Porta-bandeiras do exército abriram parada do orgulho gay em Washington

segunda-feira, 9 de junho de 2014 0 comentários


Porta-bandeiras do exército abriram parada do orgulho gay em Washington



Washington, 6 jun (EFE).- Porta-bandeiras das Forças Armadas dos Estados Unidos abriram, no sábado, pela primeira vez na história do país, a parada do orgulho gay que aconteceu em Washington, como anunciou na sexta-feira o jornal "The Washington Post".
O Departamento de Defesa autorizou algo inédito em todo o país, de acordo com os grupos de militares que defendem os direitos dos homossexuais e os organizadores do desfile: a guarda que comumente leva a bandeira dos EUA e as de cada um dos ramos das Forças Armadas".
O destacamento de oito soldados liderouo percurso de 2,5 quilômetros na capital americana e ficou na frente do estandarte principal e do porta-bandeira da marcha, que este ano foi o ex-jogador de futebol Chris Kluwe.

Os soldados que participaram do desfile pertencem ao distrito militar federal de Washington, corpo encarregado de alocar os guardas para os atos do presidente dos Estados Unidos e os membros do Congresso, entre outras instâncias estatais.

O Distrito de Columbia, sede da capital dos Estados Unidos, encara, em novembro, a eleição de um novo prefeito e um dos candidatos é o independente David Catania, que se declarou homossexual e foi durante 17 anos membro do conselho municipal.

Os organizadores esperam este ano a presença de cerca de 150 mil pessoas no trigésimo nono desfile anual do orgulho gay.

Em 2011, o Pentágono abandonou a política que impedia que os homossexuais declarassem abertamente sua condição sexual nas Forças Armadas.

Segundo o jornal, desde então os organizadores de desfiles em defesa dos direitos dos homossexuais "enfrentaram, de forma habitual, a rejeição dos oficiais militares locais" quando foram convidados a participar dos desfiles. EFE

Fonte: EFE e Washington Post, 05/06/2014

Homem-aranha estrela recém-lançado clipe contra a homofobia (We Exist) da banda canadense Arcade Fire

sexta-feira, 6 de junho de 2014 0 comentários

Andrew Garfield banca um outro tipo de herói

Arcade Fire manda mensagem contra homofobia com participação de Andrew Garfield

Saindo diretamente do colante uniforme de Homem-Aranha para um visual, digamos, um pouco mais arrojado, Andrew Garfield mostra que suas habilidades de ator vão além das peripécias e pulos diagonais requeridos pela Marvel. Ele é a estrela do recém-lançado clipe da banda canadense Arcade Fire, “We Exist”.

A música, que pertence ao quarto disco da banda, “Reflektor”, relata uma conversa sobre homofobia entre um jovem homossexual e o seu pai. Ao longo dos seis minutos e vinte um segundos de clipe, entramos no universo do personagem que se transveste, sai pelo mundo, mas é arrebatado pelo preconceito. Essa realidade não parece nem um pouco distante da qual nos encontramos no momento, infelizmente.

Na turnê do novo álbum, Win Butler, vocalista da banda, dedicou o som à comunidade gay chegando a declarar que o vídeo acompanha a história da luta de uma pessoa jovem em sua identidade de gênero. A parte final do clipe ocorre de forma apoteótica em pleno show do grupo, diante de um público de milhares de pessoas.

Reflektor

O último disco do Arcade Fire agradou a turma indie e também a crítica. Lançado em outubro de 2013, é um álbum duplo com 75 minutos de gravação e 13 faixas. Muitos o consideram até agora o melhor trabalho dos canadenses, em termos musicais de amadurecimento de um rock dançante e de reflexões.

Misturando o eletrônico ao acústico, os arranjos musicais de Reflektor parecem buscar referências nos anos 70 e 80 em uma atmosfera que oferece momentos distintos. Seguindo desta forma, o grupo mostra que talento musical e boas letras podem ser uma mescla legítima de um disco completo, que não deixa nada a desejar.



They're walking around
Head full of sound
Acting like
We don't exist
They walk in the room
And stare right through you
Talking like
We don't exist
But we exist
Daddy it's true
I'm different from you
But tell me why they treat me like this?
If you turned away
What would I say?
Not the first betrayed by a kiss

Maybe it's true
They're staring at you
When you walk in the room
Tell 'em it's fine
Stare if you like
Just let us through
Just let us through
Na na na na na na na
Na na na na na na na

They're down on their knees
Begging us please
Praying that we don't exist
Daddy it's fine
I'm used to 'em now
But tell me why they treat me like this?
It's cause we do it like this

Maybe it's true
They're staring at you
When you walk in the room
Tell 'em it's fine
Stare if you like
Just let us through
Just let us through

Let 'em stare! Let 'em stare!
If that's all they can do!
But I'd lose my heart
If I turn away from you

Oh daddy don't turn away
You know that I'm so scared
But will you watch me drown?
You know we're going nowhere
We know that we're young
And no shit we're confused
But will you watch us drown?
What are you so afraid to lose?

Down on my knees
Begging us please
Praying that we don't exist
You're down on your knees
Begging us please
Praying that we don't exist
We exist!
We exist!
Down on my knees
Begging us please
Praying that we don't exist
You're down on your knees
Begging us please
Praying that we don't exist
We exist!
We exist!
We exist!
We exist!

Maybe if you hang together
You can make the changes in our hearts
And if you hang together, you can change us
Just where should you start?

Fonte: A Fronte 2.0, 05/06/2014

Enfim Clara e Marina começam a namorar, mas beijo só no fim da novela

quarta-feira, 4 de junho de 2014 0 comentários

Onde já se viu namoro sem beijo?

Em Família: Clara se separa de Cadu e assume Marina, mas sem beijo

Marina (Tainá Müller) e Clara (Giovanna Antonelli) finalmente vão se tornar um casal na novela das nove da Globo. Em Família terá uma passagem de tempo de alguns meses no capítulo do dia 11. Cadu (Reynaldo Gianecchini) vai sair de casa, colocando fim ao seu casamento. Sem beijo na boca, Clara e a fotógrafa surgirão em cena andando de mãos dadas, como duas namoradas, e já falando em morar juntas assim que Ivan (Vitor Figueiredo) aceitar a relação delas.

Cadu tomará a iniciativa de se separar após ver a mulher em clima de romance com Marina no Galpão Cultural. Magoado e se sentindo exposto na frente de todos, ele pegará Clara pelo braço e dirá que percebeu que ela já tomou sua decisão.
Te esperei até hoje porque te amo. Mas, se você não tem coragem de assumir suas escolhas, de ser sincera com você mesma, faço eu por nós dois. Para mim deu, Clara. Estou fora! Nosso casamento termina aqui”, dirá o chef.
Clara vai dar uma volta e será encontrada por Marina aos prantos. Bem na hora em que a fotógrafa a consola, Cadu aparecerá e jogará seu ponto de vista na cara da rival. “Podem continuar. Não quero atrapalhar a cena de amor das duas. Você é muito cínica mesmo! Você deu em cima da minha mulher na minha cara, na frente de todo mundo desde que conheceu a gente”, gritará ele, com Clara se impondo entre os dois.

A filha de Chica (Natália do Vale) vai deixar claro que o fracasso da relação deles não é responsabilidade de Marina e que o casamento já não estava bem havia muito tempo. Indignado, o chef vai se virar para Marina e dizer:
Eu só não meto a mão na sua cara porque não bato em mulher. Porque, se você fosse homem, era exatamente isso que você merecia”.
Mesmo depois do barraco, a despedida de Cadu ao sair de casa para se hospedar em um hotel será emocionante. Ele vai explicar para o filho que está se separando de Clara, mas não vai colocar a criança contra a mãe. 

Assumindo o romance

O autor Manoel Carlos escreveu duas cenas que mostrarão o caminho que Clara deseja seguir. A personagem aparecerá sozinha numa praia, pensativa. “Esse tempo tem sido muito bom para entender quem sou eu de verdade. E eu estou cheia de certezas, sem certeza alguma...”, refletirá a irmã de Helena (Julia Lemmertz).

Em seguida, Marina receberá um e-mail da amada e vai ler a mensagem com os olhos cheios d’água. “Comecei a entender, finalmente, que sou dona da minha própria história. Olha só a responsabilidade! Não posso fugir, não tenho o direito de fazer isso comigo mesma, entende? Chegou a hora de transformar todo o medo em risco. Porque sem amor, nada vale a pena."

Primeira cena juntas

A passagem de tempo será pontuada pela gestação de Juliana (Vanessa Gerbelli), que posa para fazer uma foto de sua barriga, que ainda nem aparece. Do clique, a novela salta no tempo alguns meses, sem deixar claro quanto tempo se passou. A dona de casa estará bem barriguda, com seis meses de gravidez.

Clara surgirá em cena com Ivan em casa, sugerindo fazer um prato que ele gosta para convidar Marina para jantar. O menino não reagirá bem, fingirá não ouvir o que mãe propõe. Depois, Marina e Clara aparecerão na trama caminhado juntas, de mãos dadas, como duas namoradas, ao redor da piscina da mansão da fotógrafa.
Às vezes penso: e se a gente encontrasse um cantinho gostoso para nós duas? Um lugar menor? Acha loucura pensar assim?”, questionará Clara. 
Você está falando sério?”, perguntará Marina. “Eu penso nisso sempre. Assim que o Ivan tiver mais integrado com a gente, eu quero muito dividir a vida com você. Você não quer?”, falará Clara. 
Claro que sim! Mal posso esperar por isso. Vai ser o dia mais feliz da minha vida”, responderá Marina. “Das nossas vidas”, afirmará Clara, abraçando Marina.
A consolidação do amor entre as duas personagens femininas deve acabar com as queixas sobre a demora para essa relação homoafetiva acontecer na novela das nove. Nas redes sociais, o público tem criticado bastante a demora no desenvolvimento do romance entre Clara e Marina.

Fonte: NTV, por Daniel Castro, 02/06/2014

#JogueComOrgulho: atletas contra a homofobia no mês do orgulho LGBT

terça-feira, 3 de junho de 2014 0 comentários


#JogueComOrgulho: Google convoca atletas para entrar em campo contra a homofobia (VÍDEO)

Começa nesta terça (3) o #JogueComOrgulho, campanha capitaneada pelo Google que convida vloggers, atletas e usuários a enviar vídeos celebrando o mês do orgulho LGBT, na luta contra qualquer tipo de preconceito, principalmente a homofobia, dentro e fora dos campos, quadras e estádios de todo mundo.

O vídeo que dá o pontapé inicial é emocionante pois mistura discursos clássicos de Nelson Mandela e do presidente Obama com depoimentos de atletas abertamente gays, como o saltador Tom Daley e o jogador da NFL, Michael Sam.

Além deles, no canal oficial brasileiro da campanha (www.youtube.com/joguecomorgulho) é possível assistir a uma playlist com depoimentos estrelas do futebol brasileiro que também participam da iniciativa:Marta e Denilson são alguns dos nomes que fazem o convite para "jogar com orgulho", ao lado dos jogadores do Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras eSantos.

Você também pode participar compartilhando um vídeo com #JogueComOrgulho, fazendo um depoimento ou ainda mudando sua de capa de seus perfis sociais. Aqui estão dois tamanhos: um para Facebook e outro para Google+.

No vídeo com depoimentos de funcionário do Google Brasil, o presidente da empresa aqui no país, Fábio Coelho, comentou a bandeira que a empresa levanta: "A gente considera muito importante pra ter uma sociedade melhor, ter um esporte melhor, mais inclusivo, mais democrático, onde se respeita as diferenças". Assista aqui. Outro vídeos ainda serão postados por canais parceiros nesta playlist.

Em 2012 o Google pintou os resultados de busca com o arco-iris, e no ano passado promoveu o #ShareWithPride, que celebrava o amor homoafetivo.



Fonte: Brasil Post, Thiago Araújo, 03/06/2014

Igreja da Comunidade Metropolitana de Fortaleza prega religião sem preconceito

segunda-feira, 2 de junho de 2014 1 comentários

Igreja prega religião sem preconceito
A Igreja da Comunidade Metropolitana de Fortaleza, no bairro Benfica, abre as portas para o público LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Igreja tem cerca de 30 fiéis engajados

Parece uma igreja como outra qualquer. Uma cruz ao fundo em lugar de destaque, um altar simples contendo a Bíblia, espécies litúrgicas do pão e do vinho e uma tribuna para pregação. “O Senhor é meu pastor... Sou gay e Ele sabe, me ama e me aceita como eu sou. O meu Deus não faz acepção de pessoas”, diz o reverendo Igor Simões, 32 anos, fundador e líder da Igreja da Comunidade Metropolitana de Fortaleza (ICM), no bairro Benfica.

Aos poucos, os fiéis começam a chegar e a congregação dá início a mais uma reunião. O período do louvor é marcado pela emoção e confraternização dos presentes, que se preparam para ouvir a pregação da Palavra de Deus. Todos dão as mãos e fazem uma prece, na qual declaram que “creem em Deus, Pai de todos, que deu a terra a todos os povos e a todos ama sem distinção.”

“Essa é a mesa da inclusão, na qual todos são bem vindos”, declara o cofundador e líder da ICM, diácono Ed Moreira. Ao fim, todos se abraçam e alguns beijos entre iguais são vistos aqui e ali.

Essa é a rotina semanal da ICM, que funciona há sete anos em Fortaleza. De acordo com Ed Moreira, no decorrer desse tempo, mais de 500 pessoas já passaram pela comunidade, que atualmente possui 30 membros engajados, entre homens e mulheres. A ICM também tem um público flutuante que varia a cada reunião. “Somos cristãos independentes e inclusivos, sem filiação a nenhuma denominação, seja ela católica ou evangélica”, ressalta o reverendo Igor.

Ao tratar de questões como homossexualidade e promiscuidade, Igor diz que “a igreja faz o papel de orientar, de mostrar o caminho correto, mas cada um dos membros é livre para exercer a sua sexualidade da forma que achar correta. Enquanto comunidade de fé, nosso papel é aproximar nossos membros de Deus”. Segundo o reverendo, “a questão de dizer que todo gay é promíscuo é estereotipar. Tem gays que nem praticam sexo, como se pode dizer que todo gay é promíscuo? Isso é generalizar”, ressalta.

Quando questionados sobre as “passagens de terror” (como são chamadas as passagens que supostamente condenariam a homossexualidade), os líderes da ICM afirmam ser “uma questão de intenção no momento da tradução dos textos sagrados do grego antigo para o latim, que deu origem às línguas modernas”. Ed Moreira diz que o termo utilizado pelo apóstolo Paulo para efeminados e sodomitas, no texto original em grego, faz referência a práticas imorais de idolatria, quando homens deitavam com outros homens em adoração a deuses pagãos.

Tabus

Na ICM, tabus como o sexo antes do casamento são vistos de forma diferente das igrejas convencionais, “Desde que não atrapalhe a cerimônia, eu não vejo nenhum mal”, brinca o reverendo Igor Simões. “Aqui nós somos contra todo tipo de hipocrisia, nos apresentamos diante de Deus como somos, com todas as nossas necessidades”, complementa.

Serviço

Igreja da Comunidade Metropolitana

Onde: Rua Senador Catunda, 162. Benfica
Quando: domingos, às 18 horas

Informações: www.icmfortaleza.tk

Filme sobre geração de ativistas que lutou contra AIDS estreia na HBO

sexta-feira, 30 de maio de 2014 2 comentários

Matt Boomer e Mark Ruffalo em cena de “The normal heart” 

Em uma cena de “The normal heart”, Tommy Boatwright, baseado no ativista Rodger McFarlane (1955-2009) e vivido por Jim Parsons, é escalado para homenagear mais um amigo morto em um funeral na Nova York da primeira metade dos anos 1980. Na igreja, ele desaba: “Odeio esses serviços fúnebres, hoje os principais eventos de nossas vidas sociais. Estamos perdendo toda uma geração. Jovens desaparecendo. Quantas músicas deixarão de ser feitas? Quantas coreografias jamais serão executadas? Estou furioso. Por que eles estão nos deixando morrer? Por que ninguém nos ajuda? A verdade, a resposta, é simples: eles simplesmente não gostam da gente”. A gente, no caso, são os gays da Nova York à época.

O monólogo é a reprodução de cena que o dramaturgo Larry Kramer testemunhou e transportou para o palco do The Public Theater, em 1985. Um dos mais notórios — e controversos — militantes pelos direitos civis dos homossexuais nos EUA e dos primeiros a apontar o que percebia ser irresponsabilidade das autoridades e da própria comunidade gay durante a explosão da epidemia da Aids, o autor, ele próprio HIV positivo, retornou à labuta para a adaptação de sua peça para a TV, em telefilme que estreia na HBO neste sábado, às 22h.

Durante uma década, Barbra Streisand deteve os direitos de adaptação para o cinema, mas o longa só saiu do papel quando Ryan Murphy, criador da série “Glee”, penhorou sua casa para reviver a história de Ned Weeks (Mark Ruffalo), escritor e alter ego de Kramer, alçado a líder de uma comunidade devastada por uma doença tão desconhecida quanto letal, por meio da ONG Gay Men’s Health Crisis.

— Li o texto de Kramer quando estava na faculdade e nunca mais me esqueci. Trabalhamos juntos por três anos no roteiro, e o filme conta com 40% de material novo, assinado por ele — diz Murphy.

Para o ator que vive Weeks, Kramer foi, “indiscutivelmente”, um herói do movimento pelos direitos civis nos EUA, cujo capítulo dedicado aos homossexuais é “sensacional e repleto de drama”.

— Passei horas conversando com Larry. Pedia para me contar histórias da época e não procurei nenhum distanciamento do personagem. Quis retratar com a maior fidelidade possível sua trajetória, sua tragédia heroica — conta Mark Ruffalo.

Parsons, conhecido pelo Sheldon da série “The Big Bang Theory”, é o único ator de uma trupe estelar — Ruffalo, Julia Roberts, Matt Bomer, Alfred Molina, e com Brad Pitt assinando a coprodução — a ter também vivido o drama nos palcos, na montagem da Broadway de 2011 (agraciada com três prêmios Tony). Gay, como Murphy (que é casado e pai de um menino), Parsons diz ter sido impossível, nas filmagens, não refletir sobre as conquistas civis dos homossexuais nas últimas três décadas:

— E, ao mesmo tempo, quanto mais você mergulha no texto, mais percebe o humanismo de “The normal heart”. É o que machuca o coração, porque você não consegue deixar de pensar: isso pode acontecer de novo, com qualquer grupo. Por isso é importante relembrar e pensar em como a sociedade pode evitar uma repetição daquele desastre.

O filme, que traz Roberts como a médica Emma Brookner — inspirada em Linda Laubenstein (1947-1992), vitimada pelo pólio e uma das primeiras a tratar de pacientes com o vírus da Aids —, termina em 1984, antes do aparecimento dos primeiros testes de HIV. Das conversas com Kramer, Murphy recorda um paralelo estabelecido pelo dramaturgo: naquele momento histórico, silêncio, armário e vergonha significavam morte. Por conta de sua decisão de denunciar tanto a administração local do democrata Ed Koch quanto a nacional, do republicano Ronald Reagan, e de expor a vida privada de militantes e servidores públicos, Weeks é afastado do comitê executivo da Gay Men’s Health Crisis ao mesmo tempo em que enfrenta um drama pessoal: a deterioração da saúde de seu companheiro, o repórter do “New York Times” Felix, vivido por Matt Bomer, galã da televisão americana assumidamente gay e casado, pai de três filhos.

— Os tempos mudaram, mas a discussão sobre a epidemia global da Aids é ainda tão importante e contemporânea quanto o debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a luta por termos, todos nós, o direito de sermos amados e aceitos como cidadãos, independentemente da afetividade sexual. A História provou que Larry estava certo. De herético, ele se transformou em um dos heróis do movimento pelos direitos civis dos gays nos EUA — diz Murphy.

Fonte: Bahia Notícias, via ESP, 26/05/2014

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