Pedido para trocar garçonete ‘sapatão’ revolta clientes de bar em Belo Horizonte

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Pedido para trocar garçonete ‘sapatão’ revolta clientes no Chopp da Fábrica

Nessa sexta-feira (22), uma garçonete do restaurante Chopp da Fábrica, na região Leste de Belo Horizonte, foi vítima de discriminação e homofobia por causa de sua orientação sexual, por parte de um casal de clientes.

A produtora executiva Nathalia Trajano publicou um relato sobre o caso no Facebook. Segundo a publicação, ela e alguns amigos estavam no Chopp da Fábrica sendo muito bem atendidos. Em um determinado momento, quem lhes atendia informou que não atenderia mais, já que uma outra mesa pediu para a trocarem. O argumento usado pelo casal de clientes insatisfeito seria que não queriam ser atendidos por uma “sapatão”.

Assim que Nathalia e seus amigos tomaram conhecimento da situação, pediram para chamar o gerente da casa, que lhes informou que mesmo não concordando “não poderia fazer nada e tal”.

Quando os outros clientes da casa perceberam o que estava acontecendo, um clima de indignação se formou no local. O casal acusado de homofobia, quando confrontado, confirmou que não gostaria de ser atendido pela garçonete, por conta da orientação sexual dela.

A polícia foi chamada, porém, quando os militares chegaram, o casal já havia deixado o local.

Veja o relato:

Veja o vídeo, clicando aqui

Chopp da Fábrica se posiciona

Em um comentário postado na publicação, Bruno, proprietário do Chopp da Fábrica informa estar “profundamente chateado” com o ocorrido. Ele também relata que a casa não foi omissa e é contrária a qualquer tipo de homofobia e discriminação. Veja a resposta na integra:

Bom dia a todos! Meu nome é Bruno e sou proprietário do Chopp da Fábrica. Estou profundamente chateado por um episódio desse ter ocorrido dentro do Chopp, na realidade, por um episódio desse ainda existir nos dias de hoje. Somos uma empresa séria e responsável. Não temos princípios homofóbicos e tratamos todas as pessoas da mesma forma, consideramos que somos todos iguais, independente de sua orientação sexual, religiosa ou qualquer que seja. Tal fato que não somos homofóbicos, que em nosso quadro de funcionários, quase 90, temos diversos que são declaradamente homossexuais e isso não impede, não interfere e não faz a menor diferença no momento da contratação. Como disse, a orientação é pessoal e não cabe a empresa julgar! Assim como eu, tenho certeza que toda nossa equipe achou absurdo a atitude homofóbica desse cliente. Não fomos omissos nem apoiamos a homofobia praticada. A opção de mudar de área de atendimento foi exclusiva da garçonete agredida, assim como a opção de não prestar queixa. Eu e toda a equipe do Chopp da Fabrica se encontram a disposição para qualquer esclarecimento! Um bom final de semana a todos e que as pessoas se conscientizem que o respeito ao próximo é fundamental para uma sociedade evoluída!

Fonte: BHAZ, 22/07/2017

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