Militar lésbica proibida de enterrar esposa recebe jazigo de amigo

terça-feira, 6 de maio de 2014

Madelynn Taylor (à direita) impedida de enterrar cinzas de esposa em cemitério militar

SALMON, Idaho, 1 Mai (Reuters) - Um coronel aposentado dos Estados Unidos ofereceu seu jazigo no Cemitério dos Veteranos do Estado de Idaho na quarta-feira a uma veterana impedida por leis de casamento estaduais e regulamentos militares de enterrar as cinzas de sua falecida esposa e de si mesma.

O caso de Madelynn Taylor, veterana da Marinha dos EUA, e da mulher com quem se casou fora do Estado surge no momento em que quatro casais de lésbicas de Idaho estão desafiando a proibição constitucional do Estado a casamentos do mesmo sexo e em meio a um debate mais amplo sobre o matrimônio gay em todo o país.

Taylor disse à Kboi, rede de TV da cidade de Boise, que o cemitério militar estatal negou o enterro ao casal por não ter a licença de casamento de Idaho exigida pelos regulamentos. Sua parceira de longa data, Jean Mixner, morreu em 2012.

"Estou feliz de dar à minha colega veterana esse pouco de alívio", escreveu o coronel aposentado do exército dos EUA, Barry Johnson, ele mesmo veterano há 27 anos, em uma carta aberta publicada na quarta no jornal Idaho Statesman. "E o faço para honrar todos os grandes norte-americanos com os quais servi --gays, heteros, seja o que for".

Não ficou claro se o cemitério irá permitir a transferência. A Divisão de Serviços de Veteranos de Idaho informou que a política do cemitério continua a mesma.

Taylor estava passando por uma cirurgia em um hospital de veteranos em Seattle na quarta-feira e não pode ser contatada para comentar.

No início deste mês, Taylor declarou à Kboi que não estava surpresa que seu Estado tenha se manifestado para impedir o enterro do casal. Ela descreveu a política como mais um ato de discriminação "na morte, assim como na vida".

"Não vejo como as cinzas de um casal de velhas lésbicas vão fazer mal a alguém", afirmou.

O governador de Idaho, o republicano C. L. "Butch" Otter, disse em um comunicado que os eleitores do Estado se pronunciaram em 2006 aprovando uma emenda constitucional que define o casamento como uma relação entre um homem e uma mulher.

(Por Laura Zuckerman)

Fonte: Reuters Brasil, 01/05/2015

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