Voleibol contra a homofobia no Amazonas

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A final do Grand Prix de Voleibol será no dia 8 de dezembro

Grand Prix de Voleibol ganha destaque contra homofobia
A final será no dia 8 de dezembro, no Clube do Trabalhador

Manaus – O professor de educação física e jornalista Daniel Coelho Góes, de 32 anos, sempre procurou uma forma de lutar contra o preconceito em relação ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Há três anos, ele formou a principal arma esportiva contra a homofobia conhecida atualmente no Amazonas: o Grand Prix de Voleibol.

Próximo do final da terceira edição do evento, o idealizador da competição falou ao D24AM sobre as dificuldades e desafios para realizar o campeonato.

O objetivo dos jogos, segundo ele, é fazer com que os atletas gays saiam dos ‘guetos’ criados para se isolarem do restante da sociedade. Para ele, os estigmas criados aumentam o medo de rejeição.

“Queremos enfrentar a homofobia por meio do esporte, tirar os preconceitos de drogados que vivem à margem da sociedade”, afirmou o professor.

Para que isso aconteça, Góes disse que o apoio da família é essencial.

Segundo ele, o aumento do número de participantes - eram 12 equipes na primeira edição, em 2011, e 14 neste ano - mostra que a aceitação tem aumentado. “Hoje em dia, as famílias dos atletas prestigiam com o maior respeito”, comentou. 

Além do Grand Prix, a equipe do professor de educação física promoveu neste ano outros eventos esportivos voltados para o público LGBT como a 2ª Copa do Mundo, Divas da Areia, 1ª Copa da Diversidade de Handebol - que já aumentou o número de inscritos em mais de 100% para a segunda edição no próximo ano - e Top Gold Star, um evento para atletas com mais de 30 anos.

“São esportes com ritmos mais apropriados, para pessoas com 30, 40 anos. Dessa forma, todos competem igualmente”, explica Góes.

A quantidade de eventos esportivos voltados para o público assim como o crescimento da procura mostra que o objetivo de Góes tem sido alcançado. O professor disse que sente a diferença de tratamento com a classe na última década.

“Vejo que a mídia já ajudou a divulgar o debate. Há dez anos, dois homens ou duas mulheres andarem na rua de mãos dadas era visto como algo abominável. Lembro que jogávamos em quadras isoladas no início, e hoje já somos capazes de realizar o campeonato no Sesi. Atualmente, tudo é visto com mais naturalidade, a única diferença é a opção sexual”, destacou. 

Final

Iniciada no dia 4 de outubro, a terceira edição do Grand Prix terá a grande final no dia 8 de dezembro, no Clube do Trabalhador. A luta pelo terceiro lugar começará às 17h, com horário marcado do jogo final para as 18h30.

Segundo Góes, os três primeiros colocados receberão troféus e medalhas personalizadas. “Além disso, o primeiro colocado receberá R$ 2 mil. Já o segundo lugar receberá R$ 1,5 mil, e o terceiro R$ 1 mil”, contou.

Fonte: D24AM, por Diego Toledano, 28/11/2013

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