014 0 comentários


Washington, 10 jan (EFE).- O governo americano afirmou nesta sexta-feira que reconhecerá os mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados no estado de Utah, apesar da intervenção da Suprema Corte, que decidiu mantê-los suspensos temporariamente enquanto tramita um recurso das autoridades estaduais.

O secretário de Justiça e procurador-geral de EUA, Eric Holder, garantiu que o governo manterá os benefícios federais para os casais do mesmo sexo que já eram casados legalmente antes da decisão da corte.

"Confirmo que, para efeitos da lei federal, estes casamentos serão reconhecidos como legais e aptos para todos os benefícios federais competentes nas mesmas condições que o resto dos casamentos do mesmo sexo", disse Holder.

"A estas famílias não se deve pedir que suportem a incerteza quanto ao seu status enquanto se desenvolve a disputa jurídica", acrescentou.

Em 20 de dezembro o juiz federal Robert Shelby declarou ilegal a lei de Utah que impedia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, decisão que foi apelada pelas autoridades do estado.

Entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, dia em que a Suprema Corte decidiu bloquear a realização de casamentos homossexuais enquanto se resolve o litígio, cerca de mil casais se uniram em matrimônio.

Pouco depois do veredicto de Shelby, a Procuradoria Geral de Utah apresentou uma apelação na Corte federal de Apelações do Décimo Circuito, em Denver, no Colorado.

E em 31 de dezembro, o estado remeteu uma solicitação à juíza do Supremo, Sonia Sotomayor, responsável pelos pedidos de emergência na região do país onde fica Utah, em que pedia a suspensão da decisão judicial enquanto o processo estiver em andamento.

Nesse pedido, o estado de Utah declarou que cada um dos casamentos realizados desde 20 de dezembro era "uma afronta aos interesses do estado e seus cidadãos em relação ao poder de definir o casamento através de canais democráticos ordinários".

As autoridades de Utah querem continuar aplicando a lei, considerada ilegal por Shelby, que os eleitores do estado aprovaram em plebiscito em 2004 e que definiu o casamento como um união só possível entre um homem e uma mulher.

E argumentam que a decisão do juiz federal coloca em risco também "o papel único da Suprema Corte como árbitro final da questão constitucional, profundamente importante, sobre se o casamento gay é legal".

A Corte de Apelações em Denver deve começar a revisar o caso no próximo dia 27.

Fonte: Yahoo Notícias, via EFE, 10/01/2014

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