Em cidade do interior de São Paulo, triplicam o número de casamentos LGBT

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Will e Fernando têm apenas união estável
 e esperam se casar (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM)

Número de casamentos gays triplica em Itapetininga no período de um ano

Uniões subiram de quatro para 12 em 2015 no município de Itapetininga. 'O jeito que as pessoas têm nos tratados traz confiança', conta noivo.

O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo triplicou entre 2014 e 2015 em Itapetininga (SP). Segundo os dois cartórios cíveis do município, o número de uniões oficializadas passou de quatro para 12 de um ano para o outro. 

Um dos casamentos que aconteceu no ano passado foi do casal Danilo de Oliveira Sampaio e Fabrício Sampaio de Oliveira. Eles moraram juntos por dois anos até registrarem a união em cartório.
O jeito que as pessoas têm nos tratado traz mais confiança. Para mim foi algo normal, como qualquer casal”, conta Fabrício.
Orgulhosos, os dois mostram a certidão onde consta o acréscimo de um sobrenome para cada um. Danilo ressalta que, além do sentimento, com o casamento finalmente eles têm os mesmos direitos que qualquer outro casal. “Uma das diferenças é poder deixar a herança, algo que na união estável não tem.”

Números no Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de 31,2% no número de casamentos gays no país entre 2013 e 2014. Foram 3.701 no primeiro ano e 4.854 no seguinte.

Segundo a oficial do 1º Cartório de Registro Civil de Itapetininga, Renata Basseto Ruiz, desde 2013, por determinação do Conselho Nacional de Justiça, nenhum cartório pode se recusar a fazer o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.
Hoje as pessoas homossexuais têm o mesmo direito que qualquer outra pessoa, tanto de constituir uma união estável quanto de realizar um casamento. Não há mais diferença entre as pessoas diante da opção sexual”, afirma.
Sonho possível
Os cabelereiros Will Becker e Fernando Machado possuem apenas união estável, pois, quando decidiram oficializar a união, ainda não podiam se casar no cartório. Mas o sonho dos dois é realizar esse antigo desejo em breve.
É um reconhecimento da nossa união. É um contrato que garante direitos como qualquer cidadão casado”, afirma Fernando.
Quando uma pessoa começa a conhecer a outra, os dois fazem planos. É óbvio que o casamento gay é fora do padrão para a sociedade, mas sim, sempre foi um sonho nosso”, completa Will.

Fonte: G1, 13/02/2016

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