LGBT sobre duas rodas: SP Gay Bikers

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A entrevista abaixo foi concedida a Um Outro Olhar em 2007, ano da fundação do grupo SP Gay Bikers que continua existindo até hoje. Ao final do texto, links para o blog do grupo, que, à epoca desta entrevista ainda não existia, e a página do mesmo no Facebook. São links mais recentes dos bikers para quem quiser contatá-los.

SP Gay Bikers


Gays e lésbicas pedalando suas magrelas no exterior não são novidade e aqui no Brasil grupos informais sempre existiram. A diferença é que agora amigos decidiram formalizar um grupo de bicicleteiros gays e estão divulgando sua iniciativa para atrair mais amantes das magrelas, inclusive as meninas.

Nos Estados Unidos principalmente, são famosas as chamadas dykes on bikes (lésbicas sobre bi/motocicletas), embora o título tenha ficado mais relacionado às motociclistas do que às ciclistas. De qualquer forma, passear sobre rodas, acima de tudo sobre bicicletas, é uma forma bem saudável de se socializar e se exercitar também.

Assim sendo, a iniciativa de formalizar um grupo de ciclistas do arco-íris é muito bem-vinda. E para falar mais sobre o projeto, entrevistamos André Hidalgo do SP Gay Bikers.

UOO. André, primeiro, fale um pouco de você: sua idade, no que trabalha ou estuda, onde mora.

André Hidalgo (AH): Sou jornalista, tenho 40 anos e moro na rua Augusta, próximo à Paulista. Também tenho uma empresa produtora de eventos que organiza a Casa de Criadores, o principal evento lançador de novos talentos da moda brasileira.

UOO. Quando surgiu a idéia do SP Gay Bikers?

AH: Eu já ando de bike há uns 8 anos. De uns 3 anos para cá, formei um pequeno grupo com mais 2 amigos para andarmos pela cidade. Como somos gays, começamos a alimentar a idéia de montar um grupo de bikers gays. Esse tipo de grupo já existe em outros países. Fiz uma pesquisa e descobri que não havia nehum grupo similar no Brasil. Decidimos então criar o primeiro grupo desse tipo no país. Assim nasceu o SP Gay Bikers.

UOO. Em sua apresentação de divulgação, vocês afirmam não cobrar taxa de participação e não ter filiação polítco-partidária, o que é ótimo. Como vocês se definem, como um grupo gay autônomo ou apenas um grupo de amigos em busca de amizades de forma saudável ou ainda ambas as coisas?

AH: Acho que somos as duas coisas mesmo. Talvez no futuro possamos aproveitar o fato de sermos um grupo para tocarmos outros projetos similares. Por enquanto, somos apenas amigos querendo fazer novos amigos com afinidades e pontos em comum.

UOO. Na Europa e Estados Unidos, os grupos dykes on bikes (lésbicas de bi/motocicleta) são muito comuns. Vocês também aceitam meninas no grupo e/ou pretendem incentivar a criação de uma ala feminina?

AH: Sem dúvida. Promovemos 3 passeios até agora e só no último apareceu uma menina, a Fernanda. A participação dela foi muito festejada por nós e, durante o passeio, ela foi bem paparicada (rs!). Brincamos que ela é a chefe da ala feminina, o que significa que ela é chefe dela mesma. Mas só por enquanto. A idéia é que a ala feminina cresça e possa até, quem sabe, promover seus próprios passeios de vez em quando.

UOO. Vocês afirmam que estão abertos a participação de todos os interessados, mas quais são os requisitos básicos para participar do grupo?

AH: São 4 requisitos: ser gay, ter mais de 18 anos, ter uma bike (qualquer uma) e usar capacete nos passeios.

UOO. Vocês já vinham pedalando nos finais de semana casualmente, mas agora decidiram realizar eventos regulares e abertos a mais pessoas. Quais serão os dias e horários desses encontros?

AH: Por enquanto, duas vezes por mês: num domingo às 11h ou numa terça às 20h30. Para saber mais sobre nossa programação, os interessados podem consultar nossa página no Orkut (comunidade "SP Gay Bikers"). Em breve estaremos lançando nosso blog. 

UOO. Vocês percorrem sempre o mesmo itinerário ou variam de acordo com as circunstâncias e as necessidades dos participantes? Em geral, quantos quilômetros costumam percorrer?

AH: Os percursos sempre mudam, até para que a gente não enjoe (rs!). Em geral, andamos cerca de 20 a 30 km, a maior parte é em ruas planas, com muito poucas subidas.

UOO. Vocês organizaram o primeiro passeio em novembro e o segundo agora em dezembro (11/12/2007). Quando está previsto o próximo?

AH: Em janeiro, ainda sem data definida. Vamos promover também um passeio numa trilha fora de SP, numa espécie de pacote onde estarão inclusas a passagem, a hospedagem e a trilha.

UOO. Como as pessoas interessadas em participar do grupo podem contatar vocês? Há um fone ou e-mail?

AH: Por enquanto, os interessados devem entrar em contato conosco pelo e-mail lordbiker1@gmail.com

UOO. André, agradecendo a entrevista, peço que deixe uma mensagem para nossas leitoras.

AH: Todo mundo diz que os gays não são unidos. Vamos provar que isso é uma grande bobagem. Juntem-se a nós e vamos nos divertir juntos!

Referências: Blog do SP Gay Bikers  Facebook



Publicado originalmente, no site Um Outro Olhar, em 12 de dezembro de 2007

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