Triângulo amoroso entre mulheres na novela Em Família

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 1 comentários


A novela Em Família não terá apenas o casal de enamoradas Marina e Clara mas também a produtora Vanessa, também apaixonada por Marina, sua chefe na história. Um aperitivo do que virá.

Marina se apaixona por Clara à primeira vista e a deixa balançada na novela 'Em família'

Marina (Tainá Müller) vai ficar fascinada por Clara (Giovanna Antonelli) assim que colocar os olhos nela, na novela Em família. A fotógrafa conhece a dona de casa durante sua exposição e logo se aproxima da bela, dizendo achar que a conhece de alguma revista ou programa de TV. Clara ri, diz que deve haver alguma confusão, porque nunca foi fotografada, a não ser nas festas em família.

Marina, porém, não desiste. "Tudo bem, mas quero saber o seu nome, o que você faz e onde achou tanta beleza?", dispara. A moça desmonta, ri, nem sabe o que dizer, até fica um pouco cômica. Mas depois responde como se fosse um jogo de perguntas e respostas. "Meu Deus, não esperava essa entrevista. Mas eu respondo: meu nome é Clara, não faço nada de especial, sou uma dona de casa, uma mulher comum. E principalmente, grande admiradora do seu trabalho", afirma.

As duas perdem-se um pouco com os olhos: uma na outra. "E a beleza? Onde é que achou?", indaga Marina. "Em lugar nenhum, nem me acho bonita. Agora, se eu disser que você sim é que é linda, vai parecer que eu estou querendo apenas devolver o elogio. Mas é sincero", responde Clara. Simpática, a fotógrafa brinca que elas hão de concordar que as duas são bonitas. "E que vamos passear nossa beleza pelo salão. Vem comigo. Gostei de você. Quero que conheça alguns amigos", diz Marina.

As duas parecem um casal. Bebem, conversam e riem das próprias piadas. Clara já bebeu e se descontraiu. Está falante. Sente calor no rosto, está emocionada, feliz com os elogios que recebeu. E durante uma conversa com outros convidados, Marina os chama para jantar. E quer levar Clara também. "Melhor não, Marina. Agradeço, mas vamos deixar para uma outra noite. Estou com a família aqui, viemos juntos", diz Clara.

Marina, então, convida todo mundo."Jantam todos comigo lá em casa. Não aceito desculpas. Hoje é o meu dia! Quero ser paparicada, amada, festejada!", brinca. Só que em sua casa, ela passa mal, é levada para o quarto e todos acabam indo embora. A fotógrafa pergunta por Clara para Vanessa (Maria Eduarda de Carvalho) e pede que ela consiga o telefone da moça.

No dia seguinte, após o telefonema da assistente, Clara aparece para almoçar com Marina. Timidamente, vai ao quarto da fotógrafa e, ao vê-la com um médico, diz que pode voltar outro dia. "Nada disso. Daqui você não sai nunca mais!", diz a fotógrafa, rindo da própria declaração. Nesse momento, Ivan (), filho de Clara, aparece. " Trouxe meu filho, que eu vou levar pra aula de judô", diz a dona de casa.

As conversas continuam, Marina ainda um pouco fragilizada. Ela pede ajuda a Clara para se levantar e ir ao banheiro, onde seu banho está pronto. A fotógrafa entra nua na banheira. Clara procura adaptar-se, mas não leva jeito. E se surpreende com o convite de Marina. "Posa para mim. Quero fazer umas fotos suas. Dessas que revelam até a alma!"

Antes do dia de ir para a casa de Marina, Clara ouve no salão comentátrios de que a fotógrafa é gay. E chega em casa um pouco desanimada. E conta a história para o marido. "Ficou preocupada com a Marina? Acha que ela pode estar dando em cima de você?", indaga. A dona de casa afirma que não, mas não deixa de ficar encafifada.

O fato é que as duas passam a se encontrar com uma certa frequência. E sempre rola uma troca de olhar, uma coisa intensa, que mexe profundamente com Clara. Marina, já entregue, acaba confessando a Vanessa que está se apaixonando pela dona de casa. A amiga diz que ela é volúvel, que se apaixona muito. "Procuro o amor eterno. E não tá fácil encontrar. E depois, tudo tem um tempo, você sabe. Tempo de começar e tempo de acabar. Estou começando com a Clarinha. A melhor fase é essa: do namoro, da conquista – um pouquinho hoje, um pouquinho amanhã. Da atração. Nem sei se vai dar certo, se vou conseguir, mas ponho meu coração, minha alma inteira quando me interesso por alguém", discursa a fotógrafa.

Vanessa diz para ela ir com calma, porque Clara não é como as outras. "Ela é casada, tem um filho, uma vida regular com um homem. Ela admira você. Você pode estar confundindo as coisas", analisa a ruiva.

Do outro lado, Clara revela a irmã, Helena (Julia Lemmertz), que está balançada e confusa com o comportamento de Marina. "Você tem que ver se isso faz a sua cabeça", diz a leiloeira. "Claro que não. Não tenho vocação pra isso, ainda que aceite nas outras mulheres. Mas estou surpresa, sem saber direito o que pensar", diz a dona de casa. "Bem, ela não escancara. Faz a corte, entende? Assim como os homens. É insinuante, cativante. Sedutora", continua Clara.

Helena quer saber se isso mexeu com a irmã. "Mexe, mexe sim, não vou negar. Porque no fundo envaidece, bota a gente pra cima, valoriza. Você ficaria mexida com isso?", indaga a dona de casa. "Nunca pensei nisso objetivamente, mas não tenho preconceito. Acho que posso sim me apaixonar por outra mulher. Acho que qualquer uma pode", acredita a irmã mais velha.

Clara diz que não está se apaixonando e nem sabe se a fotógrafa está dando em cima dela ou se não é mesmo o jeito dela."Ah, Clara, você não percebe quando alguém está a fim de você?", pergunta Helena. "Homem eu percebo na hora, mas mulher... é uma praia nova pra mim. Nunca nem pensei numa coisa dessas! O Cadu é que está desconfiado e que me botou isso na cabeça", diz Clara.

A leiloeira afirma que também já sentiu olhares de outras mulheres para ela. Não de forma escancarada, claro, mas com intenções veladas. Um outro olhar. "Isso mesmo. Você definiu: é um outro olhar. Ela não me olha como uma mulher olha um homem que deseja. Nem me olha como um homem que olha com desejo uma mulher. É um outro olhar, que não se parece nem com o olhar de homem, nem com o de mulher. Deu pra entender?", diz Clara.

'Em família': Maria Eduarda será produtora apaixonada por Marina, de Tainá Müller

Ao lado de Giovanna Antonelli (Clara) e Tainá Müller (Marina), Maria Eduarda (foto) fará parte do núcleo gay de “Em família”, nova trama das nove, que estreou dia 3 de fevereiro. Na pele da produtora Vanessa, ela será apaixonada pela chefe, Marina. “A sensação que se tem é que elas já tiveram algo num passado recente. E vai ser duro vê-la junto com Clara, por quem, óbvio, nutre uma raiva compreensível”, diz.

Para mostrar verdade nesse amor, Maria Eduarda vem buscando o tom certo. “O que persigo é esse olhar de desejo para outra mulher. Para me ajudar, tenho visto filmes como ‘Azul é a cor mais quente’. É a minha primeira experiência gay e acho interessante abordar esse tema. Quanto mais se tocar no assunto, mais tenta-se fazê-lo ser encarado de forma natural, sem preconceitos”, opina.

Maria Eduarda afirma que em nenhum momento ficou temerosa em encarar o papel. “O ator gosta de ir a lugares complexos. E adorei estar em um núcleo que vai dar o que falar. É bom sair da sua zona de conforto”, afirma a atriz.

Mas o que ela mais gosta de contar é sobre o convite para a trama: “Foi do Manoel Carlos(autor). Eu estava na Argumento, livraria que ele frequenta, e fiquei nervosa ao vê-lo se aproximar da minha mesa. Perto de gente que admiro viro uma boboca. Ele falou que ia me chamar para a novela e, após um ano, confirmou o convite”.

Fonte: Extra, 07/02/2014

Vídeo sobre perseguição à população LGBT na Rússia e vídeos-protestos contra a homofobia nas Olimpíadas de Sochi

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014 0 comentários

Na onda dos protestos contra a homofobia na Rússia, o Google lançou seu doodle pró-LGBT (imagem acima) na sexta-feira na abertura dos Jogos de Sochi. Debaixo do doodle com as cores do arco-íris, seguiu-se o parágrafo:
A prática esportiva é um direito humano. Todas as pessoas devem ter a possibilidade de praticar esporte sem qualquer tipo de discriminação e conforme o ideal olímpico, que exige compreensão mútua e um espírito de amizade, solidariedade e 'fair play'".
Também os escandinavos fizeram bonito. O ministro da Saúde da Noruega, Bent Hoie,  afirmou que iria com o marido aos Jogos Paralímpicos de Sochi que serão realizados após os principais jogos. Em declarações ao jornal Aftenblad Stavanger, Hoeie disse ser normal para um funcionário do gabinete viajar com o cônjuge em visitas oficiais. E o comercial olímpico da Noruega também show. Ver abaixo.


Por sua vez, os suecos fizeram um vídeo onde cantam o hino da Rússia para mostrar seu apoio à população LGBT local. O filme se passa no estádio olímpico em Estocolmodecorado com bandeiras do arco-íris, onde uma garota e um garoto começam a cantar o hino russo, acompanhados aos poucos por pessoas de todas as nacionalidades, idades e orientações sexuais. O vídeo se chama Live and Let Love (ver abaixo) e no site da campanha de mesmo nome pode-se conferir a letra em inglês.

E as próprias russas da dupla t.A.T.u, Yulia Volkova e Lena Katina, subiram ao palco de mãos dadas, durante a abertura dos Jogos Olímpicos e cantaram, em russo, um de seus maiores sucessos Not Gonna Get Us (Não vão nos pegar). Desta vez, a falsa lesbianidade das duas serviu para mandar um recado que todos puderam entender.

Por fim, para se ter uma ideia de a quantas anda o heterrorismo na Rússia, segue o filme Hunted (Caçados) que foi ao ar no Channel 4 da Inglaterra, também na semana passada, mostrando a ação de gangues que perseguem pessoas homossexuais e as sujeitam a todo tipo de abuso físico e psicológico.

É o que dá quando o Estado, em conluio com a religião, saem interferindo nas liberdades individuais das pessoas em nome da defesa da família e outras patacoadas do gênero. Quem narra o documentário é a jornalista investigativa Liz MacKean. 

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Justiça condena frigorifico em Mato Grosso por dano moral contra trabalhadora lésbica

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014 0 comentários


Na segunda-feira (03/01),  a Justiça condenou um frigorifico em Lucas do Rio Verde (MT), a indenizar uma trabalhadora que sofreu assédio moral na unidade em até R$ 150 mil. O valor se refere ao dano moral sofrido repetidas vezes pela funcionária em função de sua orientação sexual e por outros episódios e aspectos do trabalho. A líder do setor onde ela atuava diariamente a agredia chamando-a de "sapatão".

No dia de ontem a decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região. Como foi proferida em primeira instância, pela Vara do Trabalho de Lucas do Rio Verde, ainda cabe recurso.

De acordo com o tribunal, a trabalhadora chegou a viver angustiada e a sofrer de um quadro de depressão grave devido a constantes agressões verbais diante das colegas de trabalho. Ela atuava desde 2011 como operadora de produção num setor onde as vísceras das aves são retiradas.

A VITÍMA - Diariamente, ela era agredida pela líder do setor, que a chamava de “sapatão” e desprezava sua orientação sexual dizendo não saber se a funcionária era homem ou mulher e avisando os colegas para não ficarem perto dela por causa disso. 

Além disso, devido às condições de trabalho, a funcionária sofreu de dores no punho e na coluna. As lesões foram confirmadas por perícia médica. Outros pontos que geraram indenizações foram o não pagamento de adicional por insalubridade, ausência de intervalos na jornada de trabalho e violação da intimidade da trabalhadora devido à presença de uma câmera no vestiário.  

Fonte: CenárioMT, 04/01/2014

Escócia aprova casamento LGBT por 105 votos contra 18 sob aplausos

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 0 comentários


Se considerarmos que a Escócia é um país, seria o 17.º a legalizar o casamento gay. O Parlamento regional aprovou ontem,  terça-feira (04/01/), por 105 votos contra 18, uma lei que permite que casais do mesmo sexo se casem. Vídeo abaixo com o momento da aprovação.



A lei só passou depois de terem sido rejeitadas várias tentativas de colar emendas de opositores ao diploma por princípios religiosos, que queriam obter “proteção legal” para quem se opusesse ao casamento gay. Mas nenhuma comunidade religiosa será obrigada a receber um casamento homossexual num templo — apesar de serem livres de o fazer, se assim o desejarem.

As duas principais igrejas da Escócia — a Católica e a Igreja Presbiteriana — opõem-se, no entanto, a esta legislação, e são acompanhadas por outras fés menos representadas, como o islão. Mais de 50 líderes religiosos escreveram ao governo regional escocês expressando a sua “profunda preocupação” com esta lei, relata o jornal The Guardian. Segundo a BBC, contudo, os Quackers, grupos budistas e a Federação Pagã apoiaram a legislação.

Atualmente, já é possível aos casais do mesmo sexo celebrarem uniões civis na Escócia. Mas o Partido Nacional Escocês, no poder, introduziu no processo legislativo o casamento gay, tal como aconteceu recentemente no resto do Reino Unido, defendendo que seria um importante passo para a igualdade entre todos os cidadãos, no momento em que se prepara para submeter a referendo a independência da Escócia.

Os primeiros casamentos homossexuais, de acordo com a nova lei aprovada em Westminster (Londres), devem celebrar-se em Inglaterra e no País de Gales a partir de 29 de Março. Quanto aos escoceses, devem começar a acontecer lá para o Outono, diz a BBC.

Fonte: Público PT, 04/02/2014, com informações da BBC News Scotland

Gangue de skatistas mata jovem gay na região central de SP

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014 0 comentários


Volta e meia aparece um caso de espancamento, às vezes seguido de morte, de um jovem gay. Em alguns casos, a vítima era homossexual, mas o crime não motivado por sua orientação sexual. Outras vezes, a condição sexual da vítima, se não foi a motivação maior para o crime, teve nela um poderoso estímulo. Este parece ter sido o caso do jovem Bruno Borges de Oliveira, morto na base de chutes, socos e golpes de skate na cabeça por um grupo de 6 skatistas (sic). Além de skinheads, agora skatistas também atacam gays?

Forçoso lembrar que, além da reivindicação de reforço na segurança policial, dada à sua condição de vulnerabilidade, os gays deveriam se organizar para responder enquanto grupo a essas agressões recorrentes em vez de apenas esperar a criminalização da homofobia. Mesmo com uma lei nesse sentido, a situação de Bruno não seria diferente da que foi, pois o estado não é (aliás, felizmente) onisciente para proteger todos os indivíduos em risco. É preciso aprender técnicas de autodefesa seja individual seja coletiva.

Abaixo matérias, vídeo e áudio sobre o caso.

Bruno Borges de Oliveira
Vídeo mostra perseguição de gangue a gays na região central de SP

Um vídeo gravado por imagens de câmeras de segurança mostra o momento em que Bruno Borges de Oliveira, 18, andava com amigos na região da rua Augusta. A polícia suspeita que um grupo de skatistas tenha matado o jovem. Nas imagens, os jovens começam a correr ao perceberem que estavam sendo seguidos. Bruno, que não conseguiu escapar, morreu no dia 26 em por causa dos ferimentos causados por chutes, socos e golpes de skate na cabeça. 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu ontem um grupo de seis jovens, entre 16 e 23 anos, que, de segundo o delegado que investiga o caso, confessaram o crime. Eles ainda são suspeitos de serem os responsáveis por uma série de ataques a gays na região central da capital.

 

Presos os suspeitos de espancar até a morte o jovem Bruno Oliveira


Um grupo de seis garotos foi preso neste domingo. Eles são suspeitos de espancar até morte o jovem Bruno Borges de Oliveira, de 18 anos, na região da rua Frei Caneca. De acordo com a polícia, eles podem ser autores de outros crimes contra gays naquele mesmo local. Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais identificaram e prenderam os suspeitos em ação realizada na mesma região do crime. Imagens captadas por câmeras de vigilância próximas ao local onde Bruno foi espancado até a morte ajudaram a elucidar a autoria do crime.

Os seis presos têm idades entre 20 e 23 anos e dois deles são adolescentes de 16 anos. De acordo com a polícia, os suspeitos também confessaram outro ataque realizado cerca de uma hora antes do assassinato de Bruno. 

O diretor do DEIC, delegado Wagner Giudice, explica que as vítimas eram emboscadas quando se separavam de um grupo maior.
Ali sabidamente é um reduto de frequência homossexual. Quando um grupo se desgarrava do total de pessoas, eles cercavam e promoviam o crime”, afirma. “Uma espécie de arrastão. Tomavam tudo o que as vítimas tinham.” 
Ainda segundo a polícia, os integrantes usavam skates para agredir os homossexuais. No caso de Bruno, todos os jovens espancaram a vítima de maneira impiedosa e covarde, com golpes de skate no pescoço e na cabeça.

Os homicidas tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e os menores foram encaminhados à Fundação Casa e não responderão pelo crime.

A vítima

Bruno Oliveira morava em Osasco, na Grande São Paulo, e estava com quatro amigos quando foi abordado pelos assaltantes na rua Herculano de Freitas. Os colegas correram e gritaram para o jovem fugir, mas ele foi agredido pelos ladrões, que levaram seu celular, o par de tênis e um Bilhete Único.

Félix e Nico: um beijo de novela que nos fez chorar

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014 0 comentários

Félix e Nico: um beijo de novela que nos fez chorar

Impossível deixar de registrar a grande repercussão que teve o beijo entre os personagens Félix e Nico no último capítulo da novela Amor à Vida. Precedido de grande campanha a favor nas redes sociais, o delicado beijo entre dois homens foi comemorado, pelo Brasil afora, em bares, restaurantes e até no Campus Party. Clique em Telespectadores se emocionam com final romântico de Félix e Nico em 'Amor à Vida', para conferir a repercussão, leia abaixo os depoimentos do autor da novela, Walcyr Carrasco, e de seus autores e veja e reveja o já clássico primeiro beijo gay da novela brasileira.

Walcyr Carrasco: “Orientei que Felix e Niko dessem um beijo de amor”
Na sexta-feira, algo incomum aconteceu durante a exibição do último capítulo de Amor à Vida. Gritos ecoaram pela região da Avenida Paulista tal qual acontece quando um time goleia o adversário em um jogo de futebol. O motivo da euforia: o tão esperado beijo de Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso). Autor de Amor à Vida, Walcyr Carrasco, por telefone, deu um depoimento sobre a cena que parou o Brasil e entrou para a história da teledramaturgia.
A novela quis falar da pluralidade. Nesse final, mostrei desde a criança evangélica sendo apresentada à comunidade até o beijo gay. Estamos numa democracia e todos têm que aprender a conviver e têm o direito de ser quem são. A novela é um avanço em termos de colocar questões sociais, como beijo gay. O capítulo final colocou várias situações de família: a evangélica (Gina e Elias), a tradicional (Paloma e Bruno), a moderna (Michel, Patrícia, Guto e Sílvia). Coloquei os gays numa situação familiar com filhos indo para escola, Félix cuidando do pai doente. Dentro desse contexto, cabia o beijo. Minha única orientação foi que eles dessem um beijo de amor. Escrevi a cena que quis. Optei por uma sequência cotidiana comum em muitos lares, afinal, fiz uma novela sobre família. Eu estou muito feliz que o beijo entre Félix e Niko aconteceu. Foi um avanço em termo de direitos humanos e por mostrar que as famílias são diferentes, mas são famílias.”
Fonte:  Veja SP, Ricky Hiraoka, 01/02/2014



'Um grande passo na sociedade', diz Mateus Solano sobre beijo gay de 'Amor à vida'

  • Cena que fez história nas novelas brasileiras foi ao ar na noite de sexta. Walcyr Carrasco declara: 'O beijo gay diz que o mundo é para todos'

RIO - O diretor-geral de “Amor à vida”, Mauro Mendonça Filho, anunciou antes de entrar na churrascaria onde o elenco da novela assistia, ontem, ao último capítulo da novela escrita por Walcyr Carrasco: “Hoje vai ter beijo gay com certeza”. Momentos depois, o beijo mais esperado da história da TV brasileira foi ao ar, protagonizado pelo vilão recuperado Félix (Mateus Solano) e seu “carneirinho” Niko (Thiago Fragoso). Era sabido que os atores haviam gravado a cena, mas era grande o suspense se iria ao ar.

É a primeira vez que um beijo gay é mostrado dessa forma numa novela, mas reza a lenda que o primeiro da teledramaturgia foi entre Alda Alves e Geórgia Gomide em “A Calúnia”, teleteatro de 1963, na TV Tupi. Não há registros da cena. Em 1990, Raí Alves e Daniel Barcellos compartilharam um beijo discreto na minissérie “Mãe de santo”, da TV Manchete, em câmera lenta e na penumbra. Na TV Globo, foi em 1995, em “A próxima vítima”, de Silvio de Abreu, que surgiu um casal gay que deu o que falar: Jefferson (Lui Mendes) e Sandrinho (André Gonçalves). Mas o beijo nunca chegou a ser cogitado.

Três anos depois, o casal Rafaela (Christiane Torloni) e Leila (Silvia Pfeifer) em “Torre de Babel”, da Globo, também de Silvio de Abreu, foi rejeitado pelo público. Elas morreram numa explosão. Já em 2003, parecia que o espectador estava mais tolerante à relação das namoradas Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli), em “Mulheres apaixonadas”, de Manoel Carlos. No final da trama, as duas deram um selinho, mas de mentira: elas estavam atuando no teatro. No ano seguinte, outro casal foi visto no ar: Jennifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie), de “Senhora do destino”, de Aguinaldo Silva, dormiam na mesma cama, mas só.

Em 2005, “América”, de Glória Perez, o aspirante a estilista Junior (Bruno Gagliasso) e o peão Zeca (Erom Cordeiro) terminaram juntos e a cena do beijo chegou a ser gravada, mas a emissora decidiu não colocá-la no ar.

O canal teve ainda outros dois casos de beijos gays que foram gravados mas não foram exibidos: na série “Clandestinos” (2010), entre o ator Hugo (Hugo Leão) e o diretor Fábio (Fábio Henriquez), e na minissérie “Um só coração” (2004), protagonizado pelo próprio Mateus Solano.

Em 2011, o SBT enfim exibiu o primeiro beijo gay em novelas, em “Amor e revolução”. Na história, a advogada Marcela (Luciana Vendramini) se apaixona por Marina (Gisele Tigre), a dona de um jornal. Na TV por assinatura nacional, o beijo entre pessoas do mesmo sexo já não é novidade. Em realities shows e programas de entretenimento, homens e mulheres já haviam se beijado em vários canais abertos.

Após a exibição do capítulo final, a Globo divulgou nota sobre o esperado beijo entre Niko e Félix.
Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama. A pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história.
Reunidos para assistir ao último capítulo, atores do elenco comentaram a cena. A palavra mais esperada era a de Mateus Solano:
Fiz história? Não sei se fiz história. É tudo tão efêmero. É uma cena que, se Deus quiser, vai reverberar na sociedade e em outros trabalhos. É um pequeno passo na dramaturgia, mas um grande passo na sociedade.
O autor Walcyr Carrasco diz estar "superfeliz":
A novela foi um marco na quebra de paradigmas. Demonstrou para a sociedade a convivência entre diferentes. O beijo gay diz que o mundo é para todos.
O ator Sidney Sampaio, que viveu o Elias, disse ter achado "justíssimo".
Os dois fizeram um lindo trabalho e mereciam esse marco.
Maria Casadevall, intérprete de Patricia, acha que, a partir de agora, muita coisa vai mudar.
Achei incrível. É um marco na TV brasileira.
Já Rosamaria Murtinho afirmou que o gesto foi superestimado.
Não tem a menor importância se teve ou não o beijo. Tem que encarar como algo normal. Quantos beijos tiveram no fim da novela e ninguém comentou?
Fonte: O Globo, Natalia Boere, 01/02/2014

Beijo gay de Felix e Niko - Amor a Vida... por UPNovelas

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