Parlamento da Austrália bloqueia plebiscito sobre casamento LGBT

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Parlamento da Austrália bloqueia referendo sobre casamento gay

A aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo provavelmente será adiada em três anos na Austrália depois que o partido de oposição anunciou que não vai apoiar uma votação popular sobre o tema.

O governo de coalizão de centro-direita da Austrália apresentou um projeto no Parlamento no qual propunha a realização de uma consulta pública em fevereiro de 2017 sobre a possibilidade de legalizar as uniões homossexuais.

O projeto de lei, no entanto, demandava o apoio de parlamentares da oposição, uma vez que a coalizão liderada pelo primeiro-ministro Malcolm Turnbull tem maioria apenas na Câmara, mas não no Senado.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo conta com o apoio de 61% dos australianos, segundo uma pesquisa Gallop realizada em agosto. Segundo a Reuters, a inabilidade do premiê em conduzir a aprovação da legislação pode fazer com que ele perca ainda mais popularidade - seus eleitores, no geral, reclamam que ele não fez jus à sua reputação "progressista".

A recusa do Partido do Trabalho em aprovar o referendo é, segundo o líder Bill Shorten, porque a legislação deve ser aprovada pelo Parlamento. 
Por que os gays devem ser submetidos a um processo de lei diferente dos outros australianos?", questionou.
Por que um casal em uma relação de compromisso deve bater na porta de 15 milhões de compatriotas australianos e perguntar se eles concordam com ele? A maneira mais fácil é a forma com que esse Parlamento vem fazendo há cem anos: legislando".
Segundo os legisladores ligados à esquerda do país, um referendo seria "desnecessário, muito caro e poderia desencadear um debate público que poderia traumatizar jovens homossexuais", de acordo com a CNN. O custo do processo seria em torno de US$ 120 milhões.

Defensores do casamento gay também estão preocupados com as consequências de um debate público sobre o tema. Turnbull afirmou, no entanto, que com a rejeição do referendo, o assunto só volta à pauta do Parlamento após as eleições gerais, marcadas para de 2019.

O casamento gay é ilegal na Austrália desde 2004, quando o ex-premiê John Howard promoveu alterações legislativas para permitir que apenas casais heterossexuais se casem.

Fonte: HuffPost Brasil, 11/10/2016

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